quinta-feira, 21 de abril de 2016

DENISE CAMPOS DE TOLEDO / DESINFLAÇÃO PODE ABRIR ESPAÇO À QUEDA DE JUROS - ABRIL DE 2016



Na semana que vem tem reunião do Copom, o Comitê de Política Monetária do Banco Central. Nesta reunião é bem improvável que haja alguma redução dos juros básicos, na taxa selic, atualmente em 14,25% ao ano. Vai ser muito difícil o BC mexer nos juros em meio ao atual quadro político, com um processo de impeachment em andamento. Mas um corte da Selic poderá ocorrer ainda este ano. Essa ideia, vista até pouco tempo atrás, como incompatível com o comportamento da inflação, vai entrando no radar, diante da desinflação que já se pode notar nos vários índices, relacionada à recessão, ao enfraquecimento da demanda e também ao dólar mais baixo. A inflação ainda está alta, com pressão forte dos alimentos, aumentos de alguns preços administrados, como água e mesmo remédios, que tiveram reajuste autorizado agora em abril, começa a ceder. Mas já há uma nítida perda de força nos preços que respondem muito à demanda, como roupas, eletrodomésticos e até serviços. Serviços como cabeleireiro, reparos da casa, tintureiro e outros que estiveram entre os principais fatores de pressão dos últimos anos. Neste ano estão acompanhando mais o ritmo de inflação, que também está perdendo ritmo. Seguindo assim, a inflação, mais acomodada, pode dar espaço para algum corte dos juros básicos, de um, talvez, até dois pontos. Isso fica mais provável se houver a mudança de governo, com uma equipe que desperte maior credibilidade, sem que a alteração dos juros pareça uma estratégia populista. Detalhe: a queda do dólar, que está colaborando pra essa expectativa melhor em relação à inflação, veio muito da perspectiva de mudança de governo. E a queda do dólar, que ontem fechou em R$ 3,53, só não foi maior nas últimas semanas, pela intervenção pesada do Banco Central, que tem dado o recado de que não quer a cotação abaixo dos R$ 3,50, pelos efeitos negativos que poderia ter para a competitividade dos produtos brasileiros e a balança comercial. Mas aí é outra história. Boa noite.


MARCADORES: DESINFLAÇÃO / DEFLAÇÃO, RECESSÃO, DEPRESSÃO ECONÔMICA, IMPEACHMENT DA DILMA

quarta-feira, 20 de abril de 2016

O MASSACRE CONTRA BOLSONARO E O CAMINHO DA VERDADE - ABRIL DE 2016







MARCADORES: DEPUTADO FEDERAL JAIR MESSIAS BOLSONARO, DEPUTADO FEDERAL EDUARDO BOLSONARO, DISCURSO DO BOLSONARO NA VOTAÇÃO DO IMPEACHMENT DA DILMA, CORONEL USTRA, REGIME MILITAR, CUSPARADA DO JEAN WYLLYS, DOUTRINAÇÃO MARXISTA CULTURAL, NACIONALISMO, SOCIALISMO, COMUNISMO, DESESPERO DA ESQUERDA, PRESIDENTE 2018, PERUÍBE, PERUIBENSE, VALE DO RIBEIRA, VALERIBEIRENSE, ANA DIAS, ITARIRI, ITARIRIENSE, PEDRO DE TOLEDO, PEDRO-TOLEDENSE, MIRACATU, MIRACATUENSE, JUQUIÁ, JUQUIAENSE, REGISTRO, REGISTRENSE, IGUAPE, IGUAPENSE, ILHA COMPRIDA, ILHACOMPRIDENSE, SETE BARRAS, SETEBARRENSE, PARIQUERA-AÇU, PARIQUERENSE, JACUPIRANGA, JACUPIRANGUENSE, CANANÉIA, CANANIENSE, BARRA DO TURVO, BARRA-TURVENSE, CAJATI, CAJATIENSE, IPORANGA, IPORANGUENSE, ELDORADO, ELDORAENSE, BARRA DO CHAPÉU, BARRENSE, SANTOS, BAIXADA SANTISTA, LITORAL PAULISTA, ESTADO DE SÃO PAULO, CURITIBA, PARANÁ, LITORAL PARANAENSE, BRASIL, BRASILEIROS

