quarta-feira, 3 de janeiro de 2018

NÃO ADIANTA EXPLICAR QUANDO O OUTRO ESTÁ DECIDIDO A NÃO ENTENDER - JANEIRO DE 2018



Gostem a maioria dos peruibenses ou não, o fato é que o turismo de veraneio tem consequências, que não se resumem a longas filas em caixas de supermercados e quiosques lotados. 

O elevado movimento turístico dos últimos dias de 2017 até ontem (1 de janeiro de 2018), ao mesmo tempo que dinamizou o comércio local e atividades correlatas (como pousadas e hotéis) gerou muitas reclamações de moradores, impacientes com os vários congestionamentos, canções bizarras (tipo funk pornográfico) propagadas num som altíssimo, PANCADÕES, falta de água em alguns locais da cidade, lixo nas ruas, carro em 20 Km numa via em que o limite é de 60 Km, falta de educação de visitantes que trataram esta cidade como se fosse "a casa da mãe Joana" ... esqueci de alguma coisa?

O fato, caro peruibense insatisfeito, é que tudo isso tem sido o resultado de anos duma enorme tolerância para o comportamento permissivo de muitos visitantes, em nome do "turismo", pois são os de "fora" que "trazem dinheiro para a cidade". O movimento turístico cresceu de forma descontrolada, num município despreparado para suportar tamanha população flutuante por apenas uns poucos dias, contribuindo para o descontentamento de muitos moradores, incluindo este blogueiro. E não existe solução fácil para isso.

O turismo de veraneio tem seus prós e contras, e nunca vi os contras serem tão citados em conversas, sejam elas virtuais ou fora da internet. Mas o que todos deveriam entender, é que a única solução (que vou repetir, não é fácil) está em reduzir a extrema dependência que a cidade tem dessa atividade econômica. Chega de dizer que Peruíbe precisa ficar super-lotada para que ajam empregos e dinheiro que sustente o município nos meses seguintes. Esse modelo está no limite, já disse isso várias vezes, e tenho certeza que muitos lerão este texto, tal como já leram outros, e com arrogância dirão para si mesmos que não é bem assim, pois esta é uma "cidade turística", e não existem "alternativas".

No título eu escrevi que "não adianta explicar quando o outro está decidido a não entender", mas quem sabe alguém entende, e pouco a pouco essa situação possa ser mudada.


POSTAGEM RECOMENDADA: BALSA (CATAMARÃ / FERRY BOAT) DE PERUÍBE PARA IGUAPE



MARCADORES: TURISTAS, VERANISTAS, TEMPORADA DE VERÃO EM PERUÍBE 2017/2018, RÉVEILLON PERUIBENSE, ANO NOVO, FESTAS, 31 DE DEZEMBRO DE 2017, 1 DE JANEIRO DE 2018

segunda-feira, 1 de janeiro de 2018

O ALTO PREÇO (PARA ALGUNS) DE SE IMPEDIR MEGA-INVESTIMENTOS EM PERUÍBE, SEM POR ALGO NO LUGAR - JANEIRO DE 2018






Em 2017 a atmosfera política peruibense foi tomada pelo descontentamento do movimento anti-usina. O "establishment" local foi abalado pela reação de uma parcela da população, que se insurgiu contra a "deplorável" ideia de que uma TERMOELÉTRICA contribuiria positivamente para o desenvolvimento desta cidade. Após tudo isso, digo que a massa indiferente (muito morador jamais se importou com isso, trata-se de um fato) demorará para perceber que um dos resultados dessa ação será um semi-isolamento inglório de Peruíbe em relação aos demais municípios da baixada santista, e isso só para começar.


O movimento "usina não" foi observado sob um único ângulo imaginável, a questão ambiental, mas essa análise é frágil, pois o que ocorreu foi uma ação política identitária complexa, que não se limitava ao ideal ecológico. Alguns temiam queda no movimento turístico , e muitos outros se preocupavam com desvalorização dos imóveis, aumento da violência urbana e um movimento migratório incontrolável, que na verdade já ocorre desde os anos 70, e é mais ou menos compensado pela população de peruibenses natos que partem daqui, por falta de perspectivas. Mas também tem outra questão, não destacada pela grande mídia nacional que acompanhou a polêmica: o "usina não" cresceu fortemente entre a classe média peruibense e a formada por veranistas habituais.

