terça-feira, 6 de setembro de 2011

SEM TRENS EM PERUÍBE = SEM PARQUE INDUSTRIAL EM PERUÍBE


ACIMA: O "trem do Pettená" com a locomotiva 3838, no pátio da estação de Peruíbe. Ao seu lado, junto à plataforma, a locomotiva 3676, do trem da linha Santos-Juquiá. Anos 1990 (Foto José Agenor).




Não é possível falar seriamente do desenvolvimento de indústrias em Peruíbe sem a solução de questões logísticas, como a reativação da ferrovia, permitindo que novos trens transportem para cá passageiros e - pois é - cargas. Qualquer discurso a favor da "industrialização peruibense" não aguenta uma análise de fundo, se não defender A VOLTA DAS LOCOMOTIVAS.

Postagem recomendada:

http://peruibenastrevas.blogspot.com/2011/08/voltando-analisar-questao-das.html
  

segunda-feira, 5 de setembro de 2011

VESTIBULINHO DA ETEC PARAISÓPOLIS É O MENOS CONCORRIDO DE SP

Por Vagner de Alencar, para o Blog Mural da Folha.com

Dois meses após o início das aulas na Etec Paraisópolis, na zona sul de São Paulo, Anderson Martins de Souza, 24, que é porteiro noturno e à tarde faz o curso de segurança do trabalho, comemora seu ingresso no ensino técnico, mas também lamenta. “O curso é muito bom, há uma baita infraestrutura, mas preocupa ver tantas cadeiras vazias. Acho que mais de dez alunos já desistiram”. 

Apesar da alta evasão, o curso que Anderson frequenta está entre os dez mais procurados da Etec (Escola Técnica Estadual). Em muitas unidades, a concorrência para esse se inscrever em “segurança do trabalho” chega a 16 candidatos por vaga. Na escola de Paraisópolis, essa disputa não chega a um pra um (35 candidatos se inscreveram para as 40 vagas oferecidas; desse total muitos alunos sequer realizaram sua matrícula). 



Embora as centenas de alunos que se formam anualmente nas escolas da comunidade, nenhum curso da Etec Paraisópolis ultrapassa a concorrência de três candidatos por vaga.

Para a recepcionista Jaqueline Aguiar dos Santos, 23, que cursou o ensino médio no bairro, é preciso mais diálogo entre o ensino médio normal e o técnico. “Na época que estudava, só recebia informação sobre o Enem. Nunca ouvi falar desse ‘vestibulinho’ para a Etec”, diz. 

A Etec Profº Aprígio Gonzaga, na zona leste, tem a maior disputa da cidade, quase 13 concorrentes/vaga. No topo da lista está a Etec Dona Escolástica Rosa, no bairro de Aparecida, em Santos (SP), onde a procura pelo curso alcança 17 candidatos.

Neste semestre, a Etec Paraisópolis ofereceu 400 vagas distribuídas em cinco formações: contabilidade, logística, informática, segurança do trabalho e meio ambiente.
 


Lugares vagos, outros usos


Todos os dias, Claudinéia Silva Falcão, 48, partiria de sua casa, na Vila Sônia, zona sul de São Paulo, rumo à Etec Guaracy Silveira, em Pinheiros, região oeste de São Paulo, caso tivesse sido aprovada no processo seletivo para o curso de contabilidade nessa escola. Sem conseguir garantir uma boa colocação, após várias chamadas, o destino da candidata foi outro: a Etec Paraisópolis. Devido à alta ociosidade de vagas, diversos alunos foram remanejados.


“A escola de Pinheiros era muito concorrida. Muitos não conseguiram passar. Foi então que sugeriram que fôssemos para a Etec Paraisópolis, já que sobravam muitas vagas”, afirma Claudineia, que terminou o curso de contabilidade no primeiro semestre deste ano.


Segundo a assessoria de imprensa do Centro Paulo Souza, o processo de preenchimento de vagas remanescentes é previsto em todas as 200 Etecs e pode ter até cinco listas de chamadas. O objetivo é oferecer oportunidades a um número maior de candidatos e otimizar vagas disponíveis. As vagas da Etec Abdias do Nascimento (Paraisópolis) que não foram preenchidas após a quinta chamada podem ser preenchidas por candidatos aprovados que se inscreveram na lista de espera de Etecs da região, como Guaracy Silveira e Takashi Monita (Santo Amaro).


“Várias pessoas vieram para Paraisópolis, mas no meio do caminho muitos desistiram. Na época, no primeiro dia de aula, assaltaram o carro de uma moça”, lembra. Como o trajeto do ponto de ônibus até a escola é longo, Claudineia diz que foi seu veículo próprio que garantiu sua permanência ali. “Era impossível ir de ônibus. O ponto final, na av. Giovanni Gronchi, fica muito distante da Etec. E à noite é perigoso.”


Segundo a moradora do bairro Valdelice Mattos, 24, que também se formou em contabilidade, seu curso noturno terminou com cerca de vinte alunos _a metade das vagas.


No decorrer do curso, a ex-estudante, que hoje atua na área, conta que “sofreu” com a falta de professores. “O problema está relacionado à segurança. A maioria tem medo de vir dar aula na comunidade”, diz.