segunda-feira, 18 de abril de 2016

DENISE CAMPOS DE TOLEDO / MERCADO MAIS REALISTA SOBRE MUDANÇAS DE GOVERNO - ABRIL DE 2016



Parece estranho o fato de o mercado, que torce pelo impeachment, não ter tido uma reação animada no dia seguinte à votação na Câmara. O motivo, em parte, é esse: o mercado, quase eufórico, antecipou o fato. A bolsa subiu demais, dando espaço agora pra chamada realização de lucros. Quem ganhou embolsa, por receio de algum tropeço, que pode ocorrer mesmo até porque só o impeachment não vai garantir um desempenho efetivamente melhor da economia e das empresas. Apenas abre mais espaço para que isso possa acontecer. Já o dólar interrompeu a queda com a atuação pesada do Banco Central, através da venda recorde de contratos de swap cambial reverso, que são um compromisso de compra futura da moeda. O Banco Central enxuga a oferta pra sustentar a cotação em nível mais alto. Com isso quer evitar que uma queda muito forte possa prejudicar a melhoria de competitividade da produção nacional, das exportações, que deve ocorrer com o dólar mais alto. Agora, é fato também que o mercado está sendo realista com relação aos efeitos da possível mudança de governo. Conta com uma gestão mais eficiente, que reorganize a economia, estabeleça perspectivas melhores e mais confiança, levando à uma retomada da atividade. Mas isso não vai reverter a crise de uma hora pra outra. A recessão deste ano já está dada. Se vier mesmo o impeachment e o novo governo acertar a mão, na escolha da equipe e dos primeiros passos da política econômica, lá para o quarto trimestre pode alcançar algum resultado em termos de reativação da economia. Mas, pra isso, é preciso, também, que o processo caminhe rápido no Senado. Quanto mais demorar, maior a paralisia de decisões e a trava na economia. Previsão melhor, como vimos, só para a inflação. Até pela previsão de recessão pesada, com queda do consumo, o que induz as empresas a segurarem os aumentos. Além disso, houve a queda da tarifa de energia e tem o dólar mais baixo, que também ajuda. Agora uma observação: um telespectador me mandou uma carta me questionando por ter falado, na semana passada, em queda da inflação. Eu não disse que a inflação está baixa. Só está menos alta, por esses fatores que eu citei. Mas uma inflação prevista em 7%, para o final do ano, ainda pesa no bolso, prejudica muito o poder de compra e acaba atrapalhando a retomada de atividade já limita o consumo. Eu volto na quinta. Até lá.


MARCADORES: IMPEACHMENT DA PRESIDENTE DILMA, RECESSÃO, POSSIBILIDADE DE MELHORA

POR 342 VOTOS A FAVOR VERSUS 133 VOTOS CONTRA, O PROCESSO DA DILMA SEGUIRÁ PARA O SENADO (A "DÉCIMA PRAGA") - ABRIL DE 2016




Com 342 votos favoráveis, processo contra Dilma segue para o Senado

Apesar da decisão, presidente ainda não será afastada de suas funções

DE A TRIBUNA ON-LINE  
Vinte e quatro anos depois do Brasil viver um momento único em sua história, com o afastamento do então presidente Fernando Collor de Mello, a Câmara dos Deputados voltou a julgar um presidente, ao decidir pela abertura do processo de impeachment. E, assim como em 92, após denúncias contra sua gestão, Dilma Rousseff (PT) poderá ser afastada de suas funções.

A aprovação da abertura do processo foi anunciada na noite deste domingo (17), após 342 votos favoráveis terem sido computados. O sufrágio que serviu de passaporte para a votação seguir ao Senado foi dado pelo deputado Bruno Araújo (PSDB-PE), por volta das 23h08. No momento em que o placar alcançou os 342 votos pró-impeachment, havia 127 votos contra e seis abstenções.

