sexta-feira, 16 de abril de 2010

DENGUE HEMORRÁGICA FAZ SUA PRIMEIRA VÍTIMA FATAL EM PERUÍBE


De A Tribuna On-line


Peruíbe registra o primeiro óbito por dengue hemorrágica neste ano. A vítima desta vez foi a comerciante Elisângela Gomes, de 35 anos, moradora do bairro Vila Erminda. Ela morreu na noite da última quarta-feira, quando estava internada no Hospital Guilherme Álvaro (HGA). Ela foi enterrada no Cemitério Santa Isabel, nesta tarde.

Segundo familiares e amigos, a mulher apresentou sintomas da doença desde a semana passada, como febre, dores no corpo e de cabeça. O estado de saúde dela piorou muito de terça-feira para quarta-feira, quando precisou ser internada.

De acordo com uma parente próxima da vítima de dengue, Elisângela foi encaminhada a Santos, porque não havia leitos disponíveis no Hospital Municipal de Peruíbe.

A assessoria de imprensa da Prefeitura informou que a Secretaria Municipal de Saúde ainda não tinha conhecimento da morte por dengue hemorrágica na Cidade.

Também justificou que o Hospital Municipal tinha vagas para receber a mulher. O órgão explicou que a decisão da equipe médica levar a pessoa ao HGA foi tomada para preservar a vida de Elisângela – procedimento adotado quando o cidadão está com sintomas graves.

Santos

Com esse caso, a Baixada Santista já soma 28 mortes causadas pela doença. Na região foram confirmados 8.477 casos, contabilizados de 1º de janeiro a 16 de abril.

Em Santos, de acordo com o balanço divulgado na tarde desta sexta-feira, chegam a 1.861 os casos confirmados de dengue. Na Cidade, 13 pessoas vieram à óbito por complicações da doença.

Ponta da Praia continua liderando o ranking, com 144 casos confirmados. Na sequência aparecem Boqueirão (116) e Embaré (110).

Para combater focos do mosquito Aedes aegypti, o transmissor da dengue, nesta quarta-feira, o prefeito João Paulo Papa (PMDB), encaminhou à Câmara Municipal projeto de lei complementar (PLC), que prevê o ingresso forçado em imóveis particulares fechados, por recusa ou ausência do responsável. A proposição deverá ser analisada e votada pelos vereadores em até 20 dias.

Antes do ingresso forçado nos imóveis fechados, o proprietário não encontrado na primeira tentativa será alertado e intimado para que, num prazo de cinco dias, providencie a abertura do local para a fiscalização. São três tipos de multa: leve (R$ 500,00), média (R$ 1 mil) e grave (R$ 5 mil). Quem se recusar a receber o agente sanitário, por qualquer motivo, receberá punição de R$ 500,00. No caso de reincidência, os valores serão dobrados.

Assim como já ocorre em Guarujá e Praia Grande, Santos passará a contar com 30 homens do Exército durante os mutirões.

Praia Grande

Nesta sexta-feira, Praia Grande teve mais 100 casos confirmados. De acordo com a Secretaria de Saúde Pública (Sesap) do Município, chegam a 570 as análises laboratoriais positivas para a doença. Há dez dias, eram 470.

Ainda de acordo com a Sesap, outras 750 amostras de moradores da Cidade são analisadas pelo Instituto Adolfo Lutz.

Por causa da epidemia, a tenda montada pela Sesap no Pronto-Socorro Quietude permanecia com grande movimento nesta sexta-feira, uma constante nos últimos 40 dias.

Embora tenha apresentado lotação na quinta-feira, a tenda do Quietude e a montada no Samambaia, segundo a Sesap, apresentaram queda de 30% no número de atendimentos nas duas últimas semanas, o que indica um recuo da epidemia.

Casos confirmados na região:

Bertioga – 185
Cubatão – 317
Guarujá – 2.979
Itanhaém – 49
Mongaguá – 34
Peruíbe – 139
Praia Grande – 570
Santos – 1.861
São Vicente – 2.323

FONTE:
Jornal .A Tribuna

Texto recomendado:
Dengue em Peruíbe, abril de 2010: números questionáveis

Eyjafjallajokull entrando para a história do mundo / abril de 2010


Pelo o que eu entendi, Eyjafjallajokull (eita palavra difícil de se pronunciar, sô !!!) é tanto o nome da geleira, quanto o do vulcão que ela até pouco tempo escondia, vulcão cuja última erupção começou em 1821 e durou...dois anos seguidos. Coisas da Islândia, nação européia mais próxima do continente americano do que do europeu - está a apenas uns duzentos quilômetros da Groenlândia - e habitada pela maior família do mundo, já que os trezentos mil islandeses são primos entre si.

