sábado, 12 de junho de 2010
Norte-coreanos que fogem do país narram a miséria escondida pelo regime ditatorial de Kim Jong-il
The New York Times
Sharon La Franiere*
Em Yanji (China)
O operário de construção norte-coreano vivia na penúria. Seu empregador público não lhe pagava há tanto tempo que ele tinha esquecido seu salário. Na verdade, ele pagava ao seu chefe para ser um funcionário fantasma, para que pudesse deixar seu local de trabalho. Então ele e sua esposa poderiam ganhar seu sustento vendendo pequenos sacos de detergente no mercado negro.
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Parecia difícil que a vida pudesse piorar. Mas então, em uma tarde de sábado de novembro, sua irmã entrou em seu apartamento em Chongjin com notícias chocantes: o governo norte-coreano tinha decidido desvalorizar drasticamente a moeda do país. As economias da família, algo equivalente a US$ 1.560, foram reduzidas ao equivalente a US$ 3.
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No mês passado, o operário, sentado em um esconderijo nesta movimentada cidade no norte da china, lamentava os anos de sacrifício em vão. Legumes para seus pais, medicamento para a asma de sua esposa, o agasalho esportivo que sua filha de 15 anos desejava – tudo foi negado com base na teoria de que, mesmo na Coreia do Norte, vale a pena poupar para o futuro.
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“Ai!” ele exclamou, xingando entre gemidos. “O quanto trabalhamos para poupar aquele dinheiro! Só de pensar a respeito me deixa louco.”
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Os norte-coreanos estão acostumados a dificuldades e decepções. Mas a desvalorização da moeda em 30 de novembro, aparentemente uma tentativa de escorar uma economia estatal em dificuldades, foi para alguns o pior desastre desde a fome que matou centenas de milhares em meados dos anos 90.
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Entrevistas no mês passado com oito norte-coreanos que deixaram recentemente o país – um fugitivo da prisão, contrabandistas, pessoas em exílio temporário para encontrar emprego na China, a esposa em viagem de um membro do Partido dos Trabalhadores governista – pintam um retrato assustador de desespero dentro da Coreia do Norte, uma nação de 24 milhões de pessoas, e do crescente ressentimento em relação ao seu líder errático, Kim Jong-il.
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O que parece ausente – ao menos por ora – é instabilidade social. As dificuldades disseminadas, a revolta popular com a desvalorização da moeda e a crescente incerteza política enquanto Kim busca transferir o poder para seu terceiro filho não se transformaram em uma resistência notável contra o governo. Pelo menos dois dos entrevistados repetiram a propaganda oficial de que a Coreia do Norte é vítima de inimigos obstinados, sua pobreza um plano do Ocidente, que sua sobrevivência é ameaçada pelos Estados Unidos, Coreia do Sul e Japão.
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A acusação pela Coreia do Sul de que a Coreia do Norte afundou um de seus navios de guerra, o Cheonan, em março, é apenas parte da trama, disse a esposa do membro do partido.
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“É por isso que temos armas para nos protegermos”, ela disse enquanto visitava parentes no norte da China – e ganhava um dinheiro extra como garçonete. “Nossos inimigos estão nos atacando por todos os lados, e é por isso que carecemos de eletricidade e boa infraestrutura. A Coreia do Norte deve manter suas portas fechadas.”
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Outros se mostraram mais céticos com a propaganda do governo, mas ainda consideram uma guerra como sendo inevitável.
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“Nós estamos sempre aguardando pela invasão”, disse uma ex-professora de escola primária. “Meu filho diz que deseja que a guerra chegue, porque a vida é difícil demais e nós provavelmente morreremos de qualquer forma de fome.”
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Eles e outros norte-coreanos falaram apenas sob a condição de anonimato, em conversas em grande parte arranjadas pelas igrejas clandestinas que operam na China, no outro lado da fronteira. Se fossem identificados como viajando ou trabalhando ilegalmente na China, eles poderiam ser deportados e presos, assim como seus parentes.
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Aproximadamente metade dos entrevistados disse que planeja voltar à Coreia do Norte; a outra metade espera desertar para a Coreia do Sul.
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Em muitos detalhes, seus relatos, feitos separadamente, se encaixam. Eles também reforçaram as descrições dos economistas e analistas políticos de um país abatido.
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Citando fotos aéreas de chaminés sem fumaça, os economistas dizem que aproximadamente três entre quatro fábricas norte-coreanas estão inativas. A economia está em retração desde 2006, quando Kim Jong-il se retirou das negociações multilaterais visando encerrar seu programa de armas nucleares. O afundamento do Cheonan abalará ainda mais a economia: a Coreia do Sul suspendeu quase todo o comércio, privando o Norte dos US$ 333 milhões por ano em vendas de peixes, frutos do mar e outras exportações.
Uma economia em retração
Quando a Península Coreana foi dividida em 1945, a Coreia do Sul era mais pobre do que sua vizinha. Atualmente, seu trabalhador ganha em média 15 vezes mais do que um norte-coreano, segundo dados corrigidos pelo custo de vida. O número de desertores que chegam pela China à Coreia do Sul tem crescido constantemente ao longo da última década, chegando a quase 3 mil no ano passado.
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As taxas de mortalidade infantil e materna cresceram pelo menos 30% de 1993 a 2008, e expectativa de vida caiu em três anos, para 69 anos, no mesmo período, segundo os números do censo norte-coreano e do Fundo de População das Nações Unidas.
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O Programa Alimentar Mundial da ONU diz que 1 entre 3 crianças norte-coreanas com menos de 5 anos é desnutrida. Mais de 1 entre 4 pessoas precisa de ajuda alimentar, diz a agência, mas apenas 1 entre 17 a receberá neste ano, em parte porque os doadores relutam em enviar ajuda a um país que insiste em desenvolver armas nucleares.
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A desvalorização da moeda apenas ampliou o sofrimento. Sua meta era desviar a receita da vasta economia clandestina norte-coreana – seus mercados de rua – para as empresas públicas sem dinheiro.
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Os mercados são a única fonte de renda para muitos norte-coreanos, mas eles são uma afronta ao credo do governo de socialismo econômico. Teoricamente, todos, exceto os menores, idosos e mães de crianças pequenas, trabalham para o Estado. Mas as empresas estatais estão definhando há 30 anos, e os norte-coreanos fazem tudo o que podem para escapar de trabalhar nelas.
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Os agricultores cuidam de seus próprios jardins enquanto ervas daninhas tomam as fazendas coletivas. Os trabalhadores urbanos faltam em seus empregos públicos para mascatearem de tudo, de metal retirado das fábricas desativadas até televisores contrabandeados da China.
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“Se você não praticar o comércio, você morre”, disse a ex-professora, uma mulher de 51 anos com rosto redondo e rabo-de-cavalo. Ela passou de uma funcionária pública obediente a uma comerciante fora-da-lei, mas mesmo assim não conseguiu escapar de sua situação difícil.
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Famintos demais para estudar
Ela lecionou por 30 anos em uma escola primária em Chongjin, a terceira maior cidade da Coreia do Norte, com aproximadamente 500 mil habitantes. O que antes era um emprego de período integral se transformou em um de meio expediente em 2004: as escolas passaram a fechar ao meio-dia. Pelo menos 15 de seus 50 alunos abandonaram os estudos ou partiam após uma hora, famintos demais para poderem estudar.
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“É muito difícil ensinar uma criança com fome”, ela disse. “Até mesmo sentar em uma carteira é difícil para elas.”
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Os professores também passavam fome. Seu salário mensal mal comprava um quilo de arroz, ela disse. Com formação universitária, ela retirou sua própria filha da terceira série em 1998, a enviando para uma vizinha para aprender a costurar.
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Ela abandonou seu emprego na escola em 2004 para vender macarrão de milho no principal mercado de Chongjin, um espaço de barracas com cobertura de plástico com metade do tamanho de um quarteirão da cidade, onde os comerciantes vendem principalmente produtos chineses, incluindo pasta de dente, agulhas para costura e DVDs das novelas sul-coreanas proibidas.
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Mas o macarrão mal dava lucro, então ela tentou um comércio mais arriscado envolvendo produtos controlados pelo Estado: pinhão e frutas vermelhas utilizadas em um chá popular. Esse esquema ruiu em outubro. Após ela e seus sócios terem colhido 17 sacas de produtos de uma aldeia, um guarda em uma barreira confiscou todas elas em vez de aceitar suborno para deixar que passassem. Ela ficou com o equivalente a US$ 300 em dívidas.
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Como ela, o operário de construção, um homem magérrimo de 45 anos com boa cabeça para números, decidiu que o empreendimento privado era a única salvação de sua família. Mas como homem, era mais difícil para ele se livrar de seu trabalho.
