terça-feira, 1 de novembro de 2011

E ENTÃO? QUANDO PERUÍBE SE TORNARÁ UM IMPORTANTE PRODUTOR DE LEITE DE BÚFALA?



Criador de búfalo cuida melhor do pasto

Pequenas modificações no trato com gramíneas, como calagem e adubação, fazem dobrar produção leiteira


19 de outubro de 2011


José Maria Tamazella, de O Estado de S. Paulo


Criadores de búfalos do Vale do Ribeira, no sul do Estado de São Paulo, estão conseguindo dobrar a produção de leite a pasto sem a necessidade de suplementar a alimentação do rebanho ou de abrir novas áreas para pastagem. A região detém a maior reserva contínua de floresta atlântica do País e convive com severas restrições ambientais.


A adoção de técnicas simples de manejo dos pastos, como calagem do solo e pastejo rotacionado, já resultaram num ganho expressivo de produtividade. Animados, alguns produtores partem agora para a adubação das pastagens e o enriquecimento com forrageiras.


O Brasil está entre os maiores criadores de búfalos do Ocidente e uma parte expressiva do rebanho nacional está no Vale do Ribeira. São 28 mil cabeças - 24% do rebanho paulista - nas mãos de 220 criadores, a maioria de pequeno e médio porte, com até 120 animais.


Por ser um animal de alta rusticidade, o búfalo brasileiro é criado essencialmente no pasto e sofre com a falta de alimentação adequada. "Como o búfalo consegue transformar quase tudo o que ingere em proteína, o criador acha que não precisa dar atenção à comida, por isso a produção de leite é baixa", explica o presidente da Associação dos Criadores de Búfalos do Vale do Ribeira, Pedro Paulo Assef Delgado.


Média crescente. A média nacional é de dois litros por vaca ao dia e a do Vale do Ribeira está em três litros por dia, mas continua subindo. Alguns produtores já tiram cinco litros por búfala em uma única ordenha.


O programa de melhoria da produção, conduzido pela Unidade de Pesquisa e Desenvolvimento da Agência Paulista de Tecnologia dos Agronegócios (Apta), órgão da Secretaria de Agricultura e Abastecimento do Estado, ultrapassa as fronteiras da região. Já são cerca de 200 os produtores paulistas envolvidos, alguns de outras regiões produtoras, como Itapetininga e São Carlos.


O médico veterinário Nelcio Antonio Tonizza de Carvalho, pesquisador científico da unidade, conta que o programa se apoia em três medidas básicas: correção da acidez do solo com calagem nas áreas de pasto, divisão em piquetes para o pastejo rotacionado e seleção do rebanho, com o descarte das búfalas não produtivas.


Carvalho conta que os búfalos da região são de uma linhagem genética muito boa, desenvolvida pelo criador Vanderlei Bernardi, já falecido. "Com uma genética dessas, um pouco que se melhore na alimentação já reflete na produção de leite."


Tratos culturais. A simples calagem, segundo ele, melhora substancialmente a qualidade dos pastos da região, que apresenta índice elevado de umidade mesmo no inverno. Numa etapa seguinte, os produtores passam a fazer o controle das invasoras e enriquecem a braquiária, o capim mais frequente, com leguminosas. Muitos já estão adubando o pasto. Com a inseminação artificial, os criadores rompem a estacionalidade das búfalas, que naturalmente dão cria no inverno, período com menos fartura de pastagem. "Com a quebra da sazonalidade, eles podem obter crias e produção de leite no ano todo", conta Carvalho.


Entre os que já colhem resultados do programa está Delgado, o presidente da associação. Com um plantel de 270 animais na fazenda Santa Helena, em Sete Barras, ele tem 70 búfalas em lactação e retira 300 litros por dia. "Com a inseminação artificial, passamos a ter produção constante o ano todo", disse.


Delgado dividiu a pastagem em 32 piquetes com 5 mil metros quadrados cada e usa fios levemente eletrificados para conter o gado. A próxima etapa será adubar o pasto, enriquecer com leguminosas e reduzir o tamanho dos piquetes para 1 mil metros quadrados. "As búfalas entram nesse piquete, ficam o dia todo comendo e são retiradas, passando para o seguinte", detalha. Com isso, ele espera atingir produção de 5,8 litros/dia por animal.