Já a maioria da população do "andar de baixo" ficou distante do assunto, nem a favor ou contra o projeto, ocupada que estava lutando contra o desemprego, subempregos e a pouquíssima renda numa terra tida como cara para se morar, ainda mais com a recessão/depressão brasileira seguindo com força. O desinteresse se explica por questões urgentes dessas pessoas e um ceticismo que se justifica por promessas redentoras anteriores já superadas, como o Porto Brasil. Entre os mais pobres predomina a desilusão, mais do que compreensível, pois 2018 não reserva um salto de desenvolvimento para esta cidade, e muita gente subestimada pelos "intelectuais progressistas" já sacou isso.

Ora, qualquer um que em 2017 acompanhou este blog e meu canal no youtube, sabe que falei várias vezes sobre ALTERNATIVAS ao projeto da Termoelétrica. Pois bem, cadê a sociedade mais instruída e educada para discuti-las? Tudo que sei é que esta temporada de verão 2017/2018 está sendo um sucesso (um réveillon agitadíssimo) , com o comércio lotado, ou seja, o velho modelo econômico veraneio/imobiliárias/comércio sustentando a cidade, e portanto não merecendo questionamentos, ou seja, ecoturismo e observação de pássaros não terão (ainda) um grande destaque. O turismo rural seguirá evoluindo sem chamar a atenção e o turismo ufológico se fortalecerá mais, mas o modelo econômico vigente predominará por tempo indefinido, jamais gerando os empregos necessários para a população economicamente ativa, em especial a mais carente.

Encerro esta postagem - a primeira de 2018 - afirmando que o alto preço (para alguns) de se impedir mega-investimentos como o da Usina em Peruíbe, SEM POR ALGO NO LUGAR, será o eleitorado mais proletarizado dando as costas para futuros candidatos com discurso "progressista" (anti-porto, anti-usina, anti-verticalização ...) e a VALE-RIBEIRALIZAÇÃO se intensificando como solução econômica mais prática, para desprazer dos que sonham com uma Peruba City convertida em "zona de amortecimento" - ou seria zona de aborrecimento? - da baixada santista. O Vale do Ribeira nos aguarda.



MARCADORES: FIM DO PROJETO DA TERMOELÉTRICA, TEMPORADA DE VERÃO EM PERUÍBE 2017/2018, 1 DE JANEIRO DE 2018, DIA DA CONFRATERNIZAÇÃO UNIVERSAL, RÉVEILLON EM PERUÍBE 2018


domingo, 31 de dezembro de 2017

2018 ESTÁ CHEGANDO, E É MELHOR VOCÊ JAIR SE ACOSTUMANDO! - DEZEMBRO DE 2017





MARCADORES: ELEIÇÕES PARA PRESIDENTE EM 2018, BOLSONARO PRESIDENTE, É MELHOR VOCÊ JAIR SE ACOSTUMANDO, LULA PRESO, DILMA DERROTADA, O LADO QUE VENCE UMA GUERRA É O QUE COMETE MENOS ERROS, DEZEMBRO DE 2017

sábado, 30 de dezembro de 2017

ALGUNS ASPECTOS POSITIVOS DA CHUVA EM PERUÍBE, NESTE 30 DE DEZEMBRO DE 2017






Sei que nesta tarde chuvosa deste 30 de dezembro de 2017, tem gente (principalmente a turma veranista) insatisfeita, pois esse clima "não dá praia", e esse é o fator básico de tantos estarem visitando esta cidade. Mas eu não me incomodo, pois vejo alguns aspectos positivos gerados por um clima indesejado por muitos:

Se chover a noite toda, NENHUM PANCADÃO SERÁ REALIZADO EM PERUÍBE, pois os maloqueiros não ficarão pulando no molhado, escutando funk pornográfico em altíssimos decibéis e portanto não enchendo o saco dos vizinhos;

até agora nenhuma notícia sobre falta de água, apesar da maior população flutuante na cidade;

e por fim, a temperatura está suportável, sem aquele SOL DE DESERTO AFRICANO QUEIMANDO NOSSA PELE QUANDO SAÍMOS DE CASA. 



