sábado, 10 de setembro de 2011

BOLHA DE CRÉDITO NO BRASIL : TERRORISMO DA "MÍDIA GOLPISTA"?


"Discurso terrorista da mídia colonizada brasileira". Se o PT fosse da oposição, e a mídia a ele alinhada estivesse falando disso, seria deferente para ti? Acreditaria?



Segundo Iedi, Brasil pode sofrer com bolha de crédito

São Paulo - Mais no exterior do que dentro do Brasil, há uma apreensão que cresceu muito nas últimas semanas de que o país convive com uma bolha de crédito. Isso estaria alimentando, por seu turno, um boom do consumo familiar que já estaria com seus dias contados.


Os dados que apoiariam essa conclusão do Instituto de Estudos para o Desenvolvimento Industrial (IEDI) dizem respeito ao endividamento das famílias, que teria crescido exageradamente nos últimos anos, e em uma elevação do comprometimento da renda dos consumidores no pagamento de suas dívidas, que já estaria alcançando, ou mesmo já teria ultrapassado, um nível sustentável. "Em suma, a bolha de crédito, alimentou uma bolha de consumo que já teria alcançado seu limite. Fatalmente, diante disso, não seria sustentável o boom da economia brasileira recente."

Nos financiamentos para as famílias, a evolução é, em média, de 18% nos últimos três anos em termos reais, de forma que em maio último alcançavam 15,4% do PIB (10,9% do PIB em maio de 2007). Mas, além do crescimento vigoroso, dois outros pontos caracterizam uma bolha de crédito, os quais não são preponderantes no ciclo atual do crédito no país.


Primeiro, uma típica bolha de crédito e de consumo faz do financiamento uma variável autônoma com relação à renda. Isso é fruto da concorrência bancária. No caso brasileiro, uma evolução da massa real de rendimentos da população de 8% propiciou a ancoragem do aumento do crédito, de modo que a taxa de inadimplência tem sido na média do corrente ano a mais baixa jamais registrada no país, a despeito da vigorosa ampliação dos empréstimos bancários. Nossos cálculos indicam que o endividamento (dívida/renda anual) das pessoas físicas passou de 21,8% para 36,6% de dezembro de 2006 a maio de 2011, o que, no entanto, não foi acompanhado de correspondente maior comprometimento da renda mensal, que passou de 20,8% para 22,4% no mesmo período. Além do maior rendimento real das pessoas, os prazos de financiamento mais dilatados explicam a preservação da capacidade de honrar as dívidas.

O crédito aqui também não pode parar porque sua sustentação - a valorização dos ativos - cairia junto. O Brasil assiste a um forte aumento dos preços dos imóveis, mas não há nem sombra de uma bolha já que o financiamento imobiliário é baixo - representa cerca de 4% do PIB - e nele tem grande preponderância o crédito dirigido da caderneta de poupança.


O Brasil não vive uma bolha de consumo, embora seja intenso o desenvolvimento do crédito. Isto é uma fonte de amplificação da capacidade de crescimento da economia e causa de problemas.

Fonte: http://www.dci.com.br/

Um comentário:

Cássia F. Andrade disse...

A expansão do crédito tem que existir. Mas para isso acontecer é necessário que o brasileiro páre de ser extorquido.
Sugiro a leitura do Projeto Nacional: http://blogprojetonacional.com.br/bolha-de-credito-aqui-estao-brincando/