quinta-feira, 15 de abril de 2010

REGISTRO continua arrasando PERUÍBE

A Prefeita Sandra Kennedy visitou na última semana as instalações da fábrica de produtos veterinários Lavizoo, no distrito industrial de Registro. O empreendimento conta com instalações que de primeira linha que buscam preservar o meio ambiente bem como a segurança dos funcionários. “É mais uma empresa que instalada em nossa cidade, gerando empregos e fortalecendo o crescimento econômico do Município, disse a prefeita.

A empresa conta com três unidades no ramo de produtos veterinários sendo de ordem nutricional que já está em pleno funcionamento e nos ramos farmacêutico como para tratamentos e inseticida tanto animal quanto do ambiente. Como certificação da preocupação ambiental, a Lavizoo recebeu nota 99,7, em uma escala de 0 a 100 do ministério da Agricultura. “Temos uma fábrica modelo pelo equipamento, controle e pessoal”, explica o gerente técnico e médico veterinário, Robson Luiz Marchelli. A previsão para o início das duas novas unidades é março sendo a de pesticida em é no dia 03 e a de medicamentos tópico dia 10

O Distrito Industrial, onde a empresa Lavizoo está instalada, ainda comporta a vinda de outras empresas, pois a Prefeitura está em processo de retomada de terrenos de empresas que não cumpriram com as exigências necessárias acordadas através de termos de doação. “Estamos num processo de diálogo com as empresas que não conseguiram apresentar seus projetos para que cheguemos em acordos amigáveis para que possamos abrir espaços para outros empreendimentos”, completa o diretor. “Toda essa preocupação garante como o produto vai chegar ao mercado”, explica o engenheiro e gerente da garantia da qualidade, Marcelo Duarte.

A instalação da Lavizoo em Registro gerará cerca de 100 empregos diretos e indiretamente colaborará para a criação de mais empregos, pois também emprega mão de obra terceirizada. Para o proprietário da empresa, Alberto Corrêa a inicitaiva de montar a empresa em Registro foi baseada no fato da cidade ser um local convidativo. “Queremos participar da vida da cidade e até trazer a nossa Copa Lavizoo de futsal para cá”, conta.

Outra ação importante de atração de empresas ao município é a Incubadora de Empresas, uma parceria da Prefeitura com a Aciar e o SEBRAE. Existem diversas experiências espalhadas pelo Brasil de incubadoras de empresas que é uma ferramenta importante para que cada empreendimento instalado no galpão possa crescer e caminhar com suas próprias pernas.

FONTE: Diário de Iguape

Comento: a mulher na foto é a prefeita do município de Registro, Sandra Kennedy. Que eu saiba, ela não ganhou nenhum "selo Prefeito Empreendedor" do Sebrae.Vejo que ela não precisa, POIS ESTÁ FAZENDO O QUE É NECESSÁRIO PARA A CIDADE DELA. Esse prêmio significa tanto quanto título de cidadão peruibense: NADA, ABSOLUTAMENTE NADA !!!

A Sandra pode até ter ganhado alguma premiação, mas ela está demonstrando RESULTADOS, não passeios e discursos tão destacados em jornais da forma que ocorre em Peruíbe. Para quem duvida, pois que lembremos da instalação do BOTICÁRIO naquela cidade.

E mesmo que tanto essa empresa como a Boticário tenham se estabelecido lá graças a administração anterior a da prefeita, isso demonstra O QUANTO REGISTRO ESTÁ MELHOR, com adminstrações superiores às nossas últimas.

E Peruíbe continua atrasada, sem um rumo definido para o seu progresso.

Textos recomendados:

Sonho peruibense, promessas e certos fatos

O BOTICÁRIO em Registro e nós ficando para trás

quarta-feira, 14 de abril de 2010

Fechar as portas aos agentes da dengue poderá gerar multas de até R$ 5 mil, lá em Santos.

De A Tribuna On-line

Quem se recusar a abrir as portas para agentes da dengue poderá receber multas que variam de R$ 500 a R$ 5 mil. O anúncio foi divulgado pelo prefeito de Santos, João Paulo Papa, nesta quarta-feira durante o segundo encontro do Comitê Municipal de Mobilização Contra a Dengue.

O projeto de lei será enviado para votação na Câmara dos Vereadores e poderá ser aprovado em até 20 dias, após passar por cinco comissões.

De acordo com o prefeito, os valores das multas estão subdivididos em faixas, que envolvem desde simples residências a grandes estabelecimentos comerciais. Com a aprovação da lei, os inquilinos têm até 5 dias para receber os agentes da saúde. Após receber intimação, se ainda houver resistência, o imóvel é multado e invadido. Para estes casos, a Secretaria de Saúde contará com os reforços da Polícia Civil e Militar.

Segundo Papa, com a nova lei, “os agentes passam a ser fiscais efetivos da saúde”.

Para combater a epidemia de dengue no Município, a Prefeitura de Santos também vai contar com o apoio do Exército. São 30 homens que se juntam à equipe da saúde. Eles irão atuar, especificamente, nos finais de semana. Nesta sexta-feira, acontece o primeiro mutirão com a presença destes profissionais. Os bairros a serem visitados são Jabaquara e Marapé.