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No papel, ele disse, uma construtora estatal de Chongjin o emprega. Mas a empresa possui pouco material de construção e não tem dinheiro para pagar seus funcionários. Assim, como mais de um terço dos trabalhadores, disse o operário, ele paga cerca de US$ 5 por mês para que um funcionário registre sua presença na empresa, para que ele possa trabalhar em outro lugar.
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Esses pagamentos, comuns nas empresas estatais menores, supostamente mantêm as empresas solventes, disse uma mulher de 62 anos que é comerciante em Chongjin. Até mesmo uma empresa grande, como a usina de aço da cidade, não paga salários desde 2007, disseram ela e outros, apesar de seus operários receberem o equivalente a 10 dias de rações alimentares por mês.
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“Como as empresas sobreviveriam se não recebessem o dinheiro dos trabalhadores?” ela perguntou sem ironia.
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Recentemente, a empresa do operário de construção se tornou mais ativa. O Estado resolveu recuperar a única rua pavimentada de Chongjin e construir um hospital e uma universidade para o centenário em 2012 do nascimento de Kim Il-sung, o pai de Kim Jong-il e fundador da Coreia do Norte.
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Mas a onda de projetos teve um custo: cada família foi obrigada a entregar 17 sacos de pedras todo mês para seu comitê local do partido. O operário de construção pediu aos seus pais idosos que procurassem em leitos de córregos e campos por pedras que a família quebrava à mão em pedras do tamanho de uvas.
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Sem um salário do Estado, ele ganha dinheiro com sua inteligência. Todo mês de outubro, ele vende lulas pescadas com um barco que ele pilota nas águas costeiras traiçoeiras. Em outros meses, ele pedala cerca de 30 quilômetros à procura de bens para vender, geralmente detergente comprado de uma fábrica que é revendido por sua esposa com ágio de 12% em uma lona estendida do lado de fora do mercado principal.
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O governo periodicamente tenta intervir nos mercados, regulando preços, horas, tipos de bens vendidos, idade e sexo dos comerciantes e até mesmo se transportam seus produtos de bicicleta ou nas costas.
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Economias dizimadas
Em um comunicado de 2007 do Comitê Central, Kim Jong-il se queixou de que os mercados se transformaram em “um berço de todo tipo de práticas não-socialistas”. A desvalorização da moeda em 30 de novembro os virou do avesso. O Estado decretou que um novo won, mais valioso, substituiria o velho won, mas que as famílias poderiam trocar apenas 100 mil wons, aproximadamente US$ 35 segundo a cotação do mercado paralelo, pelo novo. A medida na prática eliminou as reservas privadas de dinheiro.
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Para amortecer o golpe, dizem os trabalhadores, lhes foi prometido que seus salários seriam restaurados caso retornassem aos seus empregos públicos. Na verdade, disseram o operário de construção e outros, eles receberam um mês de salário, em janeiro, antes dos salários desaparecerem novamente.
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Alguns com contatos políticos evitaram o pior. Uma mulher de Hamhung, a segunda maior cidade da Coreia do Norte, disse que o diretor do banco local permitiu que seus parentes trocassem 3 milhões de wons, 30 vezes o limite oficial.
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A esposa do membro do partido, com o cabelo levemente encaracolado, uma bolsa de grife pirata ao seu lado, se gabou de sua casa de seis cômodos com dois televisores coloridos e um jardim. Em seguida, ele elogiou a desvalorização como uma punição merecida para aqueles que tentaram enganar o Estado, apesar dela ter reconhecido que isso levou ao caos e ter lembrado que um alto funcionário financeiro foi executado devido à política.
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“Muita gente ruim enriqueceu por meio do comércio ilegal com a China, enquanto boas pessoas nas empresas estatais não tinham dinheiro suficiente”, ela disse. “Assim, os abastados perderam para os destituídos.”
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A ex-professora deu tudo o que tinha. Após seus credores a despojarem de todo seu dinheiro, ela disse, ela atravessou a pé o congelado Rio Tumen à noite e entrou na China em busca de ajuda de seus parentes que vivem lá. Faminta e apavorada, ela bateu aleatoriamente às portas até que um estranho a ajudasse a contatá-los.
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Agora segura no lar de seus parentes, ela disse, ela se maravilha em como eles desfrutam de iguarias como pepinos no inverno. Mas abandonar temporariamente seu filho e filha, ambos na faixa dos 20 anos, a deixa tão tomada de culpa que às vezes ela nem consegue engolir os alimento diante dela. “Eu não sei se meus filhos conseguiram algum dinheiro ou se morreram de fome”, ela disse, com os olhos cheios de lágrimas.
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Para o operário de construção, a notícia da desvalorização dada por sua irmã provocou uma corrida para tentar salvar o pé-de-meia da família. Ele esvaziou a gaveta do armário na sala de estar onde guardavam suas economias e dividiu com sua esposa e filha, dizendo: “Comprem o que conseguirem, o mais rápido que puderem.”
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Os três correram furiosamente de bicicleta até o mercado de Chongjin. “Era como um campo de batalha”, ele disse. Milhares de pessoas tentavam freneticamente dar um lance mais alto que as outras por produtos, em uma tentativa frenética de converter o dinheiro que logo não valeria nada em algo palpável. Alguns preços subiram 10.000%, ele disse, antes dos comerciantes encerrarem as atividades, percebendo que seus lucros logo também não valeriam nada.
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Os três disseram que voltaram para casa com 30 quilos de arroz, uma cabeça de porco e 100 quilos de tofu. A filha do operário conseguiu comprar uma pequena tábua de corte e um par de calças usadas. Juntos, eles disseram, eles conseguiram gastar o equivalente a US$ 860 em itens que teriam custado menos de US$ 20 no dia anterior.
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Sua filha tentou confortá-lo. “Pai, eu guardarei essas calças até minha morte!” ela prometeu. Ele disse para ela que a tábua de corte seria seu presente de casamento.
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“Naquele momento, eu realmente queria me matar”, ele disse. Ele gesticulou para a janela do esconderijo e para a noite de Yanji, bem iluminada e com tráfego agitado. “Não é como aqui”, ele disse. “Aqui não é grande coisa ganhar dinheiro. Lá, é sofrimento e sofrimento; sacrifício e sacrifício.”
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Ele disse que não conseguia dormir noite após noite, fixado no agasalho esportivo que sua filha queria. Ela dizia que ele era muito melhor que o suéter de inverno e as calças comuns que ela usava. Ele a dissuadiu, porque os mais baratos custavam quase US$ 15. Quando ela insistiu demais no assunto, ele xingou e gritou: “As pessoas nesta casa precisam comer primeiro!”
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“Eu não posso descrever quão terrível me sinto por não tê-lo comprado para ela”, ele disse, com voz trêmula.
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Um isolamento profundo
Os norte-coreanos que nunca cruzaram a fronteira não têm como ter ideia de suas tribulações. Não há Internet. Os aparelhos de rádio e televisão são soldados para receberem apenas os canais do governo. Até mesmo a esposa do membro do partido não tem telefone e lamenta sua falta de contato com o mundo exterior. Sua primeira pergunta para o estrangeiro foi: “Eu sou bonita?”
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Lentamente, entretanto, a informação está entrando. Os mercadores voltam da China e relatam que as pessoas são mais ricas e comparativamente mais livres lá, e que os sul-coreanos supostamente são ainda mais. Alguns dos celulares dos comerciantes são ligados à redes de telefonia móvel chinesas, que podem ser camufladamente emprestados por taxas exorbitantes.
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A punição por assistir filmes e programas de televisão estrangeiros é pesada. O comerciante disse que um vizinho de 35 anos passou seis meses em um campo de trabalhos forçados no ano passado, após ser pego assistindo “Dragões em Dose Dupla”, um filme de ação cômico de Hong Kong estrelado por Jackie Chan. Para desalento da ex-professora, seu filho de 26 anos corre riscos semelhantes.
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Sua irmã é casada com um funcionário do governo na capital, Pyongyang, ela disse, mas nenhum deles é fã de Kim Jong-il. Em sua visita mais recente, ela disse, sua irmã sussurrou para ela: “As pessoas o seguem por medo, não por amor”.
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Desde a desvalorização da moeda, ela e outros disseram, as pessoas estão claramente mais ousadas nesses comentários.
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“Agora, no mercado, as pessoas falam tudo”, disse o operário de construção. “Elas dizem que o governo é ladrão – mesmo em plena luz do dia.”
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Sua esposa não era uma delas. Por semanas após a desvalorização, ele disse, ela ficou deitada na esteira no chão da sala de estar, imobilizada pela depressão. “Eu não tinha força para dizer nada para ela”, ele disse.
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Finalmente, ele disse para que ela se levantasse. Era hora de recomeçar.
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*Su-Hyun Lee, em Seul (Coreia do Sul), contribuiu com pesquisa.
