sábado, 21 de dezembro de 2019

MINHA IDEOLOGIA? SOU APENAS UM PERUIBENSE INDIVIDUALISTA CÉTICO - DEZEMBRO DE 2019






MAR DE LAMENTAÇÕES (o pessimismo de um peruibense)

"Farto do mar de lamentações, procuro um refúgio naquele lugar que ainda não visitei, sussurros de desespero pairam no ar, tormentos de uma cidade que ao fundo do poço ainda irá chegar, nada por aqui mudará para melhor, só se espera o pior e nada mais, para muitos um difícil futuro de sobrevivência se aproxima, a prosperidade tão desejada nunca chegou, o sonho dará lugar ao pesadelo da desilusão."



Eu sou aquele sujeito do qual os otimistas locais querem distância, talvez com certa razão, devido ao meu pessimismo. Muita gente me vê como conservador, mas esse título não me representa, embora possa parecer um, próximo do conceito olavista de conservadorismo. Me considero um peruibense individualista cético, talvez o único que assuma abertamente isso, embora existam muitos como eu por aí. Calma que já explico.

Qualquer um que já leu um pouco do que já escrevi sobre esta cidade, sabe que nunca foi otimista quanto ao futuro da mesma. Guarujá do litoral sul? Potência turística? Pólo industrial litorâneo? Porto? Usina Termoelétrica? Nada disso seguiu pra frente. Tudo o que tenho visto é um lugar  cujo potencial foi sendo cada vez mais limitado por uma redoma auto-imposta, motivada pelo radicalismo ecológico, combinada com uma sucessão de governos municipais que ficam aquém das expectativas populares. Sobram belas e maravilhosas ideias para dinamizar a economia local, exageradamente atrelada ao turismo de verão, mas poucas delas são práticas. Aqui virei um peruibense "que faz o próprio caminho", sendo que hoje me dei conta de que isso não parece ter sido uma escolha, foi mais como uma tendência inevitável, quase que uma imposição.

Numa fase bem difícil de minha vida neste município, tornei-me cético quanto a qualquer possibilidade de prosperar por aqui. Saí da triste condição de desempregado crônico, para a de desalentado, algo que significa o fundo do poço na escala de valores da orgulhosa e vaidosa (pois é) sociedade peruibense. Ser visto como um desalentado por aqui é como ganhar um atestado de óbito da própria vida social, virar um pária na terra dos convencidos. A discriminação torna-se pública, dentro e fora da própria casa, o coitado é quase que um nada, para conhecidos e desconhecidos, sejam eles parentes, amigos ou inimigos. Quem já passou por isso, sabe que não estou exagerando. Foi quase que um inferno para mim. Eu estive disposto a pisar no pescoço do capeta, se isso tornasse possível sair daquele buraco. E não é que saí?

Uma das pouquíssimas vantagem do desalentado é o tempo livre para estudar, algo que soube aproveitar bem, apesar das críticas de que meu esforço seria inútil. Concurso após concurso, finalmente passei em um e entrei para o quadro de funcionários públicos de outro município, deixando de lado o ostracismo em que vivia. Após assumir o cargo, vi uma hipocrisia espantosa, muitos conhecidos que antes me tratavam como lixo mudaram de comportamento comigo, e isso num passe de mágica. Naturalmente, meu ceticismo para com o futuro desta terra se reforçou, pois só recebi solidariedade de bem poucas pessoas, e fiquei mais individualista, seguindo o esquema do "cada peruibense por si", sem esperar por alguma eleição municipal redentora, iniciadora duma "nova ordem", já que até agora, não vi o surgimento de uma elite política capaz de fazer a diferença. E para quem ainda não entendeu minha visão: me tornar funcionário funcionário público foi o único método que tive para ME REBELAR CONTRA ESTA CIDADE CRUEL, da qual, graças ao bom deus, não dependo para pagar as minhas contas. Ah, você não gostou do que eu disse? Cara, está fazendo o quê aqui, neste blog insolente?

Encerro este texto me afirmando como um sujeito de direita e pró-capitalista (sim, é isso mesmo!), otimista para com o futuro do Brasil, mas que prossegue pessimista para com os próximos anos de Peruíbe, ou seja, sigo como um peruibense individualista cético assumido, que não espera por solução milagrosa nas eleições municipais de 2020. Não acredito numa mudança extraordinária, qualquer melhoria por aqui sempre será difícil de se alcançar, pois os problemas locais são muitos, e inexiste uma estratégia adequada para enfrentá-los. E encerro por aqui, tá ok?





Uma musiquinha épica, com o Levi do SNK em forma de gif, para distrair.


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MARCADORES: TEMPORADA DE VERÃO EM PERUÍBE 2019/2020, FIM DE ANO EM PERUÍBE 2020, NATAL 2019, IDEOLOGIA, DIREITA, ELEIÇÕES MUNICIPAIS DE 2020, SOU UM PERUIBENSE INDIVIDUALISTA CÉTICO, DEZEMBRO, 2019

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