Inaugurada em 2010, a Etec Paraisópolis que teve um grande investimento em infraestrutura (elevador, 14 salas de aulas, biblioteca, três laboratórios de informática, além de quadras e outros mobiliários), parece não ofuscar os olhos da população do bairro que beira os 100 mil habitantes. “A maior parte dos alunos de Paraisópolis não dá valor”, afirma Claudinéia.

Fonte: http://paraisopolis.org/




sábado, 3 de setembro de 2011

10°C EM PERUÍBE, NESTA NOITE DE 2 DE SETEMBRO DE 2011


Pô, este inverno não acaba? Já perdi a conta das noites com temperaturas de 10°C (também ocorreram temperaturas menores, conforme já registrei no blog). E cadê aquele povo chato para dizer que "não existe mais inverno"? E o aquecimento global? 


Como eu sempre digo, Peruíbe fica perto do Paraná e não do Ceará, e temos tido um inverno ao estilo dos de antigamente, com direito até a ventos gelados ao entardecer. Pena que faltou a geada, cuja última ocorrência por aqui foi em julho de 1975.

sexta-feira, 2 de setembro de 2011

LIVROS PARA PERUIBENSES : 1808 LAURENTINO GOMES



Este é um livro fundamental para se entender como começou o processo de descolonização do Brasil, um evento sem similar nas Américas e no mundo. Nesta Peruíbe em que muitos enxergam o radicalismo na política como a única forma de se alcançar melhorias reais, 1808 é uma obra mais do que necessária. 

Quando falo em radicalismo na política, me refiro ao crescimento de uma mentalidade extremista em Peruíbe, a qual não contribuirá para um bom nível das eleições municipais em 2012. Não estou defendendo o conformismo, mas a cautela e o cuidado. Existem limites, que eu creio que já foram alcançados faz tempo. Quem conhece a realidade política e social desta cidade sabe do que eu estou falando.

Segue abaixo um video do autor, o senhor Laurentino Gomes:

 

PASTEL DA FEIRA DE QUINTA EM PERUÍBE


Não aguentei e fui até a feira de quinta. Por R$ 2,50, provei um pastel que foi frito da forma adequada e que me foi servido sequinho e com um recheio saboroso. Pedi o de carne com queijo. Viram só? Eu também falo de coisas boas desta cidade.



quinta-feira, 1 de setembro de 2011

AMPLIAÇÃO DO SUPERMERCADO DIA EM PERUÍBE



O supermercado DIA tem sido um sucesso tão grande que agora passa por uma ampliação, bem antes da próxima temporada. O depósito de mercadorias do DIA foi até demolido ( não se limitaram a reformar, a fazer alguma adaptação ), o que demonstra que essa rede varejista está lucrando bem em Peruíbe, mesmo estando praticamente no meio de duas filiais do EXTRA. Claro que eu espero que a média de preços continue como está, o que continuará a atrair muitos consumidores.




10°C NA MADRUGADA DE 1 DE SETEMBRO EM PERUÍBE



De acordo com o site do CIIAGRO, a temperatura durante às quatro da madrugada deste 1 de setembro foi de 10°C. Vejam como, mesmo se aproximando do fim, este inverno de 2011 está surpreendendo. Não foi a temperatura mais baixa da estação ( teve mínima de 7°C em julho ), mas surpreende, para uma cidade já a muitos anos desacostumada com invernos rigorosos, que a partir de meados de agosto já começava a "esquentar".


Cadê o aquecimento global? Não faltaram madrugadas frias neste 2011, e várias manhãs e tardes geladas.



AOS INTERNAUTAS DE PERUÍBE: "SER CONTRA A PLC 122 NÃO É HOMOFOBIA"


Entrevista com Ricardo Marques: “Ser contra o PLC 122 não é homofobia”

No jornal O Estado em 06.06, por Bruno Pontes e por Rodolfo Oliveira

A verdadeira homofobia pode ser enfrentada, mas, se aprovado, o PLC 122, que torna crime qualquer crítica aos homossexuais, “cria uma casta intocável”. Repetindo o que têm dito diversos juristas no país, assim opina Ricardo Marques, psicanalista clínico, biólogo e membro da Igreja Batista Central de Fortaleza. 


De autoria da ex-deputada petista Iara Bernardi, o PLC 122 condena à prisão quem praticar “qualquer tipo de ação violenta, constrangedora, intimidatória ou vexatória, de ordem moral, ética, filosófica ou psicológica” contra homossexuais. Aprovado em 2006 na Câmara, enfrenta resistência no Senado, onde foi arquivado ao fim da legislatura passada. A senadora petista Marta Suplicy, porém, conseguiu desarquivá-lo e trabalha para aprová-lo. 


“É importante mostrar para a sociedade e para as próprias pessoas homossexuais que o posicionamento contrário a projetos como o PLC 122 não representa combate contra os homossexuais, que merecem respeito e consideração. O real problema gira em torno de políticas ideológicas impostas, injustas e persecutórias, que visam um estado de direito para um grupo em detrimento dos direitos fundamentais de todos os demais cidadãos”, diz Ricardo Marques.


O Estado: Para defender a aprovação do PCL 122 a militância gay tem usado estatísticas de homossexuais assassinados no Brasil como evidência de que o país está mergulhado em crimes de homofobia. Isso tem fundamento? 


