quinta-feira, 6 de dezembro de 2012
FUNDAÇÃO GETÚLIO VARGAS: INDICADORES SOCIAIS DA BAIXADA SANTISTA/2012
Indicadores sociais da região sofrem queda, diz pesquisa da FGV
O critério que puxou para baixo a classificação das cidades foi a educação
Sandro Thadeu
A análise de indicadores sociais pelas equipes dos novos prefeitos da Baixada Santista deve ser muito criteriosa. Somente com uma leitura crítica dos dados é possível ousar e investir em políticas públicas para melhorar a qualidade de vida da população.
O sinal de alerta foi aceso nesta semana, após o Centro de Microeconomia Aplicada da Fundação Getúlio Vargas (FGV-SP) apontar que oito das nove cidades da região caíram no ranking do Indicador Social de Desenvolvimento dos Municípios (ISDM) 2010 em comparação a 2000.
A melhor colocada da listagem é Santos, que caiu de 19o para 125º. O pior desempenho foi o de Bertioga, ao despencar 770 posições em uma década, passando da 1.3273ª posição para a 2.098ª.
O critério que puxou para baixo a classificação das cidades foi a educação, que engloba a taxa de crianças e adolescentes fora da escola, em creches e pré-escolas, de analfabetismo entre outras.
A exceção foi Mongaguá, a única da região que melhorou nessa área e que tinha um desempenho geral inferior ao da média brasileira em 2000. No entanto, conseguiu reverter esse quadro – ver tabela –, deixando para trás Bertioga, Itanhaém e Peruíbe.
A saúde também deixa a desejar. Bertioga, Itanhaém, Peruíbe e São Vicente tiveram uma nota inferior à média nacional, ou seja, abaixo de 5,0. Outras dimensões também foram analisadas, como renda, trabalho e habitação.
Explicação
Conforme Amanda Arabage, uma das pesquisadoras da FGV-SP responsáveis pelo levantamento, a queda do desempenho da região não quer dizer que houve necessariamente uma piora nos indicadores, mas é uma constatação que as cidades não avançaram tanto nas áreas avaliadas em comparação a outras localidades.
Por exemplo, na dimensão trabalho, Santos foi a única da Baixada que teve uma nota inferior a 2000 (6,03 contra 5,94 em 2010), embora tenha melhorado nos quesitos que baseiam esse grupo (taxas de ocupação, de formalização e de trabalho infantil).
“O principal objetivo desse trabalho é revelar à sociedade o desempenho das cidades em várias áreas importantes, mostrando em quais pontos os gestores públicos precisam desenvolver mais ações e redimensionar os esforços”, afirma Amanda.
Fonte: A TRIBUNA
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