Em 2019 Bolsonaro tinha avisado que argentinos fugiriam para o Brasil, se os esquerdistas voltassem ao poder por lá. Quem duvidou sofreu outra derrota política, pois nada pior pra eles do que Bolsonaro rececer refugados do país vizinho com os braços abertos, o que não favorece a narrativa idiota do "fascista" e "genocida". Dá pra entender ou eu preciso desenhar?
MARCADORES: ARGENTINA, GOVERNO SOCIALISTA, FRACASSO ECONÔMICO, ARGENTINOS FOGEM PARA O BRASIL, BOLSONARO DARÁ REFÚGIO AOS REFUGIADOS ARGENTINOS, MAIS UMA NARRATIVA DA ESQUERDA VAI SER DESTROÇADA, JULHO, 2021
No momento que escrevo este texto (onze da noite, 19 de julho), a temperatura caiu para 11ºC, e soube que diminuirá ainda mais durante a madrugada, e provavelmente será a mais fria da cidade neste inverno. Para um cara como eu, em férias do serviço, curtindo uma musiquinha do youtube e planejando preparar um creme de cebola pra mais tarde, e bem aquecido, está tudo tranquilo, mas não posso dizer o mesmo de muitos peruibenses que estão por aí, morando em casas precárias, sem agasalhos adequados e enfrentando tantas outras dificuldades, por causa de um sofrível mercado de trabalho.
Com a temporada de verão e seu calor tão longe no calendário, o desemprego prossegue sendo um dos mais sérios problemas municipais. Quem tem emprego com um salário que considera razoável, consegue se virar até neste município praiano com tantos problemas. Mas eu sei que pra muita gente, a situação não está fácil. Aí vem a questão, a pergunta deste blogueiro atrevido: para tantos desfavorecidos, vale a pena continuar a morar aqui?
O marido de uma prima minha se mudou recentemente, da nossa terra da eterna juventude para a sulista terra de muito pinhão. Conseguiu um emprego (por enquanto, mora com outro primo meu), e tudo indica que ficará lá. É apenas mais um, dentre tantos que conheço, que trocou o "calor" daqui pelo "frio" da capital paranaense. Será essa uma tendência migratória, que tende a se ampliar?
Eu mesmo respondo: se muitos que continuam desempregados crônicos, verem que outros que migraram para a famosa metrópole sulista estão trabalhando, e numa situação melhor do que quando moravam aqui, fica claro que essa migração continuará, não importa o quanto as noites invernais curitibanas possam ser incômodas para peruibenses típicos, porém cansados de tantas carências e humilhações. O blogueiro já se sentiu e foi tratado como um pária por não ter um trabalho descente, e "bicos" não valem, para quem quer ser minimamente respeitado na terra dos convencidos, mesmo não sendo um.
Então, entre ser desempregado na "quente" Peruíbe, ou ter um emprego digno na "gelada" Curitiba, o que você, caro leitor, escolheria?
Marcelino Francisco, um youtuber moçambicano, passeando em Curitiba
Após esta madrugada gelada, do dia 18 para 19 de julho, cuja temperatura caiu para a mínima de 11ºC, creio que a tradicional negação peruibense de que "não tem inverno" acaba de ser derrotada. Em plena 7 horas da manhã, o termômetro ficou em 15ºC. Ventos frios incomodam o povo nas ruas, e moletom é o traje que predomina. E a próxima madrugada será ainda mais severa.
MARCADORES: INVERNO EM PERUÍBE, NOITE FRIA, MADRUGADA GELADA, JULHO, 2021
Imagine um simples objeto inanimado, que estava caído no chão, e que por um fator misterioso criou vida, perfurou o solo e alcançou alguma das camadas mais profundas da terra. Essa fantasia representa o "otimismo" que sinto por Peruíbe, prossigo sendo o anti-herói local, pregador da desistência, pois continuo defendendo o direto de qualquer peruibense escolher o que é melhor pra ele, mesmo que isso signifique "não lutar pela cidade", ou seja, não apoiar alguma solução coletivista de resultado incerto, e buscar o melhor em alguma terra distante, simples assim.
O gráfico começa em 1985, ano que marcou o auge da Globo, então um sucesso retumbante de público e de crítica, e que enfrentava pouquíssima concorrência. De lá pra cá vimos o surgimento da TV por parabólica (nos anos 90), TV por assinatura (cabo), TV digital (a qual resultou no fim do sinal analógico) e a mais importante das tecnologias da informação: a INTERNET, sem a qual o streaming (netflix e assemelhados) simplesmente não existiria. A queda da audiência é inquestionável. O destino histórico da TV aberta é o mesmo da rádio AM, o da obsolescência e desaparecimento. Num futuro próximo, programas televisivos populares como o global Jornal Nacional só serão lembrados em vídeos no youtube e em outras plataformas digitais.
O fogo da liberdade finalmente se alastrará pela ilha?
“Cuba é uma ilha liderada por militares há 62 anos. Não há mais comida, nem remédios e as pessoas morrem de Covid como se fossem moscas. Elas estão cansadas. De tanto perder, este país já perdeu até o medo.”