A Cidade também ganha mais 70 agentes para endurecer o combate à dengue . Com estes já são 180 profissionais.

Com 1.433 casos confirmados de dengue em três meses, a Prefeitura de Santos também firmou uma parceria com as redes de telefonia Claro, TIM, Vivo e Telefônica, que passarão a enviar para seus clientes, por meio de correios de voz e SMS, mensagens educativas sobres os cuidados com a doença.

Para o prefeito, a aplicação das multas em condomínios são essenciais, porque hoje “temos muitas coberturas de edifícios com piscinas largadas, abandonadas e cheias de foco. Nós temos obrigação de dar conta do recado”.

FONTE: A TRIBUNA

terça-feira, 13 de abril de 2010

Maré sobe e ônibus atola em Ilha Comprida


O motorista de uma empresa de ônibus em Ilha Comprida, resolveu cortar caminho pela praia, e deu nisso: o veículo atolou, quando seguia para o balneário Pedrinhas, por causa sa subida da maré. Os sujeitos da foto são funcionários da prefeitura tentando resolver o problema. Que prejuízo !!!

segunda-feira, 12 de abril de 2010

6º ENCONTRO UFOLÓGICO de PERUÍBE e o CLUBE DO BOLINHA


Postagem anonima que eu sei que é crível (passei por lá e também reconheci algumas pessoas), pois é desse jeito que funciona o "clube". Quem conheçe sabe:

Engraçado que no evento dos ETs só tinha Intra-prefeitura ganhando dinheiro.

lanches - diretor das comunidades
livros - funcionária da cultura
roteiro ufológico - funcionário do turismo
fotos - assessor do vice-prefeito.

No CLUBE DO BOLINHA, menina não entra. Nesse, uma turma seleta entra, entra e se dá bem.

quinta-feira, 8 de abril de 2010

Porto Brasil / Peruíbe, ano de 2010: NOTÍCIA HISTÓRICA

Primeiras impressões da Portaria 108

Portaria 108 da Secretaria de Portos da Presidência da República, publicada no Diário Oficial da União, nesta quarta-feira (7), é a regulamentação, por lei, dos portos privados. Não tem choro nem vela, se o megaempresário Eike Batista, o ex do Porto Brasil (Peruíbe), quiser construir um porto, vai poder.

A portaria é positiva ou negativa para o setor portuário nacional? A pergunta matuta quem faz é a coordenadora do debate “Portos – Problemas na Modernização”, do PortoGente, a professora Carla Diéguez. “Antes, eu seria mais resistente. Mas, após ver diversas ações interessantes no setor portuário em todo mundo, onde a parceria público-privada e mesmo unicamente o investimento privado foram bem sucedidos, tenho avaliado se esta não pode ser uma saída boa para o problema logístico brasileiro”.

Diéguez vai adiante em suas primeiras impressões sobre a portaria assinada pelo ministro Pedro Brito, que tem 26 artigos:


“Além de tentarmos desfazer os gargalos nos portos existentes, criar novos portos onde existe a carga, mas esta está longe dos centros, pode ser importante para o nosso desenvolvimento econômico e social. Além disso, lembremos também que não estamos construindo apenas um porto, mas tudo o que ele traz”.


A coordenadora do debate portuário do PortoGente, sempre atenta aos direitos dos trabalhadores em todas as mudanças que se processam no setor, se diz confortada ao ver que nas disposições finais da Portaria 108 são “lembradas” órgãos criados pela Lei nº 8.630, como o Conselho de Autoridade Portuária (CAP) e Órgão Gestor de Mão de Obra (Ogmo):


“E, ao ver nas disposições finais da portaria o respeito aos órgãos criados pela Lei 8630 (CAP e OGMO), fiquei mais esperançosa, avaliando que esta "privatização" pode dar certo, e, quem sabe, tornar-se um novo paradigma para o setor portuário brasileiro”.


A professora Carla Diéguez lança apenas alguns elementos para esquentar o debate sobre a portaria. O que você acha da Portaria 108?


FONTE: do antiperuibense PORTO GENTE, tão acostumado a ENCHER O SACO DA GENTE....o qual teve que dar uma notícia que incomoda a elite portuária santista, ongueiro que se acha messias, tipos da classe média local que ODEIAM MIGRANTES POBRES, e por aí vai.

E os meus agradecimentos ao internauta Marcelo, por avisar desse fato. Bem, acho que resta para certas ONGs recorrer à luta armada, ou realizar uma MARCHA ANTIPORTO, preferencialmente saindo do Caraguava, onde eles terão "muitos simpatizantes". Pois é, a maré mudou, com o Eike Batista demonstrando que dá até rasteira em cobra. Acho que o blog da Claudete Andreotti passará a ser mais frequentado.

E quero saber se certos babacas convencidos e tão cheios de razão vão insistir em usar chamar de "viúvas do porto" aqueles que não concordam com as suas idéias patéticas para o futuro de Peruíbe.

Condomínio Recanto dos Pássaros e uma caixa d'água

Moradores de apartamentos inundados esperam por informações da CDHU

De A Tribuna On-line

Um dia após terem seus apartamentos inundados com o rompimento de uma caixa d'água de fibra de vidro, moradores do Condomínio Recanto dos Pássaros, em Peruíbe, continuam sem informações por parte da Companhia de Desenvolvimento Habitacional e Urbano (CDHU).

