A revista britânica 
The Economist traz em sua edição desta  semana um longo artigo sobre o Bolsa Família, no qual afirma que, apesar  da grande contribuição do programa para a redução dos índices de  pobreza do Brasil, ele parece não funcionar tão bem no combate à pobreza  nas grandes cidades. De acordo com a revista - que cita dados da  Fundação Getúlio Vargas - cerca de um sexto da redução da pobreza no  país nos últimos anos pode ser atribuído ao Bolsa Família, "mas algumas  evidências sugerem que o programa não está funcionando tão bem nas  cidades como nas áreas rurais".
"O sucesso do Brasil em reduzir a pobreza parece ser maior nas áreas  rurais que nas urbanas", diz o artigo, que cita dados das Nações Unidas  que indicam que houve uma redução de 15 pontos percentuais no número de  pobres na população rural entre 2003 e 2008, enquanto nas cidades essa  diminuição foi muito menor. Segundo a publicação, um dos principais  fatores que levam a esta situação é o fato de o Bolsa Família ter  substituído, a partir de 2003, uma série de outros benefícios que,  somados, poderiam representar ganhos maiores para estas famílias das  cidades que o montante concedido atualmente.
A revista comenta que o Bolsa Família acabou eliminando programas como o  de combate a subnutrição infantil, os subsídios que eram dados à compra  de gás de cozinha e o programa de ajuda a jovens entre 15 e 16 anos.  "Embora seja difícil provar pela falta de dados oficiais, evidências  sugerem que a quantia (atual) pode valer menos que os antigos  benefícios", diz a revista.
Outro problema citado pela 
Economist é o fato de o programa ter  tido pouco sucesso em reduzir o trabalho infantil. Segundo a publicação,  crianças das cidades podem ganhar mais dinheiro "vendendo bugigangas ou  trabalhando como empregados" do que ficando na escola para receber os  benefícios. Embora afirme que estes fatores não signifiquem que o Bolsa  Família seja "desperdício de dinheiro" nas áreas urbanas, o artigo diz,  no entanto, que o programa não é a solução "mágica" como tem sido  tratado no Brasil e em outros países.
Fonte: 
Notícias Terra
Sei que aqui em Peruíbe esse programa atende a pelo menos umas duas mil famílias, o que não é pouco, e demonstra o quanto é grave a pobreza por aqui. Uma pobreza que se agrava mais ainda, quando vemos com facilidade as suas imperfeições. 
Como se sabe, ele é pago também em casas lotéricas. Bem, várias vezes quando estou eu em um desses estabelecimentos para pagar as minhas contas,  vejo pelo menos um munícipe receber o dito benefício. Trata-se de um momento que me causa um pouco de curiosidade e espanto.
Olho bem esses 
BENEFICIADOS e não costumo ver entre eles alguém com aparência andrajosa, muito pelo contrário. Costumo vê-los com roupas novas e com aquele despreocupado, do tipo que parece ter o dia ganho, depois de ter recebido a graninha. Sei lá, a miséria daqueles que eu já observei me parece um tanto duvidosa e suspeita. Não me convence. Está aí um assunto que a publicação britânica não citou e que vai ficar por isso mesmo, pois Peruíbe é o lar das perguntas sem respostas.