Ricardo Marques: Não sou especialista no assunto, mas tenho lido documentos de especialistas revelando que o governo não tem estatísticas oficiais sobre isso; os números usados para promover a idéia de uma “epidemia homofóbica” no país, a fim de justificar leis especiais de proteção aos homossexuais, têm sido produzidos por um grupo homossexual da Bahia. O movimento ativista LGBT, que nem sempre conta com a simpatia de todos os homossexuais, diz que foram assassinados cerca de 3.448 homossexuais nos últimos 20 anos, isso num país onde são registrados cerca de 50.000 homicídios por ano. Primeiro, não sabemos se o número produzido por eles é real, pois a fonte é suspeita; segundo, se estão corretos, não são representativos de um “holocausto homofóbico”, diante da multidão de assassinatos de todos os tipos de pessoas que ocorre aqui diariamente; terceiro, ainda que os números fossem representativos, a militância omite que grande parte desses 3.448 assassinatos de LGBT nos últimos 20 anos é cometida por outros homossexuais, em crimes passionais, ou pelas mesmas causas pelas quais são mortos heterossexuais, como latrocínio, brigas, drogas, etc.; grande parte dos homicídios de travestis dizem respeito a disputas por pontos de prostituição, problemas com drogas e tráfico, entre outros.


A própria estatística da militância revela que “gay morre dentro de casa e travesti morre na rua”, demonstrando que a maioria dos assassinatos de gays e lésbicas é crime passional, e dos travestis, relacionados aos fatores de risco da prostituição. Os militantes também informam que muitos dos assassinos são “profissionais do sexo”, indicando que as mortes não são por homofobia, mas pelas condições inerentes aos próprios relacionamentos conflituosos de parcela dos LGBT e ao envolvimento desta com práticas e ambientes de alto risco. São comparativamente poucos os casos de assassinatos por real homofobia, isto é, violência e ódio a homossexuais. Curiosamente, é tudo desconsiderado pela militância, com estranho apoio da Secretaria de Direitos Humanos, ao classificarem qualquer assassinato como crime de homofobia. A quem interessa manipular essas informações? 


O Artigo 16º do PLC 122 prevê prisão e multa para quem praticar “qualquer tipo de ação violenta, constrangedora, intimidatória ou vexatória, de ordem moral, ética, filosófica ou psicológica” contra homossexuais. Que conseqüências negativas essa lei pode trazer? 


O que significa “ação constrangedora”? Pode ser qualquer coisa. Todos sofremos algum tipo de constrangimento na vida e lidamos com isso com naturalidade, faz parte do viver em sociedade; e para constrangimentos graves já existe legislação em defesa de qualquer cidadão, independente de sua sexualidade. Mas sob o PLC 122 qualquer situação em que um homossexual se sinta constrangido será considerada crime. Um homossexual pode se dizer constrangido se um pastor ou um padre ler partes da Bíblia onde Deus diz que o ato homossexual é pecado; pode alegar constrangimento até se alguém simplesmente olhar para ele de forma que julgue ser “preconceituosa”. Quem dará a interpretação? Mesmo que um juiz tenha discernimento na aplicação da lei, o réu que for acusado levianamente já terá sofrido prejuízos irreversíveis antes de sair a sentença. Observe que o art. 16 começa falando de prisão e multa para quem praticar “ato de violência”, para em seguida pôr no mesmo nível da violência o constrangimento, o vexame e assim por diante. O texto é construído de modo a induzir as pessoas a fixar atenção no combate à violência – todos combatemos a violência – para, assim, se sentirem impelidas a apoiar toda a parte restante do PLC, que é injusta e intolerante.


Além do PLC 122, quais são as ações do governo federal em prol do movimento gay? 


Além do PLC 122 e de leis estaduais e municipais, há o Plano Nacional de Promoção da Cidadania e Direitos Humanos de LGBT. Se implementado, tornaria o PLC 122 coisa de criança – exige a desconstrução da heteronormatividade, cotas para homossexuais, programa primeiro emprego para LGBT, reforma agrária para LGBT, “bolsa gay”, criação de polícia gay, etc. Há também o Plano Nacional dos Direitos Humanos-3 (PNDH-3), contendo diversos privilégios especiais para pessoas LGBT e igualmente intolerante e persecutório. A situação ficará de um jeito que o assédio sexual de uma mulher por um homem, no trabalho, continuará podendo ser punido; mas se o assediador for um homossexual, corre-se o risco de a coisa inverter-se e a vítima do assédio ser demitida ou o próprio empregador ser punido, entre outras aberrações. Já temos sabido de injustiças decorrentes do medo que as ameaças dos militantes têm causado, a exemplo de conhecidos que estão vendendo seu apartamento porque os novos vizinhos, gays, fazem orgias e farras com janelas abertas e muito barulho, e os inquilinos temem denunciá-los e serem acusados de homofobia. Se os vizinhos farristas e promíscuos fossem heterossexuais, como poderia ocorrer, a denúncia seria considerada normal. 


A ação da militância gay busca o poder político? 