A foto acima foi tirada no sul da Islândia, e mostra as nuvens de cinzas do Eyjafjallajokull se deslocando para o sul do país. Vejam o mapa abaixo:



As correntes de vento arrastaram as cinzas para a Europa, gerando caos nos aeroportos, já que tornou perigosos os voos. Explico: essas nuvens de cinzas vulcânicas, com mais de seis quilômetros de altura, podem danificar os motores dos aviões.Uma com cerca de 16 mil metros foi localizada sobre o norte da Escócia, praticamente na estratosfera. Até os aeroportos brasileiros foram afetados, em um evento sem paralelo na história recente do mundo. Os efeitos ESTÃO SE TORNANDO GLOBAIS. Agora, vamos recordar um evento que gerou até filme:


No dia 27 de Agosto de 1883, o vulcão Krakatoa, situado entre as ilhas de Java e Sumatra, na Indonésia (pois é, a Tsunami de 2004), explodiu com uma violência inesperada. Relatos da época afirmam que durante um dia rochas, lava e grossas colunas de fumo foram projetadas a grandes altitudes, acompanhadas de explosões ensurdecedoras - a primeira explosão provocou o som mais alto já produzido - audíveis a cerca de cinco mil quilômetros de distância. Ocorreram vários tsunamis que atingiram os 40 metros de altura e que arrasaram tudo à sua passagem, causando a morte de mais de 36000 pessoas. O impacto no clima foi sentido por vários anos, através da queda da temperatura. Quando tudo sossegou, no local onde se erguia o terrível vulcão só havia uma enorme cratera, uma paisagem cinzenta...e uma aranha, encontrada por exploradores um mês depois.

Calma, Eyjafjallajokull (pô, precisa de um nome melhor !!!) não é um novo Krakatoa, o povo islandês não precisa evacuar a ilha, mas isso pode se complicar, com alguma mudança climática que prejudique o próximo verão europeu, e consequentemente a atividade agrícola por lá. Imaginem a subida de preços dos alimentos, com os europeus tendo de importar ainda mais comida por causa de quebras em suas safras.

Aguardemos os próximos acontecimentos. Ah, sim, as fotos e parte das informações aqui postadas foram tiradas do blog Vida na Islândia.

Eyjafjallajokull ao vivo

quinta-feira, 15 de abril de 2010

TITANIC E O VERDADEIRO INÍCIO DO SÉCULO XX



"Havia paz e o mundo ganhava um novo sentido... Parece-me que o desastre que estava eminente não foi só o acontecimento que fez o mundo esfregar os olhos e acordar, mas também acordar para um novo começo! Para mim, o mundo de hoje acordou a 15 de Abril de 1912."

Jack Thayer, sobrevivente do Titanic.




VLT Baixada Santista será debatido novamente

O projeto do Veículo Leve sobre Trilhos (VLT) para a Baixada Santista será novamente debatido com a população antes da publicação do edital de licitação da obra, prevista para ocorrer no início de junho.

A informação foi comunicada pelo deputado Paulo Alexandre Barbosa (PSDB) após apresentar pedido de audiência pública ao secretário estadual de Transportes Metropolitanos, José Luiz Portella, durante o Seminário Baixada em Ação 2010 – Crescimento com Sustentabilidade.

De acordo com o deputado, a discussão pública foi incluída no cronograma de implantação do Sistema Integrado Metropolitano da Baixada Santista (SIM). A primeira etapa do Metrô Leve prevê a ligação entre os bairros Barreiros, em São Vicente, Valongo (Porto), em Santos. A data e o local da audiência devem ser definidos nos próximos dias.


O sistema será viabilizado mediante Parceria Público Privada (PPP) na modalidade Concessão Patrocinada. O investimento total está orçado em R$ 688 milhões. As prefeituras de Santos e São Vicente devem participar com investimento adicional de R$ 35 milhões em obras no entorno da faixa do VLT.

O trajeto dessa linha será de 11,2 km, com três terminais e 13 paradas, para uma frota inicial de 10 veículos, sendo que cada um terá capacidade para transportar cerca de 400 pessoas. Hoje, umma viagem de ônibus entre o Barreiros e o Porto leva, em média, 50 minutos. Quando o VLT estiver em operação, o tempo gasto no deslocamento cairá para 33 minutos.

Diariamente, 198 mil passageiros utilizam o serviço de transporte metropolitano da região. São 487 veículos distribuídos em 59 linhas de ônibus (comum e seletivo). Com o VLT, o sistema será integrado aos ônibus, o que resultará na supressão de 20% das linhas existentes. O intervalo entre os trens não passará de 4 minutos, com 15 partidas por hora.

Pesquisa de Origem e Destino de 2007 revelou que a Baixada Santista registra cerca de 2 milhões de viagens diárias, sendo 54% motorizadas. A demanda projetada para 2012 – ano previsto para o início da operação do primeiro trecho, é de 45 mil passageiros/dia útil. No total, 220 mil pessoas devem utilizar diariamente o SIM.

Vantagens

O Metrô Leve terá piso baixo, facilitando o acesso de idosos e deficientes. Os veículos também serão dotados de ar condicionado, algo praticamente indispensável para os dias quentes. Nas vias segregadas, vão circular com a velocidade máxima de 60 km/h. Nas travessias de ruas e avenidas, o limite será de 30km/h.

O impacto energético será 2,6 vezes menor que o dos ônibus e 5,4 vezes inferior ao provocado pelos automóveis. Além de contribuir para a redução da poluição sonora e do ar, o VLT vai ajudar a diminuir os congestionamentos e o tempo de viagem. Outra vantagem é a durabilidade da frota: 30 anos, prazo bem superior aos 8 anos de vida útil dos ônibus articulados e biarticulados.

