quarta-feira, 22 de junho de 2016

VINICIUS TORRES FREIRE / O PREÇO DA COMIDA ESTÁ ALTO EM GERAL - JUNHO DE 2016



Tivemos a inflação do tomate, em 2013. Agora, como a gente acabou de ver, temos a inflação do feijão. Tanto que o governo Temer decidiu incentivar a importação do produto. Vai adiantar?

É provável que sim, não se sabe bem em quanto tempo. É preciso trazer o produto de outro país, mesmo que vizinho, e distribuir, em volume bastante para fazer diferença, pois o estrago foi muito grande na safra. Alguns tipos de feijão estão custando 10 ou 11 reais porque a safra simplesmente foi perdida por causa do tempo ruim.

Agora, é o preço do feijão que está fazendo todo mundo ficar tão alarmado com o preço da comida? Não é.

Está certo que o feijão faz parte da comida diária. Difícil evitar, pra quem está habituado. Mas, provavelmente, a gente está sentindo mais o preço porque, enfim, o preço da comida está caro em geral.

A inflação dos alimentos está nos níveis mais altos em cinco anos. Alimentação e bebidas em geral subiram, na média, mais de 12% nos últimos 12 meses. Esse foi o nível que gerou reclamações em 2013, na época da inflação do tomate. Em 2008, a alta foi também assim grande. Mas, como os salários estavam subindo mais, a gente ligou menos.

Alguns produtos tiveram altas terríveis, bem mais do que 12%. Por exemplo, aqui em São Paulo, nos últimos 12 meses, os produtos do CEAGESP subiram quase 30%.

Um grande fator recente da alta de preços foi o tempo ruim. As chuvas acabaram ou prejudicaram a safra de verduras e depois, de legumes. O frio fez algum estrago adicional. Enfim, a primeira metade do ano sempre é um problema pro preço da comida. O tempo atrapalha.

Agora, a coisa não seria assim tão ruim se a inflação em geral não estivesse tão alta. O custo de tudo subiu, em especial energia e combustíveis. A inflação alta, além do mais, acaba produzindo mais inflação: na dúvida e quando pode, o pessoal remarca pra cima.

Os preços da comida vão cair? Vão, como acontece em quase todo ano, mais ou menos, a depender da inflação geral. Mas, neste ano, vão cair mais devagar do que de costume, avisa o pessoal da CEAGESP. Boa noite.



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