Certamente. Não apenas o poder no sentido político-partidário e dos cargos de autoridade, a exemplo do Jean Willys (PSOL-RJ), ex-BBB e eleito deputado por ser um homossexual famoso, justo num país que eles dizem ser o mais homofóbico do mundo; mas um projeto de poder mais complexo, de moldar a sociedade e suas leis de forma a colocar a militância de um grupo específico de pessoas acima dos demais cidadãos, tornando-se uma casta intocável. Nada a ver com os homossexuais em si, muitos dos quais se sentem bem inseridos e aceitos na sociedade, e se contrapõem à agressiva e intolerante agenda do movimento ativista; eles reclamam que tal agenda tem acirrado desnecessariamente os ânimos, fazendo pessoas crerem erroneamente que todo gay ou lésbica é conivente com a censura, ameaça e perseguição de quem discorda da prática homossexual, mas tolera, respeita e até ama os homossexuais. 


O Grupo Gay da Bahia queimou fotos do Papa em frente à Catedral da Sé, no Pelourinho, quando de sua visita ao Brasil em 2007. Será possível criticar um gesto desses com o PLC 122 em vigor?


O Código Penal diz que atos ofensivos à fé e até a objetos de culto religioso constitui-se em crime. Qualquer pessoa que queimasse a foto do líder máximo do catolicismo romano, a maior religião do Brasil em número de fiéis, poderia ter sido presa. Mas quem fez isso foram militantes homossexuais; aí, nesse caso, os católicos que agüentem. Ofensa só é crime quando é contra LGBT? É isso que heterossexuais e homossexuais deste país estão tentando mostrar: está-se criando um estado de exceção de direito que não deveria existir, e as bases apresentadas para esse estado são falaciosas e manipuladas. Enquanto militantes LGBT queimaram, impunes, a foto do papa em praça pública, gritando palavras de ordem contra a religião católica, em Campina Grande alguns evangélicos colocaram pacificamente outdoors com um versículo do livro de Gênesis: “E Deus fez o homem e a mulher e viu que isso era bom”. Imediatamente militantes LGBT protestaram, entrando com um processo na Justiça acusando os evangélicos de ato homofóbico e incitação ao ódio. Pasmem: a juíza mandou tirar os outdoors. Isso é democracia? É combate à intolerância? Não é. O fato é que a maioria dos homossexuais se tornou massa de manobra de uma ideologia política extremista. Um simples olhar na história e facilmente se vê que essas mesmas estratégias de manipulação foram usadas para legitimar todas as ditaduras: repete-se algumas mentiras até que se tornem verdades, depois legitima-se os interesses de um grupo específico através de leis aceitas e aprovadas pela desinformação e pelo engano, até que se instale um estado de controle social e patrulhamento em que o grupo dominador se posiciona acima dos demais cidadãos, inclusive perseguindo e prendendo quem for considerado inconveniente. 


O senhor acha que o PL 122 será aprovado?


Não duvido. O lobby é muito forte, a manipulação e a desinformação são assustadoras. O PL estava arquivado e a Marta Suplicy (PT-SP), assim que eleita, conseguiu assinaturas para desarquivá-lo; para piorar, parte dos parlamentares contrários ao projeto está aceitando que ele vá adiante, desde que sejam alterados alguns itens. Nesse ponto, prefiro a linha do senador Magno Malta (PR-ES): o PL 122 tem de ser sepultado, pois o projeto como um todo é ruim. É importante mostrar para a sociedade e para as próprias pessoas homossexuais que o posicionamento contrário a projetos como o PLC 122 não representa combate contra os homossexuais, que merecem respeito e consideração. O real problema gira em torno de políticas ideológicas impostas, injustas e persecutórias, que visam um estado de direito para um grupo em detrimento dos direitos fundamentais de todos os demais cidadãos. Há juristas declarando não somente a inconstitucionalidade do PLC 122, mas também a injustiça que representa em um estado democrático. São taxativos: esse projeto mata todos os direitos fundamentais da Carta Magna. Rasga a Constituição e a coloca como mero objeto de enfeite. 

Fonte: http://juliosevero.blogspot.com/

 

UMA BREVE OPINIÃO DESTE BLOGUEIRO DE PERUÍBE SOBRE A COPA DE 2014


Serei breve: A COPA DE 2014 É UMA BOBAGEM !!!! Considero isso tão importante, como se o Brasil fosse ser sede de uma convenção internacional dos fãs do desenho animado CAVERNA DO DRAGÃO. Transformaram entretenimento em coisa séria.

Pois é, entretenimento. Futebol é apenas uma simples diversão, e deveria ser mantida nesse nível. E daí que "o povo gosta"? Essa questão precisava ser tratada racionalmente .... falo precisava, pois com o SEMIDEUS LULA tendo conseguido esse evento para o Brasil, este país ganhou uma bela bomba que irá estourar em um futuro próximo.

Tem quem diga que a Copa é importante por causa dos "investimentos em infraestrutura", e que a FIFA ( instituição que os brasileiros deveriam tratar com menos importância ) obriga a nação sede a realizar certos investimentos. Ora, minha gente, vamos cair na real: e a MONTANHA DE DINHEIRO DO CONTRIBUINTE, QUE SERÁ GASTO COM A CONSTRUÇÃO DE ESTÁDIOS? Isso é justo? É lógico?

Já se sabe que o investidor privado contribuirá muito pouco com a reforma e construção de estádios. Boa parte da grana será de origem governamental, ou seja, nós pagaremos. Ah, mas os aeroportos, estradas, hospitais serão melhorados. Raciocínio estranho esse. Ficariam bem mais em conta essas melhorias sem a Copa, que eu repito, SERÁ EM GRANDE PARTE PAGA PELO CONTRIBUINTE. Essa lógica não tem o menor sentido. Digam o que quizerem, não irá compensar.