A votação foi encerrada às 23h50. A abertura do processo foi referendada por 367 deputados. Outros 137 parlamentares foram contrários. Houve ainda sete abstenções. Apenas duas ausências foram registradas na votação. Apesar do resultado, a votação na Câmara não significa o afastamento imediato da presidente. A decisão dos deputados ainda precisará ser confirmada por maioria simples pelo Senado, o que só deverá ocorrer no início de maio.

Afastamento

Caso aprovada a admissibilidade do processo pelo Senado, o que deve ser decidido entre os dias 10 e 11 de maio, a presidenta Dilma Rousseff será notificada e afastada do cargo por um prazo máximo de 180 dias, para que os senadores concluam o processo. O vice-presidente da República, Michel Temer, assume o posto. Mesmo se for afastada, Dilma manterá direitos como salário, residência no Palácio da Alvorada e segurança. Nesse período, ela fica impedida apenas de exercer suas funções de chefe de Estado.

Nesta etapa, o processo voltará à comissão especial para a fase de instrução. É aí que a presidenta terá até 20 dias para apresentar sua defesa. A comissão analisará todos os elementos para o impedimento e a defesa de Dilma Rousseff. Também serão juntados documentos, provas, mas, para isso, não há prazo definido em lei.

Um novo parecer com as conclusões, com base no que for reunido, será votado na comissão especial e no plenário da Casa, também por maioria simples. Se aprovado mais esse parecer a favor do impeachment, o julgamento final do processo será marcado. A sessão, no Senado, será presidida pelo presidente do Supremo Tribunal Federal (STF). Nessa última votação, feita apenas no plenário do Senado, é preciso dois terços dos votos para que o impedimento seja aprovado. Ou seja, 54 dos 81 senadores.

Com a derrota na Câmara, o governo deverá entrar com ação no Supremo Tribunal Federal (STF) contra o mérito do pedido de impeachment, mas ainda não está definido quando isto deverá ocorrer. Na noite deste domingo (17) também ficou definido que quem irá se pronunciar pela presidente Dilma será o ministro José Eduardo Cardozo (Advocacia-Geral da União), responsável pela defesa da petista.

A denúncia contra Dilma é baseada em dois pontos: as chamadas pedaladas fiscais e seis decretos de créditos suplementares ao orçamento, considerados crimes de responsabilidade pelos autores do pedido.

As pedaladas são atrasos propositais no repasse de recursos para bancos públicos. A ação é adotada para melhorar artificialmente as contas federais. Já o problema com os créditos é que teriam sido emitidos sem autorização do Congresso.


FONTE: A TRIBUNA


O governo Dilma ACABOU. Contrariando as análises mais pessimistas, o impeachment da presidente seguiu aos trancos e barrancos, e o primeiro resultado prático está aí, pouco fazendo diferença se por enquanto a cidadã em questão prossegue no cargo, pois o SENADO não reverterá essa situação. Com teimosia, ela resistiu como um faraó em luta contra o deus dos hebreus. Um confronto inglório aos egípcios, que francamente, só sofreram devido a resistência inútil do amado de pitá. NÃO FOI POR FALTA DE AVISO, e isso vale para os dois casos.

E com muita satisfação, aviso que a DÉCIMA PRAGA encerrou em definitivo os tempos do PT no poder. Numa guerra, o lado que vence é o que comente menos erros, e essa regra se confirmou. Seguem abaixo dois vídeos em homenagem a esse último e definitivo evento. É A PROMETIDA DÉCIMA PRAGA NO PEDAÇO, MEU POVO !!!








A DÉCIMA PRAGA - A MORTE DOS PRIMOGÊNITOS


Hoje será um dia difícil para muitos esquerdistas. A fantasia acabou, E POUCO ADIANTA REPETIREM A BABAQUICE DO "GOLPE", "GOLPE". Um golpe que passou por todos os trâmites, inclusive pelo STF? Só um fanático esquerdista para dizer que foi golpe, e sobram desses tipos por aí.

Recomendação para o dia de hoje:






Agora, Dilma, posso dizer o seguinte: MEU POVO ESTÁ LIVRE DE TI !!!


