quinta-feira, 5 de agosto de 2010

Economist : Bolsa Família não é resposta à pobreza urbana




A revista britânica The Economist traz em sua edição desta semana um longo artigo sobre o Bolsa Família, no qual afirma que, apesar da grande contribuição do programa para a redução dos índices de pobreza do Brasil, ele parece não funcionar tão bem no combate à pobreza nas grandes cidades. De acordo com a revista - que cita dados da Fundação Getúlio Vargas - cerca de um sexto da redução da pobreza no país nos últimos anos pode ser atribuído ao Bolsa Família, "mas algumas evidências sugerem que o programa não está funcionando tão bem nas cidades como nas áreas rurais".

"O sucesso do Brasil em reduzir a pobreza parece ser maior nas áreas rurais que nas urbanas", diz o artigo, que cita dados das Nações Unidas que indicam que houve uma redução de 15 pontos percentuais no número de pobres na população rural entre 2003 e 2008, enquanto nas cidades essa diminuição foi muito menor. Segundo a publicação, um dos principais fatores que levam a esta situação é o fato de o Bolsa Família ter substituído, a partir de 2003, uma série de outros benefícios que, somados, poderiam representar ganhos maiores para estas famílias das cidades que o montante concedido atualmente.

A revista comenta que o Bolsa Família acabou eliminando programas como o de combate a subnutrição infantil, os subsídios que eram dados à compra de gás de cozinha e o programa de ajuda a jovens entre 15 e 16 anos. "Embora seja difícil provar pela falta de dados oficiais, evidências sugerem que a quantia (atual) pode valer menos que os antigos benefícios", diz a revista.

Outro problema citado pela Economist é o fato de o programa ter tido pouco sucesso em reduzir o trabalho infantil. Segundo a publicação, crianças das cidades podem ganhar mais dinheiro "vendendo bugigangas ou trabalhando como empregados" do que ficando na escola para receber os benefícios. Embora afirme que estes fatores não signifiquem que o Bolsa Família seja "desperdício de dinheiro" nas áreas urbanas, o artigo diz, no entanto, que o programa não é a solução "mágica" como tem sido tratado no Brasil e em outros países.

Fonte: Notícias Terra

Sei que aqui em Peruíbe esse programa atende a pelo menos umas duas mil famílias, o que não é pouco, e demonstra o quanto é grave a pobreza por aqui. Uma pobreza que se agrava mais ainda, quando vemos com facilidade as suas imperfeições.

Como se sabe, ele é pago também em casas lotéricas. Bem, várias vezes quando estou eu em um desses estabelecimentos para pagar as minhas contas,  vejo pelo menos um munícipe receber o dito benefício. Trata-se de um momento que me causa um pouco de curiosidade e espanto.

Olho bem esses BENEFICIADOS e não costumo ver entre eles alguém com aparência andrajosa, muito pelo contrário. Costumo vê-los com roupas novas e com aquele despreocupado, do tipo que parece ter o dia ganho, depois de ter recebido a graninha. Sei lá, a miséria daqueles que eu já observei me parece um tanto duvidosa e suspeita. Não me convence. Está aí um assunto que a publicação britânica não citou e que vai ficar por isso mesmo, pois Peruíbe é o lar das perguntas sem respostas.

CHÁ MATTE LEÃO PARA ENFRENTAR ESTE INVERNÃO !!! / agosto de 2010



Nesta madrugada, Peruíbe enfrenta 8ºC. Faz anos que eu não sinto tanto frio. Tem sempre neguinho chato e mala dizendo que "o inverno está no fim, que já acabou", mas o que está lá fora indica incrivelmente o contrário. Em Santa Catarina a neve é uma realidade em algumas cidades. Claro que vai ficar pior por aqui, pois como eu já disse antes não estamos no Ceará, mas no litoral paulista e bem perto do sul. Pois é.

Esta ainda não é a noite mais fria deste inverno incomum, dotada de um frio inconstante porém severo em momentos extremos como este. Chove mais forte agora, e me lembro que de manhã não terei de ir para o meu trabalho, pois hoje começam as minhas férias, motivo pelo qual escrevo a esta hora e com uma xícara cheia de Matte Leão para o meu prazer. Como eu adoro essa combinação de clima invernal com bebida quente. Ah, sim, recomendo como acompanhamento um pouco de Caramel Shortcake, aquele doce escocês que pode ser encontrado na loja QUEIJO BOM , bem lá no balcão de atendimento.