O acidente ocorreu na tarde desta quarta-feira, por volta das 15 horas, quando a caixa d’água, com capacidade para 10 mil litros, alagou oito apartamentos do Bloco E, causando não apenas estragos, como muita tristeza aos que viram o sonho da casa própria acabar.

O condomínio está situado na Rua Tancredo Neves, no Bairro Caraguava, e foi construído pela Companhia de Desenvolvimento Habitacional e Urbano (CDHU). O equipamento ficava no teto do prédio, que possui quatro andares.

Os estragos provocados pela enxurrada atingiram, principalmente o quarto andar, pavimento que fica abaixo do equipamento. A força da água chegou a arrombar a porta de um dos imóveis e o batente também foi estourado. O local havia sido inaugurado há poucas semanas. Muitos moradores perderam mobílias, eletrodomésticos e equipamentos eletrônicos.


Todos os proprietários afirmaram que, desde o dia 26, há vazamentos no teto do 4º andar e o fornecimento de água estava paralisado. Segundo eles, os problemas de infiltração nos apartamentos também já haviam sido constatados.

Sem uma solução imediata, os inquilinos precisaram desocupar o imóvel, sob a orientação da Defesa Civil, e se abrigar em casa de parentes e amigos. Diferentemente da informação passada pela gerência regional da CDHU, de que seriam encaminhados para hotéis na Cidade.

Em entrevista nesta quinta-feira, o gerente da CDHU, José Ferreira Marques, garantiu que não sabia dos problemas de infiltração enfrentados pelo condomínio, já que o edifício foi adquirido da Caixa Econômica Federal.

“Não houve uma vistoria e o defeito na caixa d’água não era aparente. Nossa maior preocupação é desocupar os imóveis, fazer os reparos no equipamento e atender estas famílias”.

Segundo Marques, uma vistoria estava prevista para esta quinta-feira por técnicos da companhia em caixas d'água de todos os blocos do Condomínio.

“Queremos verificar o porquê não fomos notificados sobre o vazamento e todas essas pessoas serão ressarcidas. Hoje já acionamos a seguradora. Dentro do contrato de financiamento que eles têm com a CDHU, vamos ver se cobre esse tipo de sinistro. Mas de uma forma ou de outra, eles serão ressarcidos”.


Substituição de caixa d'água em apartamentos do CDHU pode demorar uma semana


A substituição da caixa d'água que rompeu em um conjunto habitacional da Companhia de Desenvolvimento Habitacional (CDHU) em Peruíbe poderá demorar até 8 dias. Esta foi a constatação de técnicos que realizaram perícia nesta quinta-feira nos reservatórios de água do Condomínio Recanto dos Pássaros.

Na tarde desta quarta-feira, uma caixa d'água rompeu e inundou cerca de oito apartamentos do Bloco E. O conjunto habitacional foi entregue há poucas semanas. Nem todos os 39 apartamentos estavam ocupados. A maior parte dos moradores foi para a casa de familiares. Pelo menos 12 famílias tiveram que ser retiradas do prédio. Apenas uma família foi encaminhada para um hotel na cidade.

Até o fim desta tarde, mais de 24 horas após o acidente, que estragou móveis e outros utensílios das famílias recém instaladas, principalmente no quarto andar do Bloco E, onde houve o vazamento, ainda permaneciam desalojadas.

Num dos apartamentos atingidos, de Edson Viana Souza, que havia se mudado na última sexta-feira, a água chegou até a maçaneta da porta. O condomínio começou a ser ocupado no último dia 26.

A despeito das promessas, os moradores do Bloco E ainda aguardavam a transferência, na tarde desta quarta-feira, para um hotel, conforme prometido pela CDHU. Desde quarta-feira à tarde, quando o problema foi detectado, eles tiveram que procurar abrigo em casas de amigos e parentes.

O condomínio, no bairro Caraguava, foi construído por duas empreiteiras, segundo a CDHU para a Caixa Econômica Federa. Os imóveis foram comprados pela companhia recentemente e teriam passado por um processo de reforma por causa de danos causados pelo longo tempo de espera para a ocupação.

Desde que foram entregues, as unidades do Jardim dos Pássaros só trouxeram transtornos aos moradores do Bloco E, que estavam sem água e se viram numa inundação assim que a caixa, que será substituída, começou a ser enchida.

FONTE: jornal A TRIBUNA

Chuvas castigam Juquiá e festividades de aniversário são canceladas


As comemorações do 61º aniversário de emancipação
político-administrativa estavam marcadas para acontecer no próximo sábado, dia 10. De acordo com a defesa civil a previsão é de que o volume de água se intensifique nos próximos dias.

Em razão das fortes chuvas que mais uma vez atingiram o município de Juquiá na madrugada da última terça-feira, dia 6, a Prefeitura Municipal precisou cancelar as festividades em comemoração aos 61 anos da cidade, que aconteceriam no próximo sábado, dia 10. De acordo com a Defesa Civil, a previsão é que o volume de água se intensifique nos próximos dias, trazendo ainda mais preocupações e transtornos para a população.