POSTAGEM RECOMENDADA: COM O PMDB FORA DO GOVERNO DILMA, O IMPEACHMENT SE TORNA MAIS PRÓXIMO (A "NONA PRAGA")


MARCADORES: MICHEL TEMER / FUTURO PRESIDENTE DO BRASIL, GOVERNO DILMA / PT SEGUINDO PARA O FIM, IMPEACHMENT DA PRESIDENTE / PRESIDENTA DILMA, ANTIGO TESTAMENTO, NOVELA OS DEZ MANDAMENTOS, AS PRAGAS DO EGITO, DÉCIMA PRAGA - A MORTE DOS PRIMOGÊNITOS, DILMA É TEIMOSA COMO O FARAÓ RAMSÉS, SEGUE FIRME MOISÉS / MORO, PROTESTOS A FAVOR DO IMPEACHMENT EM, FOTOS DO PROTESTO, PERUÍBE, PERUIBENSE, VALE DO RIBEIRA, VALERIBEIRENSE, ANA DIAS, ITARIRI, ITARIRIENSE, PEDRO DE TOLEDO, PEDRO-TOLEDENSE, MIRACATU, MIRACATUENSE, JUQUIÁ, JUQUIAENSE, REGISTRO, REGISTRENSE, IGUAPE, IGUAPENSE, ILHA COMPRIDA, ILHACOMPRIDENSE, SETE BARRAS, SETEBARRENSE, PARIQUERA-AÇU, PARIQUERENSE, JACUPIRANGA, JACUPIRANGUENSE, CANANÉIA, CANANIENSE, BARRA DO TURVO, BARRA-TURVENSE, CAJATI, CAJATIENSE, IPORANGA, IPORANGUENSE, ELDORADO, ELDORAENSE, BARRA DO CHAPÉU, BARRENSE, SANTOS, BAIXADA SANTISTA, LITORAL PAULISTA, ESTADO DE SÃO PAULO, CURITIBA, PARANÁ, LITORAL PARANAENSE, BRASIL, BRASILEIROS

domingo, 17 de abril de 2016

PROTESTO IMPEACHMENT EM PERUÍBE NESTE DOMINGO, 17 DE ABRIL, REMARCADO PARA 18 HORAS - ABRIL DE 2016





Atenção, o protesto deste domingo, 17 de abril, foi remarcado para as 18 horas, lá na praça matriz. O fato é que muitos peruibenses estão acompanhando a sessão do congresso nacional pela TV e internet, e só irão para as ruas se o resultado começar a se demonstrar desfavorável para a Dilma. Então, para os interessados, fica o recado: PRAÇA MATRIZ, A PARTIR DAS SEIS DA TARDE.


MARCADORES: PERUÍBE, PERUIBENSE, PROTESTO ANTI-DILMA, MANIFESTAÇÃO, PROTESTO, VOTAÇÃO DO IMPEACHMENT DA DILMA, DOMINGO, 17 DE ABRIL, ENCONTRO DE MANIFESTANTES NA PRAÇA MATRIZ A PARTIR DAS 18 HORAS, SEIS DA TARDE