Custos. O custo do manejo sai a R$ 1 por animal em média, mas o retorno compensa. O litro de leite de búfala na região estava cotado em R$ 1,20 na semana passada, enquanto o produto da vaca estava em R$ 0,70.


Delgado vende apenas o excedente, pois a maior parte de sua produção é usada na produção de queijos por meio de parceria com um laticínio. "Meu queijo tem marca própria e é a principal atividade da fazenda", diz.


Com 90 hectares de pasto, ele complementa o trato com sais minerais e, eventualmente, com cevada, produto que considera caro. "Como não temos cervejaria não região, trazemos de Boituva e, por causa do frete, o preço do quilo sai a R$ 1,90", diz o produtor.


O pequeno produtor Benedito Ferreira, de Barra do Turvo, também aderiu ao manejo do pasto e a média de produção das 14 búfalas saltou para 4,2 litros/dia. Além de fazer a calagem, ele fez o controle das ervas daninhas e, com a ajuda do filho, eliminou cupinzeiros que tinham se formado na área de pastagem.


A área foi dividida em piquetes, alguns localizados em uma várzea, com alta produção de capim. Ferreira usa ainda cana moída para suplementar a alimentação das búfalas nos períodos de seca. Ele pensa em aumentar o rebanho. Com o pasto tratado e o sistema de rotação, é possível elevar a lotação, hoje de menos de um animal por hectare, para até seis animais por hectare.

Fonte: http://economia.estadao.com.br/ 

Comentário: estamos se aproximando da época em que não faltarão candidatos, cada um disputando com o outro para ganhar eleitores. Logo as eleições municipais de 2012 estarão aí. Pois bem, o que esse pessoal terá de novo em seus discursos?

Olha, eu não quero saber de PORTO BRASIL, PORTO PERUÍBE ( esse é novo, idéia da Petrobrás? ), ESTALEIRO, CAMPO DE POUSO PARA DISCO VOADOR ( só faltam sugerir isso !!! ) ... e o pré sal. Quando eu digo que esta cidade está sem futuro, é em parte por causa dessas idéias que ficam ACIMA DAS NUVENS. Não dá para pensar em PORTO ou em ESTALEIRO se o território adequado para esses empreendimentos virou RESERVA INDÍGENA, POR DECISÃO DO GOVERNO FEDERAL !!! Gente, está na hora de aceitar isso, de que a nossa Peruíbe perdeu uma oportunidade que não lhe será dada novamente. Pergunta simples: em que outros locais deste município empreendimentos como esses poderiam ser realizados? 


Essa pergunta não é um desafio. Talvez alguém tenha a resposta, sei lá, e eu esteja enganado, e a desejada prosperidade chegará, ainda nesta década .... ou não. O sonho da industrialização peruibense envelheceu e se demonstra impraticável sem a solução de questões logísticas, QUE DEVERIAM SER RESOLVIDAS ANTES, O QUE É LÓGICO. Mas nesta cidade é assim, o que conta são os discursos salvacionistas que não aguentam a uma simples análise de fundo. E vocês, meus queridos eleitores peruibenses, irão escutar muito papo desse tipo em 2012. É por isso que eu não acredito que seja possível MUDAR PERUÍBE nesta década. Promessas sobram e faltam resultados.

E para quem ainda não entendeu o sentido do artigo do Estadão que eu reproduzi aqui, leiam o link abaixo:

LUCRO COM LEITE DE BÚFALA EM BARRA DO TURVO



segunda-feira, 31 de outubro de 2011

DOIS CAMINHOS PARA OS DESEMPREGADOS DE PERUÍBE. PERUIBENSE SEM OCUPAÇÃO, FAÇA A SUA ESCOLHA







Construção civil? Concurso público? Aí é contigo. Ah, se você for mulher, decida se o melhor para ti é uma vaga em uma loja de uma grande rede varejista, ou em uma repartição pública.

Antes que eu me esqueça. Não é possível que todo o indivíduo da atual massa de desempregados peruibenses, consiga se empregar em qualquer desses setores NESTA CIDADE. Parte dessa turma terá que desistir de participar do projeto utópico de MUDAR PERUÍBE, tendo de escolher o caminho mais pragmático, que é o de MUDAR DE PERUÍBE, ou pelo menos ir trabalhar em algum município próximo. Sinto muito, mas essa é a realidade.  

