Ontem, dia 10 de outubro, faleceu em sua casa na Coréia do Sul o exilado norte-coreano Hwang Jang Yop, aparentemente devido a um ataque cardíaco. Hwang foi secretário do Partido dos Trabalhadores, o partido único da da Coreia do Norte, e presidente da Assembleia Popular Suprema do país.
Em 1997, durante uma visita diplomática em Pequim, pediu asilo político na embaixada da Coréia do Sul. No exílio, ele passou a criticar duramente o governo de Kim Jong Il, na condição de presidente do comitê para democratização da Coréia do Norte.
Para a elite norte-coreana, a deserção de Hwang permanece um mistério. Ele era um personagem de grande poder, homem de confiança de Kim Il Sung (chamado "grande líder" e fundador do país) e do filho dele e atual presidente, Kim Jong Il ( o "querido líder"). Esse político deixou para trás seus privilégios, família - mandada para um campo de prisioneiros - e colocou em risco a própria vida.
"A sociedade da Coreia do Norte tornou-se um mundo negro de totalitarismo encabeçado por uma liderança de sucessão hereditária e patriarca feudal", disse Hwang em 2003.
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