sábado, 17 de novembro de 2012

PARADA GAY, CABRA E ESPINAFRE





POR J.R. GUZZO 

 Já deveria ter ficado para trás no Brasil a época em que ser homossexual era um problema. Não é mais o problema que era. com certeza, mas a verdade é que todo o esforço feito há anos para reduzir o homossexualismo a sua verdadeira natureza – uma questão estritamente pessoal – não vem tendo o sucesso esperado. Na vida política, e só para ficar num caso recente, a rejeição ao homossexualismo pela maioria do eleitorado continua sendo considerada um valor decisivo nas campanhas eleitorais. Ainda agora, na eleição municipal de São Paulo, houve muito ruído em torno do infeliz “kit gay” que o Ministério da Educação inventou e logo desinventou, tempos atrás, para sugerir aos estudantes que a atração afetiva por pessoas do mesmo sexo é a coisa mais natural do mundo. Não deu certo, no caso, porque o ex-ministro Fernando Haddad, o homem associado ao “kit”, acabou ganhando – assim como não tinha dado certo na eleição * anterior, quando a candidata Marta Suplicy (curiosamente, uma das campeãs da “causa gay” no país) fez insinuações agressivas quanto à masculinidade do seu adversário Gilberto Kassab e foi derrotada por ele. Mas aí é que está: apesar de sua aparente ineficácia como caça-votos, dizer que alguém é gay, ou apenas pró-gay. ainda é uma “acusação”. Pode equivaler a um insulto grave – e provocar uma denúncia por injúria, crime previsto no artigo 140 do Código Penal Brasileiro. Nos cultos religiosos, o homossexualismo continua sendo denunciado como infração gravíssima. Para a maioria das famílias brasileiras, ter filhos ou filhas gay é um desastre – não do tamanho que já foi, mas um drama do mesmo jeito. 

Por que o empenho para eliminar a antipatia social em torno do homossexualismo rateia tanto assim? O mais provável é que esteja sendo aplicada aqui a Lei das Consequências Indesejadas, segundo a qual ações feitas em busca de um determinado objetivo podem produzir resultados que ninguém queria obter, nem imaginava que pudessem ser obtidos. É a velha história do Projeto Apollo. Foi feito para levar o homem à Lua; acabou levando à descoberta da frigideira Tefal. A Lei das Consequências Indesejadas pode ser do bem ou do mal. É do bem quando os tais resultados que ninguém esperava são coisas boas. como aconteceu no Projeto Apollo: o objetivo de colocar o homem na Lua foi alcançado – e ainda rendeu uma bela frigideira, além de conduzir a um monte de outras invenções provavelmente mais úteis que a própria viagem até lá. É do mal quando os efeitos não previstos são o contrário daquilo que se pretendia obter. No caso das atuais cruzadas em favor do estilo de vida gay, parece estar acontecendo mais o mal do que o bem. Em vez de gerar a paz, todo esse movimento ajuda a manter viva a animosidade: divide, quando deveria unir. O kit gay, por exemplo, pretendia ser um convite à harmonia – mas acabou ficando com toda a cara de ser um incentivo ao homossexualismo, e só gerou reprovação. O fato é que, de tanto insistirem que os homossexuais devem ser tratados como uma categoria diferente de cidadãos, merecedora de mais e mais direitos, ou como uma espécie ameaçada, a ser protegida por uma coleção cada vez maior de leis. Os patronos da causa gay tropeçam frequentemente na lógica- e se afastam, com isso, do seu objetivo central. 

O primeiro problema sério quando se fala em “comunidade gay”é que a “comunidade gay” não existe – e também não existem, em consequência, o “movimento gay” ou suas “lideranças”. Como o restante da humanidade, os homossexuais, antes de qualquer outra coisa, são indivíduos. Têm opiniões, valores e personalidades diferentes. Adotam posições opostas em política, religião ou questões éticas. Votam em candidatos que se opõem. Podem ser a favor ou contra a pena de morte, as pesquisas com células-tronco ou a legalização do suicídio assistido. Aprovam ou desaprovam greves, o voto obrigatório ou o novo Código Florestal – e por aí se vai. Então por que, sendo tão distintos entre si próprios, deveriam ser tratados como um bloco só? Na verdade, a única coisa que têm em comum são suas preferências sexuais – mas isso não é suficiente para transformá-los num conjunto isolado na sociedade, da mesma forma como não vem ao caso falar em “comunidade heterossexual” para agrupar os indivíduos que preferem se unir a pessoas do sexo oposto. A tendência a olharem para si mesmos como uma classe à parte, na verdade, vai na direção exatamente contrária à sua principal aspiração – a de serem cidadãos idênticos a todos os demais. 

Outra tentativa de considerar os gays como um grupo de pessoas especiais é a postura de seus porta-vozes quanto ao problema da violência. Imaginam-se mais vitimados pelo crime do que o resto da população; já se ouviu falar em “holocausto” para descrever a sua situação. Pelos últimos números disponíveis, entre 250 e 300 homossexuais foram assassinados em 2010 no Brasil. Mas. num país onde se cometem 50 000 homicídios por ano, parece claro que o problema não é a violência contra os gays; é a violência contra todos. Os homossexuais são vítimas de arrastões em prédios de apartamentos, sofrem sequestros-relâmpago, são assaltados nas ruas e podem ser monos com um tiro na cabeça se fizerem o gesto errado na hora do assalto – exatamente como ocorre a cada dia com os heterossexuais; o drama real, para todos, está no fato de viverem no Brasil. E as agressões gratuitas praticadas contra gays? Não há o menor sinal de que a imensa maioria da população aprove, e muito menos cometa, esses crimes; são fruto exclusivo da ação de delinquentes, não da sociedade brasileira. 

Não há proveito algum para os homossexuais, igualmente, na facilidade cada vez maior com que se utiliza a palavra “homofobia”; em vez de significar apenas a raiva maligna diante do homossexualismo, como deveria, passou a designar com frequência tudo o que não agrada a entidades ou militantes da “causa gay”. Ainda no mês de junho, na última Parada Gay de São Paulo, os organizadores disseram que “4 milhões” de pessoas tinham participado da marcha – já o instituto de pesquisas Datafolha, utilizando técnicas específicas para esse tipo de medição, apurou que o comparecimento real foi de 270000 manifestantes, e que apenas 65000 fizeram o percurso do começo ao fim. A Folha de S.Paulo, que publicou a informação, foi chamada de “homofóbica”. Alegou-se que o número verdadeiro não poderia ter sido divulgado, para não “estimular o preconceito”- mas com isso só se estimula a mentira. Qualquer artigo na imprensa que critique o homossexualismo é considerado “homofóbico”; insiste-se que sua publicação não deve ser protegida pela liberdade de expressão, pois “pregar o ódio é crime”. Mas se alguém diz que não gosta de gays, ou algo parecido, não está praticando crime algum – a lei. afinal, não obriga nenhum cidadão a gostar de homossexuais, ou de espinafre, ou de seja lá o que for. Na verdade, não obriga ninguém a gostar de ninguém; apenas exige que todos respeitem os direitos de todos.