O nível do Rio Juquiá subiu muito nas últimas horas, em média 4 metros, invadindo o centro da cidade. Além disso, a zona rural também foi muito afetada com quedas de barreiras em diversos trechos e localidades. Juquiá passou recentemente pelo mesmo problema e desde fevereiro está em estado de calamidade pública, situação que, com essa segunda ocorrência, deve ser prorrogado.

“Não sabemos ainda mensurar qual será o tamanho dessa nova enchente, já que a orientação é que as precipitações aumentem. As ruas inda estão cheias, não haveria condições para montar toda a estrutura das festividades. As equipes da prefeitura também estão totalmente voltadas para atender os atingidos pelas águas. Não há clima para comemorações, infelizmente esse ano não será possível realizar o desfile cívico e os outros eventos que haviam sido programados. Peço a compreensão da população e garanto que a administração municipal está empenhada em prestar todo e qualquer atendimento àqueles que tenham sido atingidos pelas águas”, disse o prefeito Merce Hojeije.

Das atividades previstas para a comemoração, apenas a seção na Câmara Municipal está confirmada para acontecer no sábado, dia 10, às 15h. Em Juquiá, a Defesa Civil pode ser acionada através dos telefones (13) 3844.1113 ou 8111.9280. Mais informações sobre a situação da enchente na cidade podem ser conferidas através do site http://www.juquia.sp.gov.br/

FONTE: Diário de Iguape


Comento: como sempre, eventos assim tão próximos de nós passam desapercebidos, embora Juquiá não seja uma cidade distante, ao contrário de um certo Rio de Janeiro sob enchente. O peruibense dá mais atenção a problemas afastados da nossa realidade geográfica, enquanto que outros tão próximos parecem desconhecidos, embora seja recomendável lhes dar atenção.

Mas não se pode esperar muito de uma população que ignora que metade de Peruíbe se encontra dentro da BACIA HIDROGRÁFICA DO RIO RIBEIRA, o que nos aproxima do drama juquiaense. Aquelas fortes chuvas PODIAM TER OCORRIDO AQUI, bastando observar a pouca distância entre os dois municípios, para os padrões brasileiros.

Peruíbe outonal / abril de 2010



Nestes últimos dias, o céu azul dos postais turísticos deu lugar a nuvens grossas, chuva e vento frio. Felizmente, já estão longe aqueles dias terríveis caracterizados por um sol de deserto africano, capaz de derreter o asfalto. As ruas estão com menos gente durante à noite, não apenas por causa da menor temperatura,  mas também porque a chuva afugenta o peruibense típico que detesta sair com guarda-chuva, e que não tem carro. Ciclistas precavidos saem com capas de chuva, mas são uma minoria nas ciclovias ultimamente encharcadas.

 O outono em Peruíbe, se prosseguir com esse rigor (caso não ocorra veranico em maio), se tornará a estação onde certos gastos serão urgentes, algo problemático para bolsos vazios neste longo período entre as temporadas de verão. A compra de agasalhos e cobertores será um drama para muitos, necessitados de proteção frente ao provável frio úmido no inverno, o qual entrará pelas frestas das janelas. Predominará o uso de jaquetas, moletons e roupas de lã já gastas, e o desconforto de se levantar da cama nas manhãs...mas aqui eu estou me adiantando, falando de um futuro próximo, que já preocupa. Voltemos ao tema do tópico.

Estou considerando este outono em Peruíbe agradável - só não é MUITO AGRADÁVEL por causa dos alagamentos - pois o calor já não é tão intenso, a manhã e o entardecer são mais fresquinhos, e a noite está sendo ótima para o sono. Me resta torcer para que não venham muitas chuvas, e principalmente daquelas bem severas.

E é preciso agradecer ao fato de que, ao contrário do Rio de Janeiro, não temos favelas em morros. 

terça-feira, 6 de abril de 2010

Chuva causa estragos no litoral de São Paulo / abril de 2010

Queda de barreira no km 115 da Rodovia Rio-Santos, em São Sebastião, no litoral norte de São Paulo, por causa da chuva.


Da Redação, com Rádio Bandeirantes
cidades@eband.com.br

A Defesa Civil de Santos, no litoral de São Paulo, já registrou 43 ocorrências por causa das chuvas, entre elas diversos deslizamentos de terra e entupimentos de drenagem.

No período da manhã, apenas caminhões e ônibus conseguiram passar na avenida Nossa Senhora de Fátima. Em Cubatão, três famílias estão desabrigadas.

Muitas ruas ainda estão alagadas em Peruíbe, São Vicente, Cubatão, Mongaguá e Itanhaém. No Guarujá, algumas regiões de encostas estão em estado de atenção.


Redator: Vanessa Teodoro

FONTE: http://www.band.com.br/

Comento: sobre Peruíbe, sei de transtornos gerados  por bocas-de-lobo entupidas. Aqui isso ja é rotina. Temos uma prefeitura eficiente, que ganha prêmios por empreendorismo....mas as bocas-de-lobo continuam a ter problemas para escoamento. Pois é, aí surgem os alagamentos, e este blogueiro acaba sendo criticado por ser pessimista. Mas essa adiministração não ajuda para que eu argumente de forma diferente.