FONTE: INTELOG

REGISTRO continua arrasando PERUÍBE

A Prefeita Sandra Kennedy visitou na última semana as instalações da fábrica de produtos veterinários Lavizoo, no distrito industrial de Registro. O empreendimento conta com instalações que de primeira linha que buscam preservar o meio ambiente bem como a segurança dos funcionários. “É mais uma empresa que instalada em nossa cidade, gerando empregos e fortalecendo o crescimento econômico do Município, disse a prefeita.

A empresa conta com três unidades no ramo de produtos veterinários sendo de ordem nutricional que já está em pleno funcionamento e nos ramos farmacêutico como para tratamentos e inseticida tanto animal quanto do ambiente. Como certificação da preocupação ambiental, a Lavizoo recebeu nota 99,7, em uma escala de 0 a 100 do ministério da Agricultura. “Temos uma fábrica modelo pelo equipamento, controle e pessoal”, explica o gerente técnico e médico veterinário, Robson Luiz Marchelli. A previsão para o início das duas novas unidades é março sendo a de pesticida em é no dia 03 e a de medicamentos tópico dia 10

O Distrito Industrial, onde a empresa Lavizoo está instalada, ainda comporta a vinda de outras empresas, pois a Prefeitura está em processo de retomada de terrenos de empresas que não cumpriram com as exigências necessárias acordadas através de termos de doação. “Estamos num processo de diálogo com as empresas que não conseguiram apresentar seus projetos para que cheguemos em acordos amigáveis para que possamos abrir espaços para outros empreendimentos”, completa o diretor. “Toda essa preocupação garante como o produto vai chegar ao mercado”, explica o engenheiro e gerente da garantia da qualidade, Marcelo Duarte.

A instalação da Lavizoo em Registro gerará cerca de 100 empregos diretos e indiretamente colaborará para a criação de mais empregos, pois também emprega mão de obra terceirizada. Para o proprietário da empresa, Alberto Corrêa a inicitaiva de montar a empresa em Registro foi baseada no fato da cidade ser um local convidativo. “Queremos participar da vida da cidade e até trazer a nossa Copa Lavizoo de futsal para cá”, conta.

Outra ação importante de atração de empresas ao município é a Incubadora de Empresas, uma parceria da Prefeitura com a Aciar e o SEBRAE. Existem diversas experiências espalhadas pelo Brasil de incubadoras de empresas que é uma ferramenta importante para que cada empreendimento instalado no galpão possa crescer e caminhar com suas próprias pernas.

FONTE: Diário de Iguape

Comento: a mulher na foto é a prefeita do município de Registro, Sandra Kennedy. Que eu saiba, ela não ganhou nenhum "selo Prefeito Empreendedor" do Sebrae.Vejo que ela não precisa, POIS ESTÁ FAZENDO O QUE É NECESSÁRIO PARA A CIDADE DELA. Esse prêmio significa tanto quanto título de cidadão peruibense: NADA, ABSOLUTAMENTE NADA !!!

A Sandra pode até ter ganhado alguma premiação, mas ela está demonstrando RESULTADOS, não passeios e discursos tão destacados em jornais da forma que ocorre em Peruíbe. Para quem duvida, pois que lembremos da instalação do BOTICÁRIO naquela cidade.

E mesmo que tanto essa empresa como a Boticário tenham se estabelecido lá graças a administração anterior a da prefeita, isso demonstra O QUANTO REGISTRO ESTÁ MELHOR, com adminstrações superiores às nossas últimas.

E Peruíbe continua atrasada, sem um rumo definido para o seu progresso.

Textos recomendados:

Sonho peruibense, promessas e certos fatos

O BOTICÁRIO em Registro e nós ficando para trás

quarta-feira, 14 de abril de 2010

Fechar as portas aos agentes da dengue poderá gerar multas de até R$ 5 mil, lá em Santos.

De A Tribuna On-line

Quem se recusar a abrir as portas para agentes da dengue poderá receber multas que variam de R$ 500 a R$ 5 mil. O anúncio foi divulgado pelo prefeito de Santos, João Paulo Papa, nesta quarta-feira durante o segundo encontro do Comitê Municipal de Mobilização Contra a Dengue.

O projeto de lei será enviado para votação na Câmara dos Vereadores e poderá ser aprovado em até 20 dias, após passar por cinco comissões.

De acordo com o prefeito, os valores das multas estão subdivididos em faixas, que envolvem desde simples residências a grandes estabelecimentos comerciais. Com a aprovação da lei, os inquilinos têm até 5 dias para receber os agentes da saúde. Após receber intimação, se ainda houver resistência, o imóvel é multado e invadido. Para estes casos, a Secretaria de Saúde contará com os reforços da Polícia Civil e Militar.

Segundo Papa, com a nova lei, “os agentes passam a ser fiscais efetivos da saúde”.

Para combater a epidemia de dengue no Município, a Prefeitura de Santos também vai contar com o apoio do Exército. São 30 homens que se juntam à equipe da saúde. Eles irão atuar, especificamente, nos finais de semana. Nesta sexta-feira, acontece o primeiro mutirão com a presença destes profissionais. Os bairros a serem visitados são Jabaquara e Marapé.

A Cidade também ganha mais 70 agentes para endurecer o combate à dengue . Com estes já são 180 profissionais.

