Enchente no Vale do Ribeira (SP) deixa 400 pessoas isoladas e 9.000 afetados; prejuízo em Registro é de R$ 75 milhões
Fabiana Uchinaka
Do UOL Notícias
Em São Paulo
As fortes chuvas que atingem a região do Vale do Ribeira, no sul do Estado de São Paulo, provocaram o transbordamento do rio Ribeira de Iguape, que subiu mais de 3,5 metros acima do nível normal. Nesta quinta-feira (4), o número de pessoas afetadas pela enchente nas cidades de Registro e Sete Barras já passava de 9.000.
Em Registro, 8.800 pessoas sofrem com a cheia, mas cerca de 2.100 estão sendo diretamente atingidas (pessoas isoladas, desabrigadas ou desalojadas). Para cinco abrigos da prefeitura, improvisados em escolas da cidade, foram levadas 460 pessoas. E em algumas propriedades rurais, a Defesa Civil precisou usar barcos e tratores para levar ajuda médica, água potável e alimentos para as 408 famílias que estavam isoladas.
Os bairros afetados são: Alay Correa, São Jardim Valery, Vila Nova, Nosso Teto, Vila São Francisco, Serrote, Baissununga, Jurumirim, Estirão do Carapiranga, Ponta Grossa, Guaviruva, Boa Vista Rio, Ribeirão de Registro, Bamburral de Baixo e Saltinho.
De acordo com a Prefeitura de Registro, 317 km de estradas rurais foram afetados e diversas plantações estão debaixo de água. O prejuízo, segundo cálculo do governo municipal, é de R$ 75 milhões, sendo R$ 33 milhões de perdas na agricultura.
A prefeita da cidade, Sandra Kennedy (PT), já decretou situação de emergência e espera homologação do governo do Estado.
Já em Sete Barras, cidade vizinha a Registro, a situação está próxima da normalidade. Segundo o coordenador de Defesa Civil, Gilberto Ota, parou de chover e o rio, que chegou a 6,7 metros, começou a baixar.
“Estamos em uma região de vale. A água chega aqui depois de acumular desde o Paraná. É um efeito cascata”, explicou.
De acordo com o balanço da Defesa Civil, 73 famílias e 300 propriedades de cinco bairros foram afetadas pelo alagamento em Sete Barras. “Agora estamos levando as famílias para suas casas, fazendo a limpeza, checando as questões de saúde e avaliando os riscos”, disse Ota. Segundo ele, apenas três pessoas continuam em abrigo da Prefeitura.
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