Mas sem dúvida Matte Leão é indispensável para se encarar mais noites deste invernão.

quarta-feira, 4 de agosto de 2010

O DIA DEPOIS DE AMANHÃ PARTE TRÊS : noite fria e chuvosa nesta terra praiana





Neste inverno incomum, com vários altos e baixos, escrevo durante uma madrugada bem fria e chuvosa. A previsão do tempo diz que esta será uma quarta com 15°C de temperatura real e sensação térmica de apenas 8°C....eita !!! Mas dizem que "já estamos em Agosto, e o inverno praticamente acabou". Não é o que eu estou sentindo agora. Que ninguém se engane com certos dias quentes, seguidos de viradas surpreendentes. Que diferença do último sábado, um tanto calorento para esta época.

Lá em Itariri e Pedro de Toledo já se fala sobre a possibilidade de geadas. Desde 1975 que esse fenomeno não ocorre em Peruíbe nas áreas ao nível do mar. O jeito é acompanharmos essa tendência, e vermos - e sentirmos - de quantos graus será a noite mais fria do ano. Aguardo com ansiedade.

Brrr!!!

segunda-feira, 2 de agosto de 2010

Agricultura Familiar em Peruíbe: ampliando o tema / julho de 2010



"Anos atrás participei de um projeto no meu sítio em Itariri, em que a prefeitura forneceu maquinário, agrônomo e todo suporte para que eu montasse uma grande plantação de maracujá. Ficou uma roça bonita, bem feita, altamente produtiva, com produto classe A, de muita qualidade.

Por um lado, derrubou o mito de que na região só dá banana. Mas de outro, o grande problema: para quem vender? Para quem escoar o excedente de produção? Os grandes supermercados tem seus fornecedores certos, com contratos rígidos. O pequeno comerciante pouco compra. O que salvou foi que o caseiro bateu de quiosque em quiosque da praia em peruíbe oferecendo, e um feirante conhecido que pegou a mercadoria abaixo do preço.

Em síntese: agricultura familiar é algo interessante sim, desde que não seja mera subsistência. Deve ter excedente produtivo e mercado para tal, para girar a economia. Caso contrário, serão iguais aos búfalos do prefeito."

Esse texto é do Marcelo, que tem muito colaborado para o blog. Ele tem razão, a produção da agricultura familiar precisa de um destino certo, caso contrário ocorre um fiasco que mata o que seria um "espetáculo do crescimento" bem no início, um ciclo que pode gerar comida barata e emprego no campo.

Minifúndio com maior produtividade significa menos trabalhador rural aderindo ao radicalismo de organizações extremistas como o MST. No caso de Peruíbe, significa uma opção de trabalho para muitos dos desempregados daqui, graças a cadeia produtiva. Não se trata apenas do desempregado peruibense passar a plantar alface ou - vejam só - o maracujá. Os produtos precisam ser transportados ( gente para fazer isso) e comercializados ( mais gente para cuidar dessa parte ).

No caso da parte comercial, fica a sugestão de se ampliar a feira do Produtor no Bairro da Estação, a qual funciona de forma precária em uma calçada quase em frente da rodoviária, todo sábado. Será necessário um local mais adequado, mais espaço para os que vendem a sua produção e a longo prazo a construção de um MERCADO MUNICIPAL. Pois é, melhorias que podem ajudar a tirar do atraso a nossa Peruíbe rural, a qual continua cheirando banana.

A foto da postagem é de uma barraca da feira de quinta.

segunda-feira, 26 de julho de 2010

Agricultura familiar vai ser mesmo valorizada em Peruíbe ? / julho de 2010

 

Peruíbe promove a primeira semana da Agricultura Familiar até quarta-feira

 

De A Tribuna On-line

 

Os agricultores de Peruíbe poderão tirar dúvidas e receberão orientação durante a primeira semana da Agricultura Familiar, que começa nesta segunda-feira e prossegue até quarta-feira na Cidade. Segundo a Prefeitura, a semana foi idealizada para atender as reivindicações dos moradores feitas nas reuniões do Conselho Municipal do Desenvolvimento Rural e Pesqueiro de Peruíbe, que ocorrem mensalmente, e que conta com representantes do Departamento de Agricultura.  