Com 1.433 casos confirmados de dengue em três meses, a Prefeitura de Santos também firmou uma parceria com as redes de telefonia Claro, TIM, Vivo e Telefônica, que passarão a enviar para seus clientes, por meio de correios de voz e SMS, mensagens educativas sobres os cuidados com a doença.

Para o prefeito, a aplicação das multas em condomínios são essenciais, porque hoje “temos muitas coberturas de edifícios com piscinas largadas, abandonadas e cheias de foco. Nós temos obrigação de dar conta do recado”.

FONTE: A TRIBUNA

terça-feira, 13 de abril de 2010

Maré sobe e ônibus atola em Ilha Comprida


O motorista de uma empresa de ônibus em Ilha Comprida, resolveu cortar caminho pela praia, e deu nisso: o veículo atolou, quando seguia para o balneário Pedrinhas, por causa sa subida da maré. Os sujeitos da foto são funcionários da prefeitura tentando resolver o problema. Que prejuízo !!!

segunda-feira, 12 de abril de 2010

6º ENCONTRO UFOLÓGICO de PERUÍBE e o CLUBE DO BOLINHA


Postagem anonima que eu sei que é crível (passei por lá e também reconheci algumas pessoas), pois é desse jeito que funciona o "clube". Quem conheçe sabe:

Engraçado que no evento dos ETs só tinha Intra-prefeitura ganhando dinheiro.

lanches - diretor das comunidades
livros - funcionária da cultura
roteiro ufológico - funcionário do turismo
fotos - assessor do vice-prefeito.

No CLUBE DO BOLINHA, menina não entra. Nesse, uma turma seleta entra, entra e se dá bem.

quinta-feira, 8 de abril de 2010

Porto Brasil / Peruíbe, ano de 2010: NOTÍCIA HISTÓRICA

Primeiras impressões da Portaria 108

Portaria 108 da Secretaria de Portos da Presidência da República, publicada no Diário Oficial da União, nesta quarta-feira (7), é a regulamentação, por lei, dos portos privados. Não tem choro nem vela, se o megaempresário Eike Batista, o ex do Porto Brasil (Peruíbe), quiser construir um porto, vai poder.

A portaria é positiva ou negativa para o setor portuário nacional? A pergunta matuta quem faz é a coordenadora do debate “Portos – Problemas na Modernização”, do PortoGente, a professora Carla Diéguez. “Antes, eu seria mais resistente. Mas, após ver diversas ações interessantes no setor portuário em todo mundo, onde a parceria público-privada e mesmo unicamente o investimento privado foram bem sucedidos, tenho avaliado se esta não pode ser uma saída boa para o problema logístico brasileiro”.

Diéguez vai adiante em suas primeiras impressões sobre a portaria assinada pelo ministro Pedro Brito, que tem 26 artigos:


“Além de tentarmos desfazer os gargalos nos portos existentes, criar novos portos onde existe a carga, mas esta está longe dos centros, pode ser importante para o nosso desenvolvimento econômico e social. Além disso, lembremos também que não estamos construindo apenas um porto, mas tudo o que ele traz”.


A coordenadora do debate portuário do PortoGente, sempre atenta aos direitos dos trabalhadores em todas as mudanças que se processam no setor, se diz confortada ao ver que nas disposições finais da Portaria 108 são “lembradas” órgãos criados pela Lei nº 8.630, como o Conselho de Autoridade Portuária (CAP) e Órgão Gestor de Mão de Obra (Ogmo):


“E, ao ver nas disposições finais da portaria o respeito aos órgãos criados pela Lei 8630 (CAP e OGMO), fiquei mais esperançosa, avaliando que esta "privatização" pode dar certo, e, quem sabe, tornar-se um novo paradigma para o setor portuário brasileiro”.


A professora Carla Diéguez lança apenas alguns elementos para esquentar o debate sobre a portaria. O que você acha da Portaria 108?


FONTE: do antiperuibense PORTO GENTE, tão acostumado a ENCHER O SACO DA GENTE....o qual teve que dar uma notícia que incomoda a elite portuária santista, ongueiro que se acha messias, tipos da classe média local que ODEIAM MIGRANTES POBRES, e por aí vai.

E os meus agradecimentos ao internauta Marcelo, por avisar desse fato. Bem, acho que resta para certas ONGs recorrer à luta armada, ou realizar uma MARCHA ANTIPORTO, preferencialmente saindo do Caraguava, onde eles terão "muitos simpatizantes". Pois é, a maré mudou, com o Eike Batista demonstrando que dá até rasteira em cobra. Acho que o blog da Claudete Andreotti passará a ser mais frequentado.

E quero saber se certos babacas convencidos e tão cheios de razão vão insistir em usar chamar de "viúvas do porto" aqueles que não concordam com as suas idéias patéticas para o futuro de Peruíbe.

Condomínio Recanto dos Pássaros e uma caixa d'água

Moradores de apartamentos inundados esperam por informações da CDHU

De A Tribuna On-line

Um dia após terem seus apartamentos inundados com o rompimento de uma caixa d'água de fibra de vidro, moradores do Condomínio Recanto dos Pássaros, em Peruíbe, continuam sem informações por parte da Companhia de Desenvolvimento Habitacional e Urbano (CDHU).