O BRASIL FOI DERROTADO NA COPA DO MUNDO DE 1950: E DAÍ ? QUANDO VOCÊS IRÃO SUPERAR ISSO, "AMANTES DO FUTEBOL"?





Nunca mais seremos campeões do mundo de 1950


Por Arnaldo Jabor


Meu amigo Paulo Perdigão morreu, há algum tempo. Era um grande crítico de cinema e louco por filosofia – Sartre, especialmente, de quem traduziu O Ser e o Nada.


Perdigão era idealista, angustiado, com manias intelectuais inusitadas, como por exemplo remontar "Shane", de George Stevens, de modo que ele próprio aparecesse na cena da porrada final contra Jack Palance, dentro do "saloon". Perdigão tinha um trauma: a Copa do Mundo de 1950. Seu pai, severo e seco, teve um gesto amoroso e levou-o pela primeira vez ao Maracanã para ver a decisão entre Brasil X Uruguai. Ele ali, fascinado, com 10 anos. Aí, o Brasil perdeu. A felicidade do passeio com o pai deu lugar à quase certeza de que ele, menino, ali, junto ao pai desesperado, era o "pé-frio", o culpado pela derrota. Passou a vida com esse sentimento de culpa, com essa obsessão, da qual tentou se livrar, escrevendo um conto genial e, depois, um livro sob essa famosa desgraça nacional. No conto, ele descobre uma máquina do tempo e volta ao passado para salvar o Brasil e impedir o gol de Gighia. Chega ao estádio, vê a si mesmo junto ao pai, ainda menino, consegue se infiltrar no campo e se posta atrás da trave de Barbosa, para avisá-lo do perigo e inverter a derrota em vitória. Ele sabe tudo, o minuto, o segundo em que Schiafino vai pegar a bola e passá-la para Gighia, que vai chutar em gol. Naquele exato momento, como planejado, ele grita para Barbosa: "Cuidado, Barbosa!" E a tragédia se consuma. Barbosa olha para o lado e a bola entra. A partir daí fica provado que ele era o culpado de tudo, nessa dobra do espaço-tempo que ele tentou iludir. O conto é maravilhoso, uma prefiguração brasileira de "Back to the Future".


Além do conto, Perdigão se obstinou nessa derrota de 50. Sabia cada lance, cada chute, examinando quadro-a-quadro as pobres imagens do jogo que existem nos vergonhosos arquivos nacionais. Logo depois, Perdigão desenvolveu uma teoria em seu interessantíssimo livro Anatomia de uma Derrota: de que o Brasil seria outro país se tivéssemos ganho "aquela" Copa "naquele" ano. Talvez não tivesse havido a morte de Getúlio nem a ditadura militar. É incrível e inteligente porque talvez ele tivesse razão.


Perdigão achava (e eu também) que as outras copas não chegaram a sarar as feridas daquele dia. A vitória em 50 teria sido essencial para o progresso nacional. Ele escreve: "Foi uma derrota atribuída ao atraso do país e que reavivou o tradicional pessimismo da ideologia nacional: éramos inferiores por um destino ingrato. Tal certeza acarretou nos brasileiros a angústia de sentir que a nação tinha morrido no gramado do Maracanã..." Ali, tínhamos perdido uma grande chance histórica. E aí ele diz a frase rasgada de dor: "Nunca mais seremos campeões do mundo de 1950!"


Não me levaram ao famoso Brasil X Uruguai em 50. Mas me lembro de meu avô, chorando e dizendo: "Só se ouvia o som dos pés das pessoas descendo as rampas. Ninguém falava. Só se ouviam os sapatos". "O silêncio era ensurdecedor" – esse foi o oxímoro de meu avô para descrever aquele dia. O silencio dos sapatos.


A partir desse dia, associei futebol e país numa "tabelinha" histórica. As taças de 58 e 62 marcaram um momento de abertura econômica e de progresso cultural jamais vistos: JK, Brasília, Bossa Nova, cinema, teatro, reformas populares em um país novo. Mas a esperança seria arrebentada em 64, pelo golpe. A Copa de 70 teve para mim um sabor amargo e doce, sob o sinistro sorriso do ditador Médici, legitimando a tortura e a morte de heróis. A taça de 70 foi outro oxímoro: uma "alegria dolorosa". Eu imaginava torturadores e torturados no "pau-de-arara", todos torcendo pelo Brasil. A vitória em 70 veio animar o torto "milagre brasileiro", que nos mergulhou em buracos de dívidas impagáveis.