 

O objetivo principal é levar aos produtores rurais do município o conhecimento de novas tecnologias para a melhoria das atividades rurais que já são desenvolvidas em suas propriedades. As palestras são realizadas no Centro de Convenções de Peruíbe sempre a partir das 9h30. As inscrições devem ser feitas no Departamento de Agricultura e Meio Ambiente, na Rua 13, n° 475, na Vila Erminda.  

 

Além dos palestrantes, a semana contará com a exposição de artesanatos e de uma feira com produtos locais. Outras informações pelo telefone (13)  3455-7896.  

 

Fonte: Jornal A Tribuna 

 

Me pergunto se esse esforço da prefeitura é mesmo para valer, ou seja, que essas palestras sejam o início de mudanças para a melhor na área rural peruibense. Valorizada, a agricultura familiar pode criar em Peruíbe postos de trabalho até para munícipes ociosos que moram na área urbana e promover crescimento econômico real, algo bem diferente do que os " benefícios" trazidos por "espetáculos bizarros" - palavras da Claudete Andreotti - como o Rodeio Fest

 

O fato é que a elite peruibense é formada majoritariamente por comerciantes graúdos, vários dos quais possuem cargos no paço municipal e em seus diversos departamentos. Essa questão de se priorizar shows, com os seus elevados custos e retorno duvidoso, ocorre por influência deles, pois consideram que um certo "movimento de visitantes" favorecerá os seus negócios, ou seja, OS NEGÓCIOS DESSA TURMA

 

Francamente, uma "estratégia turística" tão míope e claramente CORONELÍSTICA acaba resultando em situações como os cortes de gastos na Litucera, fazendo com que o lado mais fraco - como sempre ocorre nesta cidade - se ferre. 

 

Partindo disso, quero ver se essa preocupação com o desenvolvimento agrícola em Peruíbe é para valer, já que exigirá atenção - creio que deve se tornar uma das prioridades municipais - e muitos recursos.

 

Calçadas ecológicas em Peruíbe: parte 2


Essa calçada ecológica está junto a um galpão - próximo a linha de trem - o qual eu nunca vi sendo usado para guardar alguma coisa. Tem gente que joga dinheiro fora nesta cidade, gastando em construções as quais ficam abandonadas por anos. Como o lugar está longe do centro e na pouco usada avenida MARGINAL FEPASA - não confundir com a LUCIANO DE BONA, na qual fica o supermercado KRILL - a prefeitura parece fingir que não é com ela.

Todo esse mato é o resultado de terra acumulada, ou seja, NINGUÉM  para limpar a calçada, varrer a areia, algo assim. Reflorestamento em calçadas, só em Peruíbe mesmo.

quinta-feira, 22 de julho de 2010

Supermercado EXTRA em Itanhaém....não em Peruíbe / julho de 2010



Por favor, esta não é uma postagem dor-de-cotovelo, que lembra uma que eu fiz sobre a construção de uma filial da empresa O BOTICÁRIO em Registro. Mais uma vez, vejo o quanto o nosso "desenvolvimento" é muito limitado. Eu estava trabalhando, mas soube que vários peruibenses foram visitar a novíssima  filial do supermercado EXTRA em Itanhaém, onde se acostumarão a aproveitar tanta variedade, e a longo prazo gastarão um bocado de dinheiro lá, naturalmente.

Não se fala nada ainda, mas o impacto dessa empresa em um município vizinho será grande para o comércio peruibense. Levou anos para que as pessoas deixassem de preferir comprar aparelhos eletrônicos em Santos ou São Paulo, marginalizando as lojas daqui, então consideradas careiras e com pouca variedade. Tínhamos um comércio de "turco", estilo bazar, bem simples, que refletia as condições então mais difíceis do município. Existiu um tempo em que muitos iam comprar querosene no mercado OMURO - hoje o mais antigo  funcionando em Peruíbe - para os seus lampiões. Conheci parte dessa época, quando se tinha uma grande carência de produtos e serviços. Demorou para isso mudar.