Tradução: George El Khouri Andolfato
Fonte: http://www.uol.com.br/
sexta-feira, 11 de junho de 2010
AME Vale do Ribeira e o seu futuro impacto em Peruíbe
Governador Goldman e secretário Barradas lançam obras do AME Vale do Ribeira na quarta-feira
Publicado em 10/06/2010 por Julio Silva
O governador Alberto Goldman fará sua primeira visita oficial à região nesta próxima quarta-feira, 16 de junho, às 10 horas, para lançamento oficial do início das obras do Ambulatório Médico de Especialidades (AME) e da Rede de Reabilitação Lucy Montoro. Ao lado do presidente do Consaúde, Décio Ventura, também participam da cerimônia o secretário de Estado da Saúde, Luiz Roberto Barradas Barata. O evento será realizado em Pariquera-Açu, no terreno onde serão construídas as duas unidades que receberão investimento de R$ 8 milhões.
Serão 4,4 mil metros de área construída, em terreno de 12 mil metros quadrados em frente ao Hospital Regional Vale do Ribeira (HRVR). O AME terá 22 especialidades e previsão de realizar 12 mil consultas mensais. A previsão é que os dois prédios, que serão anexos, sejam construídos em dez. As obras devem gerar, no pico, 200 empregos diretos.
Em função das características sócio-econômicas da região, a Rede “Lucy Montoro” terá unidade para hospedagem, durante o tratamento, das pessoas que moram em municípios distantes de Pariquera-Açu.
Fonte: http://diariodeiguape.com/
Comentário: a Secretaria Estadual de Saúde divide SP em distritos, cada um classificado como uma DRS, que significa DIRETORIA REGIONAL DE SAÚDE. Por enquanto, Peruíbe faz parte da diretoria de Santos, mas vejo que isso vai mudar. O SUS daqui tende a reduzir a sua dependência dos recursos médico-hospitalares da metrópole portuária ou seja, surgiu um pragmatismo - pelo menos nessa área - que vai contra a participação ilógica e desvantajosa de Peruíbe na baixada santista.
É muito simples. O AME valeribeirense, instalado em Pariquera, será algo FORA DO COMUM, se comparado com a construção logo abaixo:
No prédio acima funcionará o AME de Peruíbe, mas inauguração, até agora, nada. E sei que terá menos especialidades...e espaço. Não adianta, o futuro para muitos usuários peruibenses do serviço único de saúde será frequentar Pariquera. O HRVR (Hospital Regional do Vale do Ribeira) já recebe pacientes daqui que necessitam de fazer hemodiálise, e entre os planos está o de direcionar muitos pacientes de Peruíbe - que atualmente frequentam o AME de Praia Grande - para aquela cidade.
Analizando essas notícias, entendo agora o esforço do ex-prefeito Mário Omuro ao tentar convencer o governo paulista em construir um Hospital Regional em Peruíbe. Isso não beneficiaria apenas peruibenses, veranistas e moradores de cidades vizinhas, lhes possibilitando tratamento médico melhor e menos demorado. Esta cidade se tornaria uma referência nessa área. Quanto progresso VERDADEIRO isso geraria, com muitos empregos diretos e indiretos. Pariquera tende a se tornar vanguarda em uma região que ainda é muito atrasada. Seus tradicionais bananais perderão a importância atual, ante um ciclo de desenvolvimento saudável proporcionado por inteligentes investimentos estatais em um importante e vital setor de serviços.
É bom eu citar que Pariquera faz parte da DRS de Registro, e as diretorias não são estáveis, podendo ser revistas. Ou seja, com Peruíbe recorrendo cada vez mais as principais unidades hospitalares valeribeirenses para atendimento específico dos seus pacientes, claro que nosso município poderá mudar de DRS no futuro, para facilitar e ampliar as melhorias realizadas, resultado da falta de apoio santista, naturalmente.
Por mais que muitos digam o contrário, a RMBS ( Região Metropolitana da Baixada Santista ) tende a ter uma importância decrescente no nosso futuro. Se Santos nos despreza, o jeito é se juntar a turma lá "do outro lado", que já nos trata com mais consideração. Algo para se pensar.
Bons comentários do visitante Daniel
Aqui reproduzo dois bons comentários do Daniel, que costuma visitar o Blog. Agradeço a ele por essa colaboração:
"Todas as cidades brigam para que haja desenvolvimento, criação de novos empregos e geração de renda.
Sou casado com uma peruibense que se continuasse a viver aí ficaria trabalhando no compre bem, na pizzaria, ou nas pernanbucanas, e ganharia R$ 600,00 por mês.
Foi OBRIGADA, à mais de 10 anos, a sair de Peruibe, tentar vencer na vida.
Qual o futuro de um mulher de 18 anos, que residia no Guaraú em 2000 de conseguir emprego.
Lá só se for trabalhar na padaria do Juarez ou no mercado da vovó.
Peruíbe parou no tempo, não cresce, estagnou.
Tanto se fala de turismo, mas qual a politica de turismo que se tem em Peruíbe. Nem os "remanescentes indígenas", abrem suas aldeias para divulgar sua cultura e artesanato. A Jureia, cuja maior parte do parque na verdade fica em Iguape, mas só se fala em Peruíbe, quando este é o assunto, é divulgada.
Aquela pirâmide com posto de informação na entrada nunca tem ninguém que informe nada.
A praia não precisa de divulgação, todos lá já sabem dela, a cidade precisa se conscientizar que ela não é só praia. Veja o abarebebe, uma das primeiras igrejas do Brasil jogadas ao nada.
O porto geraria empregos, renda PARA OS MORADORES DA CIDADE, garantiria que filhos da cidade ai permaneçam sem precisarem migrar de cidade ou da região. Para ver miséria não precisa ir ao Caraguava, o Guaraú em Junho, Julho e Agosto é um nada, o dinheiro acaba, não circula, e infelizmente a droga é algo presente na vida de muitos jovens de lá. Hoje temos condições de fazer o uso de novas tecnologias com o mínimo de impacto ambiental, tendo com exemplo, a nova imigrantes em relação as outras pistas da serra.
Concordo com o Breno, Peruibe é muito mais ligado ao vale do que a baixada, nasci e resido em Santos, mas muitos olham torto para qualquer outra cidade da baixada, como se aqui fosse o centro do Terra.
Governantes, criem politicas publicas, promovam o desenvolvimento de suas cidades, em conjunto. E ONG's, se vocês não concordam com um posicionamento, um projeto, discutam sobre isso, apresentem propostas alternativas, manifestem-se em audiências publicas, mas não sejam da turma do NÃO. Não permitam que Peruíbe vire uma cidade só de aposentados com uma praia para ser desfrutada. Poucos não devem atrapalhar o progresso de muitos. Esta é uma visão de alguém que vê como as coisas de fora, sem a passividade de quem lá reside, sem paixões ou qualquer interesse."
"Todas as cidades brigam para que haja desenvolvimento, criação de novos empregos e geração de renda.
Sou casado com uma peruibense que se continuasse a viver aí ficaria trabalhando no compre bem, na pizzaria, ou nas pernanbucanas, e ganharia R$ 600,00 por mês.
Foi OBRIGADA, à mais de 10 anos, a sair de Peruibe, tentar vencer na vida.
Qual o futuro de um mulher de 18 anos, que residia no Guaraú em 2000 de conseguir emprego.
Lá só se for trabalhar na padaria do Juarez ou no mercado da vovó.
Peruíbe parou no tempo, não cresce, estagnou.
Tanto se fala de turismo, mas qual a politica de turismo que se tem em Peruíbe. Nem os "remanescentes indígenas", abrem suas aldeias para divulgar sua cultura e artesanato. A Jureia, cuja maior parte do parque na verdade fica em Iguape, mas só se fala em Peruíbe, quando este é o assunto, é divulgada.
Aquela pirâmide com posto de informação na entrada nunca tem ninguém que informe nada.
A praia não precisa de divulgação, todos lá já sabem dela, a cidade precisa se conscientizar que ela não é só praia. Veja o abarebebe, uma das primeiras igrejas do Brasil jogadas ao nada.
O porto geraria empregos, renda PARA OS MORADORES DA CIDADE, garantiria que filhos da cidade ai permaneçam sem precisarem migrar de cidade ou da região. Para ver miséria não precisa ir ao Caraguava, o Guaraú em Junho, Julho e Agosto é um nada, o dinheiro acaba, não circula, e infelizmente a droga é algo presente na vida de muitos jovens de lá. Hoje temos condições de fazer o uso de novas tecnologias com o mínimo de impacto ambiental, tendo com exemplo, a nova imigrantes em relação as outras pistas da serra.
Concordo com o Breno, Peruibe é muito mais ligado ao vale do que a baixada, nasci e resido em Santos, mas muitos olham torto para qualquer outra cidade da baixada, como se aqui fosse o centro do Terra.