 Há mais prejuízo que lucro, também, nas campanhas contra preconceitos imaginários e por direitos duvidosos. Homossexuais se consideram discriminados, por exemplo, por não poder doar sangue. Mas a doação de sangue não é um direito ilimitado – também são proibidas de doar pessoas com mais de 65 anos ou que tenham uma história clínica de diabetes, hepatite ou cardiopatias. O mesmo acontece em relação ao casamento, um direito que tem limites muito claros. O primeiro deles é que o casamento, por lei, é a união entre um homem e uma mulher; não pode ser outra coisa. Pessoas do mesmo sexo podem viver livremente como casais, pelo tempo e nas condições que quiserem. Podem apresentar-se na sociedade como casados, celebrar bodas em público e manter uma vida matrimonial. Mas a sua ligação não é um casamento – não gera filhos, nem uma família, nem laços de parentesco. Há outros limites, bem óbvios. Um homem também não pode se casar com uma cabra, por exemplo; pode até ter uma relação estável com ela, mas não pode se casar. Não pode se casar com a própria mãe. ou com uma irmã. filha, ou neta, e vice-versa. Não poder se casar com uma menor de 16 anos sem autorização dos pais. e se fizer sexo com uma menor de 14 anos estará cometendo um crime. Ninguém, nem os gays, acha que qualquer proibição dessas é um preconceito. Que discriminação haveria contra eles. então, se o casamento tem restrições para todos? Argumenta-se que o casamento gay serviria para garantir direitos de herança – mas não parece claro como poderiam ser criadas garantias que já existem. Homossexuais podem perfeitamente doar em testamento 50% dos seus bens a quem quiserem. Tem de respeitar a “legítima”", que assegura a outra metade aos herdeiros naturais – mas essa obrigação é exatamente a mesma para qualquer cidadão brasileiro. Se não tiverem herdeiros protegidos pela “legítima”, poderão doar livremente 100% de seu patrimônio – ao parceiro, à Santa Casa de Misericórdia ou à Igreja do Evangelho Quadrangular. E daí? 

A mais nociva de todas essas exigências, porém, é o esforço para transformar a “homofobia” em crime, conforme se discute atualmente no Congresso. Não há um único delito contra homossexuais que já não seja punido pela legislação penal existente hoje no Brasil. Como a invenção de um novo crime poderia aumentar a segurança dos gays, num país onde 90% dos homicídios nem sequer chegam a ser julgados? A “criminalização da homofobia”é uma postura primitiva do ponto de vista jurídico, aleijada na lógica e impossível de ser executada na prática. Um crime, antes de mais nada. tem de ser “tipificado” – ou seja, tem de ser descrito de forma absolutamente clara. Não existe “mais ou menos” no direito penal; ou se diz precisamente o que é um crime, ou não há crime. O artigo 121 do Código Penal, para citar um caso clássico, diz o que é um homicídio: “Matar alguém”. Como seria possível fazer algo parecido com a homofobia? Os principais defensores da “criminalização” já admitiram, por sinal, que pregar contra o homossexualismo nas igrejas não seria crime, para não baterem de frente com o princípio da liberdade religiosa. Dizem, apenas, que o delito estaria na promoção do “ódio”. Mas o que seria essa “”promoção”? E como descrever em lei, claramente, um sentimento como o ódio? 

Os gays já percorreram um imenso caminho para se libertar da selvageria com que foram tratados durante séculos e obter, enfim, os mesmos direitos dos demais cidadãos. Na iluminadíssima Inglaterra de 1895, o escritor Oscar Wilde purgou dois anos de trabalhos forçados por ser homossexual; sua vida e sua carreira foram destruídas. Na França de 1963, o cantor e compositor Charles Trenet foi condenado a um ano de prisão, pelo mesmo motivo. Nada lhe valeu ser um dos maiores nomes da música popular francesa, autor de mais de 1 000 canções, muitas delas obras imortais como Douce France – uma espécie de segundo hino nacional de seu país. Wilde, Trenet e tantos outros foram homens de sorte – antes, na Europa do Renascimento, da cultura e da civilização, homossexuais iam direto para as fogueiras da Santa Madre Igreja. Essas barbaridades não foram eliminadas com paradas gay ou projetos de lei contra a homofobia, e sim pelo avanço natural das sociedades no caminho da liberdade. É por conta desse progresso que os homossexuais não precisam mais levar uma vida de terror, escondendo sua identidade para conseguir trabalho, prover o seu sustento e escapar às formas mais brutais de chantagem, discriminação e agressão. É por isso que se tomou possível aos gays, no Brasil e no mundo de hoje, realizar o que para muitos é a maior e mais legítima ambição: a de serem julgados por seus méritos individuais, seja qual for a atividade que exerçam, e não por suas opções em matéria de sexo. 

Perder o essencial de vista, e iludir-se com o secundário, raramente é uma boa ideia.


quarta-feira, 14 de novembro de 2012

INTERNAUTA REGISTRA GRAVE ACIDENTE EM PERUÍBE



Colisão entre carro e moto deixou uma vítima. Motorista do carro fugiu sem prestar socorro. 

 Do G1 Santos

 Um internauta enviou na tarde desta quarta-feira (14), ao G1, um vídeo que mostra um grave acidente em Peruíbe, no litoral de São Paulo. A vítima está internada na Santa Casa de Santos. 

As imagens mostram o acidente que aconteceu no início do mês em Peruíbe. O motociclista seguia pela pista que aparece a esquerda do vídeo. E o carro, que seguia no sentido contrário, ao fazer a curva atingiu a moto. 

Testemunhas afirmam que o motorista do carro fugiu sem prestar socorro à vítima. O motociclista segue internado na Santa Casa de Santos, onde passará por cirurgia.

Fonte: G1

terça-feira, 13 de novembro de 2012

O RESSURGIMENTO DA ARENA




Estatuto e programa da Arena são publicados no Diário Oficial 


  O estatuto e o programa da Aliança Renovadora Nacional (Arena) foram publicados na edição desta terça-feira do Diário Oficial da União (DOU). Segundo o documento, a Arena "possui como ideologia o conservadorismo, nacionalismo e tecno-progressismo, tendo para todos os efeitos a posição de direita no espectro político; devendo as correntes e tendências ideológicas ser aprovadas pelo Conselho Ideológico (CI), visando a coerência com as diretrizes partidárias". 

Além disso, traz que a Arena, "em respeito à convicções ideológicas de direita, não coligará com partidos que declaram em seu programa e estatuto a defesa do comunismo, bem como vertentes marxistas". A publicação faz parte das etapas exigidas pela Lei 9.096/95 para a criação e o registro de um partido político no Tribunal Superior Eleitoral (TSE). 

As mais de 150 pessoas comprometidas com o projeto de refundar o partido extinto há mais de três décadas são presididas por Cibele Bumbel Baginski, 22 anos, estudante de Direito na Universidade de Caxias do Sul, na serra gaúcha. Para custear a publicação no DOU, o movimento fez uma campanha por meio de sua página no Facebook. "Ver sendo atingido essa nossa meta é só mais uma confirmação que tudo que estamos fazendo está fadado ao sucesso", postou ontem João Manganeli Neto, secretário da Arena, ao atingir o valor necessário para o pagamento da publicação. 