Lá no bairro de Itaquera, em São Paulo, pessoas se iludem com um futuro estádio que está sendo erguido. Acham que a região progredirá imensamente. Gente, isso não vai trazer desenvolvimento para lá. Acham que o comércio local será dinamizado? Que surgirão muitos empregos? Quem mais ganharão serão os vendedores ambulantes de camisas, cornetas, bandeiras, lanches e bebidas. Estádios de futebol só geram movimento nos seus arredores nos dias em que ocorrem jogos, e ainda assim durante poucas horas. Depois, fica tudo deserto. Muitas pessoas estão se enganando com um progresso que será bem superficial.


Ah, mas vamos ter o TREM BALA. Bela porcaria. Tantas linhas férreas abandonadas, e teremos algo que será de pouca utilidade, pois mais importante seriam inventimentos para a retomada do transporte de carga por trens, algo pouco comum hoje. Isso de trem bala é pura vaidade de quem quer bancar a superpotência. Não conseguem combater o tráfico de drogas, que ocorre quase que livremente através das nossas fronteiras, e querem brincar de superpotência.


Bem, tem quem pense que o Brasil progrediu muito na Era Lula, e que a classe média "cresceu". O fulano compra o celular de última geração em doze prestações nas CASAS BAHIA, e acha que virou classe média. Quem confunde aumento do crédito com aumento de renda, e acha que isso demonstra uma melhora no padrão de vida do povo, é claro que vai achar que a Copa do mundo de 2014 nos trará progresso.


O povo da África do Sul não ficou menos pobre depois do evento futebolístico de 2010, e as dívidas para tornar possível o "espetáculo" levarão anos para serem pagas, com o dinheiro do povo. Mas se o brasileiro adora PÃO E CIRCO, e decidiu seguir pelo mesmo caminho, azar o dele.

APROVEITANDO UMA PROMOÇÃO DE PIZZA NO SUPERMERCADO KRILL


Em mais uma tarde de férias, fiquei durante a tarde escutando rádio pela internet. A SKY.fm é uma ótima emissora dos EUA, com links diferentes para vários tipos de música. Melhor do que muitas porcarias nacionais.


Depois, ao anoitecer, eu fui até o supermercado Krill para aproveitar a promoção abaixo:



Comprei três pizzas e ainda levei um guaraná de graça. Saí no lucro !!!


 Eu poderia até tratar de coisas mais sérias desta tão tranquila Peruíbe, mas neste momento prefiro falar de pizza e da SKY.FM

quarta-feira, 31 de agosto de 2011

CASTIGO CORPORAL EM CASA PROVOCA BULLYING?






Cerca de 70% de crianças envolvidas com bullying sofrem castigo corporal, mostra pesquisa

Agência Brasil


Cerca de 70% das crianças e adolescentes envolvidos com bullying (violência física ou psicológica ocorrida repetidas vezes no colégio) nas escolas sofrem algum tipo de castigo corporal em casa. É o que mostra pesquisa feita com 239 alunos de ensino fundamental em São Carlos (SP) e divulgada pela pesquisadora Lúcia Cavalcanti Williams, da Universidade Federal de São Carlos.


Do total de entrevistados, 44% haviam apanhado de cinto da mãe e 20,9% do pai. A pesquisa mostra ainda outros tipos de violência - 24,3% haviam levado, da mãe, tapas no rosto e 13,4%, do pai. “As nossas famílias são extremamente violentas. Depois, a gente se espanta de o Brasil ter índices de violência tão altos”, disse a pesquisadora, ao participar de audiência pública na Câmara dos Deputados que debateu projeto de lei que tramita na Casa e que proíbe o uso de castigos corporais ou tratamento cruel e degradante na educação de crianças e adolescentes.


Segundo ela, meninos vítimas de violência severa em casa têm oito vezes mais chances de se tornar vítimas ou autores de bullying. “O castigo corporal é o método disciplinar mais antigo do planeta. Mas não torna as crianças obedientes a curto prazo, não promove a cooperação a longo prazo ou a internalização de valores morais, nem reduz a agressão ou o comportamento antissocial”, explicou.


Para a secretária executiva da rede Não Bata, Eduque, Ângela Goulart, a violência está banalizada na sociedade. Ela citou diversas entrevistas feitas pela rede com pais de crianças e adolescentes e, em diversos momentos, frases como “desço a cinta” e “dou umas boas cintadas” aparecem. Em uma das entrevistas, um pai explica que bater no filho antes do banho é uma forma eficiente de “fazer com que ele se comporte”. “Existem pais que cometem a violência sem saber. Acham que certas maneiras de bater, como a palmada, são aceitáveis”, disse.


Atualmente, 30 países em todo o mundo têm leis que proíbem castigos na educação de crianças e adolescentes, entre eles a Suécia e a Alemanha. “A lei é uma forma de o Estado educar os pais”, ressaltou o pesquisador da Universidade de São Paulo Paulo Sérgio Pinheiro.