MARCADORES: TEMPORADA DE VERÃO EM PERUÍBE 2017/2018, FIM DE ANO, REVEILLON 2018, 31 DE DEZEMBRO DE 2017, 1 DE JANEIRO DE 2018, VERÃO CHUVOSO EM PERUÍBE, 30 DE DEZEMBRO DE 2017

sexta-feira, 29 de dezembro de 2017

TJ DE SÃO PAULO ABRE CONCURSO PARA 235 VAGAS DE ESCREVENTE - DEZEMBRO DE 2017




Cargo exige nível médio de escolaridade. O salário é de R$ 4.706,53.

Por G1

O Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo (TJ - SP) abriu concurso para 235 vagas de escrevente técnico judiciário, que exige nível médio de escolaridade. O salário é de R$ 4.706,53.

As inscrições devem ser feitas de 9 de janeiro a 14 de fevereiro pelo site www.vunesp.com.br. A taxa é de R$ 68.

As vagas são para a 2ª Região Administrativa Judiciária – sede de Araçatuba (25 vagas), 3ª Região Administrativa Judiciária – sede de Bauru (30 vagas), 5ª Região Administrativa Judiciária – sede de Presidente Prudente (35 vagas), 6ª Região Administrativa Judiciária – sede de Ribeirão Preto (45 vagas), 7ª Região Administrativa Judiciária – sede de Santos (20 vagas), 8ª Região Administrativa Judiciária – sede de São José do Rio Preto (30 vagas), 9ª Região Administrativa Judiciária – sede de São José dos Campos (25 vagas) e 10ª Região Administrativa Judiciária – sede de Sorocaba (25 vagas).

O concurso terá provas objetiva, e prática. A prova objetiva será aplicada no dia 25 de março de 2018.

A prova prática, de caráter eliminatório, buscará aferir o conhecimento e habilidades do candidato, utilizando o editor de texto em microcomputador do tipo PC, em ambiente gráfico Microsoft Windows, e será aplicada somente aos candidatos habilitados e melhor classificados na prova objetiva.

Tribunal de Justiça de São Paulo

235 vagas 

Salário: R$ 4.706,53 
Inscrição: 9/01 a 14/02 
Taxa: R$ 68 
Prova: 25/03/18


FONTE: G1





MARCADORES: TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE SÃO PAULO,  VAGAS PARA ESCREVENTE TÉCNICO JUDICIÁRIO, CONCURSO PÚBLICO EM 2018


ÚLTIMO VÍDEO DE 2017 SOBRE A CONSTRUÇÃO DO FUTURO HOSPITAL DE PERUÍBE.




POSTAGEM RECOMENDADA: OBRAS DO FUTURO HOSPITAL DE PERUÍBE - NOVEMBRO DE 2017



MARCADORES: SUS, SISTEMA ÚNICO DE SAÚDE, SAÚDE PÚBLICA, UPA, CONSTRUÇÃO DO FUTURO HOSPITAL DE PERUÍBE, TEMPORADA DE VERÃO 2017/2018, DEZEMBRO DE 2017

2017 FOI O ANO EM QUE O PERUBANIC COMEÇOU A SE LEVANTAR - DEZEMBRO DE 2017



Considero a atual ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA MUNICIPAL de Peruíbe muito bem sucedida, considerando a situação lamentável da cidade em janeiro deste ano, devido ao endividamento da prefeitura, equipamentos públicos em situação precária, saúde pública em situação gravíssima, ruas esburacadas e com mato, insatisfação e pessimismo predominando entre a população, turismo decadente ... e neste 2017, a revitalização tem sido evidente, apesar de alguns não reconhecerem isso. Mas o que importa são os fatos, qualquer um pode constatar que as melhoras são reais.

