"Afirmo que o sol em Peruíbe é um corpo celeste que a maioria não consegue ver nem sentir. É dito que quando o sol brilha devia de ser para todos mas a nossa realidade é muito diferente. Por acaso o sol brilha para aqueles que não têm moradia digna nem emprego? O sol brilha para a multidão que depende da temporada de verão para ter uma renda razoável? O sol brilha para as crianças sem alimentação adequada, sem educação e expostas a um ambiente violento?
Pois eu digo que não. Claro que para esses e outros peruibenses o sol não brilha e pior, no já próximo inverno que promete ser rigoroso, nem aquecerá a triste sobrevivência de todos eles, simples munícipes que quando olham o céu diurno não avistam o astro-rei, mas só enxergam nuvens, muitas nuvens negras carregadas de desemprego, doenças, desespero, violência, ócio e miséria."
Escrevi o texto acima anos atrás, antes de um inverno que foi bem rigoroso. Hoje, dia 20 de agosto, um dia chuvoso e gelado, Peruba City continua a se parecer com o artigo que aqui republico. Eu até digo que a situação piorou. O potencial turístico local continua subaproveitado, sobram ideias de como promover progresso municipal (muitas delas inaplicáveis), e os problemas sociais apenas se agravaram. O pessimismo prevalece nesta sociedade, da qual muitos universitários sonham em arrumar bons empregos noutras cidades.
POSTAGEM RECOMENDADA: PERUÍBE (OBLIVION/ESQUECIMENTO): NÃO SEI ONDE ESTA HISTÓRIA TERMINA
MARCADORES: INVERNO EM PERUÍBE, FRIO, CHUVA, PROBLEMAS DE PERUÍBE, AGOSTO, 2020
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