sexta-feira, 29 de janeiro de 2016

VINICIUS TORRES FREIRE / PACOTE DE CRÉDITO REFRESCA VIDA DE ALGUNS SETORES - JANEIRO DE 2016




O governo anunciou enfim o tal "pacote de crédito", ontem, uma tentativa de aumentar empréstimos para alguns setores da economia. Vai dar um jeito na crise? Não. Pode ser que ajude a evitar que a crise piore, para alguns setores beneficiados. Mas, se nada mais for feito, talvez o pacote não ajude nem a enxugar gelo.

O plano foi mais criticado pelo que ele não é do que pelo que ele de fato faz, na prática.

Como a gente já disse aqui no Jornal da Gazeta, a medida com efeito mais direto na vida do cidadão comum pode ser o uso do FGTS como garantia para empréstimos consignados. Você poderá pedir um empréstimo dando como espécie de fiança parte do dinheiro que você tem FGTS. Qual a vantagem? Com uma garantia boa de que não vai tomar calote, o banco pode emprestar mais dinheiro, com taxas de juros muito menores. Para quem está enforcado em dívidas horríveis como cartão de crédito e cheque especial, pode ser uma saída: trocar uma dívida horrendamente cara, com juros de 400% ao ano, por uma dívida com juros de 30%.

Mas essa possibilidade ainda precisa ser aprovada no Congresso.

Outra medida que pode ter impacto na vida do dia a dia é o possível aumento do crédito para compra de imóveis.

Para pequenos empresários, o governo pretende facilitar a vida para quem precisa de capital de giro: isto é, aquele dinheiro para bancar o estoque, pagar o fornecedor etc. Para pegar empréstimo, o empresário pequeno precisa de garantias, que em geral não tem como oferecer, por ter poucos bens, por exemplo. Sem garantias, o empréstimo não sai ou fica caro. O governo vai fazer com que o BNDES ofereça garantias para esse empréstimo. Isto é, se o negócio é bom, o banco do governo banca as garantias que o pequeno empresário não tem. O empréstimo sai ou sai mais barato, com taxas menores. No mais, a coisa é agricultura ou para empresas maiores, para investimentos em infraestrutura, grandes obras, que estão mal paradas porque o governo não consegue fazer os projetos.

Ou para refinanciar a dívida de quem tomou empréstimo no BNDES para comprar máquinas e equipamentos e agora não tem como pagar. Enfim, vai refrescar a vida de alguns setores. Pode evitar algumas quebradeiras. Mas a crise continua. 



MARCADORES: BNDES / BANCO NACIONAL DE DESENVOLVIMENTO ECONÔMICO E SOCIAL, RECESSÃO, BRASIL, BRASILEIROS, PACOTE DE CRÉDITO DO GOVERNO DILMA / PT

DENUSE CAMPOS DE TOLEDO / O GOVERNO NÃO CONSEGUE AJUSTAR AS FINANÇAS - JANEIRO DE 2016



A queda do desemprego em dezembro pode até dar a ideia de recuperação, mas teve o componente sazonal. No final do ano cai a procura por emprego. Mesmo assim foi o pior dezembro em oito anos. A taxa anual média de desemprego cresceu 42,5% de 2014 pra 2015, indo de 4,8 para 6,8%. E o mercado de trabalho não piorou só em relação ao emprego. Piorou também a qualidade. Houve o corte de um milhão e meio de vagas com carteira assinada e os serviços domésticos, que vinham caindo desde 2010, cresceram 1,5% E foi a primeira queda do rendimento real desde 2004. Pra este ano a expectativa é de mais desemprego. As empresas continuam se ajustando à atividade mais fraca, o que reforça o ciclo negativo que estamos vivendo. Desemprego e queda de renda reduzem o consumo, dificultando a reação da economia. Sendo que o consumo ainda vai ser prejudicado pela inflação, que deve continuar elevada, principalmente com a sinalização do Banco Central de que não deve aumentar mais os juros. Foi o que ficou da ata da reunião do Copom divulgada hoje. Da reunião em que decidiu manter a taxa básica em 14,25%, contrariando a indicação de que haveria alguma elevação, pra garantir comportamento melhor da inflação. Não que a alta dos juros fosse ter impacto imediato. A inflação segue pressionada pelo aumento de custo das empresas, pelo tarifaço, a alta dos alimentos. Até se questionava o custo de elevar os juros com a economia em recessão. Mas o fato de BC dar a entender que jogou a toalha e não vai mais aumentar os juros, por pressões políticas, gera expectativas muito ruins. E as expectativas podem fazer a inflação subir mais, já que estimulam a indexação, correções preventivas de preços, repasses de custos. Pra completar o quadro, o governo não consegue ajustar as finanças. Após o rombo recorde de 2015, tenta garantir algum superávit com mais aumento da carga de impostos, insiste na CPMF. Fala também em reforma da Previdência, já que a maior despesa vem daí. Só que tem a resistência política e mudanças, como a idade mínima pra aposentadoria, não teriam efeito a curto prazo. A previsão ainda é de desequilíbrio das finanças públicas, o que aumenta as incertezas para a economia e até a inflação. E o governo ainda fala em adequar a meta fiscal à receita e deve liberar mais de 80 bilhões em crédito direcionado, aproveitando que os bancos públicos estão com mais caixa, depois do acerto das pedaladas fiscais. É assim que vai sair o ajuste e a reestruturação da economia, com a velha fórmula de incentivos pontuais? Eu volto na segunda. Até lá.