Cito como exemplo o mais grave problema peruibense, o desemprego. Segundo o CAGED, a pior fase do mercado de trabalho local ficou para trás. De janeiro deste ano até novembro, ocorreu um saldo positivo de novas vagas de trabalho, que apesar de pequeno, demonstra uma recuperação real:


ADMISSÕES: 2.142
DEMISSÕES: 2.101
SALDO: 51

Isso não se deve apenas ao término da longa recessão/depressão econômica brasileira, cuja conclusão repercute por aqui. As melhorias locais têm motivado novos investimentos. Claro que os pessimistas de plantão dirão que nada mudou, mas o fato é que o que não muda é o pessimismo dessa turma. 

E cidade deverá se adaptar a uma nova realidade, na qual o fim do projeto da TERMOELÉTRICA indica o inevitável afastamento de Peruba City da baixada santista e a integração da mesma ao Vale do Ribeira. Trata-se de uma tendência histórica, ignorada pela mídia local, que parece óbvia para quem sabe que Santos tem cada vez menos a ver com Peruíbe.


MARCADORES: PERUÍBE, MUNÍCIPES PERUIBENSES / PERUIBANOS, REDUÇÃO DO DESEMPREGO NA CIDADE EM 2017, PREFEITURA, REDUÇÃO DOS PROBLEMAS DA CIDADE, FIM DO PROJETO TERMOELÉTRICA, DEZEMBRO DE 2017


quarta-feira, 27 de dezembro de 2017

VINICIUS TORRES FREIRE / BRASIL PERDE EMPREGOS COM CARTEIRA ASSINADA - DEZEMBRO DE 2017




O Brasil perdeu empregos com carteira assinada em novembro. Foi um susto. Foi uma frustração até para quem sabe que a economia melhora na velocidade das lesmas.

Mas o resultado ruim de novembro significa que voltamos a andar para trás? Não.

Primeiro, é preciso explicar que os meses de novembro e, ainda mais, de dezembro, costumam ser os mais fracos, mesmo em anos bons.

A indústria contrata gente extra lá pela metade do ano, para aumentar a produção para a época de festas. No final do ano, demite. A agricultura perde gente nesta época, as escolas também.

Segundo, a situação do emprego formal continua despiorando. Na comparação com o ano passado, o número de empregos perdidos foi diminuindo. Por exemplo, no auge da crise, em maio do ano passado, o emprego diminuía a uma taxa de 4% ao ano. Agora, está perto de zero. Ou seja, 2017 deve fechar com quase o mesmo número de empregos formais que 2016. Não é uma melhora, mas enfim paramos de piorar. Sim, chegamos a um nível bem baixo. Perdemos quase 3 milhões de empregos formais em relação ao máximo, que tinha acontecido em 2014. Estamos no mesmo nível de 2012.

Onde a coisa está pior? Como a gente já contou várias vezes aqui, a situação ainda está muito feia na construção civil. Os outros setores estão perto de entrar no azul ou já entraram, já têm mais empregos.

Outro desastre do emprego é o Rio de Janeiro. Quase todo o país está para entrar no azul. O Rio está longe disso. O Brasil perdeu 170 mil empregos formais em um ano. O Rio, 120 mil.

Por que a construção vai mal? Porque o governo cortou brutalmente o investimento em obras. Porque o setor imobiliário construiu demais nos anos anteriores, ficou com um encalhe. Porque as obras do petróleo foram à breca.

O caso do Rio é uma mistura de pragas. O Estado depende do petróleo, que perdeu valor. As obras erradas do setor do petróleo, do governo Dilma, foram paradas. O governo do Estado é uma bagunça criminosa e está muito falido, não paga ninguém. A economia do Estado inteira foi para o vinagre.



