O blogueiro aqui ainda estudava no EEPG, assistia SUPERCINE na GLOBO, jogava fliperama no PLAYTIME, e o tema da "industrialização" já era assunto de debates na câmara (que funcionava onde hoje é o nucleo da terceira idade), jornais e conversas entre os populares. Os anos oitenta em Peruíbe, estavam cheios de esperança e otimismo e era normal as pessoas daqui acreditarem que a prosperidade estava chegando. Era simples crer que, em um momento próximo, as tais fábricas não-poluentes seriam por aqui instaladas, sendo elas o meio para o municipio deixar de ser um território paupérrimo, passando a um patamar superior, ao de uma cidade próspera,onde as oportunidades estariam ao alcance de todos os que aqui habitassem.
O nosso futuro brilhava, parecia grandioso.
E o tempo passou. Vieram os anos noventa, e um novo personagem surgiu na nossa política, o qual veio arrasando em 1996, promovendo jantares para o público. Ele desafiava os que então governavam,assim como aos outros opositores, garantindo que faria melhor, pois, segundo ele, investidores iniciariam as suas atividades fabris, tão logo ele estivesse no poder. Bastava eleger o homem, e nenhum obstáculo seria grande o bastante para a construção de uma sociedade, digamos assim, melhor.
A construção de uma sociedade, onde a carteira assinada e um mínimo de respeito aos direitos trabalhistas seriam a regra, e não mais a exceção, combinada com um baixo desemprego e,consequentemente, o fim da dependencia das temporadas. O velho sonho peruibense, enfim seria concretizado.
Mas,após uma campanha eleitoral caracterizada pela baixeza, venceu um candidato que não apelou para sonhos, mas para o pragmatismo. Um que não se sujou com o lamaçal que se verificou em 1996. O eleitorado agiu certo....e não elegeu o "salvador".
E muitos peruibenses se sentiram frustrados, pois, DURANTE ANOS, foram levados a crer que cabia, PURA E SIMPLESMENTE, ao prefeito, promover a tão sonhada industrialização, assinando alguma lei de INCENTIVOS. Aí, os tais investidores viriam aos montes..não seria mais sonho, mas uma realidade, a NOSSA REALIDADE.
O nosso futuro brilhava, parecia grandioso.
E o tempo passou. Vieram os anos noventa, e um novo personagem surgiu na nossa política, o qual veio arrasando em 1996, promovendo jantares para o público. Ele desafiava os que então governavam,assim como aos outros opositores, garantindo que faria melhor, pois, segundo ele, investidores iniciariam as suas atividades fabris, tão logo ele estivesse no poder. Bastava eleger o homem, e nenhum obstáculo seria grande o bastante para a construção de uma sociedade, digamos assim, melhor.
A construção de uma sociedade, onde a carteira assinada e um mínimo de respeito aos direitos trabalhistas seriam a regra, e não mais a exceção, combinada com um baixo desemprego e,consequentemente, o fim da dependencia das temporadas. O velho sonho peruibense, enfim seria concretizado.
Mas,após uma campanha eleitoral caracterizada pela baixeza, venceu um candidato que não apelou para sonhos, mas para o pragmatismo. Um que não se sujou com o lamaçal que se verificou em 1996. O eleitorado agiu certo....e não elegeu o "salvador".
E muitos peruibenses se sentiram frustrados, pois, DURANTE ANOS, foram levados a crer que cabia, PURA E SIMPLESMENTE, ao prefeito, promover a tão sonhada industrialização, assinando alguma lei de INCENTIVOS. Aí, os tais investidores viriam aos montes..não seria mais sonho, mas uma realidade, a NOSSA REALIDADE.
Ficaram frustrados, já que o tal prefeito não foi ARROJADO; a criação do BOULEVAR não lhes parecia benéfica a curto prazo (acabou com a decadencia do centro, mas isso poucos viram) e muitos comerciantes reclamaram; investimentos sociais também não agradaram, pois o povão passou a querer no poder o homem que lhes prometeu uma cidade estilo TIGRE ASIÁTICO.
Ocorreu o inevitável: o BURGOMESTRE do momento foi repudiado nas eleições para prefeito no ano 2000, não que ele tivesse afundado a "terra da eterna juventude", mas porque o nosso idealizado projeto desenvolvimentista, já parte do nosso inconsciente coletivo, só não estava se tornando realidade por "inconpetência" dele. Não podia existir outra explicação.
E o "salvador" triunfou. Com a mesma convicção da eleição anterior, nos disse sobre as maravilhas que faria, parecendo capaz de promover uma ruptura, uma transformação radical. Ele convenceu e venceu, nos prometendo o paraíso.
É simples entender a motivação dos que votaram nele. Se jovens partiam em massa da cidade, era resultado da FALTA DE INTERESSE do sujeito que então governava. Diziam que ele tinha recusado o PARQUE DA XUXA. Tudo bem que tal empreendimento parecia ter o mesmo futuro que o PERUÍBE IATE CLUBE, mas, na nossa lógica peruibense, o que conta é o "interesse". E bastou ao outro passar a dizer o que as pessoas queriam escutar.
Se as condições na área da saúde publica continuavam ruins (e já tinham sido piores), era devido ao nosso sonho não ter sido concretizado, pois, com as empresas aqui atuando, a arrecadação municipal cresceria, possibilitando a melhoria. Parecia fazer sentido. Tudo começava e terminava na industrialização, a solução dos nossos males.
Ser crítico ao candidato salvacionista era difícil, pois quem o questionava podia ser tratado como um inimigo do progresso, como uma pessoa que, por falta de inteligencia, queria nos impedir de deixarmos para trás o sudesenvolvimento.
Pois o líder redentor entrou, saiu, entrou novamente (voltou não do mesmo jeito, mas voltou), e as promessas não foram cumpridas, e não serão.
Só algum grande empreendimento estrutural (Porto, estaleiro, plataforma petrolifera, etc..) poderá abrir caminho para o tão desejado crescimento econômico. Os fatos demonstram isso. Um empreedimento que, francamente, não dependerá da prefeitura.
Para que um parque industrial de porte exista em Peruíbe, maior do que o formado pelas raras empresas que por aqui se instalaram, precisamos de uma FERROVIA FUNCIONANDO (a linha ferrea está abandonada); a estrada da banana DUPLICADA, para facilitar o acesso à Regis Bittencourt; e, quem sabe, a ARMANDO CUNHA (parte do trecho da mesma virou avenida), finalmente, concluída.
Claro que todas essas mudanças só seriam possíveis, pois é, com UM GRANDE EMPREENDIMENTO ESTRUTURAL (repetindo o óbvio), de alcance nacional, que justificaria a realização de tais benfeitorias....as quais não virão por puro desejo da nossa prefeitura.
Supondo que a PETROBRAS venha a se instalar aqui ( estaleiro), não será por causa do CHAVECO da adminstração municipal, mas devido a uma estratégia particular dessa multinacional brasileira, a qual poderia beneficiar outra cidade litorânea, independente de quem a esteja governando. Escolhe o lugar que considera mais apropriado, PARA OS INTERESSES DELA, e não por causa da "eficiência" do nosso governo municipal, em atrair investimentos.
E o SONHO PERUIBENSE continua a atrair os eleitores desinformados.