Basta dizer que o canal que passa próximo ao paço municipal NUNCA FOI DRAGADO, durante o atual governo. O açoreamento dele se agrava, mas nada é feito para resolver isso. Existe um papo de que nesse canal nada poderia ser feito, pois a dragagem "abalaria" as casas próximas. Quem inventou isso também deve ter achado que um certo local deserto era ótimo para a construção do conjunto habitacional jardim das flores, onde os moradores devem estar ADORANDO tanta chuva.

Fundo Social de Mongaguá pede doações para desabrigados da chuva


O Fundo de Assistência Social de Mongaguá pede ajuda para atender as 70 pessoas que estão alojadas no Ginásio Municipal de Esportes de Agenor de Campo. Os produtos pedidos são: toalhas de banho, roupas de cama, fraldas e roupas infantis.

As doações podem ser feitas na sede do Fundo Social, de segunda a sexta das 8 às 17 horas, ou no próprio ginásio, em qualquer horário.

As fortes chuvas deste início de semana deixaram a Cidade com vários pontos de alagamento e desalojaram 16 famílias dos bairros Vila Atlântica, Agenor de Campos, Vera Cruz, Jussara, Itaguaí e Itaóca.

De acordo com a previsão do tempo, as chuvas devem continuar em toda a região até o final da semana.

Serviço

Fundo Social de Mongaguá - Avenida Marina, 64, Centro. Telefone: 3507-1074, no Centro.

Ginásio Municipal de Esportes - Rua Caraguatatuba s/n°, em Agenor de Campos.

FONTE: TV TRIBUNA

Blogueiro e sem-teto


A voz dos sem-teto

Ele perdeu trabalho, família e esperança. Vive nas ruas e, na internet, achou um sentido para a vida e um meio de luta

PAULA MAGESTE


Kevin Barbieux acorda às 4h45, arruma a cama, veste-se e caminha até um Burger King no centro de Nashville, no Estado americano do Tennessee. Come ovos com bacon e toma uma Coca Light no café da manhã. Lê um pouco – adora o mestre da psicanálise Carl Jung –, conversa com os colegas, dá uma passada em um café, bate mais um papo e olha os jornais do dia. Então vai para a biblioteca pública, e lá fica até a hora em que fecha, dividido entre livros e um computador ligado à internet. Todos os dias ele atualiza seu blog, um diário que pode ser lido por qualquer cidadão que navegue na rede: www.thehomelessguy.blogspot.com. Seria uma rotina banal, não fosse Barbieux, de 41 anos, um sem-teto.

Ele mora nas ruas e abrigos há duas décadas. Casou, teve dois filhos, mas não conseguiu manter 'uma vida normal'. Barbieux desconfiou de Deus e perdeu a fé em si mesmo, mas foi salvo pelos livros e pela tecnologia. Agora usa seu blog, que teve mais de 100 mil visitantes em menos de três meses, para 'legitimar os moradores de rua, pedir que sejam tratados como seres humanos, com compaixão, aceitação e assistência'.

ÉPOCA – Como você foi parar na rua?
Kevin Barbieux – Em 1982, resolvi deixar minha cidade, San Diego. Vim até onde o dinheiro deu, Nashville. Não consegui trabalho e passei a dormir no carro. Quando o frio ficou insuportável, procurei um dos abrigos da cidade para os sem-teto.

ÉPOCA – Muitas pessoas ficam sem dinheiro e não vão morar na rua. Por que você fez essa escolha?
Barbieux – Ninguém escolhe viver na rua. Para mim foi algo inevitável, porque tenho distúrbio de ansiedade e dificuldades de aprendizado. Não possuo as condições necessárias para cuidar de mim mesmo e viver de forma independente.

ÉPOCA – Seus pais não o ajudaram?
Barbieux – Eles têm tão pouco interesse quanto compreensão sobre minha situação. Não são pessoas instruídas nem generosas. Ter sido criado por esse tipo de gente deve explicar parte de meu problema.

ÉPOCA – Você já teve emprego?
Barbieux – Um dos últimos foi em um misto de loja e restaurante. Havia tanta gente no ambiente que eu não conseguia me sentir no controle, ficava muito nervoso e aí tinha ataques de ansiedade. Transpirava e ficava sem ar, não conseguia falar. E aí ficava mais nervoso.

ÉPOCA – Como foi seu casamento?
Barbieux – Eu e minha ex nos conhecemos nas ruas, mas ela nunca foi sem-teto. Com ela consegui levar uma vida 'normal' por um tempo. Mas o amor não durou e eu voltei para a rua. Deixei as crianças com ela. Não queria que elas se sentissem divididas.

ÉPOCA – Como você acha que seus filhos lidam com sua condição?
Barbieux – Eles não sabem de nada. Minha ex-mulher evita qualquer tipo de assunto delicado, e essa é uma das razões pelas quais nos separamos.

ÉPOCA – Como você começou a fazer blog?
Barbieux – Participo de um fórum de discussão na internet sobre a cantora gospel Sarah Masen. Alguém mencionou os blogs e eu resolvi fazer o meu.

ÉPOCA – Com que objetivo?
Barbieux – Sempre fui lento para ler, ruim de gramática. Eu me acho inteligente, mas não pude me desenvolver na rede pública de ensino. Então tomei para mim a tarefa de melhorar minha compreensão do mundo e de superar minhas limitações, tornar-me mais sociável. Tentei fazer um jornal para os sem-teto, que durou apenas dois números, o que despertou em mim o gosto pela escrita. Há alguns anos mantenho um diário pessoal. Num abrigo fiz um curso de um ano que me ajudou a ler melhor.