MARCADORES: GOVERNO MICHEL TEMER, RECUPERAÇÃO DA ECONOMIA BRASILEIRA, EMPREGOS NO BRASIL EM 2018, DEZEMBRO DE 2017

domingo, 24 de dezembro de 2017

22 DE DEZEMBRO DE 2017: PRIMEIRA NOITE DA PARADA DE NATAL EM PERUÍBE




Na noite de sexta, 22 de dezembro de 2017, foi realizada no centro de Peruíbe a primeira PARADA DE NATAL DE PERUÍBE. Esse evento promovido pela prefeitura contou com uma grande presença popular. Pena que não pude comparecer ao segundo, realizado neste sábado (23 de dezembro). Apesar das dificuldades, a atual administração está superando limites.















MARCADORES: PRIMEIRA PARADA DE NATAL EM PERUÍBE, 22 DE DEZEMBRO DE 2017, COMEMORAÇÃO NATALINA, FESTA DE NATAL, ANIVERSÁRIO DE JESUS CRISTO, PERUIBENSES, PERUIBANOS, DESFILE NATALINO, PAPAI NOEL, CENTRO DA CIDADE, DEZEMBRO DE 2017


PAPAL NOEL NO TEMPO DOS "REAÇAS" - DEZEMBRO DE 2017


MARCADORES: NATAL NO BRASIL 2017, FERIADO CRISTÃO, COMEMORAÇÃO NATALINA, ANIVERSÁRIO DE JESUS CRISTO, COMUNISMO, O MISTÉRIO DA ROUPA VERMELHA DO PAPAI NOEL, PERUÍBE, PERUIBENSE, PERUIBANO, DEZEMBRO DE 2017


sábado, 23 de dezembro de 2017

CODINOME V, O DIA 23 DEZEMBRO DE 1993 E A COREIA DO NORTE - DEZEMBRO DE 2017



Num fictício 23 de dezembro de 1993, o misterioso personagem mais tarde conhecido com CODINOME V, conseguiu escapar do campo de concentração de Larkhill, para em 1997 (uns vinte anos atrás, se tivesse sido real) iniciar a luta contra o regime fascista britânico. Soube que anteontem mais um soldado norte-coreano fugiu do "paraíso dos trabalhadores". Se apenas um desses desesperados que fogem daquela pátria tão elogiada por comunistas brasileiros, se inspirasse nessa ficção, e com os recursos adequados optasse pelo confronto, tenho certeza que Pyongyang tremeria nas bases. Ou será que Kim Jong-un usaria armamento nuclear contra o próprio povo? De qualquer forma, suspeito que libertação do povo norte-coreano surgirá dele próprio, e não de fora.





POSTAGEM RECOMENDADA: NORTE COREANO NUMA AVENTURA NA FRONTEIRA!



MARCADORES: GIBI / GRAPHIC NOVEL, V DE VINGANÇA, CODINOME V, CAMPO DE CONCENTRAÇÃO, LARKHILL, FASCISMO / NAZISMO / COMUNISMO, TIRANIA, DITADURA, COREIA DO NORTE, NORTE-COREANOS FUGITIVOS, VINGANÇA, REVOLTA, GUERRILHA, DITADOR KIM JONG-UN, DEZEMBRO DE 2017


terça-feira, 19 de dezembro de 2017

TERMOELÉTRICA EM PERUÍBE: ESSE ASSUNTO CHEGOU AO FIM? - DEZEMBRO DE 2017


Sessão na Câmara municipal de Peruíbe 1 de novembro de 2017 (arquivo pessoal)


CETESB NÃO APROVA LICENCIAMENTO PARA INSTALAÇÃO DE TERMOELÉTRICA EM PERUÍBE

 Estudo e relatório de impacto ambiental apresentados pela empresa foram insuficientes

A Companhia Ambiental do Estado de São Paulo (Cetesb) indeferiu o pedido de licenciamento para a instalação de uma usina termelétrica e gás natural em Peruíbe. De acordo com a Cetesb, o Estudo e Relatório de Impacto Ambiental (EIA/RIMA) do Projeto Verde Atlântico Energias deixou de abordar aspectos relevantes do empreendimento, sem considerar o impacto social e ambiental. O anúncio foi feito na tarde desta terça-feira (19).

