segunda-feira, 2 de agosto de 2010
Agricultura Familiar em Peruíbe: ampliando o tema / julho de 2010
"Anos atrás participei de um projeto no meu sítio em Itariri, em que a prefeitura forneceu maquinário, agrônomo e todo suporte para que eu montasse uma grande plantação de maracujá. Ficou uma roça bonita, bem feita, altamente produtiva, com produto classe A, de muita qualidade.
Por um lado, derrubou o mito de que na região só dá banana. Mas de outro, o grande problema: para quem vender? Para quem escoar o excedente de produção? Os grandes supermercados tem seus fornecedores certos, com contratos rígidos. O pequeno comerciante pouco compra. O que salvou foi que o caseiro bateu de quiosque em quiosque da praia em peruíbe oferecendo, e um feirante conhecido que pegou a mercadoria abaixo do preço.
Em síntese: agricultura familiar é algo interessante sim, desde que não seja mera subsistência. Deve ter excedente produtivo e mercado para tal, para girar a economia. Caso contrário, serão iguais aos búfalos do prefeito."
Esse texto é do Marcelo, que tem muito colaborado para o blog. Ele tem razão, a produção da agricultura familiar precisa de um destino certo, caso contrário ocorre um fiasco que mata o que seria um "espetáculo do crescimento" bem no início, um ciclo que pode gerar comida barata e emprego no campo.
Minifúndio com maior produtividade significa menos trabalhador rural aderindo ao radicalismo de organizações extremistas como o MST. No caso de Peruíbe, significa uma opção de trabalho para muitos dos desempregados daqui, graças a cadeia produtiva. Não se trata apenas do desempregado peruibense passar a plantar alface ou - vejam só - o maracujá. Os produtos precisam ser transportados ( gente para fazer isso) e comercializados ( mais gente para cuidar dessa parte ).
No caso da parte comercial, fica a sugestão de se ampliar a feira do Produtor no Bairro da Estação, a qual funciona de forma precária em uma calçada quase em frente da rodoviária, todo sábado. Será necessário um local mais adequado, mais espaço para os que vendem a sua produção e a longo prazo a construção de um MERCADO MUNICIPAL. Pois é, melhorias que podem ajudar a tirar do atraso a nossa Peruíbe rural, a qual continua cheirando banana.
A foto da postagem é de uma barraca da feira de quinta.
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