quinta-feira, 22 de janeiro de 2015

A PERUÍBE DESTA DÉCADA NUNCA MUDA, O PERUIBENSE É QUE SE MUDA - JANEIRO DE 2015




A sessão na Câmara dos vereadores ontem apenas fortaleceu o meu pessimismo quanto ao presente e o futuro próximo desta cidade. O protesto marcado no facebook simplesmente não ocorreu por falta de participantes. Teria sido a chuva? O velho hábito dos peruibenses em não desagradar a classe política? Sei lá, o fato é que não teve protesto. 

Vou pegar como exemplo o transporte público municipal. Na frota de ônibus existem muitos veículos velhos e os problemas mecânicos são constantes, resultando em atrasos para estudantes e trabalhadores. Isso já ocorre a meses (desde o ano passado), mas essa questão motiva os usuários a reclamarem de uma forma organizada? Que nada, quem pode que se vire com bicicleta, carona, ou que vá a pé.

O povo está desinteressado e desorganizado demais. O único movimento popular peruibense que realmente funciona é o da migração. Para vários moradores migrar já não é visto como opção mas quase que uma obrigação.

Claro que não critico isso, seres humanos são diferentes de árvores, podem sair do lugar e buscar novos horizontes, ir para onde aja menos disfuncionalidade dos serviços públicos. Penso sobre o que ocorreria se o número dos que saem daqui anulasse o crescimento demográfico local. O que os otimistas de plantão diriam? Digo o que este pessimista diria, que peruibense lembra cubano oprimido por aquele governo que a Dilma adora, pois vota com os pés ("caminhando" para longe, se ainda não entendeu).

De que servem shows enquanto as deficiências da saúde pública prosseguem sem solução a curto prazo? Ah, turistas gostam de shows? Garanto que eles também gostam de frequentar uma cidade onde possam ser atendidos sem demora caso precisem de atendimento médico com urgência. E francamente, não me lembro de que era assim nos anos oitenta ou noventa do século passado. Recordo de tempos em que Peruíbe tinha uma população menor mas uma saúde pública melhor do que a atual. Ah, que saudades !!!

Nos anos oitenta o povo daqui sonhava com a utopia, mas chegou a distopia. A pobreza material da maioria da população deu lugar a pouca eficiência de sucessivos governos municipais. Naquela década pouquíssimas pessoas possuíam telefones, era comum ir até Santos para comprar eletrodomésticos e o peixe era a "mistura" básica do prato de cada dia, mas predominava o otimismo e a esperança. E temos agora um município rico apenas nas aparências, o que só serve para turista/veranista ver. O pessimismo predomina e ele é mais do que justificável.

Concluo dizendo que a Peruíbe desta década nunca muda, o peruibense é que se muda. Quanto a futuros protestos, quem sabem alguns munícipes queiram me desmentir na prática, iniciando um ciclo de manifestações que realmente leve a mudanças, pois do contrário o jeito é encher o caminhão de mudanças, como tantos outros já fizeram ou estão fazendo.


MARCADORES: PERUÍBE, PERUIBENSE, PERUIBANO (ADJETIVO PÁTRIO FORA DE MODA POR AQUI), PROBLEMAS DA CIDADE, TEMPORADA DE VERÃO 2014/2015, COMO SERÁ O CARNAVAL DE PERUÍBE EM 2015?

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