domingo, 18 de abril de 2010
CAMPANHA PRODUÇÃO DE LEITE DE BUFALA EM PERUÍBE / ABRIL DE 2010
Criação de búfalos impulsiona região do Vale do Ribeira (SP)
Associação de criadores do animal injetou R$ 1,5 milhão no município de Barra do Turvo no ano passado
Sebastião Garcia Barra do Turvo (SP)Atualizada em 22/03/2010 às 21h11min
Pequenos agricultores do Vale do Ribeira, no Estado de São Paulo, estão investindo forte na pecuária. Com a criação de búfalos, eles conseguiram movimentar a economia das cidades da região e mudar a vida no campo.
Barra do Turvo, cidade que possui menos de oito mil habitantes, tem base econômica na agricultura. Aqui se planta muito palmito tipo pupunha e se cria gado também. De uns cinco anos para cá, o trabalho de produtores como Antonio Carlos Ferreira tem ajudado a incrementar a economia da cidade. Ele faz parte de uma associação de produtores que só no ano passado injetou R$ 1,5 milhão no município.
Depois de uma vida inteira trabalhando como empresário de uma metalúrgica em SP, Ferreira resolveu criar búfalos. A situação do criador atualmente se parece muito com a de outros 50 da mesma região de São Paulo. Eles descobriram que criar búfalos poderia ser a principal atividade na propriedade.
Por isso, criaram uma associação e conseguiram ampliar a produção de leite de 70 mil litros por ano para 450 mil litros, um aumento de 500%. Foi o que definitivamente colocou os pequenos produtores como os principais criadores de búfalos desta região.
Luiz Cônego Portella é o presidente da Associação de Criadores, cujo entreposto fica em um prédio da prefeitura cedido para a entidade. É para lá que vai boa parte do leite que eles tiram, antes de ir para um laticínio em uma cidade vizinha. Há três anos o trabalho é feito neste sistema, o que mudou consideravelmente os lucros dos produtores.
— Só na diferença da implantação do entreposto aqui o produtor teve um aumento no valor do litro de leite de R$ 0,20. Por volta de 25 a 30% do que era pago. Se pagava 60, passou a se pagar 80 — disse Portella.
Um caminhão recolhe o leite nas propriedades. Porém, também é comum ver o pessoal carregando leite no lombo da mula.
— O laticínio só vem pegar aqui. Ele não tem aquele gasto de propriedade em propriedade, aí deu este aumento de R$ 0,60 para R$ 0,80 e aí depois, em negociação com o laticínio a gente conseguiu chegar a um real agora — completou o presidente da associação.
A principal bacia leiteira de SP fica no Vale do Ribeira. Barra do Turvo está se destacando na atividade devido ao interesse dos criadores de búfalos. O veterinário Fernando Vanucci diz que o grande diferencial é a qualidade do leite que eles produzem.
— Pra fazer uma mozzarela de vaca você precisa de 10 litros de leite de vaca. Para fazer uma mozzarlea de búfala, apenas 5 litros. Questões de qualidade isso vai diminuindo cada vez mais. Então, um leite com qualidade, com proteínas, com gordura que, como falei vem desde o pasto, aumenta a produtividade. Aí acontece isso daí, de eles estarem querendo muito o leite daqui — explica Vanucci.
André Cirilo de Abreu, gerente de uma fazenda da região, está animado com a produtividade dos animais. Uma vaca – como também são chamadas as fêmeas dos búfalos – como a que ele está ordenhando chega a dar seis, sete litros por dia, pouco menos que uma vaca girolando. Ele sabe que compensa pelo preço depois, e o mais curioso, pelo manejo com animais. Às vezes até melhor diz ele, que com uma vaca comum.
FONTE: CANAL RURAL
COMENTÁRIO: quem é antigo em Peruíbe, sabe que não era incomum por aqui búfalos e consequentemente a produção de leite de bufala, que eu bebi só nesta cidade, até o início dos anos oitenta. Mas aí veio a adoração pelo turismo, falta de apoio das autoridades municipais, e essa atividade econômica está quase que acabada. Em outros tempos, o senhor Gilson Bargieri, provavelmente informado desse fato do passado, falou em incentivar a criação desses animais. Ficou no projeto, o que é uma pena, pois a área rural de Peruíbe não mais se limitaria ao plantio de banana, palmito - felizmente em crescimento - e a pequena agricultura de subsistência.
Basta interesse do paço municipal, interesse verdadeiro que não seja atrapalhado pelo foco no TURISMO DE BAIXO NÍVEL, e será possível gerar empregos na Peruíbe rural, de forma a até contribuir na redução dos nosso desemprego, beneficiando inclusive desempregados da nossa zona urbana.
Caramba, ongueiro ecologista com nunca fala dessas coisas. Vai entender.
Adendo (escrito no dia 19 de agosto de 2016): considerando as visitas que esta postagem tem recebido ultimamente, peço que os munícipes interessados DE VERDADE em alternativas econômicas para Peruíbe, que assistam ao vídeo abaixo, o qual trata do sucesso da AGROFLORESTA lá mesmo em Barra do Turvo, Vale do Ribeira.
MARCADORES: PERUÍBE, PERUIBENSES, ELEIÇÕES MUNICIPAIS DOMINGO 2 DE OUTUBRO DE 2016, AGRICULTURA, PECUÁRIA, BUBALINOCULTURA, CRIAÇÃO DE BÚFALOS, AGROFLORESTA, BARRA DO TURVO, BARRA-TURVENSES
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