Igreja de São Benedito - Iguape (Arquivo Pessoal)
O meu artigo SE A USINA JÁ ERA MESMO, SAIBAM QUE O VALE DO RIBEIRA NOS AGUARDA, foi devidamente reproduzido no site EDITORIAL LIVRE / O GAROÇÁ, focado em questões peruibenses. Gostei da postagem (as fotos ficaram legais, combinaram com texto) e divulgado em rede social, teve uma inevitável repercussão, a qual não me surpreende.
Vi vários comentários desfavoráveis ao artigo. Até aí, nada de extraordinário, pois a análise de uma tendência histórica não captada pela mídia oficial local (pois é, quem mais fala disso?), inevitavelmente geraria um estranhamento. Então, aproveitando o que li, é necessário fazer uns esclarecimentos:
Para alguns, Peruíbe estaria "longe demais" do rio Ribeira, para ser considerado um município vale-ribeirense. Ora, esta cidade têm limites com os territórios de Itariri, Pedro de Toledo (pois é, muito peruibense não sabe que estamos bem próximos dos pedrotoledenses) e é claro, Iguape (longe demais, né?). A única cidade da baixada com a qual temos limites é Itanhaém. Com qual lado temos maior proximidade geográfica? Parte da Juréia fica onde? Pois é.
Peruíbe compartilha com os vizinhos vale-ribeirenses a maior "Arca de Noé" paulista, dotada duma incrível biodiversidade. Essa riqueza natural não é compartilhada com nossos "irmãos" da baixada, mas com os municípios do Vale. Eu acho curioso essa falta de ver o óbvio, que esse é apenas mais um dos fatores que tendem a nos afastar da região metropolitana, pois o desenvolvimento do tão elogiado ECOTURISMO na nossa imensa reserva ecológica exigirá uma estratégia em comum com os iguapenses, o que tende a ajudar na integração com a região vizinha, a qual já ocorre, por mais que muitos evitem ver.
Ah, sim, antes que me esqueça. Eu nunca disse que o Vale do Ribeira é muito atrasado, ou algo do tipo. O que disse é que, com a tendência natural de nos afastarmos dos municípios mais ao "norte", nos aproximaremos ainda mais das cidades mais ao "sul". Simples assim.
FANDANGO NA BARRA DO UNA
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