Depois, vieram: a derrota das eleições diretas, a morte de Tancredo Neves, que teve o mesmo gosto de fracasso de "Brasil X Uruguai"; depois, os "anos Sarney", quando parecia que o Brasil nunca mais sairia do buraco, descrente até mesmo da liberdade, com a falência do Estado e a descoberta de que a "democracia real" não existia dentro das instituições, nos alicerces do país.


Depois desse período letárgico, com gosto de conto-do-vigário, os brasileiros convocaram o "bonapartismo narcísico" de Collor para "salvá- los" mais uma vez... O impeachment e os caras pintadas foram o "trailer" da vitória de 94, com o governo FHC raiando com "novas palavras". Quase no mesmo mês, derrotamos a inflação e viramos tetracampeões. Um novo tempo estava começando! Foi lindo!


E agora? O que vem aí até 2014? Parece tão longe... Fica cada vez mais difícil sincronizar o ritmo do mundo com as copas. As copas são lentas, vêm de quatro em quatro anos, e o tempo se acelerou, brutal e ávido. Se em 50 achávamos que a taça Jules Rimet nos salvaria da mediocridade, hoje vemos a Copa de 2014 como a fantasia de um país desenvolvido finalmente, com menos violência, corrupção, a República funcionando, as forças da nação mais conscientes. Como se disséssemos: "Ah... até lá tudo estará bem!" Será? Vivemos a Copa de 14 como uma utopia a ser realizada, organizados e respeitados. É esta nossa esperança. Há uma retomada da fantasia de 57 anos atrás. Dois mil e quatorze será nossa redenção? – pensamos. Ao pensar isso, ouço a voz de meu amigo Perdigão sentenciando nosso destino e acho que talvez ele esteja certo: "Nunca mais seremos campeões do mundo de 1950!"


Comentário: estamos em uma democracia, mas assim como o Arnaldo Jabor e outros futebolistas podem escrever a versão deles sobre fatos históricos, e posso discordar. Vejamos:




"..o Brasil seria outro país se tivéssemos ganho "aquela" Copa "naquele" ano. Talvez não tivesse havido a morte de Getúlio nem a ditadura militar. É incrível e inteligente porque talvez ele tivesse razão".

Ah, tá. O Getúlio era um futebolista frustrado. Por alguns anos ele aguentou a vergonha daquela derrota, mas uma noite ele se cansou ..... e PRATICOU SUICÍDIO. Coitado, ele não suportou mais. DÁ PARA LEVAR ISSO À SÉRIO???? E sobrou até para os militares de 1964. O que é que uma BOBAGEM, BESTEIRA E INUTILIDADE CHAMADA COPA DO MUNDO DE 1950, TERIA A VER COM O GOLPE CONTRA JOÃO GOULART?

A história do Brasil seria outra, se o Uruguai perdesse para "nós"? Francamente, a vida do goleiro Barbosa é que seria outra. Não faltam por aí uns dementes que até hoje odeiam esse senhor, já falecido, pois acham que ele foi culpado por essa "tragédia nacional". Essa gente tem o quê na cabeça? Trataram aquele homem como se fosse um pária, um inimigo da nação.

Essa análise histórica feita em mesa de bar, se baseia na idéia de que TODOS OS BRASILEIROS ADORAM FUTEBOL, idolatram o esporte bretão, e se sentiram derrotados em 1950. Isso é falso, tanto hoje como no dia daquele jogo. Vejamos um fato:

No dia 21 de abril de 1960 (cerca de uma década depois da Copa no Brasil) Brasília foi inaugurada. O então presidente Jucelino Kubitschek promoveu na prática a migração de milhares de trabalhadores para o que era na época um território inóspito, onde ergueram a nova capital brasileira. A maioria dessas pessoas vieram do nordeste, e era comum entre eles um enorme desconhecimento sobre o Brasil fora da caatinga.

Muitos desses "candangos" só foram saber que a sede do governo ficava em um distante Rio de Janeiro nos canteiros de obras, onde também conheceram o presidente da república, que várias vezes foi lá. Tiveram aulas de atualidades lidando com cimento e ferro. Se tantos desses trabalhadores só souberam que o Kubitschek existia por o verem lá no planalto central, é possível dizer que anos antes eles ficaram tristes com o resultado da Copa de 1950? Eles já sabiam que o futebol existia?