Governantes, criem politicas publicas, promovam o desenvolvimento de suas cidades, em conjunto. E ONG's, se vocês não concordam com um posicionamento, um projeto, discutam sobre isso, apresentem propostas alternativas, manifestem-se em audiências publicas, mas não sejam da turma do NÃO. Não permitam que Peruíbe vire uma cidade só de aposentados com uma praia para ser desfrutada. Poucos não devem atrapalhar o progresso de muitos. Esta é uma visão de alguém que vê como as coisas de fora, sem a passividade de quem lá reside, sem paixões ou qualquer interesse."
terça-feira, 8 de junho de 2010
Moradores da Juréia lançam abaixo assinado contra despejo / junho de 2010
Moradores fazem campanha para evitar despejo na Jureia
07 de junho de 2010
JOSÉ MARIA TOMAZELA - Agência Estado
Associações de moradores da Jureia, no litoral sul paulista, iniciaram hoje uma campanha pela internet para evitar o despejo de 360 famílias que habitam o interior da reserva ecológica. Um abaixo assinado pede apoio a um projeto de transformação da Estação Ecológica de Jureia-Itatins em Reservas de Desenvolvimento Sustentável (RDS).
O novo modelo permitiria a permanência das comunidades no interior da mata. Isso porque o Ministério Público Estadual (MPE) deu prazo de 120 dias para que o governo estadual promova a retirada dos moradores. Uma ação movida pelo MPE anulou projeto anterior do governo que transformava a estação ecológica num mosaico de unidades de conservação e garantia a permanência de comunidades tradicionais.
De acordo com Arnaldo Rodrigues, da União de Moradores da Jureia (UMJ), as comissões de Direitos Humanos e de Meio Ambiente da Assembleia Legislativa encaminharam ofícios pedindo audiência com o governador do Estado, Alberto Goldman, para discutir o novo projeto. "Estamos reforçando com a coleta de assinaturas." O objetivo, segundo ele, é mudar o conceito de que a presença do homem não combina com a preservação do meio ambiente. "Essas comunidades vêm há mais de quatro séculos usando os recursos naturais de maneira sustentável, o que proporcionou a conservação da Jureia até hoje. Vários estudos confirmam que essa visão do homem fora do meio é ultrapassada, pois temos certeza que as comunidades fazem parte da natureza", disse.
A Secretaria do Meio Ambiente informou que a Fundação Florestal está concluindo um novo projeto para recriar o Mosaico da Jureia-Itatins e que atende as exigências da Justiça. O projeto será enviado ao governador, que o submeterá à Assembleia Legislativa.
FONTE: ESTADÃO
O texto abaixo é o que foi lançado na internet e o link para o abaixo assinado segue depois:
Excelentíssimo Sr. Governador do Estado de São Paulo
Nós abaixo assinados, vimos por meio desta manifestar nossa indignação perante aos fatos acontecidos desde a criação da Estação Ecológica da Juréia-Itatins em 1986 até a ação civil pública nº 441.01.2010.001767-0, em 2010 que prevê 120 dias para que o Governo Estadual tome medidas cabíveis para a total desocupação da Juréia, incluindo todas as comunidades tradicionais, causando perdas irreparáveis de suas raízes culturais, tais como o artesanato, o fandango (musicas e danças), o mutirão, os saberes tradicionais, e os causos. Tal fato acarretará o HOLOCAUSTO das comunidades Caiçaras da Juréia, também causará grande impacto nas periferias das cidades. Lembramos que algumas famílias residem no local a mais de 300 anos, protegidas por diversas convenções internacionais, fato que tem sido completamente ignorado pelo Governo do Estado de São Paulo.
Tendo em vista que a única e definitiva resolução para esse dilema é a reclassificação da unidade de conservação e entendendo a gravidade e a urgência de resolução desta questão. Solicitamos ao Governo do Estado a reclassificação da ESTAÇÃO ECOLÓGICA DA JURÉIA em RESERVA DE DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL garantindo assim a permanência de todas as comunidades em unidades de conservação de uso sustentável, como construtoras de biodiversidade, preservando seus direitos de acesso a seus territórios a conservação do meio ambiente e conseqüentemente a manutenção de sua cultura para que as futuras gerações tenham direito a um meio ambiente equilibrado e socialmente justo.
LINK DO ABAIXO ASSINADO
Essa é uma campanha justa com a qual vale a pena colaborar. Assinem por essas pessoas, mas não pelos ongueiros que estão se lixando para a maioria dos pobres desta cidade. Falo de gente que oculta os seus preconceitos sociais com discursos ecológicos e que se coloca como salvacionista.
Vamos ignorá-los, apenas apoiem os moradores da Juréia, pois merecem o apoio do povo peruibense nesse momento tão difícil. Que seja por eles, e não por falsos heróis.
Leiam:
contradições dos nossos ongueiros e simpatizantes
domingo, 6 de junho de 2010
O general inverno acabará com a Dengue em Peruíbe !!!
Está acabando !!! Estamos salvos !!!
A dengue está diminuindo em Peruíbe. O número de casos despencou, e em breve essa desgraça desaparecerá. Mas não agradeçam a prefeita, ao famoso pai dela, ao atrapalhado Dr Bianchi ou a SUCEN. Agradeçam ao general inverno, que está próximo, e já faz com que o mosquito suma daqui.
Esta madrugada está gelada, e ainda estamos no outono. De acordo com a meteorologia, a temperatura é de 14°C, mas a sensação térmica é de 11° C. Não tem larva do mosquito da Dengue que suporte isso. Já era para essa doença, MAS NÃO GRAÇAS A ALGUMA DAS NOSSAS AUTORIDADES. Esta melhora só foi possível devido a uma força da natureza, que está solucionando um problema que nenhum dos pretensos heróis desta cidade não souberam - como sempre - enfrentar de forma eficiente.
E eles se fazem de desentendidos, sendo apoiados por jornais que não demonstraram o quanto a situação era grave. Mas tudo bem, a dengue já era e é isso o que importa. Graças a nenhum deles, é claro, mas o que importa é que essa desgraça está no fim.
A dengue está diminuindo em Peruíbe. O número de casos despencou, e em breve essa desgraça desaparecerá. Mas não agradeçam a prefeita, ao famoso pai dela, ao atrapalhado Dr Bianchi ou a SUCEN. Agradeçam ao general inverno, que está próximo, e já faz com que o mosquito suma daqui.
Esta madrugada está gelada, e ainda estamos no outono. De acordo com a meteorologia, a temperatura é de 14°C, mas a sensação térmica é de 11° C. Não tem larva do mosquito da Dengue que suporte isso. Já era para essa doença, MAS NÃO GRAÇAS A ALGUMA DAS NOSSAS AUTORIDADES. Esta melhora só foi possível devido a uma força da natureza, que está solucionando um problema que nenhum dos pretensos heróis desta cidade não souberam - como sempre - enfrentar de forma eficiente.
E eles se fazem de desentendidos, sendo apoiados por jornais que não demonstraram o quanto a situação era grave. Mas tudo bem, a dengue já era e é isso o que importa. Graças a nenhum deles, é claro, mas o que importa é que essa desgraça está no fim.
sexta-feira, 4 de junho de 2010
ESTE PARAÍSO É CADA VEZ MAIS PARA POUCOS
Os peruibenses formam atualmente uma sociedade aberta. Aceitam com facilidade a presença de forasteiros, incluindo a ampla participação dos mesmos nos destinos desta terra.
O surgimento de uma classe média significativa só aconteceu durante os anos oitenta, e graças a migração de paulistanos aposentados. Se hoje existem várias pessoas com um padrão de vida bem acima da maioria, a verdade é que até à poucas décadas atrás isso não acontecia. A pesca igualava a quase totalidade dos moradores em um mesmo nível social.
Peruíbe passou muito rapidamente de uma comunidade de pescadores e agricultores para uma baseada no turismo como principal fonte de renda. Diria que isso ocorreu em cerca de quarenta anos. Se tais mudanças tão rápidas são possíveis na ciência e tecnologia as transformações culturais e comportamentais necessitam de mais tempo. Necessitam de mais gerações. A transição cultural por aqui foi muito rápida, e os caiçaras não estavam preparados para essa rapidez.
Este foi durante muitos anos um lugarejo isolado e consequentemente fechado em si próprio. O desconhecimento sobre o que ocorria no restante de SP e até do Brasil era imenso, o que só começou a mudar lentamente, graças ao acesso ferroviário. Os peruibenses, que até então viveram virados para dentro, passaram a ter a estação ferroviária como o seu centro do mundo. E foram se globalizando, valorizando o que vinha de fora, eu diria que até demais.
