domingo, 7 de outubro de 2012
NOSSA, DIA DE ELEIÇÃO MUNICIPAL !!! PRECISO IR VOTAR !!!
Caramba, preciso ir cumprir com o meu "dever cívico". Mais tarde - bem mais tarde, já aviso - volto com o resultado da eleição em Peruíbe.
sábado, 6 de outubro de 2012
AGORA VIRAMOS SOCIALISTAS
Nas eleições municipais, um estranho cacoete se repete em praticamente sobre todo discurso político-partidário, de norte a sul, de leste a oeste, enfim, contaminando todas as nomenclaturas políticas. Por mais que haja uma aparente oposição entre direita e esquerda, liberais, conservadores ou socialistas, contudo, essa divergência não reflete necessariamente diferenças ideológicas, mas tão somente distinções de interesses ou de grupos políticos personalizados. Neste aspecto, as nomenclaturas partidárias são apenas ficções vazias de algum grupelho ou cacique político. No Brasil, os partidos políticos nunca foram ideologicamente fortes. São expressões inócuas de meros jogos oligárquicos de interesses.
Entretanto, não se pode negar que dentre a fraqueza de identidade partidária nas disputas eleitorais, há uma estrutura de pensamento predominante entre todos eles, seja nos projetos, seja nos discursos políticos. É curioso, senão surpreendente perceber que os esquemas mentais socialistas são hegemônicos em quase todas as propostas de governo expostas na programação eleitoral. Todavia, esse socialismo não se expressa politicamente numa estrutura ideológica coerente, e sim numa cultura, discurso e prática política, que se manifesta inconscientemente, transformando-se num vício retórico e em uma mania burocrática, que se casaram perfeitamente com o tradicional patrimonialismo da nossa sociedade.
De uma coisa não se pode negar: as ideologias revolucionárias e estatólatras produzidas em universidades e escolas do país criaram um consenso assustador, um imperativo categórico inquestionável e dogmático. O Estado adquire auras sacrais, culto idolátrico, sintoma de onipotência. Se antes a crença era restrita a uma diminuta elite universitária ou a um círculo de fanáticos positivistas ou marxistas, agora a doutrina do governo total expande sua influência sobre todo o corpo social, incluso, a classe política. Quem negará que os políticos brasileiros, reles criaturas demagógicas e boçais, formadas muitas vezes, embora indiretamente, por estes mesmos cânones academicistas, não gostaram da idéia?
Nas agendas dos candidatos a prefeito ou a vereadores, observamos as seguintes cenas messiânicas: eles vendem a idéia de que são seres superiores, milagreiros, grandes pais estatais, prometendo os serviços mais detalhados e minuciosos para atender aos anseios ou carências materiais e emocionais do cidadão comum. Um deles promete mais creches para cuidar das crianças; outros, melhores colégios ou hospitais; ou então empréstimos subsidiados de bancos “populares”, cestas básicas e geração de emprego e renda. Ou mais, centros de lazer ou ocupação para os jovens. Em suma, um processo de burocratização da sociedade muito similar ao sistema sueco de “bem estar social” ou ao regime soviético.
O problema deste discurso é o seu irrealismo, sua inoperância, sua megalomania. Ou mais, sua sedutora ameaça à liberdade civil e política em nome de samaritanos propósitos. Se os políticos repetem essas fórmulas à exaustão é porque os eleitores, bestializados por um universo de doutrinação ideológica e confiança cega no Estado, são capazes de abandonar seus papeis sociais e direitos individuais mais elementares aos caprichos de uma burocracia administrativa e política salvadora. Quando os políticos se propõem a criar mais creches ou expandir o sistema educacional, o cidadão comum médio nutre de um conforto espiritual apavorante, uma vez que abdica do papel de pai ou mãe de família, para dar ao Estado um poder que até então era individual. Na verdade, a idéia redentora de um Estado babá que dá tudo ao cidadão é algo que está tão impregnado na consciência democrática moderna, que será muito difícil convencer o cidadão comum a andar pelas próprias pernas. Ou pelo próprio cérebro.
O mesmo se aplica ao sistema de saúde. Alguém pensará numa assistência médica onde o Estado não detenha o controle? Por mais que haja pessoas morrendo em filas dos hospitais municipais e por mais que o atendimento seja precário, vergonhoso, ridículo até, o cidadão médio tem a ilusão de que deve ser paparicado como uma criança birrenta e egoísta. Ele não sabe cuidar de sua saúde. O Estado cuida.