O acidente ocorreu na tarde desta quarta-feira, por volta das 15 horas, quando a caixa d’água, com capacidade para 10 mil litros, alagou oito apartamentos do Bloco E, causando não apenas estragos, como muita tristeza aos que viram o sonho da casa própria acabar.

O condomínio está situado na Rua Tancredo Neves, no Bairro Caraguava, e foi construído pela Companhia de Desenvolvimento Habitacional e Urbano (CDHU). O equipamento ficava no teto do prédio, que possui quatro andares.

Os estragos provocados pela enxurrada atingiram, principalmente o quarto andar, pavimento que fica abaixo do equipamento. A força da água chegou a arrombar a porta de um dos imóveis e o batente também foi estourado. O local havia sido inaugurado há poucas semanas. Muitos moradores perderam mobílias, eletrodomésticos e equipamentos eletrônicos.


Todos os proprietários afirmaram que, desde o dia 26, há vazamentos no teto do 4º andar e o fornecimento de água estava paralisado. Segundo eles, os problemas de infiltração nos apartamentos também já haviam sido constatados.

Sem uma solução imediata, os inquilinos precisaram desocupar o imóvel, sob a orientação da Defesa Civil, e se abrigar em casa de parentes e amigos. Diferentemente da informação passada pela gerência regional da CDHU, de que seriam encaminhados para hotéis na Cidade.

Em entrevista nesta quinta-feira, o gerente da CDHU, José Ferreira Marques, garantiu que não sabia dos problemas de infiltração enfrentados pelo condomínio, já que o edifício foi adquirido da Caixa Econômica Federal.

“Não houve uma vistoria e o defeito na caixa d’água não era aparente. Nossa maior preocupação é desocupar os imóveis, fazer os reparos no equipamento e atender estas famílias”.

Segundo Marques, uma vistoria estava prevista para esta quinta-feira por técnicos da companhia em caixas d'água de todos os blocos do Condomínio.

“Queremos verificar o porquê não fomos notificados sobre o vazamento e todas essas pessoas serão ressarcidas. Hoje já acionamos a seguradora. Dentro do contrato de financiamento que eles têm com a CDHU, vamos ver se cobre esse tipo de sinistro. Mas de uma forma ou de outra, eles serão ressarcidos”.


Substituição de caixa d'água em apartamentos do CDHU pode demorar uma semana


A substituição da caixa d'água que rompeu em um conjunto habitacional da Companhia de Desenvolvimento Habitacional (CDHU) em Peruíbe poderá demorar até 8 dias. Esta foi a constatação de técnicos que realizaram perícia nesta quinta-feira nos reservatórios de água do Condomínio Recanto dos Pássaros.

Na tarde desta quarta-feira, uma caixa d'água rompeu e inundou cerca de oito apartamentos do Bloco E. O conjunto habitacional foi entregue há poucas semanas. Nem todos os 39 apartamentos estavam ocupados. A maior parte dos moradores foi para a casa de familiares. Pelo menos 12 famílias tiveram que ser retiradas do prédio. Apenas uma família foi encaminhada para um hotel na cidade.

Até o fim desta tarde, mais de 24 horas após o acidente, que estragou móveis e outros utensílios das famílias recém instaladas, principalmente no quarto andar do Bloco E, onde houve o vazamento, ainda permaneciam desalojadas.

Num dos apartamentos atingidos, de Edson Viana Souza, que havia se mudado na última sexta-feira, a água chegou até a maçaneta da porta. O condomínio começou a ser ocupado no último dia 26.

A despeito das promessas, os moradores do Bloco E ainda aguardavam a transferência, na tarde desta quarta-feira, para um hotel, conforme prometido pela CDHU. Desde quarta-feira à tarde, quando o problema foi detectado, eles tiveram que procurar abrigo em casas de amigos e parentes.

O condomínio, no bairro Caraguava, foi construído por duas empreiteiras, segundo a CDHU para a Caixa Econômica Federa. Os imóveis foram comprados pela companhia recentemente e teriam passado por um processo de reforma por causa de danos causados pelo longo tempo de espera para a ocupação.

Desde que foram entregues, as unidades do Jardim dos Pássaros só trouxeram transtornos aos moradores do Bloco E, que estavam sem água e se viram numa inundação assim que a caixa, que será substituída, começou a ser enchida.

FONTE: jornal A TRIBUNA

Chuvas castigam Juquiá e festividades de aniversário são canceladas


As comemorações do 61º aniversário de emancipação
político-administrativa estavam marcadas para acontecer no próximo sábado, dia 10. De acordo com a defesa civil a previsão é de que o volume de água se intensifique nos próximos dias.

Em razão das fortes chuvas que mais uma vez atingiram o município de Juquiá na madrugada da última terça-feira, dia 6, a Prefeitura Municipal precisou cancelar as festividades em comemoração aos 61 anos da cidade, que aconteceriam no próximo sábado, dia 10. De acordo com a Defesa Civil, a previsão é que o volume de água se intensifique nos próximos dias, trazendo ainda mais preocupações e transtornos para a população.

O nível do Rio Juquiá subiu muito nas últimas horas, em média 4 metros, invadindo o centro da cidade. Além disso, a zona rural também foi muito afetada com quedas de barreiras em diversos trechos e localidades. Juquiá passou recentemente pelo mesmo problema e desde fevereiro está em estado de calamidade pública, situação que, com essa segunda ocorrência, deve ser prorrogado.