Em algumas cidades próximas daqui, no Vale do Ribeira - que Peruíbe artificialmente abandonou - existe um complexo de xenofobia, que se manifesta em uma vulgar prepotência e um bobo bairrismo. Como eu trabalho por lá, posso ver isso tudo de perto. Falo de atitudes até preconceituosas, mas que possuem uma curiosa dualidade. Elas têm a sua origem na ignorâcia sobre o que vem de fora, mas também demonstram um importante instinto de defesa, que os peruibenses perderam, ACEITANDO TUDO O QUE VEM DE FORA, SEM RESTRIÇÕES OU QUESTIONAMENTOS.
A emancipação não foi acompanhada dos devidos cuidados, que deveriam ter tido os que aqui nasceram. A maioria do povo caiçara foi incapaz de perceber que certos forasteiros, tão interessados em criar aqui um município, eram uma ameaça à sua cultura e modo de vida, devido aos seus interesses particulares. Trabalharam para transformar Peruíbe em um condomínio para veranistas, deixando aos caiçaras as migalhas. Alguém tem coragem de dizer que não foi isso mesmo o que aconteceu ?
E agora essa elite importada dará UMA BANANA aos que ainda vivem na Juréia, os quais correm o risco de expulsão. Não darão a mínima, já que não é com eles. É tudo parte de um processo de exclusão social, que teve seu marco nos anos setenta, quando a prefeitura criou restrições para a construção de casas em bairros praianos, como um mínimo de área construída e uma planta específica. Nem todos os caiçaras puderam com essas exigências, e muitos tiveram que se mudar para os subúrbios. O que sempre interessou aos forasteiros que passaram a dominar a política daqui, foi se esforçar na criação de um paraíso para privilegiados, um lugar onde poucos, bem poucos pudessem viver.
Até ongueiros famosos deram para ajudar nesse projeto de longo prazo, se opondo a qualquer proposta que possa trazer empregos aos necessitados (quem sabe assim, eles vão embora) e se preocupando APENAS com os caiçaras e índios - convertidos em minorias insignificantes, as quais não ameaçam o poder - deixando os pobres das áreas urbanas perdidos e sem apoio. Esses ongueiros podiam pelo menos ajudar na mudança dessa gente que tanto sofre para fora daqui, já que não lhes dá outra escolha. Podiam se importar um pouco.
Este paraíso é cada vez mais para poucos. A não ser que uma futura presença da Petrobrás traga investimentos de porte, veremos ainda mais peruibenses partindo em busca de novos horizontes.
quarta-feira, 2 de junho de 2010
A imunda lona da Praça Flórida em Peruíbe
Sabem, eu estou adorando a comunidade do orkut chamada PERUÍBE! É AQUI QUE SE VIVE! . O seu dono é muito esforçado na coleta de informações, que a nossa amada mídia não demonstra grande interesse em passar adiante. Acho que as fotos desta postagem não merecem estar restritas a um site de relacionamentos.
Primeiro, amigos internautas, vemos a famosa lona da Praça Flórida "ao natural", ou seja, sem o mínimo de limpeza que ela merece. Já é uma tradição da nossa prefeitura, deixá-la IMUNDA.
Agora, vemos que algum sábio soube como dar utilidade à imundície: escreveu FEIRA DE ARTESANATO, uma inteligente estratégia de propaganda.
E deixou uma lição de moral para as autoridades municipais. Peruibense com bom humor é isso aí !!!
Mas agora, vem a GRANDE COMÉDIA !!!
Vejam só o contraste da faixa de LIMPEZA na lona com a sujeira de sempre. Meu, só em Peruíbe mesmo !!!!
De acordo com o meu colega provocador, o LETREIRO foi escrito no dia 29 de maio, sendo apagado no dia seguinte....mas esqueceram - como sempre - de dar um merecido trato nessa cobertura.
Primeiro, amigos internautas, vemos a famosa lona da Praça Flórida "ao natural", ou seja, sem o mínimo de limpeza que ela merece. Já é uma tradição da nossa prefeitura, deixá-la IMUNDA.
Agora, vemos que algum sábio soube como dar utilidade à imundície: escreveu FEIRA DE ARTESANATO, uma inteligente estratégia de propaganda.
E deixou uma lição de moral para as autoridades municipais. Peruibense com bom humor é isso aí !!!
Mas agora, vem a GRANDE COMÉDIA !!!
Vejam só o contraste da faixa de LIMPEZA na lona com a sujeira de sempre. Meu, só em Peruíbe mesmo !!!!
De acordo com o meu colega provocador, o LETREIRO foi escrito no dia 29 de maio, sendo apagado no dia seguinte....mas esqueceram - como sempre - de dar um merecido trato nessa cobertura.
OUTRO DIA NO PARAÍSO / ANOTHER DAY IN PARADISE
Nesta noite fria, que já confirma que teremos um inverno caprichado, me lembro da linda canção do Phil Collins, a ANOTHER DAY IN PARADISE, que significa OUTRO DIA NO PARAÍSO. Quantas vezes eu a escutei, naqueles já distantes anos oitenta, quando a rádio Tribuna FM de Santos tinha uma programação de melhor qualidade.
Apreciava a melodia mas desconhecia o verdadeiro significado das palavras, embora, vendo o videoclipe, costumava intuir que tinha ali uma crítica a injustiça social no mundo e principalmente nos EUA. Bons anos oitenta, que nunca me ocultaram certas verdades, divulgadas em baladas nada ingênuas !!!
Verdades que eu não via na minha Peruíbe, despreocupado que estava com o meu futuro próximo, mas que via no mundo. Estava tristemente iludido com este paraíso, o qual me reservou muitos sofrimentos e semeou em mim um desejo de mudança, o de encerrar de uma vez com esse círculo vicioso que agora aflige a tantos jovens peruibenses nesta década.
Chega de mais vítimas. Que venha um Outro Dia No Paraíso , no qual as imagens não sejam de dor mas de realizações e triunfos.
terça-feira, 1 de junho de 2010
No caminho, com Maiakowski: para peruibenses que se autocensuram
"Na primeira noite
Eles aproximam-se
E colhem uma Flor
Do nosso jardim
E não dizemos nada.
Na segunda noite,
Já não se escondem:
Pisam as flores
Matam o nosso cão,
E não dizemos nada.
Até que um dia
O mais frágil deles
Entra sozinho em nossa casa,
Rouba-nos a lua e,
Conhecendo nosso medo,
Arranca-nos a voz da garganta
E porque não dissemos nada,
Já não podemos dizer nada."
Eles aproximam-se
E colhem uma Flor
Do nosso jardim
E não dizemos nada.
Na segunda noite,
Já não se escondem:
Pisam as flores
Matam o nosso cão,
E não dizemos nada.
Até que um dia
O mais frágil deles
Entra sozinho em nossa casa,
Rouba-nos a lua e,
Conhecendo nosso medo,
Arranca-nos a voz da garganta
E porque não dissemos nada,
Já não podemos dizer nada."
quarta-feira, 26 de maio de 2010
Peruíbe recebe Brasileirão de Trekking 2010 com recordes de atletas
A Iron Adventure, organizadora do Brasileirão de Trekking, tem mesmo motivos para comemorar os números da edição de 2010: Faltando ainda poucos dias para o início da competição já estão inscritas 108 equipes e são mais de 30 apoiadores / incentivadores.
O número de equipes inscritas é 30% superior à edição de 2009, realizado na cidade de Barra do Piraí/RJ. “Este é o maior sinal de que nosso trabalho está fazendo o esporte crescer, o que é nosso objetivo desde quando começamos a organizar eventos de Trekking”, explica José Maurício Lemos, diretor de eventos da Iron Adventure.
Este crescimento somado à seriedade e profissionalismo da organização trouxe também mais apoiadores para esta edição. “Além do incentivo de diversas instituições e organizações, este ano conseguimos apoios de empresas que compartilham nosso empenho em desenvolver o esporte. São fabricantes de equipamentos de aventura, repositório de energia (isotônico) e produtos especiais para cuidar dos pés dos competidores”, completa Lemos.
O destaque deste ano fica por conta da Dr. Scholl’s, marca especializada em produtos para o conforto e bem estar dos pés, que se identifica integralmente com o Trekking de Regularidade, um esporte de caminhada.
A organização celebra os recordes destacando o trabalho conjunto com a Prefeitura de Peruíbe, que apostou em um grande evento para movimentar a baixa temporada na cidade. Para a população de Peruíbe foram oferecidas inscrições gratuitas no Brasileirão e serão realizadas aulas de Trekking. Entusiasmada com o Brasileirão, a Prefeita Milena Bargieri está inscrita e irá disputar o campeonato na categoria Novatos.
FONTE: http://360graus.terra.com.br/
O número de equipes inscritas é 30% superior à edição de 2009, realizado na cidade de Barra do Piraí/RJ. “Este é o maior sinal de que nosso trabalho está fazendo o esporte crescer, o que é nosso objetivo desde quando começamos a organizar eventos de Trekking”, explica José Maurício Lemos, diretor de eventos da Iron Adventure.