MARCADORES: POSSÍVEL VOLTA DA CPMF, REFORMA DA PREVIDÊNCIA, INFLAÇÃO, GOVERNO DILMA / PT

quinta-feira, 28 de janeiro de 2016

VINICIUS TORRES FREIRE / PACOTINHO DE CRÉDITO, NO MÁXIMO, SERÁ REMENDO - JANEIRO DE 2016




Amanhã pode ser dia de o governo anunciar um pacotinho de crédito. Quer dizer, medidas para facilitar empréstimos pessoais, crédito para comprar casa, capital de giro para pequenas e médias empresas, crédito especial para empresas que vendem lá fora, que exportam.

Pode não sair tudo amanhã, mas o governo deve dar as linhas gerais da coisa na reunião do Conselhão. O Conselhão é o Conselho de Desenvolvimento Econômico e Social, um grupo de empresários, banqueiros, sindicalistas e representantes de movimentos sociais convocados pelo governo da dar sugestões.

Pois bem, o que o governo pode anunciar de prático, para o comum dos mortais? Pode permitir que as pessoas usem parte do FGTS como garantia para um empréstimo. Isto é, se a pessoa dá calote, não paga o empréstimo, o dinheiro do FGTS cobre o calote. Qual a vantagem? Tendo uma garantia tão boa, o empréstimo fica mais fácil e mais barato.

O governo também quer dar um jeito de fazer com que os bancos públicos facilitem o empréstimo para pequenas e médias empresas, dinheiro para capital de giro: aquele usado para pagar fornecedores e necessidades do dia a dia da empresa.

O governo pretende também dar um jeito de facilitar o crédito para a compra de casas, que caiu mais de 30% no ano passado.

Vai ter algum resultado, se sair do papel? Talvez impeça a recessão de piorar um pouquinho, lá pelo final do ano, se tudo der certo. O problema da economia brasileira não está aí. Aliás, tem muita gente que nem quer pegar dinheiro emprestado, com medo do futuro. As taxas de juros subiram. Para as pessoas físicas, eram na média 64% ao ano, em dezembro. Um ano antes, 50%. Pela primeira vez em pelo menos 10 anos, o total de dinheiro emprestado no país diminuiu. Os bancos têm receio de emprestar, menos gente pode tomar emprestado.

O buraco do Brasil é mais embaixo. O país precisa de mudanças maiores. Se o pacotinho de crédito sair do papel, será um remendo. No máximo.


