quarta-feira, 26 de maio de 2010

Ministério Público determina expulsão de moradores da Juréia: parte 2


Sabem, eu adoro colocar imagens nas postagens. Acho que elas ficam "peladas" se não tiverem fotos, as quais ajudam muito na elaboração do conceito que pretendo passar no texto. Essa aí peguei no PANORAMIO. A Juréia possui uma diversidade notável, incríveis paisagens,  uma beleza grandiosa. E quem leu o artigo que eu postei anteriormente, viu que ela é o centro de um polêmica antiga que se aproxima do fim.

Polêmica da qual a maioria do povo peruibense não está informado, E NEM ESTÁ INTERESSADO EM SE INFORMAR. As famosas ONGs estão mais isoladas do que nunca, pois foram estúpidas o bastante em ganhar A ANTIPATIA DA MAIORIA DA POPULAÇÃO.

De acordo com a notícia, 350 famílias que vivem nos lados peruibense e iguapense estão "em estado de desespero". Totalmente compreensível, e a minha simpatia está com elas, mas não com os ongueiros que afirmam apoiar essas pessoas. Essa gente parece ter asco de todo pobre desta terra QUE NÃO É ÍNDIO OU CAIÇARA, e neste momento tão difícil, grande parte dos moradores urbanos de Peruíbe e Iguape....ESTÃO SE LIXANDO PARA ISSO.  O que é que essa questão significa para a vida deles ???

Onde estão os gloriosos ongueiros ecologistas para ajudar nas soluções dos graves dramas sociais, em que vivem os favelados das duas cidades ???

Todos os anos, famílias inteiras, que não são caiçaras, e que não se sentem ameaçadas por um totalitarismo estatal com "justificativa ecológica", abandonam ambos os municípios, por razões que já citei neste blog. Que eu saiba, esse drama não comove esses militantes, pois esses fugitivos, desculpem, migrantes não estão em suas listas de prioridades. Moradores urbanos pobres não se encaixam no perfil idealizado de vítima que essa turma adora defender. É até bom que partam, pois é gente a menos precisando de emprego. Ao migrarem, diminui a pressão que na visão desses "heróis", ameaça o nosso "paraíso".

Como é que seria se todos os excluídos sociais, em um cenário de realismo fantástico, partissem daqui? Bem poucos dos que ficassem apoiariam idéias como a do Porto Brasil. Esse é o desejo secreto dos ongueiros, pois só assim, poderiam criar o "município ideal", um modelo, para ser usufruído por uns poucos privilegiados, o que inclui eles, naturalmente. É o que eles pensam e desejam mas não podem assumir.

Já caiçaras e índios invasores podem ficar, pois não são muitos mesmo, podendo ser facilmente doutrinados a se manterem afastados de certos "projetos alienígenas". Vejam a ironia: reclamam da expulsão de habitantes tradicionais da Juréia, mas bem que adorariam ver os nossos suburbios serem esvaziados. Melhor para eles dez mil aposentados paulistanos de classe média do que trinta mil nordestinos que desistiram da condição de camponeses lá na caatinga. Esses migrantes de muito longe atrapalham a causa, tinham todos é que voltarem para lá. Alguns até partem, mas a maioria é muito teimosa...e eu espero que continuem assim.

Para azar das comunidades que ficam na  Estação Ecológica, a maior parte das pessoas da região se manterão indiferentes a questão, não dando a mínima para o que possa ocorrer. Seria diferente, se os ongueiros não ficassem desafiando tudo, buscando "vitórias" sempre. Entre eles tem gente demente o bastante para se opor até a construção de um possível terminal para embarque de passageiros em transatlântico em Peruíbe. Com eles não tem negociação, nunca tem acordo. E esse radicalismo só prejudicará aos caiçaras da juréia, convertidos a condição de minoria em sua própria cidade.

 Não ocorrerão aquelas manifestações dos anos oitenta, as quais enterraram os interesses da nuclebrás e o projeto imobiliário de urbanização da Juréia. Lá, o povo se interessava, apoiou o discurso ecologista. Mas o tempo passou, mudanças que as pessoas esperavam não ocorreram, a insatisfação cresceu, e vejam só: os ecologistas ongueiros são vistos hoje como inimigos do desenvolvimento peruibense. E eles possuem responsabilidade nisso, pois NUNCA DEFENDEM ALGO PARA PERMITIR ESSE DESENVOLVIMENTO.

 Claro que a culpa é toda do governo, os militantes são santos, dotados do dom da onisciência. Estão certos sempre, embora tenham lentamente ganhado o ódio de muitos. Deve ter algum motivo para ganharem tanto desprezo, suponho.

Bem, como eu já disse antes, os caiçaras que moram na reserva contam com a minha simpatia, mas deviam escolher melhor seus amigos, tipos que queimam o filme, pois afastam o apoio popular as reinvindicações justas deles. O ressentimento alimentado pelo aparente fiasco do Porto Brasil alimentará o desinteresse da maoiria dos peruibenses por esse drama. Se os ongueiros são capazes de se impor em tudo, pois que se virem nessa também. Pois que se virem. Provem dos frutos da árvore que plantaram.

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