A Arena foi criada em 1965 para sustentar a então incipiente ditadura militar. Em entrevista ao Terra em julho, a presidente Cibele disse que "a nova Arena responde a um cenário em que a política brasileira está desmoralizada, com 30 siglas em atividade entre as quais "não existe partido de direita". Aos recriminadores da ideia, Cibele deixou claro: o que a Arena professava era uma coisa, e o que os arenistas faziam nas rédeas do País era outra. 

"No período pós-64, havia a Arena, o MDB (Movimento Democrático Brasileiro) e o governo. O que o governo ou o que os eleitos fizeram são atos dessas pessoas, não dos partidos - porque eles não têm autonomia jurídica para torturar ninguém, censurar ninguém, matar ninguém. Foi o sistema que fez, e não o partido. O partido político faz política, que é outra coisa."

Fonte: TERRA





RPM NAJA - INSTRUMENTAL

domingo, 11 de novembro de 2012

MÚSICA MOTIVACIONAL PARA "LOBOS SOLITÁRIOS" - NOVEMBRO DE 2012




Como resposta à concepção de que a política é a principal fonte de meios de sobrevivência em Peruíbe, eu tenho proposto para todos aqueles oprimidos por tantas lutas políticas, a solução chamada de CONCURSO PÚBLICO.  Falo de um “elevador social” para os peruibenses mais desfavorecidos, sendo que o seu acionamento depende exclusivamente da ação individual de cada concurseiro.

Trata-se de um caminho difícil, pois envolve sacrifícios, como a necessária criação do que chamo de micro-sociedade, útil para que qualquer "lobo solitário", ou seja, para qualquer concurseiro que não está disposto a desistir e fazer o que for preciso, nunca se importando se muitos estejam contra ou que achem essa escolha errada.

O que qualquer peruibense concurseiro quer é um emprego público, em que lhe seja reconhecido o mérito de conseguir a vaga por esforço próprio, o próprio valor, e através do qual seja remunerado de forma justa.

Ah, sim. Segue abaixo uma música motivacional:





MARCADORES: PERUÍBE, PERUIBENSE, PERUIBANO, CONCURSO PÚBLICO, CARGO PÚBLICO, FUNCIONALISMO, SERVIDOR, EMPREGO, TRABALHO, OPORTUNIDADE

sábado, 3 de novembro de 2012

COTAS PARA NEGROS NOS CONCURSOS FEDERAIS ABRE POLÊMICA



Está na pauta do governo federal a adoção de cota de até 30% para negros no funcionalismo federal, medida defendida pela presidente Dilma Rousseff. Embora o governo ainda não confirme oficialmente, informações dão conta de que o Palácio do Planalto irá divulgar essas medidas este mês. A proposta de um plano de medidas afirmativas está sendo elaborada pela Secretaria de Políticas de Promoção da Igualdade Racial, que informa não existir nada oficial até o momento. As sugestões estão sendo feitas com base no Estatuto da Igualdade Racial, aprovado em julho de 2010, pelo ex-presidente Lula. O capítulo cinco do Estatuto fala sobre a obrigação do governo de estimular e promover o acesso da população negra ao mercado de trabalho. 

 O Artigo 38 da Lei n° 12.288, de 20 de junho de 2010, diz que "a implementação de políticas voltadas para a inclusão da população negra no mercado de trabalho será de responsabilidade do poder público". Já o Artigo 39 observa que "o poder público promoverá ações que assegurem a igualdade de oportunidades no mercado de trabalho para a população negra, inclusive mediante a implementação de medidas visando à promoção da igualdade nas contratações do setor público e o incentivo à adoção de medidas similares nas empresas e organizações privadas". O primeiro parágrafo do Artigo 39 estabelece como se dará essa igualdade: "A igualdade de oportunidades será lograda mediante a adoção de políticas e programas de formação profissional, de emprego e de geração de renda voltados para a população negra". 

 Para o frei David Raimundo dos Santos, diretor executivo da Educafro, a Lei de Cotas chega para diminuir as injustiças que a população negra sofreu durante anos. "Essa lei é necessária, urgente e fundamental para o Brasil. Se queremos um país igual, onde brancos, negros e indígenas tenham direitos iguais, é necessária uma lei como essa. É inaceitável que nos cargos mais importantes dos órgãos públicos federais só haja brancos. Não temos negros, e isso fere a nação", afirma. 

 "Cotas são uma pequena reparação" 

 Frei David defende a cota para os negros, separadas de qualquer outro tipo de medida. "Cota apenas para os pobres não resolve, pois o problema do negro é mais grave. Ele foi vítima por 388 anos de escravidão e, consequentemente, a cota é uma reparação pelo que o povo negro passou. As cotas são uma pequena reparação que a população negra precisa ter no país. Nós entendemos que se o Brasil for honesto com seu povo, terá cotas para negros, indígenas e pobres", declara. Ele acredita que a presidente Dilma Rousseff irá divulgar a lei neste início de mês.

 "Tivemos uma reunião há mais de um ano com o ministro-chefe da Secretaria-Geral da Presidência da República, Gilberto Carvalho, que deu o prazo de três meses para as cotas em concursos começarem a vigorar, o que não aconteceu. Porém, tenho informações de que nos últimos dias ocorreram quatro reuniões no comando do governo para decidir sobre a lei. Nossa expectativa é que seja divulgada no início de novembro. Acreditamos que a Dilma não irá esperar o Dia da Consciência Negra. Ela vai se antecipar, para mostrar que não está sendo omissa, como estão dizendo os movimentos negros", comenta o frei David. 

 O professor Carlos Eduardo Guerra, fundador do Centro de Estudos Guerra de Moraes, é contra as cotas em concursos, principalmente se for como pretende o governo. "O concurso é travado pela isonomia. Todo mundo é igual. Então, estabelecer cotas apenas raciais não se justifica. Não existe preconceito contra negros no acesso ao cargo público. Na Universidade do Estado do Rio de Janeiro (Uerj) temos a cota racial ligada ao aspecto socioeconômico, é o modelo mais correto. Agora, apenas a cota racial, pode criar um injustiça, repito, visto que não temos um caso de racismo no serviço público. Não podemos dizer que um candidato negro não tem acesso a um cargo público. Penso que se for uma cota socioeconômica, mudará tudo de figura", afirma. 

 Segundo o professor, o governo não utiliza a medida reparatória de forma correta, deixando de agir da forma necessária. "A crítica que eu faço é, por exemplo, a cota da Uerj, é justa e importante, mas infelizmente o Estado não faz sua função básica. Nesses 10 anos em que temos a cota na Uerj, não vi a Educação melhorar. A função tem que ser temporária, não pode ser usada como forma do estado se eximir de sua responsabilidade básica", ressalta. 

 Para o coordenador do Movimento pela Moralização dos Concursos, Wilson Granjeiro, com essa medida o governo demonstra deixar o grande problema de lado, a Educação. "O concurso perde com as cotas. Ele é conhecido por ser justo e para todos. Não podemos selecionar as pessoas pela sua cor, isso acaba premiando a incompetência e gerando acomodação. Devemos investir na Educação de qualidade para todos. Com as cotas, o problema é deixado de lado, o governo passa a impressão de querer desviar o foco de sua obrigação, que é melhorar a Educação do país", considera. 