 A instalação de grandes redes varejistas - se não contarmos a antiga rede PERALTA, lá de Santos  - só começou no final dos anos noventa. Me lembro de quando foi aberta a primeira filial do PÃO DE AÇUCAR ( agora COMPREBEM), onde funcionou a loja IRMÃOS VIDA. O lugar ficava lotado, parecia um sinal de que tínhamos finalmente entrado no século XX. Era engraçado ver a molecada comendo batata frita importada no estacionamento, era tudo uma grande novidade.

Pois bem, sei que vai ter gente saindo até de Miracatu para gastar alguns reais no EXTRA itanhaense. Investimentos assim são essenciais para gerar empregos de melhor qualidade em Peruba city. Um supermercado desse nível seria uma oportunidade para muitos dos nossos sofridos comerciários que trabalham sem garantias trabalhistas, e reforçaria uma tendência natural desta cidade, de se tornar na prática um segundo centro comercial para os valeribeirenses, depois de Registro.

Ah, a foto é do Douglas Fiorenza. O Twitter é ótimo para se obter imagens.

quarta-feira, 21 de julho de 2010

PIRATAS DO ASFALTO BARBARIZANDO EM BARRA DO TURVO


Verdadeiros “piratas do asfalto” estão agindo livremente na divisa dos estados de São Paulo e Paraná. Assim como seus notórios colegas do oceano, que cruzavam os mares com a intenção de promover saques a navios e cidades, eles promovem arrastões nas rodovias. O alvo principal são os caminhões, cujo transporte de carga movimenta R$ 40 bilhões por ano. Basta um congestionamento ou um acidente para surgirem como fantasmas das margens das estradas. Munidos de pedaços de pau, barras de ferro, pedras, armas brancas e armas de fogo, rasgam as lonas dos caminhões, quebram cadeados das carrocerias e, não raro, ameaçam os motoristas.

Há pelo menos uma década eles agem na rodovia Régis Bittencourt (BR-116), principal ligação entre os estados. A Polícia Rodoviária Federal e as concessionárias responsáveis pela estrada – entre Curitiba e São Paulo, existem seis praças de pedágio – não conseguem coibir a prática. Conforme de­­­poimentos de caminhoneiros, em geral, o crime acontece em São Paulo, especialmente na Bar­ra do Turvo e na Serra do Azeite.

Não existem estatísticas oficiais sobre os arrastões nas estradas. Sabe-se que, em 2009, ocorreram 13,5 mil casos de roubos de cargas no país. O índice é o maior desde 2004 e 8,15% superior ao registrado em 2008. Os transportadores indicam que 96% dos roubos acontecem à mão armada e apenas 4% são, na realidade, furtos simples. Sete em cada dez acontecem em áreas urbanas, e o restante é registrado nas estradas. Esses números, fornecidos pela Confederação Nacional dos Transportes (CNT), mascaram a realidade brasileira, pois boa parte dos caminhoneiros não faz boletim de ocorrência de assaltos ou de tentativas de roubos, como nesses arrastões.


Testemunha
A gerente de banco Maria Cris­­­tina Ribeiro da Silva, 52 anos, presenciou a ação dos piratas no último dia 3. Acom­panhada do marido e da filha de 19 anos, Maria parou atrás de um caminhão em um congestionamento causado por um acidente no quilômetro 506 da Régis Bit­tencourt, próximo a Jacu­pi­ranga (SP). “Apareceram pelo menos dez pessoas armadas, que saíram do mato e foram ar­­­rombar a carroceria do caminhão”, conta. Em um ato impensado, ela buzinou para alertar o caminhoneiro. Após ser ameaçada, Maria fugiu pelo acostamento. Em seguida, o trânsito fluiu, e o caminhoneiro não teve a carga roubada. A Polícia Rodoviária Federal de São Paulo diz que esses episódios são “ocasionais”.

Dono de transportadora e ex-caminhoneiro, Dijair Botaro afirma que um motorista de sua empresa foi assaltado exatamente da mesma maneira nessa semana. “Eles tentaram roubar a carga, mas se contentaram em apenas levar dinheiro. Segundo o motorista, eles surgiram absolutamente do nada em um congestionamento”, diz. Apesar de proprietário, Botaro costuma viajar entre São Paulo e Curitiba para “sentir o trecho”, analisando a fiscalização e o custo da alimentação. Nessas incursões, ele também se deparou com os piratas e seus assaltos.