quinta-feira, 14 de abril de 2016

DENISE CAMPOS DE TOLEDO / CRISE ECONÔMICA É PRODUTO DE MUITA INCOMPETÊNCIA - ABRIL DE 2016



Essas projeções em relação às contas públicas mostram bem o tamanho da dificuldade que um novo governo terá, no caso de aprovação do impeachment, pra colocar a economia nos eixos. A animação do mercado, que já dá como certa a mudança de governo, vem muito da expectativa de que um novo presidente tenha mais apoio político e competência pra avançar com as medidas necessárias pra estabelecer uma condição melhor de evolução da economia. Ainda que as medidas sejam impopulares, como o corte de pessoal, de despesas nas várias áreas, aumento de impostos, a reforma da Previdência. E não vai dar pra perder tempo. O novo governo, pra garantir o esperado choque de confiança, vai ter que anunciar, com muita rapidez, uma equipe competente e as primeiras propostas. É importante aproveitar, inclusive, o respaldo político que virá do próprio processo de impeachment. Afinal, se passar, se houver o impeachment, em tese, isso vai significar que a maioria dos parlamentares endossou a mudança de governo. Portanto, deverá haver um entendimento pra ajudar esse novo governo a governar e viabilizar uma saída da crise. Ações precisas, confiáveis, podem, inclusive, estimular investimentos, até com atração de recursos externos, que serão importantes para a economia entrar mesmo numa trajetória de recuperação. Chega de paradeira, de inabilidade na gestão da política econômica, de distribuição de cargos e de ministérios só com foco político. Foi muita incompetência que jogou o País na atual crise. Claro que não dá pra esperar por uma mudança mágica, por um governo altamente eficiente e independente. Até porque o jogo político no Brasil é muito pesado. Concessões têm de ser feitas. Por isso, na lista de reformas, também é imprescindível que haja uma reforma política. Mas dá, sim, pra fazer muita coisa pra estabelecer um horizonte de recuperação, que, na prática, será mais um retorno à condição que estávamos poucos anos atrás. A deterioração foi rápida. O País tem de ter de novo uma meta de superávit fiscal, uma meta de inflação, uma condição institucional mais segura pra quem quer investir, com menos intervencionismo. Adiar os ajustes que têm de ser feitos só reforça a crise. Estamos vendo isso. E, mesmo que o governo tenha de apertar muito o cinto, especialmente, pra reequilibrar as finanças, o Brasil tem potencial pra reagir. Boa noite.


MARCADORES: GOVERNO DILMA / PT, IMPEACHMENT DA DILMA, PROTESTO NO DIA 17 DE MARÇO, VOTAÇÃO DO IMPEACHMENT

quarta-feira, 13 de abril de 2016

PIADA REACIONÁRIA PRÓ-IMPEACHMENT - ABRIL DE 2016



Qual é o nome do som emitido por um burro? 

a) Balir; 
b) Zurrar; 
c) Não vai ter golpe.


MARCADORES: BRASIL, BRASILEIROS, GOVERNO DILMA / PT, IMPEACHMENT DA DILMA, BURRO, BURRICE, DOUTRINAÇÃO COMUNISTA, NÃO VAI TER GOLPE ... VAI TER IMPEACHMENT !!!

terça-feira, 12 de abril de 2016

DENISE CAMPOS DE TOLEDO / MÁ GESTÃO DA ECONOMIA DEIXARÁ HERANÇA PESADA - ABRIL DE 2016



Difícil fazer projeções em meio a tantas incertezas. Muita coisa pode acontecer - o impeachment da presidente, a saída também de Michel Temer, novas eleições e até a improvável permanência de Dilma Rousseff. Mas, independentemente do desfecho da crise política, o País não vai escapar de uma piora da crise econômica este ano. O mercado ainda prevê a retração do PIB como nós vimos em 3,77%, mas que pode passar de 4%. O desemprego vai crescer bastante, comprometendo mais o consumo e as finanças das empresas, o que amplia o risco de calote e pode gerar problemas até para o sistema financeiro, especialmente para pequenos e médios bancos. De outro lado, o governo já não tem compromisso com meta fiscal. Em vez de buscar o superávit de 24 bilhões de reais, previsto no orçamento, propõe agora ao Congresso um déficit de 97 bilhões. Pra obter apoio, vai liberando mais e mais verbas partidárias e tenta estabelecer uma agenda positiva, com mais liberação de recursos pra programas sociais, o PIS/Pasep pra idosos... 

A herança que vai ficar da incompetência na gestão da economia, do toma lá da cá, da gastança sem limites vai ser muito pesada. Por isso o mercado reage com exagero ao noticiário favorável ao impeachment. Tem influência do exterior. Outras moedas também avançaram frente ao dólar. Mas o movimento aqui é bem mais intenso pela aposta no impeachment. O dólar caiu e ficou abaixo do 3 e 50, o que não acontecia há oito meses, porque o mercado está vendo maior chance de afastamento da presidente. Ainda que isso não garanta a reversão da crise, pelo menos, abre a possibilidade de adoção de um novo modelo, mais responsável, com maior apoio político. Tudo que não se vê com a permanência de Dilma Rousseff. Nessa hipótese, as projeções são de um cenário bem pior que este que está sendo desenhado. Eu volto na quinta, até lá.