 "A cota racial fere a isonomia" 

 Para o professor Carlos Eduardo Guerra, as cotas raciais ferem o princípio da isonomia. "Se a cota é somente racial, pode ferir a isonomia. Não temos histórico de racismo no serviço público, não temos nenhum elemento para afimar que a pessoa negra com boas condições de estudo, uma boa formação, não tenha acesso ao concurso público. Quem afirma isso está mentindo. Então, a cota racial, puramente racial, fere a isonomia. Por isso defendo a cota socioecônomica, que pode estar atrelada ou não à questão racial. Na minha visão a cota do concurso público só racial é inconstitucional. O ministro do Supremo Tribunal Federal Joaquim Barbosa é um exemplo. Entrou no serviço público sem cotas, foi procurador da República, professor da Uerj, sempre através de concursos. O que mostra que o concurso público não tem discriminação, e essa á a sua grande vantagem. Não vejo justificativa para a cota racial", repete. 

 O fundador do Gran Cursos, Wilson Granjeiro, também é contra as cotas. "Eu sou oriundo de favela, de escola pública, trabalhava e estudava para vencer na vida. Eu defendo é que existam normas bem claras para concursos, critérios transparentes, justos, onde todos possam concorrer, e não ficar criando castas, cotas. Esse tipo de medida não vai criar justiça para ninguém, pelo contrário, somente irá discriminar os que já são discriminados. Esse não é o caminho. Repito, defendo é que os concursos públicos tenham mais lisura", comenta. 

 Caso a cota no serviço público seja aprovada, bastará o candidato se autodeclarar negro ou pardo para concorrer às vagas reservadas. O método causou problemas em concursos que se utilizam dele. Para Carlos Eduardo Guerra, o problema da autodeclaração é a impunidade. "A melhor forma é a autodeclaração, a história mostra que toda vez que o Estado tenta identificar uma pessoa está criando um apartheid. O problema é a impunidade: a pessoa que se declara negra e não é, deve ser punida. Ela comete um crime. Ela deve sofrer uma ação penal e perder o cargo. O problema é que a sociedade brasileira vive um problema ético sério. As pessoas acham que só é corrupto o político que rouba, mas quem mente na autodeclaração é tão safado quanto o político ladrão", finaliza. 

  Constitucionalidade divide os advogados 

 Muito se discute sobre a eventual lei de cota em concursos federais. Para alguns especialistas, ela seria inconstitucional, pois fere o princípio da isonomia, para outros, apenas retrata os prejuízos sofridos pelos negros. Para o advogado José Manuel Duarte Correia, especialista em concursos, uma frase de Rui Barbosa (1849-1923) acaba com esse questionamento. "Rui Barbosa já disse há quase 100 anos que 'igualdade consiste em tratar igualmente os iguais e desigualmente os desiguais'. É nessa desigualdade social que reside o verdadeiro princípio da igualdade. Se tratarmos da mesma forma pessoas que estão em situação distinta, não estamos tratando com igualdade, e sim acentuando a desigualdade", considera o advogado. 

 Já seu colega de profissão Marcos César Gonçalves é totalmente contrário à cota, e questiona a sua constitucionalidade. "No meu entender, essa lei de cota é totalmente ilegal, inconstitucional, fere o princípio da eficiência da administração pública, além de ferir o princípio da igualdade. Com as cotas se cria uma desigualdade entre brancos e negros, algo que a Constituição não permite". Para o advogado, o fato de a Constituição determinar tratamento igual para os iguais e desigual para os desiguais, não tem valor ao tratar de concursos. "A Constituição cita isso, mas não existe diferença no tratamento entre negros e brancos em concursos públicos. Essas cotas não encontram amparo constitucional", assegura. 

 O advogado José Correia defende as cotas, para ele uma tendência no Brasil atual. "Eu considero que na linha evolutiva da sociedade brasileira, medidas dessa natureza sejam inevitáveis,e, embora polêmicas e de constitucionalidade questionável, essas medidas atendem a uma necessidade indiscutível de equalizações das oportunidades na sociedade brasileira atual. Portanto, com todo respeito às opiniões em contrário, às quais eu mesmo inicialmente me filiei, refletindo melhor sobre a questão, revi minha posição anterior, e hoje considero que esse sistema de cotas criará no futuro um leque de oportunidades considerável e extremamente benéfico para uma parte da população que de outra forma não teria acesso a essas oportunidades", declarou. 

 Para Correia, é fundamental que as cotas tenham um prazo, para não gerar desigualdades. "Considero que essas medidas equalizadoras devem vir limitadas no tempo, ou seja, deveriam ter um período de validade de cinco ou dez anos. Porque, uma vez resolvido o problema da igualdade de oportunidades, elas não serão necessárias. Elas não irão se justificar, e poderão criar privilégios para determinadas categorias, que não precisam", comenta. 

 Segundo Marcos Gonçalves, o candidato branco que se sentir prejudicado poderá entrar na Justiça contra a cota. "Aquele candidato branco, entidades de classe, sindicatos, associações, Ministério Público, sentindo que está ocorrendo discriminação, que estão sendo prejudicados, podem pleitear a anulação do edital. O fato de o Supremo Tribunal Federal ter declarado constitucionais as cotas nas universidades federais não reflete nos concursos. Acredito que esse tema será levado novamente ao STF, que irá decidir se as cotas são ou não constitucionais", diz o advogado. 

 O advogado Marcos César Gonçalves acredita que as cotas serão prejudiciais ao serviço público. "Acredito que o serviço público irá se enfraquecer com as cotas. Se reservar cotas para negros, vai diminuir a qualidade do serviço. A administração terá prejuízos, pois o serviço público feito de maneira errada tem que ser refeito, além do pagamento de indenizações. O gasto será triplo, o governo irá pagar a quem não sabe, terá de pagar para o serviço ser refeito, e ainda possíveis indenizações", comenta. O advogado reitera sua posição. "Sou contra a cota racial, sou totalmente contra. Cota social, pode até ser, mas também sou contra. O que deve ser feito é dar condições aos negros, aos pobres, de competirem com igualdade. Eles não querem ser tratados de maneira diferente. A pessoa não deve entrar no serviço público porque é negra, pobre ou branca, e sim por competência", declarou. 

 O advogado José Correia ressalta a importância do debate e dá um aviso sobre a autodeclaração: "A autodeclaração falsa é crime de falsidade ideológica. Quem mentir, deverá ser condenado. A pena deve ser aplicada, o candidato deve ser processado e perder o cargo", finaliza.


Fonte: FOLHA DIRIGIDA


Postagem recomendada: A DISCRIMINAÇÃO RACIAL NO BRASIL AGORA É OFICIAL



O vídeo abaixo é para a turma que defende cotas para concursos públicos. O concurseiro Ubirajara, EX-MORADOR DE RUA, é um exemplo de como estudo e esforço faz a diferença.