MARCADORES: PACOTE DE CRÉDITO, FGTS, EMPRÉSTIMOS PESSOAIS, TAXA DE JUROS, BRASIL, BRASILEIROS, GOVERNO DILMA /PT

quarta-feira, 27 de janeiro de 2016

ALGUNS VÍDEOS DO DEPUTADO JAIR BOLSONARO EM PORTO ALEGRE - JANEIRO DE 2016



JAIR BOLSONARO SENDO RECEBIDO NO AEROPORTO DE PORTO ALEGRE




ENTREVISTA DE JAIR BOLSONARO AO PROGRAMA TIMELINE DA RADIO GAÚCHA - PORTO ALEGRE




RÁDIO LIVRE ENTREVISTA O DEPUTADO FEDERAL JAIR BOLSONARO - 25 DE JANEIRO DE 2016




ENTREVISTA DE JAIR BOLSONARO NO PROGRAMA ESFERA PÚBLICA DA RÁDIO GUAÍBA


MARCADORES: DEPUTADO FEDERAL JAIR MESSIAS BOLSONARO, ENTREVISTAS EM EMISSORAS DE RÁDIO, RECEPÇÃO NO AEROPORTO DE PORTO ALEGRE, RIO GRANDE DO SUL, SUL DO BRASIL, POLÍTICA, SOCIALISMO, COMUNISMO, MARXISMO CULTURAL, OPOSITOR AO GOVERNO DILMA / PT, JAIR BOLSONARO PRESIDENTE EM 2018


PERUÍBE ALAGADA, QUARTA-FEIRA, 27 DE JANEIRO DE 2016





Na tarde desta quarta-feira, 27 de janeiro de 2016, a chuva forte provocou vários alagamentos pela cidade, tradicionalmente despreparada para essa adversidade. Veremos o que o DIA SEGUINTE reserva para Peruíbe.



MARCADORES: PERUÍBE, PERUIBENSE, CHUVA FORTE, TORMENTA, ALAGAMENTOS, RISCO DE ENCHENTE

terça-feira, 26 de janeiro de 2016

DENISE CAMPOS DE TOLEDO / ENTRE DÚVIDAS, PROJEÇÕES NÃO PARAM DE PIORAR - JANEIRO DE 2016



O ano começou bem pior que se previa e olha que janeiro nem terminou. Não bastassem os problemas domésticos, agora vêm com mais intensidade as preocupações de fora. A desaceleração da China e a queda dos preços do petróleo e outras commodities podem comprometer o retorno financeiro das exportações de produtos básicos e prejudicar empresas como a Vale e a já debilitada Petrobrás. No exterior, o risco de quebra de empresas da área e calotes tendem a deixar o crédito mais restrito. Mas o Brasil ainda é uma das principais travas à economia global. Recessão, inflação e desgoverno colocam o País numa posição bem desfavorável. Vamos ter dois anos seguidos de recessão pesada, o que nunca ocorreu. E sem saber o que o governo pode e quer fazer pra reverter esse quadro. Reforma da Previdência, mais crédito para empresas e famílias, sem comprometer o ajuste fiscal, concessões de infraestrutura, maior controle da inflação. É por aí mesmo. Haverá até um conselhão com empresários, banqueiros, sindicalistas e representantes da sociedade para propor saídas para a crise. Mas será que vai haver disposição política pra fazer o que é certo. Por posturas ideológicas e falta de jogo de cintura, o governo deixou o País ser arrastado para a atual combinação de crises - política, econômica, de confiança... Será que mudou? A vacilada do Banco Central em relação aos juros não foi um bom sinal. A impressão é que deixou de elevar os juros não só por se preocupar com a recessão mas por pressão política mesmo. E os vários usos cogitados, agora, para o Fundo de Garantia??? Não que se deva estrangular o crédito e projetos sociais O problema é de onde e de que forma virá o dinheiro. É por dúvidas assim que as projeções não param de piorar. Eu volto na quinta. Até lá.


MARCADORES: BANCO CENTRAL, RECESSÃO, RETRAÇÃO DA CHINA, VALE DO RIO DOCE, PETROBRÁS, BRASIL, BRASILEIROS, GOVERNO DILMA / PT

segunda-feira, 25 de janeiro de 2016

SANTOS RECEBE INSCRIÇÕES PARA NOVO CONCURSO COM 257 VAGAS - JANEIRO DE 2016

São 48 cargos que exigem diplomas dos ensinos Fundamental e Médio

Da Redação


Dois novos concursos da Prefeitura de Santos recebem inscrições a partir desta segunda-feira (25). Os salários são de até R$ 2.365,34.

São oferecidas 257 vagas para 48 cargos que exigem diplomas dos ensinos Fundamental e Médio.

Todos os postos têm vale-refeição de R$ 359,26/mês. As inscrições deverão ser feitas apenas pelo site do organizador do processo seletivo, o Ibam Concursos: www.ibamsp-concursos.org.br. O prazo acabará em 25 de fevereiro.

Segundo a Administração Municipal, há mais de 20 anos a Cidade não tinha concurso público para as funções de jardineiros, carpinteiros, auxiliares de cenografia, borracheiros, entre outros.

