A temporada de verão 2014/2015 acabou, ou seja, encerrou-se mais um breve período de "prosperidade" municipal. Terminou um período de incômodos (barulho, sujeira, congestionamentos, gente sem educação, filas enormes nos supermercados ...) mas também de dinheiro entrando na cidade e garantindo mais empregos e renda.
E agora veremos a rotina que se repete a cada ano: muitos jovens que trabalhavam como comerciários retornando a condição de desempregados, correndo o risco de caírem num ciclo de empobrecimento e se sentindo motivados a verem a migração como solução. Mas por incrível que pareça isso não é o mais grave.
Até agora os protestos contra o governo municipal não apresentaram resultados satisfatórios. Já ocorreram vários, e desconheço quais mudanças positivas surgiram por influência deles, nos quais a participação é ínfima. Entendo que historicamente são minorias que iniciam os ciclos de manifestações cidadãs, mas até agora nada de mais pessoas se juntarem aos rebeldes de plantão, sequer existe o que poderíamos chamar de movimento popular. Numa cidade em que a maioria da população evita desagradar aos políticos - principalmente os da situação - não há perspectivas para avanços, apenas variações para trás.
Estamos no tempo do silêncio, durante o qual muitos peruibenses reclamam todos os dias dos problemas locais, mas se silenciam quando se trata de demonstrarem descontentamento coletivamente. Mas o pior é a insistência durante as eleições municipais em acreditarem no "salvador da pátria", num candidato/candidata com discurso messiânico. Preferem evitar quem possui a proposta pragmática, sempre favorecendo aquele que promete uma transformação revolucionária no município, que a cada nova administração jamais ocorre.
Portanto, como já disse num passado próximo, Peruíbe vive um clima de cada um por si, e parece que vai seguir assim, pois a espantosa indiferença popular para com manifestações públicas contribui muito para isso.
MARCADORES: PERUÍBE, PERUIBENSE, PERUIBANO, BAIRRO DO CARAGUAVA, VILA ERMINDA, JARDIM VENEZA, JARDIM BRASIL, SUS, SISTEMA ÚNICO DE SAÚDE, UPA, PROTESTOS, MANIFESTAÇÕES, ELEIÇÕES MUNICIPAIS 2016
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