 


Postagem recomendada: COTAS RACIAIS - UMA IDEIA ELITISTA


quinta-feira, 1 de novembro de 2012

O PERUIBENSE TÍPICO QUE LÊ ESTE BLOG VIVE CICLOS DE DEPRESSÃO!




Se tu és peruibense, tem entre uns 25 e 40 anos, vive aqui desde a infância ou adolescência, reside com familiares QUE O SUSTENTAM e não possui  emprego fixo .... saiba que esta postagem é para ti. De certa forma, muitas das postagens aqui publicadas são para esse perfil de internauta e munícipe, o do tipo oprimido e humilhado.

Começo com uma "boa notícia": 2012 se aproxima do fim. Mais um ano que no qual você teve tanto sofrimento logo se encerrará. Viva !!! Mas ... 2013 será melhor? Bem, vamos por partes.

Sei que em breve você arrumará um emprego TEMPORÁRIO. Pois é, temporário, pois a temporada de verão se aproxima, e empregos desse tipo não faltarão, pois é isso o que esta cidade, esta "mãe" (para mim, está mais para madrasta má) chamada Peruíbe, já te deu antes (ano passado, retrasado ...) e te dará novamente.

Mas vai ser bom, ótimo, MARAVILHOSO, pois o período depressivo pelo qual está passando irá se encerrar. Como nos sentimos melhor ao deixarmos a condição de desempregados, não é mesmo? Um período de muito trabalho e esforço se aproxima, mas você não se sentirá mais um inútil e fracassado.  Vai se sentir útil e valorizado pelos familiares. Ah, que bom ... que "felicidade".

Irá trabalhar de segunda a segunda (no mínimo umas doze horas diárias), sem contrato laboral formal, do mês de dezembro até o carnaval de 2013. Suportará a fadiga, o calor, a fome e se for necessário até a sede, para garantir os seu salário. Horas extras? Dias de folga? Isso é pra quem pode, e agora que está empregado, não pode se dar ao luxo de reclamar de tudo o que é seu direito. Lembre-se de que até um outro dia, não tinha dinheiro nem para comprar fruta na feira.

Nessa fase, os aspectos positivos superam os negativos. O patrão se considera uma dádiva para você e outros funcionários da sorveteria, um grande sábio e senhor da razão, cheio de grandes conhecimentos e experiências de vida (um baita de um chato, enfim), mas ele te paga. Não o valor que você acha que merece receber, mas te paga, e é isso o que interessa.

Mas então ... chega o Carnaval. Aí, enquanto um monte de veranistas ficam até de madrugada fazendo barulho, perturbando peruibenses como eu que estão se lixando para essa bobagem e que só querem dormir, você já sabe que não irá se "efetivar" no emprego. Eu tentando dormir e você, lá na sorveteria às duas da manhã, já sabendo que o desemprego o aguarda após a quarta feira de cinzas, assim como o início de uma novo período de DEPRESSÃO. Mais sofrimento no seu futuro, resultado das suas próprias escolhas ...

Sim, de escolhas. Eu escolhi me esforçar, para sair do buraco em que estava. Foi fácil? NÃO. Tive fracassos durante o meu esforço? MUITAS VEZES. Mas o fato é que EU NUNCA, NUNCA DESISTI !!!

Me senti em guerra contra esta cidade "paradisíaca", mas NUNCA DESISTI!!! Por mais que tantos estivessem contra, que não se importassem com o meu sofrimento, me recusei a me conformar, tal como VOCÊ, SEU TROUXA, COSTUMA FAZER !!! 

Teve quem me apoiasse. Um colega de trabalho, grande amigo meu, me ajudou a chegar até aqui, assim como também o ajudei. O personagem que anteriormente chamei de lobo solitário foi outro que me apoiou muito, para que eu tivesse o meu primeiro emprego como servidor público (o atual é o segundo). Sem eles, jamais teria dado um passo rumo a minha libertação dos ciclos depressivos.

Depressão por ociosidade e falta de trabalho é para os peruibenses paspalhos, que se conformam com bicos e aceitam patrões que se sentem semideuses. Tive um, tão legal, mas tão legal, que em certa época eu o via como um torturador vietcong, sendo eu um prisioneiro de guerra americano. Sem brincadeiras, foi um inferno trabalhar para aquele infeliz.






Mas aqui estou eu, um sobrevivente da selva, deste falso paraíso chamado Peruíbe, que não auge do meu desespero, só faltei desejar que afundasse no mar. Fiz as minhas escolhas, um bocado anti-peruibenses (ainda moro, mas a anos que não trabalho nesta cidade). Faça as suas, mas se elas forem baseadas em um sentimento derrotista, quem perde não sou eu.

Toma vergonha e dê o troco. EM PERUÍBE, NÃO SE DÁ A OUTRA FACE !!!


Postagem mais do que recomendada:


OPERAÇÃO FAROL DA LIBERDADE: CONVOCAÇÃO DE VOLUNTÁRIOS

quarta-feira, 31 de outubro de 2012

PERUÍBE: FEMINISMO E O HOMEM DESCARTÁVEL - OUTUBRO DE 2012




O peruibense que aqui escreve adora postagens politicamente incorretas. Na falta do que fazer, posto aqui mais uma.

Sabe, cansa esse papo feminista misândrico, que coloca os homens na condição de seres inferiores. Ora, durante as eleições municipais, se falava que Peruíbe estava em vantagem, por termos três candidatas para a prefeitura (e nenhum homem). Pois bem, qual foi a vantagem disso? No mundo real, qual a lógica desse argumento?

Esse papo de que uma mulher se comporta melhor do que um político, pois teria mais "sensibilidade" para com causas sociais, seria "mais centrada" (como é que é?) e "menos atrevida" do que o homem (argumentos feministas típicos, impossíveis de se entender) é um discurso claramente misândrico, e me espanta que existam homens que se atrevem a passar isso adiante, homens que acabam inferiorizando o próprio sexo, e nem se dão conta disso.



MARCADORES: HOMEM DESCARTÁVEL, MISANDRIA, PRECONCEITO CONTRA OS HOMENS, SEXO MASCULINO, PERUÍBE, PERUIBENSES, FEMINISMO, DIREITOS IGUAIS, IGUALDADE, SÉCULO 21, 2012

CONCURSEIRO DE VERDADE SUPERA OS FRACASSOS




Você já ficou chateado o suficiente, por não ter passado no concurso público municipal de Peruíbe. Chega, o jeito é seguir em frente.

Pois é, 2012 se aproxima do fim, e para ti restará algum trabalho bem desgastante durante a próxima temporada de verão. Sei como isso lhe incomoda, já que será um esforço que não dará como pagamento aquilo que você considera justo. E agora, irá se acomodar e ficar conformado com esse futuro?

E a liberdade que tanto busca? Desistiu dela? Na primeira derrota, preferiu se acomodar, e nem se informa de novos concursos. Cara, toma vergonha, até quando pretende sobreviver em condições tão precárias? E não me vem com essa de não ter dinheiro para inscrições e outros gastos. Se organize!!!

