A primeira lição das eleições em 3 de outubro é que as pesquisas de opinião pública falharam feio. Poucos dias antes do pleito, algumas delas indicavam que Lula tinha uma vantagem de 15% sobre Bolsonaro; e também previam uma vitória de Lula no primeiro turno. A segunda - e grande - lição é que o bolsonarismo tornou-se uma força política organizada, e que veio para ficar por vários anos. Basta lembramos que o PL (partido do presidente) terá a partir de 2023 pelo menos 13 de cadeiras no Senado e 99 na Câmara dos Deputados, sem contar os dos partidos aliados. E nem vou falar dos governadores, como o futuro vitorioso no segundo turno em São Paulo, o senhor Tarcísio de Freitas.
O próximo governador de São Paulo falando sobre a picanha que o Lula prometeu
E em se tratando de Peruíbe, aqui neste recanto do litoral paulista, o bolsonarismo cresceu em influência. A deputada federal Rosana Valle, também do PL, teve por aqui 7.999 votos, a mais votada nesta cidade (até eu votei nela); o candidato derrotado ao Senado Márcio França conseguiu 12.967 votos, bem menos do que os 18.529 do astronauta Marcos Pontes, senador eleito; Tarcísio teve 17.391 votos, mais do que os 11.990 do petista (pois é) Haddad, e bem mais que os 8.164 do atual governador Rodrigo Garcia, números que por si só indicam o declínio do tucanismo nesta cidade, como força política expressiva. E antes que me esqueça: Bolsonaro teve 21.196 votos de peruibenses, e Lula 15.997.
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