“Não sabemos ainda mensurar qual será o tamanho dessa nova enchente, já que a orientação é que as precipitações aumentem. As ruas inda estão cheias, não haveria condições para montar toda a estrutura das festividades. As equipes da prefeitura também estão totalmente voltadas para atender os atingidos pelas águas. Não há clima para comemorações, infelizmente esse ano não será possível realizar o desfile cívico e os outros eventos que haviam sido programados. Peço a compreensão da população e garanto que a administração municipal está empenhada em prestar todo e qualquer atendimento àqueles que tenham sido atingidos pelas águas”, disse o prefeito Merce Hojeije.

Das atividades previstas para a comemoração, apenas a seção na Câmara Municipal está confirmada para acontecer no sábado, dia 10, às 15h. Em Juquiá, a Defesa Civil pode ser acionada através dos telefones (13) 3844.1113 ou 8111.9280. Mais informações sobre a situação da enchente na cidade podem ser conferidas através do site http://www.juquia.sp.gov.br/

FONTE: Diário de Iguape


Comento: como sempre, eventos assim tão próximos de nós passam desapercebidos, embora Juquiá não seja uma cidade distante, ao contrário de um certo Rio de Janeiro sob enchente. O peruibense dá mais atenção a problemas afastados da nossa realidade geográfica, enquanto que outros tão próximos parecem desconhecidos, embora seja recomendável lhes dar atenção.

Mas não se pode esperar muito de uma população que ignora que metade de Peruíbe se encontra dentro da BACIA HIDROGRÁFICA DO RIO RIBEIRA, o que nos aproxima do drama juquiaense. Aquelas fortes chuvas PODIAM TER OCORRIDO AQUI, bastando observar a pouca distância entre os dois municípios, para os padrões brasileiros.

Peruíbe outonal / abril de 2010



Nestes últimos dias, o céu azul dos postais turísticos deu lugar a nuvens grossas, chuva e vento frio. Felizmente, já estão longe aqueles dias terríveis caracterizados por um sol de deserto africano, capaz de derreter o asfalto. As ruas estão com menos gente durante à noite, não apenas por causa da menor temperatura,  mas também porque a chuva afugenta o peruibense típico que detesta sair com guarda-chuva, e que não tem carro. Ciclistas precavidos saem com capas de chuva, mas são uma minoria nas ciclovias ultimamente encharcadas.

 O outono em Peruíbe, se prosseguir com esse rigor (caso não ocorra veranico em maio), se tornará a estação onde certos gastos serão urgentes, algo problemático para bolsos vazios neste longo período entre as temporadas de verão. A compra de agasalhos e cobertores será um drama para muitos, necessitados de proteção frente ao provável frio úmido no inverno, o qual entrará pelas frestas das janelas. Predominará o uso de jaquetas, moletons e roupas de lã já gastas, e o desconforto de se levantar da cama nas manhãs...mas aqui eu estou me adiantando, falando de um futuro próximo, que já preocupa. Voltemos ao tema do tópico.

Estou considerando este outono em Peruíbe agradável - só não é MUITO AGRADÁVEL por causa dos alagamentos - pois o calor já não é tão intenso, a manhã e o entardecer são mais fresquinhos, e a noite está sendo ótima para o sono. Me resta torcer para que não venham muitas chuvas, e principalmente daquelas bem severas.

E é preciso agradecer ao fato de que, ao contrário do Rio de Janeiro, não temos favelas em morros. 

terça-feira, 6 de abril de 2010

Chuva causa estragos no litoral de São Paulo / abril de 2010

Queda de barreira no km 115 da Rodovia Rio-Santos, em São Sebastião, no litoral norte de São Paulo, por causa da chuva.


Da Redação, com Rádio Bandeirantes
cidades@eband.com.br

A Defesa Civil de Santos, no litoral de São Paulo, já registrou 43 ocorrências por causa das chuvas, entre elas diversos deslizamentos de terra e entupimentos de drenagem.

No período da manhã, apenas caminhões e ônibus conseguiram passar na avenida Nossa Senhora de Fátima. Em Cubatão, três famílias estão desabrigadas.

Muitas ruas ainda estão alagadas em Peruíbe, São Vicente, Cubatão, Mongaguá e Itanhaém. No Guarujá, algumas regiões de encostas estão em estado de atenção.


Redator: Vanessa Teodoro

FONTE: http://www.band.com.br/

Comento: sobre Peruíbe, sei de transtornos gerados  por bocas-de-lobo entupidas. Aqui isso ja é rotina. Temos uma prefeitura eficiente, que ganha prêmios por empreendorismo....mas as bocas-de-lobo continuam a ter problemas para escoamento. Pois é, aí surgem os alagamentos, e este blogueiro acaba sendo criticado por ser pessimista. Mas essa adiministração não ajuda para que eu argumente de forma diferente.

