"De uns tempos para cá, eu tenho insinuado, e as vezes explicitamente afirmado, que não há futuro para Peruíbe com esse sistema econômico vigente, que favorece a vinda de turistas em busca de divertimentos grosseiros, sexo e um total desregramento. Vivemos um tempo em que não se vê alguém se arriscando a fazer qualquer proposta, a não ser a do PORTO BRASIL, para substituir o que vemos aí. Será que muitos de nós desistiram de tentar imaginar ou desejar um rosto para o futuro de Peruíbe?
Ora, nós precisamos de uma perspectiva de futuro decente como do ar que respiramos. A perda do desejo de um futuro que não seja o da continuidade desse turismo transloucado, seria o triste resultado da nossa experiência social e histórica? Muitos peruibenses passaram a aceitar uma fórmula de resignação fatalista: “dependemos da temporada e sempre iremos depender”. É lógico que pensem assim ?
Eu até entendo que muitos sejam pessimistas, já que, além da tendência da nossa prefeitura em não nos dar um rumo novo, pois isso não lhe interessa, temos por aí ONGs que também não se interessam, que já "venceram". Várias pessoas ficarão desempregadas nesta terra, logo depois que o Carnaval terminar, e uns membros de ONG comemoram a "vitória" contra o Porto. Lamentável.
Claro que depois de uma leitura deste texto, alguns internautas dirão que estou desinformado, pois a administração municipal possui uma proposta de industrialização em nosso município. A prefeita fala disso, o secretário de governo fala disso, dizem maravilhas, sobre fabricação de vestuários. Trata-se de um bom discurso, para agradar principalmente certas mulheres, que acham que estão sendo "melhor governadas", devido a termos uma prefeita. E agora emprego para costureira em confecção não vai faltar. Então tá.
Caberá ao eleitorado, nas eleições de 2012, começar a esboçar o rosto do nosso futuro."
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