As provas objetivas já têm duas datas pré-programadas pela Prefeitura: 20 de março e 3 de abril. O martelo será batido conforme a quantidade de inscritos. Os cargos operacionais, que vão de agente de instalação de telefonia até vidraceiro, terão provas práticas no fim de abril.

Isenção

Doadores de sangue, desempregados e pessoas que ganham até R$ 880,00 podem escapar do pagamento das taxas de inscrição, que vão de R$ 49,00 a R$ 65,00.

Para isso, devem entrar no site do Ibam, preencher um cadastro, imprimir o regulamento, separar os documentos e ir na Arena Santos (Av. Rangel Pestana, 184, Vila Mathias) entre quarta e sexta-feira da semana que vem, das 10 às 16h.

Panorama

Outros dois concursos já foram lançados pela Prefeitura de Santos nos últimos 15 dias, com 187 vagas. Somados aos dois editais de ontem, a Administração oficializou a criação de 444 vagas em 2016. Outras 12 devem ser abertas na semana que vem.




FONTE: A TRIBUNA









MARCADORES: SANTOS, SANTISTA, BAIXADA SANTISTA, LITORAL PAULISTA, CONCURSO PÚBLICO MUNICIPAL, EMPREGO, OPORTUNIDADES

domingo, 24 de janeiro de 2016

CONCURSO PÚBLICO MUNICIPAL PARA A PREFEITURA DE CAMPO GRANDE, COM 1988 VAGAS / MATO GROSSO DO SUL - JANEIRO DE 2016




A prefeitura de Campo Grande, capital do estado do Mato Grosso do sul, divulgou três editais de concurso público para 1.988 vagas em cargos de vários níveis de escolaridade. Os salários variam de R$ 797,42 a R$ 5.033,44. A Fundação de Apoio à Pesquisa, ao Ensino e à Cultura (FAPEC) é a organizadora responsável pelo concurso.

As inscrições vão do dia 25 de janeiro até 23 de fevereiro de 2016, e tem de ser feitas pelo site da FAPEC  http://fapec.org/concurso


O link com os três editais está logo abaixo:

EDITAL PREFEITURA DE CAMPO GRANDE 2016


FONTE: ACHE CONCURSOS










MARCADORES: CONCURSO PÚBLICO MUNICIPAL, CIDADE DE CAMPO GRANDE, ESTADO DO MATO GROSSO DO SUL, REGIÃO CENTRO-OESTE DO BRASIL, EMPREGOS, OPORTUNIDADES

sábado, 23 de janeiro de 2016

LULA DIZ: "NESTE PAÍS NÃO TEM UMA VIVA ALMA MAIS HONESTA DO QUE EU." 20/01/2016 - JANEIRO DE 2016



O ex-presidente da república caprichando na humildade. Cada um com sua opinião sobre si mesmo, mas apenas sei que nunca confiei em gente que adora dizer o bizarro "nunca fiz mal a ninguém", ou algo parecido.

Se algum "companheiro" confuso ou em início de desilusão aparecer por aqui, por favor, assista ao vídeo abaixo. Garanto que ajuda.





E encerro a postagem com um excelente MENESTREL. Visitem o canal dele. Rio muito .... e aprendo também.






MARCADORES: EX-PRESIDENTE LULA ENTREVISTADO, EXEMPLO EXTRAORDINÁRIO DE HUMILDADE, BRASIL, BRASILEIROS, POLÍTICA, IDEOLOGIA, DILMA VAI DAR A VOLTA POR CIMA ... NÃO É MESMO?

PERUBA CITY SKYLINE PARTE DOIS: ALGUNS FATOS QUE NÃO FAVORECEM A VERTICALIZAÇÃO URBANA DOS BAIRROS PRAIANOS - JANEIRO DE 2016












Aos que consideram a VERTICALIZAÇÃO DOS BAIRROS PRAIANOS uma necessidade para o desenvolvimento peruibense, recomendo que assistam aos vídeos acima. Uma recessão gravíssima está apenas começando no Brasil, a qual tende a afetar severamente o mercado imobiliário durante anos, e considero que coisas mais importantes merecem ser debatidas, como os efeitos da crise nacional no turismo, e a busca por alternativas econômicas urgentes para este município. 