O presidente da União Bra­sileira dos Caminhoneiros, José Natan Emídio Neto, diz que a ação criminosa com essa característica ocorre em todo o Brasil. “Basta o trânsito ficar lento”, diz. Presidente do Sindicato das Em­­presas de Transporte de Car­­­­ga do Estado do Paraná (Setcepar), Fernando Klein Nunes lembra que as mercadorias têm sido saqueadas com mais frequência nos últimos anos. “Antes era esporádico, mas é recorrente nos últimos anos. Lembrando que essa é uma prática que acontece nas estradas do Nordeste há muitos anos”, diz. Consequência: aumento do preço do transporte de carga, porque os prejuízos são pagos pela transportadora ou pelo caminhoneiro.


Fonte: Gazeta do Povo

Acho notável que um jornal do Paraná seja o responsável por um artigo exclarecedor como esse, já que Barra do turvo e a Serra do Azeite estão no lado paulista da divisa dos dois estados. Talvez isso se deva ao fato de que a grande imprensa do lado de cá não foca os problemas do Vale do Ribeira como deveria, por motivos que desconheço. Já faz anos que se fala que certos moradores - e monstros - que estão na beira da da Régis Bittencourt sabotam a pista para provocar acidentes, e quase não se fala disso.

Falo de monstros que jogam óleo na pista, para que ocorram acidentes, visando o saque dos caminhões tombados. E o que esses vagabundos não tombam, eles atacam, como é mostrado no artigo. Essa gente é assassina, já matou inocentes aos montes, em nome da cobiça. São a vergonha do Vale do Ribeira, superando até os palmiteiros.

Em Miracatu, no outro extremo da rodovia, não é muito diferente. O comércio de carga roubada ocorre com naturalidade por lá. É uma coisa vergonhosa. Funciona assim:

Fulano de tal recebe uma ligação em seu celular, sendo informado, por uma certo cicrano que podemos chamar de sócio, de que a poucos minutos tombou um caminhão carregado na pista, cheio de latas com atum. O trabalho do fulano consiste em arrumar compradores para o roubo, o que é muito simples, já que sempre tem por aí tipos safados, doidos para comprarem o atum roubado, pois o preço é baixo.

É uma gente tão desavergonhada, que é capaz de parar com carros lotados de saques em frente as repartições públicas, para vender os produtos aos servidores. Isso ocorre em diferentes cidades valeribeirenses - Miracatu é só uma delas - e os efeitos disso chegam até Peruíbe. Pois é.

Barra do Turvo e Miracatu são os pólos dessas barbaridades, "justificadas" pela miséria da região. O ser humano de justifica sempre. Se tombou na estrada, azar do motorista, azar da empresa e azar de quem morreu no acidente, pois muitos motoristas e passageiros de automóveis falecem assim. Se o vagabundo jogou óleo na pista, o problema não é meu, a mortadela que está sendo oferecida para mim tem um preço bem baixo e é isso o que me importa.

Ah sim, Barra do Turvo é o município que de longe mais perde com isso, já que é campeão nacional em taxa média de óbito por acidentes de transporte, o que atrapalha em muito o seu desenvolvimento, embora eu não creio que os que saqueiam estejam interessados em empregos de verdade.

segunda-feira, 19 de julho de 2010

Calçadas ecológicas em Peruíbe: parte 1


Esta será a primeira de uma série de postagens, que trata das CALÇADAS ECOLÓGICAS, muito comuns em Peruíbe. As imagens são cortesia do orkutnauta CQC Peruíbe . Abaixo seguem palavras do mesmo:

"Olhem esse terreno: sem muros, sem saneamento. Apenas mato, proliferação de insetos e ratos, entulho e um curioso cartão postal da cidade - que revela bem seu real estado. Bandidos poderiam se aproveitar desse local? Imagina..."

O mato até começa a atingir a rua. Bem, Peruíbe é uma cidade onde se protege o verde, vai ver, o terreno é reserva ecologica urbana.

domingo, 18 de julho de 2010

Peruíbe: 120 pinguins são encontrados mortos nas praias / julho de 2010


Neste sábado frio e chuvoso, em um inverno que ainda dará o que falar,  foram encontrados mortos em nossas praias mais de 120 pinguins, além de três tartarugas e outras cinco aves marinhas. Já vi cadáver de pinguim aqui em Peruíbe, sei que outros também já viram, mas nunca soube que isso tenha ocorrido em tamanha quantidade. Algo bem incomum está acontecendo, e não me refiro apenas às mortes de tantos animais.

