Era uma manhã fria de sábado, quando a última garota foi caminhar pela praia. Ela e o namoridoresolveram visitar Peruíbe no primeiro fim-de-semana de setembro, e ficaram na casa dos pais dele, localizada no lado praiano do centro (a parte próxima da orla). Fez um passeio solitário, enquanto sentia uma baixa temperatura (para o padrão climático peruibense) e via no morro um cenário futuro de chuva se anunciando. Aliás, era a primeira vez que visitava a cidade, em cerca de dois anos. Pois é, dois longos anos.
A agora distante Curitiba tinha se tornado seu lar, e a terra do sol poenteum local de boas e tristes lembranças, onde vários de seus parentes seguiam morando. Retornar continuava sendo uma ideia tola, pois se sentia bem na famosa metrópole sulista. Um bom emprego, apartamento confortável próximo ao local de trabalho, novas e boas amizades, e a companhia de alguém que desistira de Peruíbe para ir viver ao lado dela, tudo isso ela valorizava. Mas a saudade prosseguia insuperável.
A condição de peruibana(nascida na terra, de acordo com os caiçaras) alimentava esse sentimento, mas tanto para ela quanto para o amado, um retorno não seria prático, apesar de todas as mudanças que testemunhou, desde a noite de sexta-feira, quando chegou.
Nas recentes conversas ao vivo com familiares e amigos, ninguém mencionava a palavra pandemia, e era evidente uma grande mudança no comércio local. Lojas novas e movimentadas, mais carros nas ruas e um visível aumento populacional, ou seja, mais gente ficando do que indo embora, e outros vindo. Com a recuperação econômica do país também atingindo aquele recanto do litoral paulista, estaria a tão aguarda prosperidade, sonhada por tantos moradores, finalmente chegando?
Foi o que perguntou para si própria, após quase madrugar para ver o sol nascer na praia. No curto caminho, reparou em casas que sabia serem velhas sendo reformadas, outras novinhas ocupando terrenos que até pouco tempo atrás estavam cobertos de mato, e carros novos estacionados nas garagens. Quando migrou, a paisagem urbana por ali não era tão agradável, muito pelo contrário. A cidade já tinha mudado tanto desde que tinha partido, que se tivesse demorado mais para visitá-la, provavelmente acharia algumas partes dela irreconhecíveis, e isso num sentido positivo. Então entendeu que um novo tempo, marcado pela reconstrução social e urbanística da terra em que nasceu tinha de fato chegado.
Mas algo a preocupava: e se tudo mudasse para a pior? Na capital paranaense, ela e uma colega de trabalho (a garota do sonho) conheceram num restaurante uma argentina, que não lhes disse boas coisas, sobre o governo do país do qual resolveu imigrar, tendo se mudado para a vizinha Santa Catarina. A amiga de Florianópolis também contou sobre o número crescente de portenhosque trocavam Buenos Aires pela ilha da magia. Os hermanos fizeram uma escolha sinistra com um resultado igualmente sinistro. E sabia de gente no lado de cá da fronteira, defendendo uma mudança similar. Tudo o que ela e o companheiro tinham conseguido até aquele momento, não foi sem dificuldades, e um evento marcado para ocorrer dentro de exatamente um mês, lhe preocupava um bocado.
Segundo uma piada que tinha lido em uma rede social, no próximo dia dois de outubro, os eleitores decidiriam se viveriam em um país no qual prosseguiriam passeando com os cães, ou se mais adiante lhes destinariam um fim "culinário", tal como aconteceu numa nação vizinha mais ao norte. E agora, o que aconteceria mais adiante, com os pets e os donos dos mesmos?
E a última garota prosseguiu nesses pensamentos, escutando música e admirando o mar, quando o o celular tocou. Era o amado:
"E aí? O café está pronto, e já busquei pão e queijo", avisou o rapaz, que ela tinha deixado dormindo. "A praia tá tão boa, assim?", perguntou.
"Sim, está ótima, e já vou voltar. Ah, tem uma coisa: você vai mesmo naquela manifestação do sete de setembro, em Curitiba?"