Basta dizer que o canal que passa próximo ao paço municipal NUNCA FOI DRAGADO, durante o atual governo. O açoreamento dele se agrava, mas nada é feito para resolver isso. Existe um papo de que nesse canal nada poderia ser feito, pois a dragagem "abalaria" as casas próximas. Quem inventou isso também deve ter achado que um certo local deserto era ótimo para a construção do conjunto habitacional jardim das flores, onde os moradores devem estar ADORANDO tanta chuva.

Fundo Social de Mongaguá pede doações para desabrigados da chuva


O Fundo de Assistência Social de Mongaguá pede ajuda para atender as 70 pessoas que estão alojadas no Ginásio Municipal de Esportes de Agenor de Campo. Os produtos pedidos são: toalhas de banho, roupas de cama, fraldas e roupas infantis.

As doações podem ser feitas na sede do Fundo Social, de segunda a sexta das 8 às 17 horas, ou no próprio ginásio, em qualquer horário.

As fortes chuvas deste início de semana deixaram a Cidade com vários pontos de alagamento e desalojaram 16 famílias dos bairros Vila Atlântica, Agenor de Campos, Vera Cruz, Jussara, Itaguaí e Itaóca.

De acordo com a previsão do tempo, as chuvas devem continuar em toda a região até o final da semana.

Serviço

Fundo Social de Mongaguá - Avenida Marina, 64, Centro. Telefone: 3507-1074, no Centro.

Ginásio Municipal de Esportes - Rua Caraguatatuba s/n°, em Agenor de Campos.

FONTE: TV TRIBUNA

Blogueiro e sem-teto


A voz dos sem-teto

Ele perdeu trabalho, família e esperança. Vive nas ruas e, na internet, achou um sentido para a vida e um meio de luta

PAULA MAGESTE


Kevin Barbieux acorda às 4h45, arruma a cama, veste-se e caminha até um Burger King no centro de Nashville, no Estado americano do Tennessee. Come ovos com bacon e toma uma Coca Light no café da manhã. Lê um pouco – adora o mestre da psicanálise Carl Jung –, conversa com os colegas, dá uma passada em um café, bate mais um papo e olha os jornais do dia. Então vai para a biblioteca pública, e lá fica até a hora em que fecha, dividido entre livros e um computador ligado à internet. Todos os dias ele atualiza seu blog, um diário que pode ser lido por qualquer cidadão que navegue na rede: www.thehomelessguy.blogspot.com. Seria uma rotina banal, não fosse Barbieux, de 41 anos, um sem-teto.

Ele mora nas ruas e abrigos há duas décadas. Casou, teve dois filhos, mas não conseguiu manter 'uma vida normal'. Barbieux desconfiou de Deus e perdeu a fé em si mesmo, mas foi salvo pelos livros e pela tecnologia. Agora usa seu blog, que teve mais de 100 mil visitantes em menos de três meses, para 'legitimar os moradores de rua, pedir que sejam tratados como seres humanos, com compaixão, aceitação e assistência'.

ÉPOCA – Como você foi parar na rua?
Kevin Barbieux – Em 1982, resolvi deixar minha cidade, San Diego. Vim até onde o dinheiro deu, Nashville. Não consegui trabalho e passei a dormir no carro. Quando o frio ficou insuportável, procurei um dos abrigos da cidade para os sem-teto.

ÉPOCA – Muitas pessoas ficam sem dinheiro e não vão morar na rua. Por que você fez essa escolha?
Barbieux – Ninguém escolhe viver na rua. Para mim foi algo inevitável, porque tenho distúrbio de ansiedade e dificuldades de aprendizado. Não possuo as condições necessárias para cuidar de mim mesmo e viver de forma independente.

ÉPOCA – Seus pais não o ajudaram?
Barbieux – Eles têm tão pouco interesse quanto compreensão sobre minha situação. Não são pessoas instruídas nem generosas. Ter sido criado por esse tipo de gente deve explicar parte de meu problema.

ÉPOCA – Você já teve emprego?
Barbieux – Um dos últimos foi em um misto de loja e restaurante. Havia tanta gente no ambiente que eu não conseguia me sentir no controle, ficava muito nervoso e aí tinha ataques de ansiedade. Transpirava e ficava sem ar, não conseguia falar. E aí ficava mais nervoso.

ÉPOCA – Como foi seu casamento?
Barbieux – Eu e minha ex nos conhecemos nas ruas, mas ela nunca foi sem-teto. Com ela consegui levar uma vida 'normal' por um tempo. Mas o amor não durou e eu voltei para a rua. Deixei as crianças com ela. Não queria que elas se sentissem divididas.

ÉPOCA – Como você acha que seus filhos lidam com sua condição?
Barbieux – Eles não sabem de nada. Minha ex-mulher evita qualquer tipo de assunto delicado, e essa é uma das razões pelas quais nos separamos.

ÉPOCA – Como você começou a fazer blog?
Barbieux – Participo de um fórum de discussão na internet sobre a cantora gospel Sarah Masen. Alguém mencionou os blogs e eu resolvi fazer o meu.

ÉPOCA – Com que objetivo?
Barbieux – Sempre fui lento para ler, ruim de gramática. Eu me acho inteligente, mas não pude me desenvolver na rede pública de ensino. Então tomei para mim a tarefa de melhorar minha compreensão do mundo e de superar minhas limitações, tornar-me mais sociável. Tentei fazer um jornal para os sem-teto, que durou apenas dois números, o que despertou em mim o gosto pela escrita. Há alguns anos mantenho um diário pessoal. Num abrigo fiz um curso de um ano que me ajudou a ler melhor.

