quarta-feira, 31 de agosto de 2011

CASTIGO CORPORAL EM CASA PROVOCA BULLYING?






Cerca de 70% de crianças envolvidas com bullying sofrem castigo corporal, mostra pesquisa

Agência Brasil


Cerca de 70% das crianças e adolescentes envolvidos com bullying (violência física ou psicológica ocorrida repetidas vezes no colégio) nas escolas sofrem algum tipo de castigo corporal em casa. É o que mostra pesquisa feita com 239 alunos de ensino fundamental em São Carlos (SP) e divulgada pela pesquisadora Lúcia Cavalcanti Williams, da Universidade Federal de São Carlos.


Do total de entrevistados, 44% haviam apanhado de cinto da mãe e 20,9% do pai. A pesquisa mostra ainda outros tipos de violência - 24,3% haviam levado, da mãe, tapas no rosto e 13,4%, do pai. “As nossas famílias são extremamente violentas. Depois, a gente se espanta de o Brasil ter índices de violência tão altos”, disse a pesquisadora, ao participar de audiência pública na Câmara dos Deputados que debateu projeto de lei que tramita na Casa e que proíbe o uso de castigos corporais ou tratamento cruel e degradante na educação de crianças e adolescentes.


Segundo ela, meninos vítimas de violência severa em casa têm oito vezes mais chances de se tornar vítimas ou autores de bullying. “O castigo corporal é o método disciplinar mais antigo do planeta. Mas não torna as crianças obedientes a curto prazo, não promove a cooperação a longo prazo ou a internalização de valores morais, nem reduz a agressão ou o comportamento antissocial”, explicou.


Para a secretária executiva da rede Não Bata, Eduque, Ângela Goulart, a violência está banalizada na sociedade. Ela citou diversas entrevistas feitas pela rede com pais de crianças e adolescentes e, em diversos momentos, frases como “desço a cinta” e “dou umas boas cintadas” aparecem. Em uma das entrevistas, um pai explica que bater no filho antes do banho é uma forma eficiente de “fazer com que ele se comporte”. “Existem pais que cometem a violência sem saber. Acham que certas maneiras de bater, como a palmada, são aceitáveis”, disse.


Atualmente, 30 países em todo o mundo têm leis que proíbem castigos na educação de crianças e adolescentes, entre eles a Suécia e a Alemanha. “A lei é uma forma de o Estado educar os pais”, ressaltou o pesquisador da Universidade de São Paulo Paulo Sérgio Pinheiro.


Como forma de diminuir os índices de violência contra crianças e adolescentes em casa, os pesquisadores sugeriram a reforma legal, com a criação de leis que proíbam esse tipo de violência, a divulgação de campanhas nacionais, como as que já vêm sendo feitas, e a participação infantil, com crianças sendo encorajadas a falar sobre assuntos que lhes afetem. “A principal reclamação das crianças é que elas não aguentam mais serem espancadas pelos pais”, destacou Pinheiro.

Fonte: http://www.atribuna.com.br/


Comentário: interessante como uma pesquisa feita em uma única cidade brasileira, acaba sendo usada para se afirmar que NO PAÍS INTEIRO É A MESMA COISA, ou seja, que a maioria das crianças brasileiras que praticam o famigerado BULLYING apanham em casa. Se pega a amostragem de um único município, para se sugerir que NO PAÍS INTEIRO TAMBÉM É ASSIM. Nossa, isso faz tanto sentido quanto os argumentos toscos criados para a defesa do desarmamento das pessoas QUE NÃO SÃO CRIMINOSAS.

No artigo é dito que na Suécia e Alemanha os castigos corporais são proibidos. Mas por acaso essas sociedades são poucos violentas atualmente, pelo menos de acordo com os padrões europeus? Afirmo aqui que não. O bullying é uma prática comum nesses dois países. Até filmes suecos foram feitos sobre isso. Então, o que faz com que crianças suecas - que não sofrem castigos corporais dos pais, pois é - agridam os seus colegas nas escolas? Seria a famosa "falta de limites"? Na Alemanha, já ocorreram até vinganças mortais promovidas por vítimas. E lá as crianças também não apanham.


E eu digo mais. Quem pode garantir que todas as crianças e adolescentes entrevistadas nessa pesquisa FALARAM A VERDADE? Pois é, menor de idade também pode mentir, inclusive como forma de, digamos assim, se "justificar". É possível dizer que todos esses alunos foram sinceros? Que não sentiam descontentamento com os pais por outros motivos (proibições impostas por eles) e deram essas respostas?



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