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domingo, 10 de abril de 2016

VINICIUS TORRES FREIRE / ALGUMAS EXPLICAÇÕES PARA A QUEDA DO DÓLAR - ABRIL DE 2016




O preço do dólar, baixo e baixando desde a metade de fevereiro, por aí, parece o de um país pelo menos animado e pronto para sair do buraco econômico profundo. Não é bem o caso.

A moeda americana voltou a cair abaixo de R$ 3,60. Lembrem-se que, no início de janeiro, o dólar andava rondando a casa dos R$ 4,20.

Aconteceu alguma coisa nova? De certo modo, sim. Sim, houve notícias animadoras nos mercados financeiros mundiais, nos mercados financeiros. Sim, existe a perspectiva de que acabe essa agonia política.

De certo modo, não há novidades. São esses os fatores que vêm fazendo o dólar subir ou cair desde o início do ano.

Mais ou menos metade da queda do preço do dólar e da animação das Bolsas, por exemplo, deve-se a fatores domésticos, à expectativa de que Dilma Rousseff será deposta e que, depois disso, virá um governo que ponha ordem na economia, o que aliás ainda é muito incerto. Mas o pessoal especula com isso.

Um outro motivo da melhoria dos mercados financeiros aqui é a economia mundial. Um dos motivos de preocupação entre os investidores é o destino da China. A coisa é enrolada, mas havia medo de que houvesse uma grande fuga de capitais da China, de dinheiro da China, uma perda de valor da moeda deles e, assim, uma desordem no comércio mundial, onde a China tem peso enorme, entre outros problemas. Agora, parece que haverá alguma estabilidade lá na China.

Essa alegria vai durar? Depende da política, que está completamente imprevisível. Depende também da calmaria lá fora, isto é, depende de calmaria na economia americana, na economia chinesa e no preço das mercadorias importantes para o comércio dos países emergentes, Brasil inclusive: petróleo, ferro, comida, por exemplo. Se o preço dessas mercadorias sobe, a coisa fica mais calminha aqui. Boa noite.



MARCADORES: GOVERNO DILMA /PT, IMPEACHMENT DA DILMA

MANIFESTAÇÃO A FAVOR DO IMPEACHMENT DA DILMA EM PERUÍBE, DIA 17 DE ABRIL DE 2016




O vídeo foi feito de forma apressada, e até eu reconheço que ficou tosco, mas o que me interessa é passar adiante a mensagem.


MARCADORES: PERUÍBE, PERUIBENSE, PERUIBANO, PROTESTO, MANIFESTAÇÃO, DOMINGO, 17 DE ABRIL, DUAS HORAS DA TARDE, ENCONTRO DOS MANIFESTANTES ÀS 14 HORAS, IMPEACHMENT DA PRESIDENTE DILMA, PRAÇA MATRIZ DE PERUÍBE

CRISE: 100 MIL LOJAS FECHADAS EM 2015 - ABRIL DE 2016



Dados são do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (CAGED)

Por Mônica Stepchitch

Com o país atravessando a maior recessão desde 1931, consumidores brasileiros apertam o cinto e em consequência o varejo registra o fechamento de quase 100 mil lojas em 2015, de acordo com dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (CAGED), reunidos pela Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC).

A análise revela que houve o fechamento de 95,4 mil lojas com vínculo empregatício no ano passado. Esse resultado corresponde a uma redução de 13,4% no número total de estabelecimentos comerciais que contratam no mínimo um funcionário. Entre as grandes lojas do varejo esse resultado é ainda pior, onde os encerramentos atingiram 14,8% dos estabelecimentos, segundo pesquisa da CNC. “O número de lojas diminuiu de 713 mil ao fim de 2014 para 617 mil ao fim de 2015. É uma queda muito forte, o primeiro recuo anual da série histórica iniciada em 2005”.

De acordo com a Confederação, o encerramento das lojas é produto da conjuntura macroeconômica, que levou ao declínio no montante das vendas, e é também um sinal de que o momento mais preocupante da crise econômica no país ainda não chegou. O quadro de 2016, de inflação e juros ainda altos, desvalorização do real, taxa de desemprego elevado e queda na confiança de empresários e consumidores, obriga os proprietários de redes varejistas a serem cautelosos e concentrarem o foco nas lojas mais lucrativas.