ÉPOCA – O que é mais difícil de explicar?
Barbieux – As pessoas vêem o tema em preto e branco, mas há muitas nuances. Alguns acreditam que sem-teto é quem mora na rua. Mas, se você passa as noites num abrigo, lá é sua casa? E se você mora de favor? Eu, por exemplo, às vezes durmo em abrigos, mas, quando não encontro vaga ou chego depois do horário, fico nas ruas mesmo.


ÉPOCA – Como é a vida na comunidade sem-teto?
Barbieux – Aqui em Nashville ninguém morre de fome. A primeira coisa que as pessoas pensam em doar é comida, e outras necessidades nunca são atendidas. Por exemplo: os moradores de rua não têm acesso ao sistema de saúde pública porque não têm como comprovar residência. Deixei de receber remédios gratuitos por essa razão.

ÉPOCA – Como são as amizades e as relações amorosas nas ruas?
Barbieux – Imagino que a dinâmica das amizades seja a mesma em qualquer lugar. É difícil achar gente em quem se possa confiar. Sempre fui solitário. Quanto ao amor, as dificuldades também são universais. Há poucas mulheres nas ruas. A maiora vai para os abrigos femininos. É difícil o amor brotar nesse ambiente. Não me envolvo com as sem-teto porque as que conheço são drogadas e buscam homens que possam colaborar com seu vício.

ÉPOCA – Há muitos drogados e alcoólatras?
Barbieux – Drogas são uma válvula de escape. Sair das ruas é uma empreitada estressante e difícil. A menos que a pessoa seja muito forte, vai recorrer às drogas, e isso acaba inviabilizando o plano original. Quando há o chamado duplo diagnóstico, ou seja, a pessoa tem distúrbios mentais e é viciada, quase não há esperança. A vida se resume a ficar doidão a maior parte do tempo para não enfrentar a realidade.


ÉPOCA – Qual é a sua válvula de escape?
Barbieux – O computador, a leitura, exercitar meu cérebro. Sinto estar fazendo algo construtivo.

ÉPOCA – Hoje, quais são as principais questões relativas aos direitos dos sem-teto nos Estados Unidos?
Barbieux – Assim como ocorreu com os negros americanos na década de 50, os sem-teto precisam se posicionar para que sejam respeitados pela população. Tem muita gente que acha que homeless não têm nada a reivindicar. Pretendo criar uma entidade para ajudar.

ÉPOCA – Como funcionaria?
Barbieux – Seria o oposto de tudo o que existe hoje. Em vez de espalhar recursos para tentar tirar várias pessoas da rua ao mesmo tempo, eu concentraria verbas e esforços em pequenos grupos, oferecendo cursos rápidos em áreas diversas e orientação vocacional. O sistema atual não possibilita realizar nenhuma mudança significativa, porque é muito pulverizado.

ÉPOCA – Você tem conhecimento sobre a vida dos sem-teto em outros países, daria algum conselho a eles?
Barbieux – Venham para os Estados Unidos! Sabemos que é melhor ser sem-teto aqui do que em qualquer outro lugar do mundo.

ÉPOCA – Ninguém nunca oferece ajuda ou emprego?
Barbieux – A maioria das pessoas só estende a mão quando o outro já está no fundo do poço, quase sem possibilidade de volta. Recebi apenas uma oferta em toda a minha vida. Um homem que leu meu blog me convidou para escrever artigos. Disse que pagaria US$ 50. Aceitei, mas não tive tempo de fazer nada ainda. Essa minha atividade na internet beneficia várias pessoas. Se parar de fazer isso para escrever os artigos, somente eu vou me beneficiar.

ÉPOCA – Em seu site as pessoas podem fazer doações eletrônicas. Quanto você ganha?
Barbieux – Sou comedido com o dinheiro que vem da generosidade dos internautas. Mesmo assim, há dias em que não tenho nada. Gasto a maior parte em comida e lavanderia. Uma pessoa me mandou uma quantia especificando que era para um casaco. Obedeci. Também comprei um par de sapatos. Mas certamente não recebo o suficiente para alugar um apartamento. Nem perto disso.

ÉPOCA – Muita gente critica o fato de você não ter emprego, já que é tão articulado a ponto de manter um blog.
Barbieux – Sou uma ameaça, porque ninguém falava dos direitos e necessidades dos sem-teto. Tenho essa capacidade, e farei isso. Talvez essa seja minha missão.

ÉPOCA – Se você pudesse ter uma vida fora das ruas, o que faria?
Barbieux – Pretendo estudar sociologia de qualquer jeito. Talvez meu blog me ajude a conseguir uma bolsa. Seria um pecado não aproveitar minhas experiências para beneficiar a todos.

ÉPOCA – O que seria preciso para tirar um sem-teto das ruas?
Barbieux – Para mudar de vida, o morador de rua precisa ter conexões com o 'mundo real'. Então, a melhor coisa que alguém pode fazer por um sem-teto é dar-lhe um pouco de seu tempo, ficar amigo. Eu nunca fui convidado para jantar na casa de alguém ou para assistir a um jogo na TV.