POSTAGENS RECOMENDADAS:

ESCOLHAS TÊM CONSEQUÊNCIAS : ISSO TAMBÉM VALE PARA A PERUÍBE ATUAL

PERUBA CITY SKYLINE


MARCADORES: PERUÍBE, PERUIBENSE, PERUIBANO, PERUBA CITY, VERTICALIZAÇÃO, PRÉDIOS ALTOS, MERCADO IMOBILIÁRIO, IMÓVEIS, CASAS, APARTAMENTOS, PRAIA, ORLA DE PERUÍBE, BAIRROS PRAIANOS, SKYLINE, PANORAMA URBANO, JORNAL DA GLOBO / IMÓVEIS REFLEXOS DA CRISE, RECESSÃO BRASIL 2016, DEPRESSÃO ECONÔMICA, GOVERNO DILMA / PT E MAIS UM DOS SEUS FIASCOS



quinta-feira, 21 de janeiro de 2016

CONSTRUÇÃO CIVIL DEVE REGISTRAR MAIS DEMISSÕES EM 2016 - JANEIRO DE 2016



Câmara Brasileira da Indústria da Construção aponta que obras públicas estão em fase final e não existem obras começando 

DO ESTADÃO CONTEÚDO


A construção civil poderá perder mais empregos em 2016 do que os cortes registrados no ano passado, afirmou o presidente da Câmara Brasileira da Indústria da Construção (CBIC), José Carlos Martins.

De acordo com o executivo, as obras públicas que estão em andamento, incluindo o segmento mais popular do Minha Casa Minha Vida (MCMV) e os projetos do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), devem acabar antes do final de 2016. "Não tem obra começando, só acabando. E terminou a obra, dispensa o trabalhador", afirmou o presidente da CBIC.

O executivo ressaltou que, para evitar esse cenário, é necessário a "redução do tamanho do Estado" e não se pode mais aplicar reduções de investimento.

Ele explicou que o ano de 2015 foi marcado pela falta de recursos públicos, levando a atraso em pagamentos do governo para empresas, e pelo esvaziamento da caderneta de poupança, limitando os recursos para empréstimos. Este ano, por sua vez, poderá registrar a falta de reposição de obras. "Não tem perspectiva de obra nova de infraestrutura ou da faixa 1 do Minha Casa. Precisa começar um novo ciclo, caso contrário, não tem como segurar o emprego", afirmou.

A construção civil perdeu 416.959 vagas no ano passado e foi o segmento com segundo maior número de cortes, de acordo com dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) divulgados nesta quinta-feira pelo Ministério do Trabalho e Emprego (MTE). O resultado foi melhor do que o projetado pela CBIC, de 450 mil. "No ritmo que vínhamos, a expectativa era pior mas percebemos que não tinha mais onde cortar", disse o presidente da CBIC.

O executivo pede medidas estruturais na economia e discute com desconfiança possíveis estímulos do governo. "Se forem aplicadas medidas estruturais na economia, o emprego pode estabilizar ou, pelo menos, não cair. Mas se não diminui o tamanho do Estado ou continuar cortando investimento, vai para o buraco", afirmou Martins. "A diminuição da máquina pública abre espaço para queda de juros, porque reduz o risco. Com isso, cai o custo de investimento", acrescentou.

Sobre o impasse político, Martins disse entender que o governo não tem atualmente "muita representação no Congresso", o que seria necessário para aplicar medidas de ajuste. "Ou ele recupera a força no Congresso ou a sociedade se organiza para que isso aconteça", disse o presidente da CBIC.

Novo PAC

José Carlos Martins voltou a ressaltar que a principal reivindicação do setor é o pagamento de quase R$ 7 bilhões em atrasos das obras públicas, o que já seria suficiente para dar fôlego às construtoras. O governo estuda medidas para estimular a construção, que responde rápido aos incentivos, como forma de reanimar a economia. A nova estratégia foi batizada no Palácio do Planalto de "novo PAC".

Já sobre a chegada da terceira fase do MCMV, o executivo disse que ainda não há grandes expectativas de contratação de imóveis na faixa 1 do programa, que oferece subsídio estatal para os compradores das unidades. Enquanto isso, por mais que os outros segmentos, como a faixa 2 e 3, continuem a crescer, eles "não compensam a queda do mercado em geral". Essas faixas têm pouco subsídio do governo e, como incentivo para famílias de baixa renda, oferecem financiamentos com juros menores que os praticados no mercado.