“O levantamento deixa claro o tamanho da crise no varejo, que prejudicou todos os setores, incluindo os grandes, que, teoricamente, têm mais condições de encarar o cenário recessivo. Além do mais, salta aos olhos porque ela está presente praticamente no país inteiro”, observa Fabio Bentes, economista da CNC.

Péssimo para os hipermercados

Todos os segmentos do varejo apontaram queda no número de lojas. Em termos absolutos, os hipermercados, os supermercados e as mercearias foram os mais atingidos, com o fechamento do número mais elevado de lojas em relação a 2014 – 25,6 mil no total. Assim como as lojas de vestuário e calçados (14%), o setor foi responsável por quase metade (45%) das lojas fora de operação. Os números estão baseados nas informações de dezembro de 2015 do CAGED.

Em termos relativos, os setores mais sujeitos às condições de crédito tiveram maior prejuízo, especificamente o setor de material de construção, cujo índice de retração foi maior (18,3%), depois o segmento de informática e comunicação (queda de 16,6%), o ramo de móveis e eletrodomésticos (encolhimento de 15%) e automóveis (-14,9%).

Varejo em seu pior momento

O Wal-Mart, maior varejista do mundo, fechou 60 lojas no Brasil no início deste ano. O varejo ampliado, que abarca o ramo automotivo e material de construção, concentra queda de 8,4% de janeiro a novembro de 2015, de acordo com dados do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística).

Resultado foi trazido pela diminuição das vendas no varejo, que possivelmente registrou no ano passado o pior nível dos últimos 15 anos.

“Foi uma crise generalizada, que não poupou ninguém no ano passado, e que deixa uma herança negativa para 2016. Porque, começando o ano com 95 mil lojas a menos, a chance de ter uma recuperação das vendas é muito remota”, disse o economista Fabio Bentes, da Divisão Econômica da CNC.

Veja informações das lojas e marcas mais conhecidas:

Rhodia

Fábrica têxtil em Jacareí (SP), interrompeu a produção e demitiu 129 funcionários. A empresa informou que tomou a decisão de concentrar sua produção na unidade de Santo André (SP) após diminuição no consumo de produtos, avaliada como consequência da crise econômica.

Alcoa

Uma das maiores produtoras mundiais de alumínio, sediada nos EUA, anunciou mais um corte de produção no Brasil e a demissão de 650 funcionários na unidade de São Luís, no Maranhão. Desta forma, a empresa não produzirá mais no país o alumínio primário, elemento base para produtos como esquadrias para construção civil e insumos de automóveis.

Amplimatic

Fabricante de peças de alumínio, anunciou a demissão de 57 funcionários e a paralisação da produção em sua unidade de São José dos Campos. “Estamos vivendo uma grande dificuldade por causa da crise. Tivemos até nosso gás e luz cortados. Por isso suspendemos as atividades”, disse o advogado da empresa, Sérgio Tarcha.

Souza Cruz

Fábrica de cigarros subsidiária do grupo British American Tobacco (BAT), anunciou o fechamento da fábrica no Rio Grande do Sul, no município de Cachoerinha. A produção da unidade é de 12 bilhões de cigarros ao ano, aproximadamente 25% do total de 50 bilhões produzidos no Brasil. “Não é uma decisão tomada por vontade própria, mas pela existência de uma escalada expressiva no aumento de impostos, que vem prejudicando o consumo”, disse o diretor financeiro da empresa, Leonardo Senra, entrevistado pela revista Valor Econômico.

Azul

Apresentando corte de 7% na quantidade de assentos ofertados em 2016 e com prejuízo de R$ 267 milhões até setembro de 2015 — valor oito vezes maior que a a perda registrada em igual período no ano anterior —, a empresa pretende devolver 20 dos 140 aviões de sua frota. Do total, 15 passarão para a portuguesa TAP, inclusive nove jatos da Embraer e seis turbohélices ATR, conforme informado pela fonte da aérea. A Azul, assim como as demais empresas, está sendo muito afetada pela alta do dólar, que já ultrapassou a barreira dos R$ 4. Aproximadamente 70% dos custos das aéreas são em dólar (combustível, leasing de aviões e manutenção de peças).