No início dos anos oitenta, em muitas cidades do sertão nordestino a eletricidade ainda nem existia. Os moradores dessas localidades tiveram conhecimento da derrota da seleção canarinho? Não falo apenas deles, mas de MILHÕES - isso mesmo - MILHÕES DE BRASILEIROS, que dispersos pela imensidão rural de um país que naquela data "fatídica", só tinha uma minoria da população vivendo em grandes cidades, as quais eram bem poucas. Meios de comunicação precários, estradas piores do que as atuais, analfabetismo elevado, muita gente vivendo no campo e isolada ..... é falso dizer que a maioria do povo desta nação tenha sido abalada devido ao gol que um tal de Barbosa levou .... A MAIORIA NEM SABIA QUEM ERA ESSE BARBOSA E NEM SABIA O QUE ERA FUTEBOL.

O Arnaldo Jabor devia ter estudado melhor história do Brasil antes de pensar em escrever esse delírio futebolístico. E futebol é apenas entretenimento, nada mais do que isso.


TAGS: PERUÍBE, PERUIBENSE, COPA DE 2014, ODEIO FUTEBOL

domingo, 30 de outubro de 2011

UM PERUIBENSE VISITANDO MIRACATU - PARTE 1


Na última quarta, este blogueiro de Peruíbe foi até a bela Miracatu, onde tratei de uns assuntos particulares. Para chegar mais cedo - e economizar - peguei um circular que vai para lá as sete da manhã, que sai da rodoviária de Pedro de Toledo.


Ocupado durante toda a manhã, tive que almoçar lá. Devorei esse PF no MIX BAR CAFÉ E LANCHONETE. Comida caseira muito boa, eu recomendo.


A foto abaixo não mostra, é claro, mas a temperatura por lá estava em uns 35 graus !!!!


Mais algumas fotos miracatuenses:




A CULTURA CAIÇARA CORRE O RISCO DE SER EXTINTA EM PERUÍBE



SP quer recompor mosaico de unidades na Jureia




O governo de São Paulo tenta restabelecer o Mosaico de Unidades de Conservação da Jureia, entre Peruíbe e Iguape, no litoral sul do Estado, que teve sua criação anulada pela Justiça. Um novo projeto de lei será enviado à Assembleia Legislativa ainda este ano. De acordo com a Fundação Florestal, órgão da Secretaria Estadual do Meio Ambiente, o projeto prevê a recategorização de parte da atual Estação Ecológica para duas Reservas de Desenvolvimento Sustentável, o que possibilitará a permanência de comunidades tradicionais que hoje residem e dependem destes territórios. Toda a área tem 79,8 mil hectares.


Representantes dos moradores são contrários à proposta alegando que ela atende apenas duas das doze comunidades tradicionais que vivem na reserva, a Barra do Una e a Despraiado. As demais - Grajaúna, Rio Verde, Guarauzinho, Rio das Pedras, Barro Branco, Tocaia, Itinguçu, Cachoeira do Guilherme, Rio Comprido e Praia da Jureia, com mais de 200 famílias - teriam de abandonar seus territórios, que são áreas de uso histórico, afirma Dauro Marcos do Prado, presidente da União dos Moradores da Jureia (UMJ).


A entidade coleta assinaturas pela internet em petição pública contra a retirada dos moradores. Até hoje, 470 pessoas tinham subscrito a petição que será enviada a órgãos do governo brasileiro e às cortes internacionais de direitos humanos. De acordo com Prado, o objetivo é suspender um programa da Secretaria, financiado pelo Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID), que prevê a realocação dos moradores. As comunidades caiçaras querem ainda a delimitação e o reconhecimento dos territórios tradicionais. Elas também se insurgem contra a ação civil do Ministério Público que exige o esvaziamento da Estação Ecológica da Jureia, com a retirada dos ocupantes. "Quando a reserva foi criada, não se atentou para o fato de que havia moradores no interior da área", disse.