Se é pra ralar vendendo sorvete no próximo verão, pois então que trate de guardar algum dinheiro, para prosseguir no esforço de se tornar um concurseiro vitorioso.  E como já disse tantas vezes, Peruíbe não é o centro do universo. Vá atrás do emprego, e se for preciso esqueça do lugar em que mora agora. Peruibense concurseiro não se apega, segue em frente.







sábado, 27 de outubro de 2012

REINALDO AZEVEDO DETONANDO A MACONHA, E UM POUCO DO "TROPA DE ELITE"



CAI O ÚLTIMO ARGUMENTO DOS MACONHEIROS: DROGA É MAIS PREJUDICIAL DO QUE ÁLCOOL E TABACO, SIM!

 Um dos lobbies mais organizados, mais influentes e mais aguerridos do Brasil é o dos maconheiros. Não há, já demonstrei aqui — acho que em centenas de textos —, uma só centelha lógica em seus argumentos. Ao contrário: no fim, tudo termina na mais pura irracionalidade. Não repisarei argumentos. O capítulo 3 de “O País dos Petralhas II” chama-se “Das milícias do pensamento” — um dos subcapítulos tem este título “Da milícia da descriminação das drogas”. Como, em certas franjas, o consumo da maconha — e de algumas outras substâncias — se mistura com hábitos próprios dos endinheirados, a descriminação ganhou porta-vozes influentes. Por incrível que pareça, está presente até na eleição do comando da OAB… 

 Leiam reportagem de Adriana Dias Lopes, que é capa da VEJA desta semana. Cai por terra a mais renitente — embora, em si, seja estúpida, já demonstrei tantas vezes — tese dos defensores da descriminação da maconha: a de que a droga ou é inofensiva ou é menos danosa à saúde do que o tabaco e o álcool, que são drogas legais. Errado! Leiam trecho da reportagem: 

 (…) 
A razão básica pela qual a maconha agride com agudeza o cérebro tem raízes na evolução da espécie humana. Nem o álcool, nem a nicotina do tabaco; nem a cocaína, a heroína ou o crack; nenhuma outra droga encontra tantos receptores prontos para interagir com ela no cérebro como a cannabix. Ela imita a ação de compostos naturalmente fabricados pelo organismo, os endocanabinoides. Essas substâncias são imprescindíveis na comunicação entre os neurônios, as sinapses. A maconha interfere caoticamente nas sinapses, levando ao comprometimento das funções cerebrais. O mais assustador, dada a fama de inofensiva da maconha, é o fato de que, interrompido seu uso, o dano às sinapses permanece muito mais tempo — em muitos casos, para sempre, sobretudo quando o consumo crônico começa na adolescência. Em contraste, os efeitos diretos do álcool e da cocaína sobre o cérebro se dissipam poucos dias depois de interrompido o consumo.

Com 224 milhões de usuários em todo o mundo, a maconha é a droga ilícita universalmente mais popular. E seu uso vem crescendo — em 2007, a turma do cigarro de seda tinha metade desse tamanho. Cerca de 60% são adolescentes. Quanto mais precoce for o consumo, maior é o risco de comprometimento cerebral. Dos 12 aos 23 anos, o cérebro está em pleno desenvolvimento. Em um processo conhecido como poda neural, o organismo faz uma triagem das conexões que devem ser eliminadas e das que devem ser mantidas para o resto da vida. A ação da maconha nessa fase de reformulação cerebral é caótica. Sinapses que deveriam se fortalecer tornam-se débeis. As que deveriam desaparecer ganham força”. 
(…) 

 Leiam a íntegra da reportagem especial na edição impressa da revista e depois cotejem com tudo o que anda dizendo a turma da descriminação, cujo lobby é tão forte que ganhou até propaganda gratuita na TV aberta, o que é um despropósito. 

Para encerrar este post, vejam alguns dados cientificamente colhidos sobre os consumidores regulares de maconha: 
– têm duas vezes mais risco de sofrer de depressão; – têm duas vezes mais risco de desenvolver distúrbio bipolar; 
– é 3,5 vezes maior a incidência de esquizofrenia; – o risco de transtornos de ansiedade é cinco vezes maior; 
– 60% dos usuários têm dificuldades com a memória recente; 
– 40% têm dificuldades de ler um texto longo; 
– 40% não conseguem planejar atividades de maneira eficiente e rápida; 
– têm oito pontos a menos nos testes de QI;
 – 35% ocupam cargos abaixo de sua capacidade. 

 E, digo eu, por tudo isso, 100% deles defendem a descriminação… 


Por Reinaldo Azevedo


Fonte: REINALDO AZEVEDO

Vídeo simpático, que este blogueiro de Peruíbe sempre quis postar. Aproveito a oportunidade:




FINALMENTE A VITÓRIA !!!!





Sim, finalmente você alcançou a vitória. Demorou, mas conseguiu atingir a meta, pois isso é o que importa.

Durante anos, aguardou por esse concurso público da prefeitura de Peruíbe, e se preparou para isso. Passou em uma boa colocação e o cargo é seu. E que se danem os invejosos. Eles que estudem e se esforcem. Um péssimo tipo de peruibense é aquele que se sente incapaz de passar em um concurso público - o infeliz não se prepara - e só desmotiva os outros, dizendo abertamente que isso não tem futuro. Esse tipo deve estar bem descontente agora, pois você SE CLASSIFICOU, E AGORA É UM CONCURSADO.

Os eternos insatisfeitos (certos reprovados) que reclamem e berrem. O fato é que não foram classificados e terão que aceitar isso. Derrotas fazem parte da vida. Concurseiro de verdade toca pra frente. Vai fazer o quê? Ficar esperando pelo próximo concurso municipal, que só ocorrerá daqui a uns três ou quatro anos? TOCA PRA FRENTE. Vá prestar outro concurso, e para de choradeira.



 
Final do filme Rob Roy. Eu já venci dois duelos (concursos públicos). Neles eu derrotei a mesquinharia e falta de piedade que predominam nesta cidade, e deixei de ser vítima dessas pragas.

quinta-feira, 25 de outubro de 2012

O ELEITOR DE SÃO PAULO DARÁ UM TIRO NO PÉ



E tem quem tenta avisar. O Deputado Federal Jair Bolsonaro até que se esforça, mas o eleitorado paulistano prefere o caminho do abismo:




domingo, 21 de outubro de 2012

DÍVIDA HISTÓRICA




PERCIVAL PUGGINA


A tal dívida histórica não encontra devedores vivos de quem possa ser cobrada. É tolice e é anti-histórica. 

Tem sido dito que a política de cotas, raciais ou sociais, resgata uma dívida histórica. Dívida de quem? Dos brancos para com os negros e os índios, afirmará alguém com furor justiceiro. Pergunto: dos brancos assim, tipo todo mundo? Milhões de brasileiros descendem de europeus emigrantes de seus países de origem por injustiças que contra eles se praticavam. Nada tinham com a encrenca da escravidão aqui. Também são devedores? Muitos brancos portugueses foram enviados a contragosto para o desterro no Brasil, onde arribaram tão "pelados" quanto os índios. Seus descendentes também têm dívida a pagar? Segundo essa linha de raciocínio, sou conduzido a crer que eu teria uma dívida histórica a cobrar da Itália e que os descendentes dos desterrados portugueses teriam outra na velha terrinha, ora pois. Absurdo. 