Ainda segundo a Companhia, os técnicos também consideraram que foi ignorado a avaliação da compatibilidade com outros projetos da região. Além disso, os técnicos levaram em consideração aspectos como: elevada carga de poluição atmosférica prevista para a região, extensão da supressão de vegetação nativa prevista, qualidade ambiental preservada dos meio marinhos e terrestres afetados, riscos de acidentes ambientais de grandes proporções no ambiente marinho e o contraste entre o empreendimento previsto e a vocação da área.

Outro ponto também considerado no parecer técnico foi a incompatibilidade do projeto com a legislação municipal de Peruíbe. A Cetesb levou em consideração ainda, a análise e propostas encaminhadas pela população durante as audiências públicas, contrárias à instalação da usina.

RESPOSTA

Por nota, a diretoria da Gastrading informou que a empresa teve conhecimento da manifestação da Cetesb, nesta terça-feira, e que analisará o processo juntamente com o corpo técnico e jurídico.

A Gastrading informou ainda que vem seguindo rigorosamente toda a legislação ambiental brasileira.



FONTE: A TRIBUNA


COMENTÁRIO: segundo os mais otimistas da turma #usinanão, essa decisão da Cetesb encerra em definitivo a questão da Termoelétrica / termelétrica, ou seja, mais um grande empreendimento polêmico não será construído nesta cidade. Assunto encerrado? Talvez, embora ainda tem a emenda à Lei Orgânica do Município para ser votada, numa sessão extraordinária que será realizada amanhã, às dez e meia da manhã.

Mas, caso seja isso mesmo, e essa questão esteja próxima da conclusão, preciso aproveitar para falar do que muitos veículos midiáticos não dizem. Por onde começo? Ah, já sei:

Não dá pra concordar com o argumento de que "o povo peruibense" é contra a usina (ou foi, pois não sei se isso já acabou). Ora, povo é um coletivo, e que eu me lembre, nem toda a população se empenhou nisso, seja a favor ou contra o projeto. O que todos vimos foi o surgimento de dois grupos, um favorável ao empreendimento e outro contrário, e ambos não são formados pela maioria dos moradores, mas por parcelas organizadas de munícipes (nessa análise, não estou considerando os vários forasteiros que participaram dos acontecimentos). A maioria dos peruibenses não participaram do ciclo de eventos, aliás, nunca vi sequer uma pesquisa, com pesquisadores perguntando aos populares o que pensavam desse assunto. REPITO: NUNCA VI UMA PESQUISA SOBRE ISSO SER REALIZADA, o contribui para se concluir que não dá para dizer se a maioria dos peruibenses são do lado #usinanão ou #usinasim. Pois é.

Duvido que debates sobre ALTERNATIVAS ao projeto da usina evoluirão (pois é, de novo). O conformismo quanto a continuidade do sistema econômico vigente, baseado no turismo de veraneio / mercado imobiliário / construção civil prosseguirá, e isso só mudará como consequência de uma ruptura, a qual pode acontecer, com a impossibilidade prática deste município se adequar a realidade futura da baixada santista, onde o pré-sal e gás natural serão as grandes fontes de riqueza para a iniciativa privada, e de arrecadação para as prefeituras. Ah, é, aqui vai ser a zona de aborrecimento, digo, de amortecimento da região, né? Óbvio que isso não vai prosperar. 

Com a cidade não sendo mais estratégica para grandes empreendimentos, que tenderão a ser focados em outros locais da baixada, a permanência dela na mesma não terá mais sentido, parecendo bem menos desenvolvida do que as demais, e o resultado será a transformação de Peruíbe num centro comercial vale-ribeirense, integrando-se ao vizinho Vale do Ribeira, não por escolha ou opção, mas por necessidade.

Não vai ser assim? Então tá, a escolha está sendo feita, e logo veremos o resultado disso.

POSTAGEM RECOMENDADA: "DESGLOBALIZAÇÃO" PERUIBENSE PARTE 2: O SENTIDO DA HISTÓRIA E AS INEVITÁVEIS DISCORDÂNCIAS