O presidente da Associação dos Jovens da Jureia (AJJ), Anderson Carneiro, que também assina a petição, conta que seus avôs Onésio Prado, de 80 anos, e Nanci do Prado, de 72, nasceram e ainda vivem na comunidade Grajaúna. A Fundação Florestal alega que o projeto contempla os focos de ocupação tradicional, que demandam esforços do Estado para a conservação de seus modos de vida nos aspectos histórico, cultural e antropológico, e ainda a preservação de um dos mais importantes remanescentes da Mata Atlântica do Estado, caracterizado pelo alto índice de fragilidade e pressão.


O órgão informou que, em cumprimento a determinações judiciais, tem adotado medidas no sentido de promover a desocupação e demolição de benfeitorias no interior da Estação Ecológica da Jureia, "apenas daqueles ocupantes não tradicionais que não têm na área em questão a sua fonte de subsistência. Ao contrario, são ocupantes causadores de inúmeros danos ambientais".


De acordo com a Fundação, o próprio governo, através da Procuradoria Geral do Estado, tem proposto medidas legais para revogar a decisão judicial que impõe o cadastramento e a desocupação de todo o território da Jureia. Já o programa como o BID prevê o investimento de US$ 18,4 milhões para a construção de obras voltadas para o uso público e educação ambiental, proteção, saneamento básico e projetos de geração de renda e sustentabilidade das populações tradicionais. 

"Importante ressaltar que esses recursos só poderão ser aplicados após o restabelecimento do mosaico e criação das RDS. No momento os serviços previstos não são compatíveis com uma estação ecológica", informa a Fundação. Para a Jureia, não estão previstos projetos habitacionais.

Fonte: DIÁRIO DO GRANDE ABC

Comentário: a grande perdedora se esse plano do governo estadual for levado à prática, será a cultura caiçara em Peruíbe, que não terá condições de sobreviver, sem território suficiente para que o modo de vida caiçara possa ser preservado. Mesmo na Barra do Una a vida dos caiçaras já não está fácil, e tem quem acredita que o destino dessa vila é de ser extinta a longo prazo, por ação de forças maiores.


Um dos fatores que liga Peruíbe ao Vale do Ribeira - do qual fazemos parte de fato, embora se diga o contrário - é a cultura caiçara, que antigamente aproximava os antigos peruibanos - adjetivo pátrio local fora de moda - dos nossos vizinhos iguapenses. Se esse cultura for destruída, com a dispersão dos caiçaras peruibenses, já bem reduzidos em número, isto aqui não demorará para virar um simples subúrbio santista, território dominado e colonizado pela cidade que lidera a baixada.


Primeiro, perdemos o Porto Brasil, que daria a esta cidade uma prosperidade que até facilitaria a manutenção da cultura caiçara, com recursos municipais. Agora, essa cultura poderá desaparecer, e assim a terra da eterna juventude será tragada de vez pela baixada, que está se tornando bem homogênea. Até o nosso sotaque, bem diferente do linguajar santista (francamente, muitos por lá parecem falar que nem cariocas !!!), desaparecerá.

Ah, não sei se ocorrerá neste 2011 a tradicional festa caiçara, lá na escola municipal Barão de Mauá. De notícias até agora, nada.

Texto recomendado:

V FESTA CAIÇARA EM PERUÍBE: DIFÍCIL PRESTIGIAR



quinta-feira, 27 de outubro de 2011

POLÍCIA PRENDE ACUSADO DE EXPLODIR CAIXA ELETRÔNICO DE RODOVIÁRIA EM PERUÍBE



Acusado de explodir um caixa eletrônico na Rodoviária de Peruíbe, Daniel de Jesus dos Santos, de 26 anos, foi capturado. Ele estava com a prisão decretada. O ataque ao equipamento ocorreu em setembro.


A prisão foi realizada no Parque Daville, em Peruíbe, onde o rapaz estava.


Autuado em flagrante por tráfico de drogas, Daniel foi encaminhado à cadeia.Posteriormente, policiais da Delegacia de Peruíbe apuraram que o acusado era o homem que procuravam por causa da explosão ao equipamento bancário.


Segundo informações do chefe dos investigadores, José Carlos Maneira, o dinheiro do caixa eletrônico não chegou a ser levado.


O mandado de prisão contra Daniel foi expedido pela 2ª Vara Criminal de Peruíbe, no dia 15 de setembro.