Este crescimento somado à seriedade e profissionalismo da organização trouxe também mais apoiadores para esta edição. “Além do incentivo de diversas instituições e organizações, este ano conseguimos apoios de empresas que compartilham nosso empenho em desenvolver o esporte. São fabricantes de equipamentos de aventura, repositório de energia (isotônico) e produtos especiais para cuidar dos pés dos competidores”, completa Lemos.
O destaque deste ano fica por conta da Dr. Scholl’s, marca especializada em produtos para o conforto e bem estar dos pés, que se identifica integralmente com o Trekking de Regularidade, um esporte de caminhada.
A organização celebra os recordes destacando o trabalho conjunto com a Prefeitura de Peruíbe, que apostou em um grande evento para movimentar a baixa temporada na cidade. Para a população de Peruíbe foram oferecidas inscrições gratuitas no Brasileirão e serão realizadas aulas de Trekking. Entusiasmada com o Brasileirão, a Prefeita Milena Bargieri está inscrita e irá disputar o campeonato na categoria Novatos.
FONTE: http://360graus.terra.com.br/
Ministério Público determina expulsão de moradores da Juréia: parte 2
Sabem, eu adoro colocar imagens nas postagens. Acho que elas ficam "peladas" se não tiverem fotos, as quais ajudam muito na elaboração do conceito que pretendo passar no texto. Essa aí peguei no PANORAMIO. A Juréia possui uma diversidade notável, incríveis paisagens, uma beleza grandiosa. E quem leu o artigo que eu postei anteriormente, viu que ela é o centro de um polêmica antiga que se aproxima do fim.
Polêmica da qual a maioria do povo peruibense não está informado, E NEM ESTÁ INTERESSADO EM SE INFORMAR. As famosas ONGs estão mais isoladas do que nunca, pois foram estúpidas o bastante em ganhar A ANTIPATIA DA MAIORIA DA POPULAÇÃO.
De acordo com a notícia, 350 famílias que vivem nos lados peruibense e iguapense estão "em estado de desespero". Totalmente compreensível, e a minha simpatia está com elas, mas não com os ongueiros que afirmam apoiar essas pessoas. Essa gente parece ter asco de todo pobre desta terra QUE NÃO É ÍNDIO OU CAIÇARA, e neste momento tão difícil, grande parte dos moradores urbanos de Peruíbe e Iguape....ESTÃO SE LIXANDO PARA ISSO. O que é que essa questão significa para a vida deles ???
Onde estão os gloriosos ongueiros ecologistas para ajudar nas soluções dos graves dramas sociais, em que vivem os favelados das duas cidades ???
Todos os anos, famílias inteiras, que não são caiçaras, e que não se sentem ameaçadas por um totalitarismo estatal com "justificativa ecológica", abandonam ambos os municípios, por razões que já citei neste blog. Que eu saiba, esse drama não comove esses militantes, pois esses fugitivos, desculpem, migrantes não estão em suas listas de prioridades. Moradores urbanos pobres não se encaixam no perfil idealizado de vítima que essa turma adora defender. É até bom que partam, pois é gente a menos precisando de emprego. Ao migrarem, diminui a pressão que na visão desses "heróis", ameaça o nosso "paraíso".
Como é que seria se todos os excluídos sociais, em um cenário de realismo fantástico, partissem daqui? Bem poucos dos que ficassem apoiariam idéias como a do Porto Brasil. Esse é o desejo secreto dos ongueiros, pois só assim, poderiam criar o "município ideal", um modelo, para ser usufruído por uns poucos privilegiados, o que inclui eles, naturalmente. É o que eles pensam e desejam mas não podem assumir.
Já caiçaras e índios invasores podem ficar, pois não são muitos mesmo, podendo ser facilmente doutrinados a se manterem afastados de certos "projetos alienígenas". Vejam a ironia: reclamam da expulsão de habitantes tradicionais da Juréia, mas bem que adorariam ver os nossos suburbios serem esvaziados. Melhor para eles dez mil aposentados paulistanos de classe média do que trinta mil nordestinos que desistiram da condição de camponeses lá na caatinga. Esses migrantes de muito longe atrapalham a causa, tinham todos é que voltarem para lá. Alguns até partem, mas a maioria é muito teimosa...e eu espero que continuem assim.
Para azar das comunidades que ficam na Estação Ecológica, a maior parte das pessoas da região se manterão indiferentes a questão, não dando a mínima para o que possa ocorrer. Seria diferente, se os ongueiros não ficassem desafiando tudo, buscando "vitórias" sempre. Entre eles tem gente demente o bastante para se opor até a construção de um possível terminal para embarque de passageiros em transatlântico em Peruíbe. Com eles não tem negociação, nunca tem acordo. E esse radicalismo só prejudicará aos caiçaras da juréia, convertidos a condição de minoria em sua própria cidade.
Não ocorrerão aquelas manifestações dos anos oitenta, as quais enterraram os interesses da nuclebrás e o projeto imobiliário de urbanização da Juréia. Lá, o povo se interessava, apoiou o discurso ecologista. Mas o tempo passou, mudanças que as pessoas esperavam não ocorreram, a insatisfação cresceu, e vejam só: os ecologistas ongueiros são vistos hoje como inimigos do desenvolvimento peruibense. E eles possuem responsabilidade nisso, pois NUNCA DEFENDEM ALGO PARA PERMITIR ESSE DESENVOLVIMENTO.
Claro que a culpa é toda do governo, os militantes são santos, dotados do dom da onisciência. Estão certos sempre, embora tenham lentamente ganhado o ódio de muitos. Deve ter algum motivo para ganharem tanto desprezo, suponho.
Bem, como eu já disse antes, os caiçaras que moram na reserva contam com a minha simpatia, mas deviam escolher melhor seus amigos, tipos que queimam o filme, pois afastam o apoio popular as reinvindicações justas deles. O ressentimento alimentado pelo aparente fiasco do Porto Brasil alimentará o desinteresse da maoiria dos peruibenses por esse drama. Se os ongueiros são capazes de se impor em tudo, pois que se virem nessa também. Pois que se virem. Provem dos frutos da árvore que plantaram.
Ministério Público determina expulsão de moradores da Juréia : parte 1
Liminar manda retirar todos os moradores da Juréia, inclusive as comunidades tradicionais. Comissão de Meio Ambiente e de Direitos Humanos da Assembléia Legislativa reúnem-se hoje, 25/05, 14h30, para avaliar a situação.
O Grupo de Atuação Especial de Defesa do Meio Ambiente – GAEMA- Núcleo Baixada Santista entrou com a ação civil publica nº
441.01.2010.001767-0, na 1ª vara Judicial Civil de Peruíbe, contra a Fazenda Pública do Estado de São Paulo e o Instituto Florestal, e obteve liminar com tutela antecipada conforme sentença judicial “item b” determinar à Fazenda Pública medidas judiciais cabíveis, no prazo máximo de 120 dias para total retirada dos ocupantes do interior da Estação Ecológica Juréia-Itatins, fixando multa diária de 10.000 UFESPs pelo descumprimento de quaisquer das obrigações.
O que diz a UMJ
Esta situação é reflexo do abandono de duas décadas do governo PSDB no que diz respeito às suas obrigações de assegurar não só a conservação do meio ambiente, mas também a qualidade de vida das comunidades no interior da EEJI. Essa omissão traz hoje reflexos negativos ao meio ambiente e o mais importante, agora também sobre as comunidades moradoras da Estação Ecológica.
Após 20 anos de luta da União dos Moradores da Juréia (UMJ) conversando com vários atores como, Igreja, ONGs, Universidades, Governo, deputados, participando de debates seminários, promovido pelas USP, UNICAMP, ESALQ, IF. SMA, em vários lugares deste país. Este diálogo é com o intuito de criar, com a participação da sociedade, alternativas para a melhoria da qualidade de vida, manutenção das comunidades e conservação da natureza através reclassificação da Juréia. A União dos Moradores da Juréia acredita que os seres humanos fazem parte desse ambiente, e dá sim para conciliar homem e natureza. Em 2006 conseguimos aprovar a Lei Estadual 12.406-06, criando o Mosaico de Unidades de Conservação da Juréia. O Mosaico criou reservas de desenvolvimento sustentável (RDS) em duas comunidades, mas que, ao nosso ponto de vista, já foi um grande avanço para nós moradores, e assim continuamos lutando, para incluir as outras comunidades nas RDS. Em 2009 uma Ação de Direta de Inconstitucionalidade (ADIN) promovida pelo próprio Ministério Público, declarou a lei inconstitucional.