- jornalista cubano Abraham Jiménez Enoa
Cuba está por tanto tempo sob uma ditadura socialista (Fidel tomou o poder em 1959), que a grande maioria dos cubanos sequer sabem como era viver lá antes do triunfo da catastrófica revolução, a qual mais beneficiou aos vizinho estadunidense do que o prejudicou: a elite latifundiária e burguesa se exilou em Miami (onde enriqueceu o até então pobre estado americano da Flórida, com uma imensa transferência de capital e mão-de-obra barata imigrada), e assustou a américa latina com o temor de rebeliões comunistas similares por aqui (impossível imaginar 31 de março de 1964 no Brasil, sem o barbudo do uniforme verde-oliva mandando na ilha caribenha). O povo cubano, que conheceu o transporte ferroviário, raio-x em hospitais e televisão colorida bem antes dos brasileiros, teve mais de sessenta anos de empobrecimento, repressão política e uma intensa imigração em balsas, a qual nem os tubarões do caribe desmotivaram.
Os imensos protestos antigovernamentais demonstram um fato: a prosperidade cubana sempre foi um fake, financiada durante décadas por uma URSS que queria enganar meio-mundo, mostrando um país vitrine, ótimo para propagar a ideia de que o socialismo seria bom e justo, uma excelente - e cara - peça de propaganda da guerra-fria. Com o fim literal da nação inimiga dos EUA, os problemas sociais se agravaram, mas sempre contornados pela incrível capacidade de sobrevivência dos irmãos Castro (Fidel e Raul), os quais souberam manter a linha-dura, e às vezes permitir que alguns descontentes escapassem para o inimigo imperialista, como forma de diminuir o número de descontentes, o que pode estar prestes a se repetir agora.
Deixar "o povo ir" pode ser a única alternativa ao presidente Miguel Díaz-Canel, de impedir uma nova revolução, algo mais eficiente do que lotar as prisões de dissidentes (o que pode gerar sanções internacionais), e incentivar brigas nas ruas ("revolucionários" versus "contra-revolucionários"). Se acontecer dos atuais manifestantes poderem fugir para a terra do hambúrguer e coca-cola, a ditadura socialista conseguirá algum fôlego para se sustentar, ou seja, não acredito - pelo menos para este ano - numa vitória popular que permita a Cuba sair desse pesadelo que os comunistas consideram um belíssimo modelo de sociedade. Mas se o presidente e aprendiz de ditador preferir o confronto (em vez de dar aos revoltosos a oportunidade de escaparem pelo mar), esse poderá ser o pior e último erro dele no poder, ao incentivar um conflito com resultado mais do que incerto.
MARCADORES: REVOLTA POPULAR EM CUBA, CUBANOS PROTESTAM, DITADURA SOCIALISTA, CANÇÃO CUBANA PATRIA E VIDA, COMUNISMO, JULHO, 2021
MARCADORES: PRESIDENTE JAIR BOLSONARO, PESQUISA DO DATAFOLHA PARA PRESIDENTE, LULA NA FRENTE (SÓ ESQUERDISTA OTÁRIO PRA ACREDITAR NISSO ... VOCÊ, CARO ESQUERDISTA QUE ENTROU AQUI, ACREDITA NISSO? SÓ POSSO RIR DE VOCÊ!), CPI DA COVID, LUTA POLÍTICA, ELEIÇÕES PARA PRESIDENTE EM 2022, JULHO, 2021
Dois movimentos políticos de direita (que se definem como direitistas), o MBL e o Vem Pra Rua, anunciaram manifestações contra o presidente da república, para o ainda distante 12 de setembro (hoje é o dia 9 de julho, pois é). Fica claro que isso é pra ter tempo para divulgar o evento, e tentar convencer parte do eleitorado-base de Bolsonaro a romper com ele e "ir pras ruas" defender o impeachment do mesmo. Mas essa estratégia falha em três questões básicas:
Parte considerável do eleitorado bolsonarista o prossegue apoiando, não por considerá-lo um "mito", mas por saber que se ele cair, a (extrema)esquerda volta ao poder. Essa parcela da população brasileira (na qual este blogueiro de Peruíbe se inclui), não vai mudar de ideia por causa de grupinhos que se definem como direitistas, mas passam adiante narrativas esquerdistas contra o presidente, e acham que ninguém percebe isso;
o que vai mesmo definir se Bolsonaro tem chances de ser reeleito em 2022 será a economia, e a mesma está em franca recuperação, puxada pelo agronegócio. Até setembro, mais gente terá emprego formal, ou seja, essa demora não vai favorecer esse plano, muito pelo contrário. O próprio declínio mês após mês da pandemia enfraquece a frágil narrativa do "genocida", e os lockdowns (que geraram desemprego) prejudicaram a popularidade de vários políticos da oposição, que vivem atacando o presidente, ou seja, se alguns deles participarem dessa manifestação, a mesma não prosperará;
essa turma acredita que se Bolsonaro sofrer impeachment, ela conseguirá apoiar uma candidatura vitoriosa de "direita" contra o Lula. Isso por si só demonstra o despreparo de um pessoal que acha que se vence a esquerda humilhando algum esquerdista aleatório num debate qualquer, enquanto cai no jogo da esquerda de dividir os que estão contra ela. Preciso dizer mais alguma coisa?
MARCADORES: PRESIDENTE JAIR BOLSONARO, MBL, VEM PRA RUA, MANIFESTAÇÃO CONTRA BOLSONARO NO DIA 12 DE SETEMBRO, DIREITA CONTRA BOLSONARO?, FRACASSO MANIFESTO, JULHO, 2021