Mabe

As unidades localizadas em Campinas e Hortolândia fabricam geladeiras e fogões das marcas Dako e Continental. Apesar de receber incentivos do governo federal, como a redução no IPI (Imposto sobre Produtos Industrializados) e o financiamento de eletrodomésticos, a empresa assumiu insuficiência para honrar os contratos. A multinacional tem dívidas no Brasil que somam ao menos R$ 24 milhões. Em 2013, foi feito pedido de recuperação judicial, porém não foi suficiente e em dezembro último a empresa pediu à Justiça a decretação de falência.

Walmart Brasil

Terceiro maior grupo supermercadista do país anunciou no início de 2016 o fechamento de 60 lojas no país e a troca de presidente. A quantidade de unidades encerradas representa o dobro do que foi divulgado no fim de dezembro. Na época, o Walmart Brasil pretendia fechar 5% de 544 supermercados, aproximadamente 30 unidades.

O Boticário

A franquia de cosméticos e perfumes fechou dez lojas no Vale do Aço, sendo sete em Ipatinga e três em Coronel Fabriciano em Minas Gerais.

Lojas Leader

Seu controlador, o banco de investimentos BTG Pactual, anunciou falência da rede varejista. O pedido foi feito pela família Furlan, proprietária da rede de lojas paulista Seller, adquirida pela Leader em 2013, que reclama atraso no pagamento de R$ 9 milhões na Justiça.



FONTE: EPOCH TIMES



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quinta-feira, 7 de abril de 2016

DENISE CAMPOS DE TOLEDO / JURO NO CARTÃO DE CRÉDITO É RECORDE EM 20 ANOS - ABRIL DE 2016



É, apesar de o Banco Central ter dado uma parada no aumento da taxa básica, por preocupações com a recessão e a queda de atividade, os juros para os consumidores não param de subir. É um recorde atrás do outro. Levantamento da Anefac, Associação dos Executivos de Finanças, mostrou que em março a taxa média do rotativo do cartão chegou a 432% ao ano, a maior em 20 anos. Já a taxa média do cheque especial bateu nos 263,7%. São taxas médias. No caso do cartão tem banco cobrando, no rotativo, 1000% ao ano. Parece inacreditável, mas é a realidade. Os bancos, por medo da inadimplência, aumentam as taxas pra compensar eventuais perdas com o calote. Só que com as taxas nesse nível, muito provavelmente, a inadimplência vai crescer. Como bancar um custo tão alto assim? Até porque não é só isso. O consumidor também está com a renda comprometida pela inflação e pelo desemprego. Não é à toa que a demanda por crédito vem caindo muito. Só encara quem não tem outro jeito. E o melhor é sempre buscar linhas, claro, mais baratas ou menos caras, já que aumento tem sido generalizado. Mas o consignado e o crédito pessoal ainda têm um custo mais acessível, com a vantagem de terem parcelas fixas. No cartão e no cheque especial o custo da rolagem vai subindo de acordo com a mudanças das taxas de mercado. E por mais absurdo que pareça, a tendência ainda é de alta. O próprio Banco Central, ao divulgar o relatório de estabilidade financeira, reconheceu que a queda da demanda por crédito é muito forte e que a inadimplência deve subir mais. Nas atuais condições da economia nem adianta o governo vir com aquela ideia, de sempre, de tentar estimular o consumo e a atividade liberando mais crédito. Hoje essa estratégia não daria resultado. Falta confiança também. A situação só vai mudar quando houver maior segurança quanto ao cenário político e econômico. Enquanto isso, o crédito mais caro e escasso acaba reforçando a desaceleração da atividade, ao frear com mais intensidade o consumo, além de trazer dificuldades adicionais para as empresas, que já estão tentando se equilibrar entre o consumo mais fraco e o aumento de custos. Os juros para as empresas também estão subindo. Eu volto na segunda. Até lá.


MARCADORES: JUROS MUITO ALTOS, CARTÃO DE CRÉDITO, CONSUMO, CONSUMIDORES, GOVERNO DILMA / PT, IMPEACHMENT DA DILMA