FONTE: Revista Época

segunda-feira, 5 de abril de 2010

Peruíbe, a campanha Hora do Planeta e a Coréia do Norte



Com um bocado de atraso, resolvi comentar uma das bobagens que a nossa prefeitura está apoiando: a "campanha Hora do Planeta". No dia 27 de março, o nosso município (e apenas mais dezenove de SP, segundo o blog da própria prefeita), participou desse negócio de APAGAR AS LUZES POR UMA HORA, como forma de "mostrar aos líderes mundiais a preocupação da nossa população com o aquecimento global". Sabem como é que é...esta cidade é abençoada, sem problemas, e é preciso se caçar o que fazer.

Não participei disso, desconheço quem tenha participado...e eu quero QUE SE EXPLODA ESSA DEMAGOGIA. Se isso presta para alguma coisa, a Coréia do Norte é campeã em ecologia. Vejam a foto.

Dentro do círculo azul fica a nação do querido líder, sendo que a Coréia do Sul fica mais abaixo. Vejam o contraste do território norte-coreano com as nações vizinhas, como a China e o Japão. Coisas de um país que perdeu três milhões de seus habitantes por causa da fome, nos anos noventa (evento lá chamado de A GRANDE TRIBULAÇÃO), que tem elevada taxa de desnutrição infantil e moradores que chegam a comer capim, tamanho é o desespero, com alguns recorrendo ao canibalismo. Mas se preocupam com o aquecimento global. Não possuem muita eletricidade para gastarem mesmo.

Eles têm muito o que ensinar para a gente, a mídia peruibense até já aprende com o tipo de jornalismo deles.

Medo de dengue deixa hospitais superlotados na Baixada Santista

Guarujá é a cidade com maior número de pessoas infectadas. Foram 2.979 casos no primeiro trimestre


THIAGO CALIL

A epidemia de dengue continua nas cidades da Baixada Santista e assusta os moradores. Com ou sem sintomas da doença, a população lota os postos de saúde em busca de atendimento ou para espantar a suspeita do mal. Apesar do pânico, os casos da doença baixaram em todo o estado, segundo a Secretaria da Saúde. Foram 8.076 casos em março, 52% a menos que o registrado em fevereiro.

Guarujá, a 86 quilômetros da capital, é a cidade litorânea com maior incidência da doença no estado. A epidemia foi decretada no último dia 12, quando o município registrou o 962 caso. Até o final do mês, o número de pessoas infectadas pela dengue subiu para 2.979. Já a cidade de São Vicente, também na Baixada Santista, aparece logo em seguida no ranking, com 1.877 casos no primeiro trimestre.

Mesmo assim, o risco não espanta os turistas, que preferem curtir o feriado à beira-mar. A psicóloga Ana Fonseca, que estava na Praia do Tombo, soube da epidemia quando já estava a caminho do Guarujá e ficou apreensiva. “Se eu soubesse antes, teria repensado a viagem. Quando é um caso ou outro, tudo bem, mas uma epidemia é mais complicado”, pondera.

A diarista Neide Alves da Silva, de 40 anos, também moradora da praia do Tombo, tem medo. “Esse problema da dengue é assustador. Ainda mais eu, que estou grávida de cinco meses”, justifica. A epidemia fez Neide mudar alguns hábitos. “Agora eu só saio de repelente e evito lugares com muita planta”, explica a diarista.

Segundo o secretário de saúde do Guarujá , Marco Antônio Barbosa dos Reis, o maior problema é a grande quantidade de casas de veraneio, que ficam fechadas, sem ter como eliminar os possíveis criadores do mosquito Aedes aegipty, transmissor da dengue. “A fumaça que a gente joga mata apenas os mosquitos adultos. Se o criadouro continua, daqui a cinco dias, já tem mosquitos crescido de novo”, avisa o secretário.

Para tentar controlar a situação, a Prefeitura inaugurou há 15 dias o Centro de Referência e Tratamento da Dengue. Trata-se de uma grande tenda climatizada, com atendimento médico imediato, exames e até internação. “Nós só atendemos os casos mais graves. Conseguimos manter uma média de internação de dois dias e felizmente não tivemos mais nenhuma morte por dengue na cidade”, comemora Marco Antônio.

No Centro de Referência em Emergência e Internação (Crei) de São Vicente, no Centro, a funcionária pública Adriana Felício, de 38 anos, que foi levar a mãe ao médico, reclamava da própria população. “Tem gente que não está nem aí se há criadores dentro de casa. O próprio povo ajuda a deixar a situação chegar nesse estado de epidemia”, questiona.

FONTE: Diário de São Paulo

DENGUE EM PERUÍBE (2010) E A MÁSCARA QUE ESCONTE O FATO

Durante a peste negra na Europa, os “médicos da peste” eram enviados para verificar se as pessoas realmente estavam doentes. Usavam a máscara, a roupa fechada e especialmente a vareta em punho para evitar o contágio. Mas não curavam nada, apenas verificavam a doença e eram bem pagos por isso, devido ao risco do contágio.

Devem se perguntar por que da máscara de pássaro? Bom, parece que antes de descobrirem que a pulga do rato transmitia a peste negra, havia um rumor de que pássaros transmitiam a doença. Então se acredita que a aparência de pássaro visava evitar o contágio por questões de semelhança. Coisas da época.