Como forma de diminuir os índices de violência contra crianças e adolescentes em casa, os pesquisadores sugeriram a reforma legal, com a criação de leis que proíbam esse tipo de violência, a divulgação de campanhas nacionais, como as que já vêm sendo feitas, e a participação infantil, com crianças sendo encorajadas a falar sobre assuntos que lhes afetem. “A principal reclamação das crianças é que elas não aguentam mais serem espancadas pelos pais”, destacou Pinheiro.

Fonte: http://www.atribuna.com.br/


Comentário: interessante como uma pesquisa feita em uma única cidade brasileira, acaba sendo usada para se afirmar que NO PAÍS INTEIRO É A MESMA COISA, ou seja, que a maioria das crianças brasileiras que praticam o famigerado BULLYING apanham em casa. Se pega a amostragem de um único município, para se sugerir que NO PAÍS INTEIRO TAMBÉM É ASSIM. Nossa, isso faz tanto sentido quanto os argumentos toscos criados para a defesa do desarmamento das pessoas QUE NÃO SÃO CRIMINOSAS.

No artigo é dito que na Suécia e Alemanha os castigos corporais são proibidos. Mas por acaso essas sociedades são poucos violentas atualmente, pelo menos de acordo com os padrões europeus? Afirmo aqui que não. O bullying é uma prática comum nesses dois países. Até filmes suecos foram feitos sobre isso. Então, o que faz com que crianças suecas - que não sofrem castigos corporais dos pais, pois é - agridam os seus colegas nas escolas? Seria a famosa "falta de limites"? Na Alemanha, já ocorreram até vinganças mortais promovidas por vítimas. E lá as crianças também não apanham.


E eu digo mais. Quem pode garantir que todas as crianças e adolescentes entrevistadas nessa pesquisa FALARAM A VERDADE? Pois é, menor de idade também pode mentir, inclusive como forma de, digamos assim, se "justificar". É possível dizer que todos esses alunos foram sinceros? Que não sentiam descontentamento com os pais por outros motivos (proibições impostas por eles) e deram essas respostas?



terça-feira, 30 de agosto de 2011

CONCURSEIRO DE PERUÍBE, A PREFEITURA DE SÃO VICENTE ABRIU CONCURSO PÚBLICO / AGOSTO DE 2011


A Prefeitura de São Vicente, estado de São Paulo, divulgou editais com normas para realização de concurso público visando preencher 415 vagas em cargos da administração direta municipal.


Oportunidades oferecidas contemplam cargos de todos os níveis de escolaridade com salários de até R$ 7 mil. Aos portadores de deficiência serão reservadas 5% do total de vagas.


O concurso aberto destina-se ao provimento de vagas, pelo regime Estatutário, aos cargos públicos atualmente vagos e dos que vagarem, dentro do prazo de validade do certame que é de 2 anos, prorrogável por até igual período, a critério da prefeitura de São Vicente-SP.


Vagas em São Vicente


Um dos editais conta com 138 vagas para cargos de Médico em diversas áreas. Há vagas para Médico Cardiologista, Médico Clínico Geral, Médico Cirurgião Vascular, Médico Dermatologista, Médico Endocrinologista, Médico Endoscopista, Médico Gastroenterologista, Médico Geriatra, Médico Ginecologista- Colposcopista, Médico Ginecologista Obstetra, Médico Hebiatra, Médico Hematologista, Médico Nefrologista Infantil, Médico Neurologista, Médico Neurologista Infantil, Médico Oncopediatra, Médico Pediatra, Médico Pediatra Infectologista, Médico Pneumologista, Médico Pneumologista Infantil, Médico Sanitarista, Médico Traumaortopedista, Médico Ultrassonografista, Médico Urologista, Médico Anestesiologista, Médico Clínico Geral, Médico Cirurgião Geral, Médico Cirurgião Pediatra, Médico Ginecologista/Obstetra, Médico Pediatra, Médico Pediatra Neonatologista, Médico Psiquiatra, Médico Psiquiatra Infantil, Médico Socorrista, Médico Traumaortopedista e Médico Generalista - PSF. Salários chegam a R$ 7.253,13, já incluídas gratificações do cargo.


Um segundo edital conta com 277 vagas em cargos de Agente de Saúde Pública, Auxiliar Administrativo, Auxiliar de Serviços Básicos(Limpeza), Auxiliar Operacional de Educação(Creche), Auxiliar Operacional de Educação(Merendeira), Eletricista, Motorista, Oficial de Manutenção de Áreas Verdes (Máquina Roçadeira), Oficial de Manutenção(Carpinteiro), Oficial de Manutenção(Pedreiro), Oficial de Manutenção(Pintor), Oficial de Manutenção(Serralheiro), Oficial de Máquinas Pesadas, Operador de Som, Assistente Administrativo, Auxiliar de Enfermagem, Auxiliar de Enfermagem do Trabalho, Auxiliar em Saúde Bucal, Desenhista, Mestre de Manutenção(Telefonia), Programador de Sistemas, Técnico de Compras, Técnico de Contabilidade, Técnico de Enfermagem, Técnico de Imobilização Ortopédica, Técnico de Meio Ambiente, Técnico de Nutrição, Técnico de Radiologia, Técnico de Segurança do Trabalho, Topógrafo, Analista de Sistemas, Arquiteto, Assistente Social, Biólogo, Biomédico, Contador, Dentista, Diagramador, Enfermeiro, Engenheiro Ambiental, Engenheiro Civil, Farmacêutico, Fiscal de Meio Ambiente, Fiscal de Obras, Fiscal de Tributos, Fisioterapeuta, Fonoaudiólogo, Médico Veterinário, Nutricionista, Professor Substituto de Informática, Psicólogo, Terapeuta Ocupacional e Turismólogo. Remunerações variam entre R$ 583,59 e R$ 1.753,13, mais gratificações cabíveis.