FONTE: A TRIBUNA


MARCADORES: CONSTRUÇÃO CIVIL, MERCADO IMOBILIÁRIO, IMÓVEIS, IMOBILIÁRIAS,VENDA DE IMÓVEIS EM, ALUGUEL DE IMÓVEIS EM, BAIXADA SANTISTA, LITORAL PAULISTA, SANTOS, SANTISTA, PRAIA GRANDE, PRAIAGRANDENSE, MONGAGUÁ, MONGAGAVENSE, ITANHAEM, ITANHAENSE, PERUÍBE, PERUIBENSE, VALE DO RIBEIRA, VALERIBEIRENSE, ANA DIAS, ITARIRI, ITARIRIENSE, PEDRO DE TOLEDO, PEDROTOLEDENSE, MIRACATU, MIRACATUENSE, JUQUIÁ, JUQUIAENSE, REGISTRO, REGISTRENSE, IGUAPE, IGUAPENSE, ILHA COMPRIDA, ILHACOMPRIDENSE, SETE BARRAS, SETEBARRENSE, PARIQUERA-AÇU, PARIQUERENSE, JACUPIRANGA, JACUPIRANGUENSE, CANANÉIA, CANANIENSE, BARRA DO TURVO, BARRATURVENSE, CAJATI, CAJATIENSE, IPORANGA, IPORANGUENSE, ELDORADO, ELDORAENSE, CURITIBA, CURITIBANO, BRASIL, BRASILEIROS, DESEMPREGO, DEMISSÕES, GOVERNO DILMA / PT COLECIONANDO MAIS UM FIASCO

DENISE CAMPOS DE TOLEDO / A CRISE É SÉRIA DEMAIS PARA SUPORTAR AMADORISMO - JANEIRO DE 2016



O governo tenta minimizar os novos dados do mercado de trabalho, a perda de mais de um milhão e meio de empregos formais em 2015, assim como tenta minimizar a gravidade da crise que o País enfrenta. Difícil uma recuperação do mercado de trabalho com a recessão prevista, este ano, em 3... 3,5%. O mercado de trabalho é o último a reagir, depois que toda a economia engata um movimento melhor. No ano passado a indústria e a construção foram os setores que mais demitiram. Agora vem um ajuste mais forte no comércio e em serviços. Aliás, as contratações temporárias de final de ano, do comércio, não conseguiram evitar que fosse o pior dezembro, para o Caged, desde 2008. Ano em que a crise internacional bateu com mais intensidade por aqui. E aí lá em Davos, no Fórum Econômico Mundial, o ministro da Fazenda, Nelson Barbosa, diz que o Brasil passa por uma fase de transição, se adequando ás novas condições do mercado global, com a queda dos preços das commodities, de produtos básicos, como alimentos, minério, petróleo, mas segue consolidando os ganhos sociais. E mais: já poderá ter alguma recuperação no final do ano. Como acreditar nisso, com a falta de um programa melhor estruturado pra recolocar a economia nos eixos e com as decisões que o governo vem tomando com uma postura muito mais política e ideológica do que técnica. A atuação estabanada do Banco Central em relação aos juros básicos foi um exemplo claro disso. Induziu o mercado a acreditar que elevaria os juros para fazer com que a inflação caminhasse para o centro da meta até o final de 2017. Essa estratégia pode até ser criticada. Juros mais altos poderiam reforçar a recessão, a queda do consumo, o desemprego. Agora, não dá pra aceitar a mudança de postura do BC, a partir da piora das projeções do FMI para a economia brasileira. Projeções piores não são novidade. Isso nunca foi comentado pelo BC e, principalmente, na véspera de uma decisão sobre os juros. O que fica é a perda de credibilidade da instituição, pela suspeita de ter agido sob pressão, como já aconteceu no passado. A crise do País é séria demais pra ser administrada com ideologia, amadorismo, medidas pontuais, sem clareza de posições e posições corretas.Tudo isso só derruba mais a confiança que, entre outros efeitos negativos, pode intensificar o aumento do desemprego. Eu volto na segunda. Até lá.


MARCADORES: UM MILHÃO E MEIO DE VAGAS FORMAIS DE TRABALHO ACABARAM EM 2015, MERCADO DE TRABALHO EM CRISE, DESEMPREGO ALTÍSSIMO, GOVERNO DILMA / PT