ÉPOCA – O que é mais difícil de explicar?
Barbieux – As pessoas vêem o tema em preto e branco, mas há muitas nuances. Alguns acreditam que sem-teto é quem mora na rua. Mas, se você passa as noites num abrigo, lá é sua casa? E se você mora de favor? Eu, por exemplo, às vezes durmo em abrigos, mas, quando não encontro vaga ou chego depois do horário, fico nas ruas mesmo.


ÉPOCA – Como é a vida na comunidade sem-teto?
Barbieux – Aqui em Nashville ninguém morre de fome. A primeira coisa que as pessoas pensam em doar é comida, e outras necessidades nunca são atendidas. Por exemplo: os moradores de rua não têm acesso ao sistema de saúde pública porque não têm como comprovar residência. Deixei de receber remédios gratuitos por essa razão.

ÉPOCA – Como são as amizades e as relações amorosas nas ruas?
Barbieux – Imagino que a dinâmica das amizades seja a mesma em qualquer lugar. É difícil achar gente em quem se possa confiar. Sempre fui solitário. Quanto ao amor, as dificuldades também são universais. Há poucas mulheres nas ruas. A maiora vai para os abrigos femininos. É difícil o amor brotar nesse ambiente. Não me envolvo com as sem-teto porque as que conheço são drogadas e buscam homens que possam colaborar com seu vício.

ÉPOCA – Há muitos drogados e alcoólatras?
Barbieux – Drogas são uma válvula de escape. Sair das ruas é uma empreitada estressante e difícil. A menos que a pessoa seja muito forte, vai recorrer às drogas, e isso acaba inviabilizando o plano original. Quando há o chamado duplo diagnóstico, ou seja, a pessoa tem distúrbios mentais e é viciada, quase não há esperança. A vida se resume a ficar doidão a maior parte do tempo para não enfrentar a realidade.


ÉPOCA – Qual é a sua válvula de escape?
Barbieux – O computador, a leitura, exercitar meu cérebro. Sinto estar fazendo algo construtivo.

ÉPOCA – Hoje, quais são as principais questões relativas aos direitos dos sem-teto nos Estados Unidos?
Barbieux – Assim como ocorreu com os negros americanos na década de 50, os sem-teto precisam se posicionar para que sejam respeitados pela população. Tem muita gente que acha que homeless não têm nada a reivindicar. Pretendo criar uma entidade para ajudar.

ÉPOCA – Como funcionaria?
Barbieux – Seria o oposto de tudo o que existe hoje. Em vez de espalhar recursos para tentar tirar várias pessoas da rua ao mesmo tempo, eu concentraria verbas e esforços em pequenos grupos, oferecendo cursos rápidos em áreas diversas e orientação vocacional. O sistema atual não possibilita realizar nenhuma mudança significativa, porque é muito pulverizado.

ÉPOCA – Você tem conhecimento sobre a vida dos sem-teto em outros países, daria algum conselho a eles?
Barbieux – Venham para os Estados Unidos! Sabemos que é melhor ser sem-teto aqui do que em qualquer outro lugar do mundo.

ÉPOCA – Ninguém nunca oferece ajuda ou emprego?
Barbieux – A maioria das pessoas só estende a mão quando o outro já está no fundo do poço, quase sem possibilidade de volta. Recebi apenas uma oferta em toda a minha vida. Um homem que leu meu blog me convidou para escrever artigos. Disse que pagaria US$ 50. Aceitei, mas não tive tempo de fazer nada ainda. Essa minha atividade na internet beneficia várias pessoas. Se parar de fazer isso para escrever os artigos, somente eu vou me beneficiar.

ÉPOCA – Em seu site as pessoas podem fazer doações eletrônicas. Quanto você ganha?
Barbieux – Sou comedido com o dinheiro que vem da generosidade dos internautas. Mesmo assim, há dias em que não tenho nada. Gasto a maior parte em comida e lavanderia. Uma pessoa me mandou uma quantia especificando que era para um casaco. Obedeci. Também comprei um par de sapatos. Mas certamente não recebo o suficiente para alugar um apartamento. Nem perto disso.

ÉPOCA – Muita gente critica o fato de você não ter emprego, já que é tão articulado a ponto de manter um blog.
Barbieux – Sou uma ameaça, porque ninguém falava dos direitos e necessidades dos sem-teto. Tenho essa capacidade, e farei isso. Talvez essa seja minha missão.

ÉPOCA – Se você pudesse ter uma vida fora das ruas, o que faria?
Barbieux – Pretendo estudar sociologia de qualquer jeito. Talvez meu blog me ajude a conseguir uma bolsa. Seria um pecado não aproveitar minhas experiências para beneficiar a todos.

ÉPOCA – O que seria preciso para tirar um sem-teto das ruas?
Barbieux – Para mudar de vida, o morador de rua precisa ter conexões com o 'mundo real'. Então, a melhor coisa que alguém pode fazer por um sem-teto é dar-lhe um pouco de seu tempo, ficar amigo. Eu nunca fui convidado para jantar na casa de alguém ou para assistir a um jogo na TV.

FONTE: Revista Época