Acredita-se que a mortandade pode ser resultado da atual frente fria associada as correntes marítimas, o que não é um bom sinal..


No mapa acima se vê que o nosso litoral é banhado pela "Corrente do Brasil", a qual é formada a partir da "Corrente de Benguela", que surge na costa angolana. Na prática o litoral paulista costuma ser atingido por águas vindas da Africa, as quais não são nada frias, e que passam pelo nosso nordeste antes de chegarem aqui. Ah, o mapa só mostra algumas das correntes principais. Nele não aparece a "Corrente das Malvinas", que passa pelo litoral argentino no sentido sul/norte e é responsável pela vinda de tantas dessas aves aquáticas para mais acima do globo.

Para um inverno que os meteorologistas diziam que seria FRACO E SECO, ele está sendo sendo húmido e rigoroso, a tal ponto que tornou a corrente marítima das Malvinas mais severa. Ela não chega até aqui, mas se encontra com a corrente brasileira, formando correntes menores as quais "giram" no Atlântico, retornando em menos tempo para o nosso litoral, e nesse caso, mais frias do que de costume. Tantos pinguins morreram por não poderem aguentar a baixa temperatura no oceano. Claro que isso pode espantar as pessoas, já que são originários de regiões gélidas, mas o fato é que depois de tamanha viagem, eles ficaram magros e portanto desprovidos da gordura necessária para isolamento térmico dos seus corpos.

sábado, 17 de julho de 2010

Um mês após enchentes, cidades de Alagoas ainda enfrentam problemas / julho de 2010



Passado um mês da maior enchente já registrada em Alagoas, os municípios afetados pelas cheias dos rios ainda enfrentam problemas relacionados à saúde pública e abastecimento de água e energia elétrica.

Segundo relatório publicado nesta sexta-feira pela Secretaria de Estado da Saúde, 13 cidades enfrentam problemas de abastecimento d’água, sendo Branquinha e Santana do Mundaú continuam sem abastecimento, enquanto Paulo Jacinto e Campestre sofrem com “risco por disponibilizar água sem desinfecção”. As outra nove cidades sofrem com problemas parciais.

A Sesau informou ainda que, até o último dia 12, segundo boletim epidemiológico, foram confirmados 18 casos de leptospirose, com duas mortes. A tragédia que aconteceu em Alagoas, segundo o documento, “foi caracterizado, conforme RSI [Regulamento Sanitário Internacional], como uma emergência de saúde pública de importância nacional”.

O documento aponta que os 27.757 desabrigados ocupam 79 abrigos públicos. O maior número está em União dos Palmares, onde 24 prédios estão com vítimas das enchentes - a maioria em prédios públicos como escolas e ginásios de esportes.

Em Branquinha, onde 100% dos prédios públicos foram afetados, os cerca de 1.000 desabrigados estão em dois abrigos. O relatório de avaliações de danos da Defesa Civil aponta 45 unidades de saúde foram destruídas.

Dois hospitais estão montados para suprir as unidades – um de campanha, cedido pelo Rio de Janeiro, instalado em Murici e outro móvel do próprio Estado, montado em Santana do Mundaú. Segundo a Sesau, outros 21 hospitais improvisados devem ser montados.

Sem energia
Segundo a Eletrobras Distribuição Alagoas, oito cidades continuam com problemas no abastecimento na zona rural. São elas: Paulo Jacinto, Ibateguara, Santana do Mundaú, Uunião dos Palmares, Branquinha, São José da Laje, Jacuípe e Quebrangulo. "Rio Largo e Murici já estão 100% energizadas, tanto na zona rural quanto na Urbana", informou a empresa.

Fonte: Prefeitura de Branquinha

A LITUCERA pediu silêncio aos desempregados? / julho de 2010


Empresa de coleta de lixo em Peruíbe faz chantagem em troca de emprego, afirmam trabalhadores

De A Tribuna On-line

Com informações da TV Tribuna
Os funcionários responsáveis pela coleta de lixo em Peruíbe, que foram demitidos nesta segunda-feira da empresa Litucera Limpeza e Engenharia, tinham acertado realizar um protesto contra as demissões na sessão da Câmara, realizada nesta quarta-feira. No entanto, ameaças por parte de alguns empregados teriam cancelado a manifestação.