 Tudo que é dado tem um preço. Vejamos como se aplica essa constatação a uma política de cotas. Quando uma universidade pública as estabelece, ela está dando a determinado grupo social a possibilidade de acessar seus cursos mediante notas inferiores às dos candidatos que não pertencem a tal grupo. Trata-se de uma regalia custeada por concorrentes que não integram o grupo privilegiado. A fatura da vantagem concedida vai para aqueles que poderiam ter ingressado e não ingressaram. Isso é inquestionável.  

Quem concorda com a lei de cotas, embora motivado por nobres intenções, olha para um prato da balança da justiça e fecha os olhos para o outro. Vê o beneficiado e desconsidera o prejudicado. Por quê? Não sei. Jamais topei com um vestibulando do grupo fraudado que considere justa a adoção das cotas. O apoio a tais políticas, concedido por quem nada tem a perder com elas, é generosa barretada com o chapéu alheio. É dar presente com o cartão de crédito dos outros. Não é justo. Nem honesto. 

A tal dívida histórica não encontra devedores vivos de quem possa ser cobrada. É tolice e é anti-histórico. O que o Brasil tem é uma necessidade de resolver seus desajustes sociais. Admitir que essa tarefa existe implica assumi-la como dever moral da nação. Vale dizer, de todos os brasileiros, como membros de uma sociedade que estampa infames desníveis. A miséria, a ignorância, a falta de oportunidades não têm cor de pele. O absurdo da lei de cotas é jogar no colo do estudante branco da escola particular o ônus dessas correções. A responsabilidade maior e a maior potencialidade material para combater tais desníveis é da política, do Estado brasileiro, mediante instrumentos não expropriatórios. Aliás, no que concerne à educação, a política de cotas equivale a pretender resolver o problema de fundações de um prédio nivelando seu telhado. Para cada formando pela política de cotas, todo ano, em virtude das muitas deficiências dos ensinos Fundamental e Médio, a base do sistema afasta do tecido social centenas de crianças cuja educação está sob responsabilidade de quem? De quem pretende enxugar gelo, em nome da justiça, com a lei de cotas. 

 Enchem páginas de jornal as matérias sobre o péssimo nível de ensino no país, o abandono dos cursos voltados para a educação e o quanto isso obsta nosso desenvolvimento. A melhoria do ensino básico tem custo. E é mais barato posar de justiceiro com os direitos alheios do que fechar as torneiras pelas quais se esvaem recursos que deveriam servir para acabar com a injustiça ali onde ela crava perversas raízes sobre o destino de milhões de crianças.

Fonte: BLOG DO PERCIVAL PUGGINA

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A DISCRIMINAÇÃO RACIAL NO BRASIL AGORA É OFICIAL

sábado, 20 de outubro de 2012

GRAVE RISCO PARA A LIBERDADE DE IMPRENSA NO BRASIL!




César Maia


As declarações do presidente atual do PT e dos dois ex-presidentes condenados pelo STF por corrupção ativa foram convergentes e harmônicas entre eles…, e são assustadoras. Acusam a imprensa de ter promovido as condenações dos principais líderes e ex-dirigentes do PT, já que teria criado o ambiente e induzido o voto dos ministros do STF. 

 O silêncio de seus parceiros da “base aliada” acumplicia e coonesta essas declarações. Afinal, da mesma maneira foi recebida a cobertura da imprensa no caso Cachoeira, finalmente abafado numa CPI controlada pelo PT e pela sua fiel “base aliada”. 

 Mas os Ministros do STF não são “base aliada”, apesar de dois deles terem sugerido isso, por seus argumentos. E o STF não é CPI controlada pelo PT. 

 Lula apoiou seus condenados e se somou ao coro dos que culpam a imprensa. E a chegada triunfal de dois ex-presidentes na sede do PT mostrou que o partido está uníssono na agressão à imprensa. A ostensividade oficial de apoio à eleição de Chávez, com a mesma agência de propaganda do PT e com a presença de membro da executiva e co-ministro de relações exteriores, mostra que a fraternidade com Chávez é política e ideológica e, claro, incorpora a visão bolivariana sobre a imprensa. 

 Dilma está à esquerda de Lula, o que é uma garantia de aprofundamento dos compromissos petistas do governo, nessa matéria. Já houve tentativas de legislar contra a liberdade de imprensa. Pelo menos três vezes. Só os ingênuos podem imaginar que isso não retornará. Com certeza retornará e com maior força. 

 E esse será um tema implícito na voz da candidata e explícito na campanha, em 2014. E que não se iludam os otimistas e os de boa vontade: se o PT eleger a presidente em 2014 e formar a maior bancada, não vai esperar o carnaval e menos ainda a semana santa para aprovar uma legislação repressiva à liberdade de imprensa. No mínimo “a la Argentina” e no máximo “a la Venezuela”. Ambas hipóteses predadoras da liberdade de imprensa, com pequena diferença de grau. 

 Há sempre que lembrar o que repetia Thomas Jefferson: “Nossa liberdade depende da liberdade de imprensa e ela não pode ser limitada sem ser perdida”.

Fonte: DEBATES CULTURAIS


Comentário: este blogueiro de Peruíbe ainda se espanta quando critica a Dilma perto de algum petista, pois é normal que ele se irrite, dizendo que apóia ela - e daí? - e NÃO GOSTA QUE ELA SEJA CRITICADA. Sabe o que eu respondo? QUE NÃO ESTAMOS EM CUBA OU NA VENEZUELA. Aí fica calado, bem caladinho. Pode até resmungar, fazer cara feia, mas fica calado.

Esses "companheiros" possuem uma mentalidade esquisita. Crítica é algo que eles podem fazer dos outros, mas ai de quem os critique. Democracia para eles parece uma via de mão única, por onde podem seguir sem qualquer oposição. Várias vezes já vi blogueiros petistas comemorando "a morte da oposição". E depois os outros é que são os "fascistas" ..... ah, entendi. Eles são "progressistas", daqueles bem esclarecidos, que só faltam tatuar o símbolo da foice e martelo nas próprias testas. São progressistas. Defendem o que nunca funcionou, mas são progressistas. Perto dessa gente, sou um porco direitista do século 18, e prefiro essa condição.

quarta-feira, 17 de outubro de 2012

VOCÊ ESTÁ SAINDO DE PERUÍBE - TEM CERTEZA DE QUE É UMA BOA IDÉIA?



Será uma ótima ideia, depois que você perceber que durante vários anos tem sido enganado, manipulado e explorado nesta cidade. Novamente, uma postagem para poucos.

 Mas, se neste momento, você é um daqueles peruibenses "municipalistas", que já se sente ofendido com o quê eu escrevi logo acima, trate de parar por aqui, e vá procurar alguma patetice escrita em terceira pessoa com um tom bem popularesco. Aqui, EU NÃO ALIMENTO ESPERANÇAS !!!