Em outubro de 2009 a UMJ convenceu o Governo a iniciar outro processo participativo para reclassificação da Juréia, que culminou em duas audiências publicas promovidas pelo CONSEMA em Peruibe e Iguape 01 e 02 de fevereiro respectivamente. Desde então o processo foi interrompido pelo Governo (Secretaria do Meio ambiente) não dando continuidade de encaminhamento do projeto de lei à Assembléia Legislativa. Nenhuma explicação foi dada aos seguimentos envolvidos na elaboração do mesmo (comunidades, ONGs, prefeituras e outros).
Fruto da IRRESPONSABILIDADE DE UM GOVERNO, desrespeito com o gastos de recursos públicos, com o regime democrático e principalmente com o povo de quem deveria promover a melhoria de vida, produz efeitos funestos, o medo e a insegurança. Em 26 de março o GAEMA impetrou a ação civil pública acima, que leva ao desespero todas as comunidades da Juréia. Essa irresponsabilidade nos faz lembrar governos com base na tecnocracia e que desrespeitam a democracia participativa, que aos moldes do nazismo fazendo assim uma “limpeza étnica” e promover o holocausto nas comunidades caiçaras da Juréia.
A União dos Moradores da Juréia (UMJ) convida-os a participar da REUNIÃO CONJUNTA DAS COMISSÕES DE MEIO AMBIENTE E DE DIREITOS HUMANOS DA ASSEMBLÉIA LEGISLATIVA DO ESTADO DE SÃO PAULO, em 25 DE MAIO – LOCAL: Assembléia Legislativa- Plenário Teotonio Vilela – HORÁRIO: 14h30.
Entre os temas a serem discutidos estará na pauta a Ação Civil Pública (ACP) – Ministério Publico contra a Fundação Florestal e Fazenda Pública nº 441.01.2010.001767-0,1ª Vara de Peruíbe, a qual já tem liminar com tutela antecipada e uma das seguintes decisões descrevemos abaixo:
“b) determinar a core Fazenda Pública do Estado de São Paulo adoção, no máximo de 120 dias (cento e vinte dias), das medidas judiciais cabíveis, para total retirada dos ocupantes do interior da Estação Ecológica Juréia Itatins, abrangendo ainda as ocupações supervenientes à propositura desta ação”
Como sabemos a estação ecológica é uma UC de proteção integral (SNUC) a qual não pode haver ocupação humana. Porém na sua criação a lei época determinava que as estações ecológicas deveriam ser implantadas em terras públicas e as desapropriações deveriam ser feitas com prévia indenização.
Tudo começou errado, a Estação Ecológica da Juréia (EEJI) foi implantada sobre as terras de cerca de 20 comunidades e até hoje (passados 24 anos!) não houve indenização às famílias que compõe essas comunidades.
Por outro lado as proibições, as multas, os impedimentos estão sobre essas comunidades desde 1987, data da criação da EEJI, o que estimulou um imenso êxodo rural em direção às periferias das cidades da região. Muitas famílias resistiram e se organizaram em torno da UMJ e ainda somos 13 comunidades.
No ano de 2006, fruto de uma ampla discussão, a UMJ conseguiu aprovar na Assembléia Legislativa a Lei 12406-06 que criou o Mosaico de UCs da Juréia. O Mosaico da Jureia era composto por UCs de proteção de integral e de uso sustentável. Considerado um grande avanço para superar os graves conflitos existentes hoje, decorrentes da criação de UCs sobrepostos as comunidades tradicionais. Compatibilizava a necessidade de conservação e a garantia de tranqüilidade para as comunidades da Jureia.
Em 2009 uma ação direta de inconstitucionalidade (ADIN) promovida pelo Ministério Público (MP) derrubou a lei e toda a área voltou a ser estação ecológica, acrescida de mais 16000ha que entrou como compensação ambiental pelos 2300 hectares (ha) de RDS criadas no processo de criação do mosaico.
Novamente a UMJ, ainda em 2009, mobilizou o Governo e começamos a discutir ainda em 2009 um novo Mosaico através de projeto de Lei do executivo, já incorporando informações dos estudos do plano de manejo. A própria Fundação Florestal se comprometeu publicamente na última oficina do Plano de Manejo do Mosaico anterior em dar prosseguimento na agenda de construção do novo projeto. O CONSEMA chegou a realizar duas audiências públicas em Iguape e Peruíbe (fevereiro 2010), fase anterior do envio da lei para aprovação no Executivo, onde novamente foi assumido o compromisso por parte da Fundação Florestal em dar prosseguimento nas negociações para se chegar na nova proposta de Mosaico.
Desde de fevereiro o processo está paralisado na SMA-SP e diante da inércia e irresponsabilidade do Governo na continuidade do processo o MP ingressou com esta ACP que traz medo e insegurança para as comunidades da Juréia.
Trata-se da discussão de um novo paradigma para o ambientalismo paulista são as comunidades tradicionais os pequenos agricultores sendo incluídos como parceiros na conservação. A única possibilidade de alteração deste estado de desespero das cerca de 350 famílias que lá vivem é o Governo dar continuidade no projeto de lei que estava em discussão, porém acatando as determinações da ADIN que derrubou a lei anterior.
Estaremos discutindo isso no dia 25 de maio Às 14;30hs na Assembléia legislativa do Estado de São Paulo
Contamos com sua presença.
Atenciosamente
DAURO MARCOS DO PRADO- presidente UMJ
FONTE: Diário de Iguape
O Grupo de Atuação Especial de Defesa do Meio Ambiente – GAEMA- Núcleo Baixada Santista entrou com a ação civil publica nº
441.01.2010.001767-0, na 1ª vara Judicial Civil de Peruíbe, contra a Fazenda Pública do Estado de São Paulo e o Instituto Florestal, e obteve liminar com tutela antecipada conforme sentença judicial “item b” determinar à Fazenda Pública medidas judiciais cabíveis, no prazo máximo de 120 dias para total retirada dos ocupantes do interior da Estação Ecológica Juréia-Itatins, fixando multa diária de 10.000 UFESPs pelo descumprimento de quaisquer das obrigações.
O que diz a UMJ
Esta situação é reflexo do abandono de duas décadas do governo PSDB no que diz respeito às suas obrigações de assegurar não só a conservação do meio ambiente, mas também a qualidade de vida das comunidades no interior da EEJI. Essa omissão traz hoje reflexos negativos ao meio ambiente e o mais importante, agora também sobre as comunidades moradoras da Estação Ecológica.
Após 20 anos de luta da União dos Moradores da Juréia (UMJ) conversando com vários atores como, Igreja, ONGs, Universidades, Governo, deputados, participando de debates seminários, promovido pelas USP, UNICAMP, ESALQ, IF. SMA, em vários lugares deste país. Este diálogo é com o intuito de criar, com a participação da sociedade, alternativas para a melhoria da qualidade de vida, manutenção das comunidades e conservação da natureza através reclassificação da Juréia. A União dos Moradores da Juréia acredita que os seres humanos fazem parte desse ambiente, e dá sim para conciliar homem e natureza. Em 2006 conseguimos aprovar a Lei Estadual 12.406-06, criando o Mosaico de Unidades de Conservação da Juréia. O Mosaico criou reservas de desenvolvimento sustentável (RDS) em duas comunidades, mas que, ao nosso ponto de vista, já foi um grande avanço para nós moradores, e assim continuamos lutando, para incluir as outras comunidades nas RDS. Em 2009 uma Ação de Direta de Inconstitucionalidade (ADIN) promovida pelo próprio Ministério Público, declarou a lei inconstitucional.
Em outubro de 2009 a UMJ convenceu o Governo a iniciar outro processo participativo para reclassificação da Juréia, que culminou em duas audiências publicas promovidas pelo CONSEMA em Peruibe e Iguape 01 e 02 de fevereiro respectivamente. Desde então o processo foi interrompido pelo Governo (Secretaria do Meio ambiente) não dando continuidade de encaminhamento do projeto de lei à Assembléia Legislativa. Nenhuma explicação foi dada aos seguimentos envolvidos na elaboração do mesmo (comunidades, ONGs, prefeituras e outros).
Fruto da IRRESPONSABILIDADE DE UM GOVERNO, desrespeito com o gastos de recursos públicos, com o regime democrático e principalmente com o povo de quem deveria promover a melhoria de vida, produz efeitos funestos, o medo e a insegurança. Em 26 de março o GAEMA impetrou a ação civil pública acima, que leva ao desespero todas as comunidades da Juréia. Essa irresponsabilidade nos faz lembrar governos com base na tecnocracia e que desrespeitam a democracia participativa, que aos moldes do nazismo fazendo assim uma “limpeza étnica” e promover o holocausto nas comunidades caiçaras da Juréia.
A União dos Moradores da Juréia (UMJ) convida-os a participar da REUNIÃO CONJUNTA DAS COMISSÕES DE MEIO AMBIENTE E DE DIREITOS HUMANOS DA ASSEMBLÉIA LEGISLATIVA DO ESTADO DE SÃO PAULO, em 25 DE MAIO – LOCAL: Assembléia Legislativa- Plenário Teotonio Vilela – HORÁRIO: 14h30.