De acordo com um trabalhador que não quis ser identificado, eram esperadas no evento mais de 70 pessoas. Funcionários estariam reprimindo os empregados demitidos e os ameaçando para que não comparecessem ao protesto, sob risco de não serem contratados novamente. Isso porque, na segunda-feira, a Litucera informou que as demissões não eram definitivas.
Um outro funcionário conta como foi abordado. "Durante a sessão, me chamaram de canto e questionaram se isso é justo. Pediram para não ficar fazendo muito agito porque uns vão ser prejudicados e a firma não vai recontratar ninguém. Vai contratar outros e deixar a gente de fora”, conta. 

"Um fiscal da firma ligou avisando que se a gente estivesse aparecendo em algum jornal nesses dias, não iria ser recontratado pela firma. De 70 pessoas não apareceram nem dez, com medo das ameaças do fiscal. Acho uma injustiça porque quem precisa trabalhar está sofrendo”, contou um outro funcionário da terceirizada.

Na Câmara, a demissão de 70 funcionários de uma só vez repercutiu principalmente entre os vereadores da oposição, que aproveitaram o tempo que tinham na tribuna para tocar no assunto. Entre os da situação, outros comentários.

"Eu tive a oportunidade de falar com a prefeita Milena (Bargieri), embora não tenha sido a Prefeitura que demitiu estes funcionários, mas eu sei da dor que eles estão sentindo e do problema que eles vão passar se isto não for resolvido. Acredito que nós temos que ter bastante responsabilidade nessa hora e não fazer apenas politicagem”, afirmou o vereador Nilsão, do PSB.

Segundo o vereador José Pedro de Oliveira (PSB), “o Município está fazendo uma readequação financeira, mas está honrando com todos os compromissos. Todas as empresas estão categoricamente recebendo tudo que foi acordado”.

Demissões

Uma crise financeira teria motivado o desligamento dos funcionários. De acordo com a Prefeitura de Peruíbe, para não fechar o ano no vermelho, o órgão começou a fazer um ajuste financeiro e para a empresa responsável pela coleta de lixo o repasse foi cortado pela metade, passando de R$ 600 mil para R$ 300 mil mensais. 

A reportagem entrou em contato com um dos sócios da empresa contratada pela Prefeitura, que disse que desconhece qualquer ameaça contra os funcionários demitidos. O chefe de gabinete da Prefeitura também afirmou não ter conhecimento do assunto.

Disse ainda que o corte com a empresa encarregada da limpeza urbana permanecerá até uma solução para os problemas nas finanças da Prefeitura e que as verbas municipais são aplicadas em áreas prioritárias, como a Saúde.

Fonte: A Tribuna

A Litucera mandou ou não mandou que alguns de seus funcionários - aqueles que AINDA trabalham -  intimidassem os desempregados?  Não sei, não sei ... esta cidade possui tantos mistérios, assuntos que raramente são citados na nossa mídia - quando são citados por ela.

Prestemos atenção ao que disse um dos demitidos: "Durante a sessão, me chamaram de canto e questionaram se isso é justo. Pediram para não ficar fazendo muito agito porque uns vão ser prejudicados e a firma não vai recontratar ninguém. Vai contratar outros e deixar a gente de fora.”

Puxa, isso me lembra a forma como a prefeitura costuma lidar com os seus comissionados. Para se manter empregado lá, o pobre contratado costuma "se obrigar" a aceitar absurdos, como ser "voluntário" no plantio de mudas de Manacá, assistir a inaugurações de obras públicas do município, trabalhar de graça no Festival de Inverno e por aí vai. Se não aceita "andar na linha", ganha um pontapé e vai pra rua, simples assim.

Bem, o que esperar de uma cidade que possui um mercado de trabalho tão carente? Sem perspectivas, é comum muitos peruibenses serem humilhados por gente do tipo que é capaz de pisar no pescoço da mãe para ter mais poder. Se a Litucera escolheu chantagear para calar críticos que pertencem ao proletariado local, os quais poderiam lhe piorar a imagem, ela demonstra que aprendeu a lição de casa, que sabe como manipular a massa desprotegida de Peruíbe.