domingo, 7 de fevereiro de 2016

DESEMPREGO CRESCE NA BAIXADA SANTISTA - FEVEREIRO DE 2016







NÚMERO DE PESSOAS À PROCURA DE EMPREGO AUMENTA EM SANTOS

Centro de Emprego e Trabalho tem alta de 60% no volume diário de atendimento; postos que surgem são preenchidos imediatamente


DÉBORA PEDROSO



Na fila do desemprego, desespero e angústia. Esse é o cenário no Centro de Emprego e Trabalho de Santos. O serviço registrou aumento de 60% em atendimento. Por dia, aproximadamente 600 pessoas procuram o local para se recolocar profissionalmente.

De acordo com a coordenadora, Rosana Spinucci Lara, em sete anos de serviço, esta é a primeira crise enfrentada pela instituição. As poucas vagas que surgem são preenchidas imediatamente: não há tempo nem sequer para uma triagem de trabalhadores que se enquadrem no perfil. Ontem de manhã, por exemplo, havia somente oito postos abertos.

No ano passado, houve 9.646 vagas no Centro de Emprego, enquanto 2014 registrou 11.127. A redução de ofertas de trabalho aconteceu no segundo semestre de 2015, que registrou 2.915 vagas, contra 6.025 vagas no mesmo período do ano anterior.

“Os trabalhadores estão desesperados atrás de uma vaga. Quando nós (funcionários) chegamos aqui, já tem uma fila com 200 pessoas para atendimento. Tem gente que vem duas vezes por dia”, conta.

Diante do cenário, a equipe do Centro de Emprego passou a telefonar para as empresas em busca de oportunidades. Porém, a rotina adotada desde agosto do ano passado tem surtido pouco efeito.

Perfil

Segundo Rosana, o Centro de Emprego recebe pessoas de toda a Baixada Santista, mas nos últimos meses aumentou a procura de moradores de Cubatão, que representam 70% dos atendimentos.

A maioria é jovem, com idade a partir de 25 anos e com qualificação profissional para a área industrial, como montador de andaime e soldador. Porém, também há profissionais com Ensino Superior.

Drama

O ajudante geral José Almeida, de 33 anos, é o retrato desse drama por trabalho na Baixada Santista. Há quatro meses, integra o cadastro de 50 mil desempregados no Centro de Emprego. Por buscar diariamente uma oportunidade, tornou-se conhecido dos funcionários e do motorista do ônibus, que se compadece e libera a catraca da condução, que custa R$ 4,50.

Nascido em Sergipe, mudou para Cubatão há 15 anos, onde mora em um cômodo alugado por R$ 300,00 na Vila Natal. Familiares têm ajudado no aluguel. Até agora, Almeida fez um processo seletivo, mas não teve retorno.

“Está muito difícil, parece que fechou tudo. Nunca passei por isso, mas ainda estou com fé que vou conseguir”. Um dos entraves para Almeida é a escolaridade. Ele cursou até o 5º ano do Ensino Fundamental. Diz que, por causa da rotina puxada de trabalho, não conseguia concluir os estudos, que agora tanto lhe fazem falta.

“Em tempos de muita mão de obra disponível, o empregador acaba selecionando mais, e o critério escolaridade pesa”, explica Rosana.

Sem consulta

Como outros trabalhadores que moram em Cubatão, José Almeida se queixa do atendimento no Posto de Atendimento ao Trabalhador (PAT) da sua Cidade. O serviço é o único da Baixada Santista que não oferece consulta de vagas.

O trabalhador tem que esperar o contato dos funcionários, que avisam quando há vaga no perfil. Mas, segundo Almeida, esse contato nunca acontece. A Tribuna apurou que o PAT de Cubatão teve aumento de 20% nos atendimentos.

Onde procurar emprego

Santos, Poupatempo Rua João Pessoa, 300 - Telefone 3223-9501/ 3223-9945 

 Centro Público de Emprego e Trabalho Rua Amador Bueno, 249 
 Cubatão Rua Padre Nivaldo Vicente dos Santos, 41 - Telefone 3362-6150 
 Bertioga Av. Anchieta, 392, Centro - Telefone 3319-9716/ 3319-9715 
São Vicente R. Frei Gaspar, 2.577 - Telefone 3467-7599
 Praia Grande Av.Ayrton Senna da Silva,1.511- Telefone 3496-5402
 Itanhaém Av.Harry Forssell,1.505 - Telefone 3427-6234
 Sine Peruíbe Rua da Estação, 50 - Telefone 3453-4555
 Guarujá Av. CasteloBranco, 357 - Telefone 3341-3431/ 3341-1134


FONTE: A TRIBUNA








A situação é bem grave, pois a BAIXADA SANTISTA está muito despreparada para o agravamento da recessão no Brasil. A riqueza prometida pelo pré-sal foi apenas uma ilusão, inflacionando os valores dos imóveis, os quais irão se desvalorizar, jogando ainda mais para baixo o setor da construção civil. Quanto ao turismo, ele só perde num país com muita gente desempregada a qual NÃO PODERÁ VIAJAR PARA SE DIVERTIR, ou seja, a baixada santista é uma das regiões que mais sofrerão com a recessão.


MARCADORES: ESTADO DE SÃO PAULO, LITORAL PAULISTA, BAIXADA SANTISTA, DESEMPREGO EM, BERTIOGA, GUARUJÁ, CUBATÃO, SANTOS, SÃO VICENTE, PRAIA GRANDE, MONGAGUÁ, PERUÍBE


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