Inscrições Concurso São Vicente


As inscrições devem ser feitas via internet, através do site http://www.zambini.org.br/ em dias distintos, dependendo do cargo. Para quem deseja concorrer aos cargos de Médico (primeiro edital) as inscrições devem ser feitas entre 29 de agosto e 23 de setembro de 2011. Para os demais cargos do segundo edital o período de inscrições se estende entre 05 de setembro e 07 de outubro de 2011.


A taxa de inscrição custa entre R$30 e R$70, de acordo com o cargo pretendido.

Provas


Concurso de São Vicente constará de diversas etapas de avaliação, dependendo do cargo. Haverá provas objetivas para todos os cargos, mais avaliação de títulos e prova prática, para determinados empregos, conforme consta no edital.


A prova objetiva está marcada para ocorrer em 23 de outubro de 2011 para cargos do primeiro edital (médicos) e nos dias 20 e 27 de novembro de 2011 para os demais cargos.


O gabarito das provas do concurso de São Vicente poderá ser consultado um dia após a realização das provas.

Fonte: http://www.acheconcursos.com.br/



Comentário: ainda não conseguiu o teu emprego estável? Olha aí outra oportunidade. Oportunidades até que existem, o problema é essa mania do peruibense querer muita facilidade. E daí que o concurso é em São Vicente? Existe busão intermunicipal que vai até lá. Para com esse negócio besta de se comportar como se fosse uma árvore, grudada ao solo. Se você tenta, tenta e tenta E NÃO CONSEGUE ARRUMAR UMA OCUPAÇÃO DECENTE POR AQUI, já não está na hora de buscar outra alternativa, mesmo que ela seja fora desta cidade?


ADRIANA MEZZADRI - SETE VIDAS




Uma bela voz, não é mesmo?

O QUE PERUÍBE PODERIA GANHAR SE O PORTO BRASIL FOSSE UMA REALIDADE NO FUTURO


A indústria chega ao Nordeste pobre por mar

Fortaleza, Brasil, 23/8/2011 – O brasileiro Porto de Pecém recebeu um pedido para desembarcar e armazenar os componentes de uma fábrica de cimento importada da China, que foi impossível de ser aceito como chegou. É que o carregamento ocuparia 40 mil metros quadrados, quase metade da área de armazenagem do terminal.


A solicitação foi enviada há um mês, mas continua em estudo porque o diretor de Implantação e Expansão de Pecém, Hernani de Carvalho Junior, encontrou uma solução prática. Sugeriu receber os equipamentos em “pulmão”, isto é, divido em duas partes de maneira que a segunda entre no porto depois da retirada da primeira, reduzindo desta forma a metade do setor ocupado.


O pedido incomum é também emblemático do processo de industrialização que vive o Nordeste, a região mais pobre do Brasil. Boa parte desses investimentos foi atraído pela instalação de portos projetados também como complexos manufatureiros e de energia. Pecém compreende um polo industrial e energético em fase de instalação em área de 330 quilômetros quadrados em torno do Porto, no Atlântico, inaugurado em 2002, a 60 quilômetros de Fortaleza, capital do Estado do Ceará.


Foi concebido como “um instrumento” de atração de indústrias, contando com dois grandes projetos de arranque, uma usina siderúrgica e uma refinaria de petróleo. Embora, finalmente, “não tenha ocorrido nessa ordem, como aconteceu com o Porto” após modificação em seu projeto original para ser adaptado a “cargas gerais e contêineres”, explicou Carvalho.


As indústrias vão chegando. Cerca de 20 empresas de serviços, energéticas, produção de cimento e equipamentos de energia eólica já se instalaram no Complexo Industrial e Portuário de Pecém, administrado pelo governo do Ceará. A construção da siderúrgica agora está em andamento, com inauguração prevista para 2015, quando poderá produzir até três milhões de placas de aço ao ano, enquanto a Petrobras construirá uma refinaria com capacidade para processar 300 mil barris diários de combustível a partir de 2017.


A esses projetos somam-se duas centrais termoelétricas, também em construção, com total de 1.080 megawatts, quase o dobro da geração atual do Estado do Ceará. Por serem alimentadas a carvão mineral importado da Colômbia, sua localização vizinha ao Porto é estratégica. Contudo, todo esse progresso não está imune a críticas. Um flanco atacado é o estudo em que se baseou a construção do Porto.


João Alfredo Melo, vereador em Fortaleza pelo Partido Socialismo e Liberdade (PSOL), afirmou que não foi feita uma medição adequada das correntes marítimas e dos ventos, que “são muito fortes em agosto e setembro”. Como exemplo, Melo recordou que apenas iniciadas as operações do Porto um navio chinês não conseguiu atracar por causa dos ventos, “uma vergonha” que se tratou de corrigir com a construção de um quebra-mar em forma de L. O vereador acrescentou que, após a instalação do terminal, começou a erosão das praias a oeste de Pecém, fenômeno semelhante ao observado na capital cearense após a construção de outro porto, há 60 anos.