Na Peruíbe do século XXI é diferente. Aqui nenhum médico ou médica costuma se mascarar. As coisas evoluiram, a máscara fica para a epidemia de dengue, uma realidade neste lugarejo. Pois é, UMA REALIDADE POR AQUI.

Em outra postagem, disse que os profissionais da saúde conhecem os fatos. Pois aviso que os taxistas também sabem o que ocorre. São pessoas bem informadas, que costumam buscar no PS gente infectada pela dengue, com o diagnóstico confirmado por exame de sangue, lá na casa da mulher. E são muitos os doentes, segundo eles.

Até este momento, a baixada santista já teve (números oficiais) 8.076 casos de dengue e 19 pessoas mortas devido à doença. E em Peruíbe, AINDA NÃO PASSOU DE UMA CENTENA DE CASOS, com esse movimento no PS, que pode ser facilmente ser verificado pelos munícipes. Então tá.

Qualquer interessado pode ver a verdade, o fato, tirando essa máscara vergonhosa, uma das tantas que se usam para esconder dos turistas (pois é, os turistas) as nossas mazelas. Basta perguntar. Já dei as dicas, perguntem e se informem por si mesmos.


MARCADORES: PERUÍBE, PERUIBENSE, EPIDEMIA DE DENGUE EM PERUÍBE NO ANO DE 2010

sábado, 3 de abril de 2010

Dengue, um perigo real e imediato

No Vale do Ribeira, nesta última semana, foram notificados 18 casos de dengue: Cajatí (1), Iguape (2), Jacupiranga (1), Miracatu(4), Pariquera-Açu (3) e, na liderança, o município de Registro com 7 casos.

de (*) Fausto Figueira e Marcos Caseiro

A epidemia de dengue pode estar chegando ao ponto mais ameaçador nestes 20 anos de luta inglória contra o mosquito transmissor Ainda que as autoridades sanitárias do Estado tentem descaracterizar a gravidade da situação, UTIs dos hospitais da Baixada Santista têm os seus leitos ocupados por doentes com a versão hemorrágica da doença. Tem gente morrendo e rara é a família sem alguém doente.

A epidemia não pode ser enfrentada com olhos no calendário eleitoral. Não dá para minimizar o problema, nem escamotear os números alarmantes de dengue hemorrágica. O perigo é real e imediato e exige mobilização total.

No século passado, por duas ocasiões o Aedes aegypti, vetor da dengue, desapareceu das áreas urbanas do país. Nas décadas de 30 e 50, o foco era o combate à febre amarela, transmitida pelo mesmo mosquito. Em 1957, a espécie foi declarada erradicada do Brasil, na XV Conferência Sanitária Panamericana.

Entretanto, desde a reintrodução do Aedes aegypti no Brasil, na década de 1980, passou a existir um evidente risco do retorno da transmissão da febre amarela em áreas urbanas e, agora, com a medicina a anos-luz da praticada no início do século passado, vivemos assombrados por mais uma epidemia de dengue.

E pior: desta vez com maior agressividade e letalidade, situação piorada pela carência de leitos hospitalares na Baixada Santista.

O enfrentamento ao vetor é uma das estratégias na luta contra a dengue. A proliferação da espécie é favorecida pelo clima e por um certo relaxamento dos serviços de vigilância sanitária. O inseto se espalhou nas áreas urbanas, apesar de sua autonomia de vôo ser, em média, de apenas 30 metros (o que, em tese, facilita o cerco). A capacidade de multiplicação é fantástica: do ovo à fase adulta são 7 dias; o mosquito vive em média 45 dias e produz até 100 ovos durante a sua existência.

O combate deve ser feito eliminando os mosquitos adultos e eliminando os criadouros de larvas.

Outra medida é melhorar a assistência nos postos e unidades de saúde. Os municípios devem investir no primeiro atendimento, evitando a sobrecarga de hospitais e pronto-socorros.

Tantos cuidados são necessários porque a situação é muito mais grave do que demonstram as estatísticas oficiais. O número de casos notificados não representa a realidade, já que para um grupo de dez pessoas, apenas uma apresenta sintoma.

São mais de 38 mil casos registrados em Santos desde 1997 e, por essas contas (multiplica-se por 10 o número de casos notificados), dá para concluir que quase 90% da população já foi contaminada pelo menos por um sorotipo do vírus. Se contaminada por outro sorotipo, as chances de desenvolver dengue hemorrágica aumentam de 0,5% para 5%.

O crescente número de óbitos e a avassaladora incidência da doença na Baixada Santista neste verão justificam a tomada de medidas radicais e incisivas por parte das autoridades.

A letargia do Governo do Estado, manifestada pelas assustadoras declarações do secretário adjunto da Saúde, ao minimizar o problema e não reconhecer a epidemia, representa uma séria ameaça à saúde pública, grave o bastante para que o Ministério Público apure eventuais omissões das autoridades responsáveis.

(*) Fausto Figueira é médico, deputado estadual e presidente da Comissão de Saúde e Higiene da Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo.
(*) Marcos Caseiro é médico infectologista e professor universitário.

FONTE: Diário de Iguape