Meu último texto sobre o desemprego em Peruíbe teve uma ótima repercussão. O fato é que muitos peruibenses estão fartos de asneiras do tipo "aqui não tem emprego mas tem trabalho", e querem soluções práticas para o fim do mais grave problema social local, o desemprego crônico, que só tem contribuído para que esta cidade seja hoje uma exportadora de mão-de-obra barata.
Faz mais de dez anos que participei de um concurso público municipal, na cidade de Pedro de Toledo. Para muita gente daqui, o cargo que disputei (telefonista) não oferecia um bom salário, mas para este cara que estava desempregado, era um bocado de dinheiro. O fato é que passei, me tornei empregado público (funcionário público celetista) pela prefeitura de lá, e aos poucos fui resolvendo meu drama econômico. Descobri que muitos outros moradores de Peruba City fizeram a mesma coisa, optaram em continuar a morar aqui, porém trabalhando em outro município. Para a turma da qual passei a fazer parte era isso ou a migração, e ainda descobri que resido numa cidade-dormitório.
Atualmente estou em outro cargo público, só que em Itariri. O fato é que me acostumei a trabalhar fora daqui. Desisti de sonhar com o cada vez mais raro emprego dos sonhos de quase todo peruibense, que fica ao alcance de uma simples caminhada e torna possível almoçar em casa. Uma dica para qualquer desempregado local é que evite idealizar uma solução. Consegue uma vaga de trabalho que fica, vamos supor, em Itanhaém. Tendo ônibus ou outro meio para se deslocar, sugiro que considere a possibilidade de trabalhar lá, independente do que alguns "amigos" digam, com comentários do tipo "é muito longe" ou "paga pouco para tanto esforço", pois não são eles que pagam tuas contas.
É péssimo esperar por uma solução ideal, principalmente num lugar tão carente em oportunidades. Emprego perfeito não existe, ainda mais em Peruíbe.
MARCADORES: DESEMPREGO EM PERUÍBE, PERUIBENSES DESEMPREGADOS, TRABALHAR FORA DA CIDADE, ABRIL DE 2018
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