"Sim, é claro que vou. Isso é decisivo. Ou a gente mostra força, ou perde o país. Ah, até aqui em Peruíbe têm preços em promoção no mercado!", disse em tom de galhofa. "Só quero que isso prossiga, simples assim."
"Então, eu também vou", ela disse.
"Você nunca ligou pra política", respondeu o rapaz. Está preocupada com a situação?"
"Estou sim. Quero o melhor para nós dois, e para todo mundo. Diga aos teus amigos que vou participar. E acha que vou te deixar sozinho no meio daquelas bonitonas? Nem pensar", concluiu, e desligou, antes do rapaz dizer mais alguma coisa. E assim, voltou para a residência dos sogros, pensando em convidar os pais para passarem o dia da independência juntos, pois entendeu a importância daquele dia futuro, para todos ... e para o Brasil.
Para rir um pouco (depois da eleição eu mudo de vídeo, tá ok?)
MARCADORES: MÚSICA DOS ANOS OITENTA, CANÇÃO OITENTISTA, MR.MISTER, CANÇÃO BROKEN WINGS, ROMANCE, CULTURA POP, SYNTHWAVE, POSTAGEM PARA ENGANAR OS ALGORITMOS DA INTERNET (SERÁ QUE NÃO DEVERIA DIZER ISSO? AH, AGORA JÁ ERA!), SETEMBRO, 2022
Pois é, desde o dia 16 de agosto (início da campanha eleitoral), as visualizações deste blog despencaram, pois os algoritmos não favorecem conteúdo no qual o "senhor Jair" é mencionado. De umas setecentas visitas diárias, este site caiu para umas trezentas, de um dia para outro. Agora é partir para conteúdo "apolítico", pra fingir que me rendi ao canto de sereia da lacrolândia, que transformou Lula numa espécie de salvador da humanidade em luta contra o anticristo, aquele ser inominável (sempre quando menciono o nome dele, as visualizações diminiuem kkkkkk), o terror da burguesia progressista do Leblon, aquela elite esclarecida que assiste JN, novela pantanal e escuta Chico Buarque ... cara, alguém ainda escuta Chico Buarque? Melhor deixar pra lá.
Receita de sardinha na panela de pressão! Mais apolítica a postagem, impossível! kkkkkkkk
O Agente de Organização Escolar (AOE) peruibense que aqui escreve votará no libertário Paulo Kogos para deputado estadual. Farei isso por Peruíbe, por São Paulo e pelo Brasil. MENOS ESTADO E MAIS LIBERDADE, é o que este funcionário público de direita defende, simples assim.
MARCADORES: ELEIÇÕES 2022, ESTADO DE SÃO PAULO, SP, ELEIÇÃO PARA O LEGISLATIVO PAULISTA, ALESP, PAULO KOGOS CANDIDATO AO CARGO DE DEPUTADO ESTADUAL, NÚMERO 14038, PTB, AGOSTO, 2022
Portal japonês (Tori ou Torii). Esperava uma foto do Bolsonaro, né, nano desu?
Cerca de dez anos atrás, tornei-me funcionário público estadual paulista, assumindo o cargo de AOE (Agente de Organização Escolar), ou seja, trabalho na educação pública. O peruibense proleta que aqui escreve é de direita, votou no presidente Bolsonaro em 2018 e prossegue bolsonarista. Considero que existem duas escolhas para o eleitorado brasileiro neste ano: optar em transformar o Brasil em uma república bananeira socialista fracassada (Cuba, Venezuela e Cuba são bons exemplos disso), ou de tornar esta nação um novo Japão, finalmente primeiro-mundista e potência mundial. A opção está aí, nunca foi tão fácil escolher um lado. Ah, você não concorda comigo? Tudo bem, escute as músicas abaixo e seja feliz!
“ - Um homem que está se afogando se agarrará a uma palha."
MARCADORES: AGENTE DE ORGANIZAÇÃO ESCOLAR, SERVIDOR PÚBLICO ESTADUAL, EDUCAÇÃO PÚBLICA, FUNCIONÁRIO PÚBLICO DE DIREITA, ESTADO DE SÃO PAULO, ELEIÇÃO PARA PRESIDENTE DO BRASIL, BOLSONARO REELEITO, 2022