Este texto é um pouco mais do mesmo, mas e daí? Vou variar um pouquinho: Segue abaixo um link do filme O SHOW DE TRUMAN - O SHOW DA VIDA. Eu o assisti em 1999 e foi um divisor de águas para mim. Contribui para explicar o que eu penso, sem ser ainda mais repetitivo:

O SHOW DE TRUMAN - O SHOW DA VIDA


segunda-feira, 15 de outubro de 2012

SECRETARIA DE SAÚDE DÁ 15 DIAS PARA HOSPITAL DE PERUÍBE SE ADEQUAR




De A Tribuna On-line 


O Hospital Municipal de Peruíbe terá 15 dias para providenciar um conjunto de 36 adequações necessárias, o que implicará fechamentos temporários de alas da unidade. As informações são da Secretaria de Estado da Saúde. 

 “Formalmente, não foi necessário lavrar auto de interdição do hospital, uma vez que a Secretaria de Saúde de Peruíbe concordou com todas as exigências de adequações necessárias”, informa o órgão, em nota. 

“O acordo prevê que o hospital fique parcialmente fechado e que mantenha apenas a sua maternidade em funcionamento. O DRS irá prestar apoio para auxiliar a transferência dos pacientes. O atendimento de emergência deverá ser prestado pela UPA de Peruíbe e prontos-socorros das cidades vizinhas”, esclareceu a Secretaria de Saúde do Estado. 

Dentre as medidas de adequação do Hospital Municipal de Peruíbe, conforme o órgão estadual, estão eliminar fiação exposta, descartar medicações vencidas e instituir controle de prazo de validade desses produtos, abolir prática de manter recém-nascidos internados no mesmo leito com a mãe, recarregar extintores de incêndio e adquirir e manter na lavanderia produtos de lavagem de roupa com registro da Anvisa. 

 “As medidas são necessárias para não expor os pacientes a risco”, destacou a Secretaria de Saúde do Estado. 

 Em 2011, o órgão liberou o repasse de R$ 7 milhões para a construção de um novo hospital em Peruíbe. Desse valor, R$ 3 milhões já foram repassados ao Município e os outros R$ 4 milhões serão pagos conforme a medição das obras. 

Transferência 

 Cerca de dez pacientes internados na enfermaria da Clínica Médica do Hospital Municipal de Peruíbe deverão ser transferidos para serviços de referência da região nos próximos dias. A medida irá permitir a desativação dessa ala e da Unidade de Terapia Semi-Intensiva, que já está vazia. Com isso, serão iniciadas a reforma e a adequação desses espaços. 

 Segundo o secretário de Saúde de Peruíbe, Marco Antonio Cantuária Ribeiro, a Pediatria e a Maternidade do hospital permanecerão funcionando normalmente durante esse período. A informação não é confirmada pela Secretaria de Saúde do Estado, segundo a qual somente a Maternidade continuará aberta. 

 A desativação parcial do hospital foi definida na manhã desta segunda-feira, durante uma reunião feita no Departamento Regional de Saúde da Baixada Santista – DRS IV –, na Aparecida, em Santos.

 A medida chegou a ser anunciada pela Secretaria de Saúde do Estado, na noite de quinta-feira, como uma interdição, já que as condições do serviço ofereciam risco à saúde dos pacientes ali internados, conforme informara na ocasião, em nota, o órgão. Mas a secretaria, por meio do diretor técnico do DRS IV Renato Rodolfo Pastorello, voltou atrás logo em seguida e reclassificou o fechamento do hospital como uma desativação temporária.


Fonte: A TRIBUNA


KIT ANTI-HOMOFOBIA: TEORIA E PRÁTICA DA MILITÂNCIA PETISTA



Gravatai Merengue

A militância petista da internet é preponderantemente contra a interferência de igrejas em políticas públicas, defensora do estado laico e simpatizante de toda e qualquer causa (mesmo); incluída aí, é claro, a bandeira LGBTT. 

 Já o partido, especialmente quando em campanha, frequenta todo tipo de igreja, seita, culto, templo, com direito a candidato ortodoxo tomando comunhão católica. Podem dizer que é do jogo, ok. Mas sigamos. 

 No poder, o PT governa aliado à chamada bancada evangélica. Lembra tudo aquilo que falavam do Russomanno e da IURD? Pois bem: o PRB, partido ligado à Igreja Universal, é aliado de primeira hora do governo federal. Continua aliado. E continuará. 

Chegamos, portanto, ao kit anti-homofobia (chamado pela imprensa e parlamentares aliados do governo federal de “kit gay”). José Serra foi perguntado sobre o kit, respondeu de forma a condená-lo. Imediatamente, a militância petista da web repudiou com veemência a resposta (aquela veemência típica deles, com indignação teatral, insultos de todo gênero e a tradicional falsa defesa de uma causa). 

 Estariam esses militantes preocupados com os direitos LGBTT? Não, não estariam. A regra, mais uma vez, se confirmou: entre uma causa e o partido, ficam com o partido – seja qual for a bandeira. 

 O tal kit SERIA lançado pelo MEC. Não foi. E não foi porque a presidente Dilma Rousseff o vetou. E esse veto resulta de pressão de bancadas conservadoras. A “pressão” funciona porque o governo precisa desses parlamentares em sua base. Puro e simples acordo de governo “progressista” e setores que os militantes do partido consideram um atraso para o país. 

 Mas não há indignação quanto a isso; rola aquela vista grossa de sempre e os direitos LGBTTs que se lasquem. 

Subitamente, surgem petistas raivosos quando José Serra é perguntado sobre o kit que a própria Dilma vetou. Ele estaria erradíssimo pela opinião que tem; ela certíssima pelo veto ao kit por pressão das bancadas conservadoras (de quem o governo depende dos votos, a quem o governo dá ministérios etc.). 

 O kit foi divulgado no final de 2010 e já estava em elaboração havia mais de um ano. O veto ocorreu em maio de 2011 e, desde então, NÃO HOUVE PRODUÇÃO DE QUALQUER OUTRO MATERIAL. Enquanto militantes LGBTT (que colocam a causa acima de qualquer partido) brigam por algum tipo de política pública correlata, os petistas (especialmente da web) não cobram coisa alguma (já o TCU, cobra uma fortuna que teria sido gasta e, claro, não foi aplicada). 

 E a desonestidade se torna mais descarada quando tratam como “tema posto em campanha pelo candidato” o que é uma resposta a pergunta formulada em entrevista. Funciona assim: perguntam, perguntam, perguntam, perguntam, até que, claro, o candidato responde. Daí a culpa é dele (!) por “colocar o tema na pauta” (!?!). 

 Enquanto isso, a demanda da comunidade LGBTT continua ignorada pelo governo progressista que, vejam só!, é aliado de bancadas ultraconservadoras e ligadas a toda sorte de denominações religiosas. O militante petista aplaude o governo que VETOU o kit, mas xinga pesadamente quem emite uma opinião contrária ao mesmo material vetado pelo governo aplaudido. 

 Eles não perdem tempo com coisas como lógica, noção ou fatos. Primeiro o partido, depois esses detalhes. E depois, bem depois, as causas que alegam defender. E se tudo der errado, há sempre a saída clássica de dizer que o adversário diz “baixarias”. Patético.

Fonte: IMPLICANTE