Fonte: http://www.atribuna.com.br/

quinta-feira, 20 de outubro de 2011

KADAFI FOI CAPTURADO E MORTO: POR PIOR QUE ELE FOSSE, OCORREU HOJE UMA VITÓRIA DAS TREVAS




Se o senhor Muamar Kadafi tivesse sido capturado por forças dos EUA, as chances de que ele estivesse vivo neste momento seriam bem maiores. Lembram do ditador do Iraque, encontrado escondido dentro de um buraco?



Barbárie similar já ocorreu antes lá no Afeganistão, quando o Taleban, ao tomar o poder, executou um ex-presidente do país, que o governou nos tempos da ocupação soviética, o tristemente célebre Mohammad Najibullah. A Líbia está livre? Vejamos os fatos: 



Essa gente é insana. Cadê a justiça? Eles conseguem ser piores do que o ditador morto e os seus filhos, por piores que eles tinham sido no poder. Vejam agora um pouco da vida e da morte do ex-presidente afegão Najeebullah pelos talebans:



Os rebeldes líbios, agora senhores do país, se tornarão uma ameaça internacional tão grande quanto foi o Taleban em tempos mais recentes. Hoje ocorreu uma VITÓRIA DAS TREVAS, cuja as consequências ainda abalarão o mundo mais adiante.

SEGUNDO O CAGED, PERUÍBE TEVE SALDO NEGATIVO NA GERAÇÃO DE EMPREGOS EM SETEMBRO DE 2011



Cidades da região registram saldo positivo de 4.081 empregos em setembro


Carolina Iglesias




O setor de serviços alavancou a geração de empregos com carteira assinada na Baixada Santista no mês passado, de acordo com informações divulgadas pelo Ministério do Trabalho.


Conforme dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), a região foi responsável pela abertura de 4.081 oportunidades (diferença entre admissões e demissões) no mês de setembro, resultado superior as 2.069 registradas em setembro de 2010, indo na contramão da geração de empregos do País, que obteve queda de 15,3% na comparação com o ano anterior. Em agosto, o saldo foi de 1.602 empregos com carteira assinada.


Das 4.081 vagas, 3.371 foram criadas em Santos, que em setembro do ano passado havia aberto apenas 768 postos de trabalho. Para o economista e coordenador do Núcleo de Pesquisas e Estudos Socioeconômicos (Nese), da Universidade Santa Cecília (Unisanta), Jorge Manuel Ferreira, a geração de empregos na região demonstra tendência de aquecimento.


“Estes números ainda não são reflexo do aumento de vagas gerados pela alta temporada. Não há como ter certeza, mas é bem provável que o grande volume de vagas neste setor tenha sido gerado pelo call center”, avaliou.


E o economista pode estar certo. O levantamento aponta que a grande geração de vagas está concentrada em Santos, responsável por 82,6% dos postos de empregos formais abertos em setembro (3.371), sendo que no Município, 3.201 destas oportunidades são oriundas do setor de serviços.


Na avaliação do economista João Carlos Gomes, o crescimento de Santos também está associado à dinâmica econômica do País, que costuma ser mais intensa no segundo semestre. “O PIB de Santos acompanha a tendência de São Paulo, além disso, este crescimento pode estar associado à reposição de empregos que haviam sido fechados no começo do ano”.


Para Gomes, a previsão é de que este número cresça ainda mais nos meses de novembro e dezembro, quando o setor do comércio deverá cooperar de forma ainda mais representativa para o saldo positivo do mercado de trabalho na Baixada Santista. Em setembro, o saldo entre admissões e demissões neste setor foi de 87 vagas.


Praia Grande


Depois de Santos, o destaque da região fica com Praia Grande, com 206 vagas geradas, e Itanhaém, com 134. Em ambos os municípios, os setores de comércio e serviços foram os responsáveis pelos bons números.


Bertioga foi o quarto município com melhor desempenho no Caged. No mês de setembro, a Cidade respondeu pela geração de 104 vagas de trabalho com carteira assinada. Já Cubatão, que no levantamento anterior ocupava a segunda posição no ranking regional, gerou apenas 94 vagas. O saldo entre admissões e demissões na construção civil (-147) refletiu o baixo desempenho do Município frente às demais cidades.


O Caged também apontou saldo positivo em mais três cidades. Guarujá registrou 83 novas vagas, Mongaguá, 76, e São Vicente, 34. A exceção na Baixada Santista foi Peruíbe, que encerrou 21 empregos (mais demissões do que admissões).