Entre os temas a serem discutidos estará na pauta a Ação Civil Pública (ACP) – Ministério Publico contra a Fundação Florestal e Fazenda Pública nº 441.01.2010.001767-0,1ª Vara de Peruíbe, a qual já tem liminar com tutela antecipada e uma das seguintes decisões descrevemos abaixo:
“b) determinar a core Fazenda Pública do Estado de São Paulo adoção, no máximo de 120 dias (cento e vinte dias), das medidas judiciais cabíveis, para total retirada dos ocupantes do interior da Estação Ecológica Juréia Itatins, abrangendo ainda as ocupações supervenientes à propositura desta ação”
Como sabemos a estação ecológica é uma UC de proteção integral (SNUC) a qual não pode haver ocupação humana. Porém na sua criação a lei época determinava que as estações ecológicas deveriam ser implantadas em terras públicas e as desapropriações deveriam ser feitas com prévia indenização.
Tudo começou errado, a Estação Ecológica da Juréia (EEJI) foi implantada sobre as terras de cerca de 20 comunidades e até hoje (passados 24 anos!) não houve indenização às famílias que compõe essas comunidades.
Por outro lado as proibições, as multas, os impedimentos estão sobre essas comunidades desde 1987, data da criação da EEJI, o que estimulou um imenso êxodo rural em direção às periferias das cidades da região. Muitas famílias resistiram e se organizaram em torno da UMJ e ainda somos 13 comunidades.
No ano de 2006, fruto de uma ampla discussão, a UMJ conseguiu aprovar na Assembléia Legislativa a Lei 12406-06 que criou o Mosaico de UCs da Juréia. O Mosaico da Jureia era composto por UCs de proteção de integral e de uso sustentável. Considerado um grande avanço para superar os graves conflitos existentes hoje, decorrentes da criação de UCs sobrepostos as comunidades tradicionais. Compatibilizava a necessidade de conservação e a garantia de tranqüilidade para as comunidades da Jureia.
Em 2009 uma ação direta de inconstitucionalidade (ADIN) promovida pelo Ministério Público (MP) derrubou a lei e toda a área voltou a ser estação ecológica, acrescida de mais 16000ha que entrou como compensação ambiental pelos 2300 hectares (ha) de RDS criadas no processo de criação do mosaico.
Novamente a UMJ, ainda em 2009, mobilizou o Governo e começamos a discutir ainda em 2009 um novo Mosaico através de projeto de Lei do executivo, já incorporando informações dos estudos do plano de manejo. A própria Fundação Florestal se comprometeu publicamente na última oficina do Plano de Manejo do Mosaico anterior em dar prosseguimento na agenda de construção do novo projeto. O CONSEMA chegou a realizar duas audiências públicas em Iguape e Peruíbe (fevereiro 2010), fase anterior do envio da lei para aprovação no Executivo, onde novamente foi assumido o compromisso por parte da Fundação Florestal em dar prosseguimento nas negociações para se chegar na nova proposta de Mosaico.
Desde de fevereiro o processo está paralisado na SMA-SP e diante da inércia e irresponsabilidade do Governo na continuidade do processo o MP ingressou com esta ACP que traz medo e insegurança para as comunidades da Juréia.
Trata-se da discussão de um novo paradigma para o ambientalismo paulista são as comunidades tradicionais os pequenos agricultores sendo incluídos como parceiros na conservação. A única possibilidade de alteração deste estado de desespero das cerca de 350 famílias que lá vivem é o Governo dar continuidade no projeto de lei que estava em discussão, porém acatando as determinações da ADIN que derrubou a lei anterior.
Estaremos discutindo isso no dia 25 de maio Às 14;30hs na Assembléia legislativa do Estado de São Paulo
Contamos com sua presença.
Atenciosamente
DAURO MARCOS DO PRADO- presidente UMJ
FONTE: Diário de Iguape
domingo, 23 de maio de 2010
DEPOIS DE 17 MESES, CADÊ A ADMINISTRAÇÃO DE PERUíBE????
CADE A BANDA? TEM VIOLÃO E VIOLINO?? SÓ??
CADE O ESPORTE?? TEM ARTES MARCIAIS?? SÓ??
CADE A SAUDE QUE DIZIAM QUE IAM DESPACHAR DE LA ATE QUE FICASSE CURADA, E FICOU FOI PIOR!! NEM SOROLOGIA NOS DENGOSOS, É A DENGUE SE TRATA, OU SE MORRE, E NADA DE OFICIALIZAR O NUMERO VERDADEIRO DE CONTAMINADOS!! FORA TANTAS OUTRAS COISAS QUE O POVO FALA, VÊ…..
CADE OS CONTRATOS MILIONARIOS E LICITAÇÕES DE EMPRESAS DE SEGURANÇA, LIMPEZA, DELEGACIAS, DITRAN E CIRETRAN, FESTAS DO FUNDO SOCIAL QUE FAZEM MAIS BARULHO E BAIXARIA QUE QUALQUER UM DA CIDADE, COMO A ULTIMA, NINGUEM PODE FAZER BARULHO, MAS, COMO A PREFEITURA É O EXEMPLO, ELES PODEM!! PARA GANHAR $$$$$$$ NO USO DO SALÃO DO CENTRO DE CONVENÇÕES, O FUNDO SOCIAL PROMOVE FESTAS QUE FAZEM BARULHO DE BAIXO CALÃO COM PALAVRÕES EM CANTORIAS ATE 5:00 HS DA MANHA.
OS COMERCIANTES NÃO PODEM , MAS QUEM DEVERIA DAR EXEMPLO PODE?? E A DEFESA NADA FAZ, DIZ QUE É DO FUNDO SOCIAL, PATROA NÃO DEIXA INTERVIR. MAS A POLICIA MILITAR?? É ESTADUAL, TEM QUE SER CHAMADA, SOLICITAR AJUDA, POIS OS DIREITOS SÃO IGUAIS E ISSO TA NA NOSSA CONSTITUIÇÃO FEDERAL, PARECE QUE PERUIBE SAIU DO PAÍS!? RSRSRSR
SOMOS GENTE!! QUEREMOS RESPEITO!!
VAMOS EXIGIR NOSSOS DIREITOS, CULTURA, SAUDE, EDUCAÇÃO, RESPEITO, ESPORTE….TUDO QUE ELES VIVEM FAZENDO, É REUNIÕES ,E NÃO RESOLVEM NADA, NÓS PAGAMOS TUDO E NÃO VEMOS NADA!!!
FONTE: PSOL DE PERUÍBE
Mais questões que nunca tem espaço nos jornais locais, as quais sobram para os blogs de insurretos, pois os seus donos não possuem compromissos com uma certa minoria privilegiada, que se acha dona de tudo.
Lamento muito pela pobreza da blogosfera peruibense, bem carente de participantes, os quais poderiam fazer uma grande diferença, contribuindo para mudanças reais neste município, mudanças que não interessam para alguns, embora esses sempre digam o contrário.
sábado, 22 de maio de 2010
Banco do Povo supera meta de contratos firmados em Peruíbe / 2010
PERUÍBE - Durante o 3º Mutirão do Banco do Povo Paulista (BPP) realizado em abril deste ano, o Município de Peruíbe, no litoral sul do estado, superou a meta de contratos e conquistou o primeiro lugar no Estado de São Paulo.
O município competiu com outros na faixa populacional entre 50 mil e 100 mil habitantes. No mutirão deste ano, feito ao longo do mês de abril, foram firmados 39 financiamentos gerando quase R$ 131.000. Os empréstimos foram concedidos a vários comerciantes e prestadores de serviços autônomos da cidade litorânea.
A entrega simbólica de alguns cheques foi feita na sede da prefeitura local no último dia 30 de abril, para o empreendedor Washington Rodrigo França Alves (19), que trabalhava na informalidade e conseguiu se beneficiar com o financiamento após formalizar sua empresa por meio do programa Micro Empreendedor Individual (MEI).
Com o empréstimo, Alves pretende aumentar o capital de giro da sua loja de materiais para construção. No Estado de São Paulo foram fechadas 4.736 operações de crédito no total, pelas quais foram emprestados mais de R$ 17,4 milhões. Isso corresponde a mais de 70% dos contratos efetuados nos primeiros três meses deste ano. Mais de 76% dos clientes atendidos pelo BPP neste mutirão estão tendo acesso pela primeira vez ao crédito. Segundo o secretário estadual do Emprego e Relações do Trabalho, esses dados confirmam que as ações estão chegando até o novo pequeno empreendedor.
A agência do Banco do Povo de Peruíbe também fez bonito na ocasião do 2° Mutirão, no ano passado. Peruíbe foi a terceira cidade do estado em financiamentos oferecidos pelo Banco do Povo Paulista.
FONTE: DCI
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