segunda-feira, 8 de julho de 2013
PERUÍBE FOI, CONTINUA E CONTINUARÁ A SER UM LUGAR DIFÍCIL PARA MUITOS SOBREVIVEREM
É enorme a desigualdade social nesta cidade. Muitos trabalhadores peruibenses não ganham mais que o salário mínimo ou menos do que isso, pois é preciso levar em conta a predominância neste município do trabalho precário, ou informal, também sujeito aos efeitos das temporadas de verão.
Uma pessoa que costuma catar de latas de alumínio - foquemos só nelas - ganha mais durante o verão, já que o consumo de bebidas aumenta consideravelmente durante o período em que os turistas preferem esta cidade. Seu ganho acaba por variar muito, podendo ser considerado bom durante a temporada, porém ruim fora dela e sem qualquer feriado para ajudar. Falo de alguém que está sem patrão, carteira assinada, salário fixo e que trabalha por sua própria conta e risco, o que para muitos munícipes não tem sido uma vantagem.
O desemprego é sem dúvida a "causa primeira" que leva tantos a procurarem o precário trabalho informal, sem direitos nem garantias. Até existe quem consiga conquistar um "lugar ao sol", mesmo com um início difícil, evoluindo para a condição de um empreendedor próspero que até passa a considerar Peruíbe uma terra de oportunidades, mas isso é raro atualmente. O que se vê é uma massa de peruibenses empurrada para meios de subsistência pelos quais ela não se interessaria se tivesse melhores oportunidades.
Mas para muitos que possuem empregos a situação também é difícil, e não estou me referindo aos valores dos seus salários. É comum muito trabalhador peruibense com salário fixo se endividar um bocado, iludido pelo crédito farto, o obrigando a comprometer parte considerável do salário com o pagamento da dívida, o que o leva a arranjar uma segunda atividade - trabalho informal, pois é - para poder sobreviver. E o trabalho informal também contribui numa estratégia de redução de custos para as empresas de fora que investem ou começam a investir aqui, pois facilita muito quando se busca mão-de-obra barata, a qual não é recrutada apenas entre os desempregados. Sobra gente querendo abandonar a informalidade, onde existe um considerável grau de liberdade (pois é, o indivíduo sem chefes ou patrões) mas falta segurança, direitos e garantias. Se pudessem escolher, muitos prefeririam trabalhar, tendo as suas carteiras de trabalho devidamente registradas.
Meu propósito aqui não é o de enganar e iludir aos vários pobres, desempregados e trabalhadores mal remunerados desta cidade que costumam visitar este blog. O que pretendo com esta postagem é avisar que, para os desfortunados que buscam entrar para a classe média local, na qual se destacam aposentados paulistanos (cujo os rendimentos básicos não dependem de empregos locais ou temporadas de verão. Claro que me refiro aqui a aposentados da CLASSE MÉDIA), o esforço para melhorar socialmente tende a ser bem mais difícil do que em outros lugares.
POSTAGEM RECOMENDADA: TEORIZANDO SOBRE O FUTURO PRÓXIMO DE PERUÍBE
MARCADORES: PERUÍBE, PERUIBENSE, ECONOMIA INFORMAL, DESEMPREGO, EMPREGO, EMPREENDORISMO, TEMPORADAS DE VERÃO
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