Fonte: http://www.atribuna.com.br/


Comentário: "A exceção na Baixada Santista foi Peruíbe, que encerrou 21 empregos (mais demissões do que admissões)."


Tem problema não. No mês que vem a temporada de verão já terá começado, e muitos peruibenses que neste momento estão sem ocupação, terão empregos por pelo menos ATÉ O CARNAVAL DE 2012. E assim segue Peruíbe, na retaguarda da baixada santista.

Postagem relacionada:

EM JUNHO DE 2011, PERUÍBE FOI A ÚNICA CIDADE DA BAIXADA SANTISTA QUE TEVE MAIS DEMISSÕES DO QUE ADMISSÕES DE TRABALHADORES  
  

domingo, 16 de outubro de 2011

CENA CLÁSSICA DO FILME OITENTISTA CURSO DE VERÃO (1987): EU NÃO SEI NADA !!!


Está aqui um grande momento do cinema dos anos oitenta. Se isso possui alguma "simbologia" para os cinéfilos, eu não sei, mas que contribuiu para que aquela década fosse mais divertida, eu tenho certeza.



INTERSUL PERUÍBE / PEDRO DE TOLEDO VERSUS VAN: ACABEI PREFERINDO A VAN


Certa manhã, o ônibus estava atrasado, o que resultou nisso: quando ele chegou, uma fila cheia de descontentes.


Os minutos se passavam, o ônibus já bem atrasado ..... e nada de partirmos.


Aí uma certa VAN passou .... e a INTERSUL perdeu clientes, incluindo este blogueiro.

sábado, 15 de outubro de 2011

PREFEITURA DE ITANHAÉM ABRE DOIS CONCURSOS PÚBLICOS COM 346 VAGAS



A Prefeitura de Itanhaém lança dois concursos públicos para o preenchimento de 346 vagas, com maior número de oportunidades nas áreas da Educação, Cultura e Saúde, para cargos de níveis superior, médio e fundamental. Ambos os concursos têm validade de dois anos e os aprovados serão nomeados pelo regime estatutário. Os salários variam de R$ 631,00 a R$ 3.141,00.


Para participar dos concursos é necessário ter idade igual ou superior a 18 anos, ser eleitor, estar quite com a Justiça Eleitoral. Não ter registro de antecedente criminal e possuir, no ato da convocação, os requisitos míninos exigidos para os cargos, que estão disponíveis nos editais publicados no site da Prefeitura de Itanhaém e no Boletim Oficial do Município nº 185. Se for do sexo masculino, deverá estar em dia com o Serviço Militar.


Os locais, datas e horários das provas serão comunicados oportunamente por meio do edital de convocação publicados no Boletim Oficial, afixados no Paço Municipal, nos endereços eletrônicos das empresas responsáveis pelo concurso e no site da Prefeitura: http://www.itanhaem.sp.gov.br/

Confira as datas das inscrições e os respectivos cargos oferecidos:

DE 19 DE OUTUBRO A 06 DE NOVEMBRO - Neste edital, realizado pela CKM Serviços Ltda., são oferecidas 306 vagas para as áreas de Educação e Saúde, além de oportunidades para Marceneiro e Orientador Socioeducativo, sendo que 5% das vagas serão destinadas para pessoas portadoras de necessidade especial. Os salários variam de R$ 631,00 a R$ 3.141,00. O edital desse concurso e do outro estão no site da prefeitura, nesse link:

http://www.itanhaem.sp.gov.br/concurso_publico_01.2011/concurso_publico_2011.html 

Comentário: e aí? Vai ficar como tantos peruibenses, parado como uma árvore, ou irá aceitar o fato de que o emprego com o qual tu tanto sonhas pode nunca surgir para ti aqui em Peruíbe? Veja bem, Itanhaém está aqui ao lado. Eu sei, concorrência não faltará, mas vale a pena não tentar? Visite os links, reflita e pense se compensa tanto ficar ralando durante a temporada, em algum tipo de subemprego local. Para muitos de nós a CLT é ficção científica.


Pensa nisso. Ah, se você é um daqueles peruibenses oprimidos que só sabem reclamar do SISTEMA ÚNICO DE SAÚDE, te lembro que lá em Itanhaém tem um HOSPITAL REGIONAL. Se dizer isso ajuda em tua escolha, estou te fazendo um favor.