Melo também questiona os efeitos sociais causados pela abrupta queda dos empregos, quando as empresas começam a operar, depois da grande demanda gerada para construir os prédios que formam o polo. “Sem cadeias produtivas”, como será o desenvolvimento da siderurgia com um polo metal-mecânico, os empreendimentos anunciados gerarão uma limitada quantidade de postos de trabalho, afirmou.


Carvalho responde a essa preocupação dizendo que atrás da siderúrgica virá a indústria de laminados e, talvez, uma fábrica de veículos, enquanto a refinaria da Petrobras atrairá o setor petroquímico. Tampouco concorda que o Porto cause problemas ambientais. Pecém, está a “sete dias da costa da Espanha e a seis de Nova Jersey, nos Estados Unidos”, e sua profundidade de 18 metros no recém-inaugurado Terminal de Múltiplo Uso permite a atracação dos maiores navios “sem necessidade de dragagem”, tudo contribuindo para os baixos custos que atraem as empresas de transporte, afirmou Carvalho, entusiasmado.


Medições batimétricas comprovaram que, entre 1997 e 2009, não houve alterações na profundidade local, indicando ausência de sedimentação e, portanto, dispensando o trabalho de dragagem que encarece a manutenção dos portos, explicou o diretor de Pecém. Carvalho também assegurou que o Porto conta com equipamentos de última geração. Por essas razões seu movimento de cargas teve “um crescimento exponencial” nos últimos anos, confirmando sua vocação de futuro “hub”, disse o diretor, se referindo a um porto que opera como um cubo, para ser o centro de muitas rotas marítimas.


O porto de Pecém é “offshore”, como são chamados os que possuem atracadouros distantes da costa, neste caso protegidos por um quebra-mar de 1.768 metros de comprimento, unido aos armazéns em terra por pontes ferroviárias e dutos. Agora está em fase de ampliação, com a meta de receber 5,6 milhões de toneladas de carga em 2012, quase o dobro das operações em 2010.


Sua grande vantagem logística, ao se localizar três mil quilômetros mais próximo da Europa e dos Estados Unidos do que o Porto de Santos, no Estado de São Paulo, o principal porto brasileiro. Entretanto, seu objetivo principal é impulsionar o desenvolvimento do Ceará, para que também se replique em toda a região Nordeste, ao integrar o polo industrial e atividades portuárias.


As indústrias instaladas e projetadas estão separadas do Porto por seis quilômetros, espaço destinado a preservar dunas, fauna e flora naturais, em um sistema de reserva ambiental. Os projetos de estradas, uma ferrovia e os dutos, além das isenções de impostos para empresas exportadoras, asseguram as condições atraentes para os investimentos.


A isso somam-se outros fatores a favor da industrialização do Nordeste, como um mercado em expansão carente de produção local em muitas áreas, como nos casos do aço e dos derivados de petróleo, e mão de obra mais barata do que no Centro e Sul desenvolvidos do Brasil, embora com escassa capacitação. A economia do Ceará cresceu 7,9% no ano passado, ficando em terceiro lugar entre os Estados do Nordeste, superado por Pernambuco e Bahía. Essa região registra médias superiores ao crescimento nacional nos últimos anos.


Pernambuco foi o campeão nacional em 2010, com seu produto crescendo 9,3%, em grande parte devido à contribuição de outro complexo portuário e industrial, o de Suape, na região metropolitana de Recife. É o espelho no qual Pecém se mira. Suape, um superporto pioneiro concebido nos anos 1970, só amadureceu efetivamente na década passada. Agora conta com mais de cem empresas instaladas e 130 projetos em andamento, com investimentos estimados em US$ 25 bilhões e cerca de 50 mil empregados na construção.


A Petrobras constrói nessa área uma refinaria que deverá ficar pronta em 2014 e uma enorme unidade petroquímica. Também funciona um estaleiro, ao qual estão associados capitais da Coreia do Sul, que emprega 7.400 trabalhadores desde 2008, e são numerosas as indústrias de bebidas, cerâmica e alimentos já instaladas.


Pecém e Suape estarão unidos dentro de alguns anos pela ferrovia Transnordestina em construção, que avança pelo interior semiárido do Nordeste. Toda uma infraestrutura que comporá, com muitas estradas em ampliação ou sendo reformadas, um sistema de transporte para uma industrialização que está meio século atrasada com relação ao Sudeste do Brasil. Envolverde/IPS
(IPS)

Fonte: ENVOLVERDE

Comentário: se você nunca ouviu falar do Porto de Pecém, tenha a certeza de isso deixará de ser raro no futuro próximo. Segundo o artigo, esse empreendimento não é um mar de rosas, mas está claro que esse Porto  fará aquela região cearense se tornar bem avançada em relação ao interior, e gerará benefícos para ele mais tarde. Vai ter até uma ferrovia para ligar Pecém a Suape. E como estão os planos para que pelo menos seja reconstruída a ferrovia daqui?  


Que baita atraso o nosso. E ainda aguardo pelas "alternativas ao Porto Brasil", tão cacarejadas por alguns. E dizem que eu sou pessimista. Então tá.