Ainda me lembro da cena grotesca do Pronto Socorro Municipal de Belém, quando os médicos e enfermeiros grevistas colocaram um caixão simbólico na frente do hospital. Confesso que aquela cena tinha um ar macabro. Alguém poderia dar credibilidade a um hospital onde o símbolo maior é uma urna funerária? Melhor seria morrer em casa do que ver aquela imagem surrealista. É provável que muitos brasileiros realmente morram em casa e ainda paguem por este serviço falido. Mas isto não conta nas estatísticas do governo.
Alguém poderia objetar a esses argumentos, ao afirmar que os pobres precisam de atendimento médico e as crianças sem posses precisam de educação. O problema é que ninguém pergunta como e o que o Estado pode oferecer neste sentido. Não se pode negar que muitos pobres não têm condições de pagar um serviço caro de saúde. Ou que muitos pais tampouco possuem recursos para oferecer uma instrução necessária a seus filhos. Contudo, será que alguém já se perguntou qual o preço da tamanha concentração de poder que o Estado exige para oferecer estes serviços? Quando os tolos falam da redenção da educação universal como uma panacéia pronta para os problemas da sociedade, será que perguntam que tipo de educação se oferecerá às crianças? Ou que tipo de tratamento médico será dado aos doentes?
Não seria mais lógico que a sociedade civil, de forma voluntária, fizesse sua parte realizando tudo o que espera do governo, ao invés de esperar dessa classe política corrupta e ávida por dinheiro? Alguém acredita que o Estado criará tantas creches ou tantas escolas ou tantos hospitais para atender todo mundo? Mas a que custo? A custo de pilhar e estatizar toda a sociedade civil?
Há aí um vício de iniciativa da própria população civil em resolver seus problemas. Acostumada a esperar tudo do governo, só resta se sujeitar bovinamente a uma autoridade superior, que realiza, de cima para baixo, o que poderia ser feito de baixo para cima, ou seja, pelos próprios concidadãos.
Os pobres poderiam ser auxiliados sem a interferência direta do governo? A resposta é sim. Durante séculos foi assim. As famílias, através de associações, de Igrejas, se atendiam mutuamente sem a interferência governamental. A anomalia do Estado atual é que gerou a falsa idéia de que é titular absoluto uma educação formal, retirando de outros elementos ou instituições da sociedade, o poder de educar.
Ainda me lembro de uma situação particular. Comentava a uma senhora a seguinte questão: os cidadãos, ao invés de esperarem do governo para asfaltar sua rua, poderiam tomar a iniciativa por conta própria e, no máximo, descontar tais ações dos impostos. E eis que ouvi a seguinte resposta: deixe o governo fazer. Isso demonstra que a expansão governamental na democracia estimula uma sociedade de cidadãos atomizados, desarticulados, cuja inércia é retrato de uma carência completa de vínculos institucionais solidários. Na verdade, o vínculo institucional, personificado tão somente no Estado, acaba por alienar os cidadãos de seus próprios interesses e de seus direitos. Porque no final das contas, é o Estado, a classe política, a burocracia que decidem, à revelia da sociedade, o que acham que é melhor para a sociedade.
Não pretendo aqui cair num ingênuo anarquismo. Seria difícil tirar o Estado de cena, sabendo-se que ele gerou um círculo de dependência material e psíquica na comunidade e esvaziou de espaço as demais instituições políticas tradicionais, como a Igreja, a associação civil leiga e a própria família. Contudo, é necessário repensar no poder abominável deste grande monstro filantrópico. O governo deve ser subsidiário, auxiliar da sociedade nos seus papéis tradicionais, não usurpar-los em causa própria. Ou melhor, a solução primaz é fortalecer o que é elemento necessário da sociedade civil, como a Igreja, a família e a associação voluntária e diminuir a esfera do Estado dentro da lógica limitadora de sua ação política. Quanto menor a influência do Estado, maior a facilidade de controlá-lo e fiscalizá-lo.
Lamentavelmente, a diminuição do poder estatal parece ser uma ilusão, uma luz apagada no discurso político atual. Qual político ou burocrata da atualidade, em sã consciência, quer perder esse poder? Qual político quer perder votos ou mesmo uma eleição, ao falar a verdade para o povo, a de que não há lanche gratuito? E como defender valores tão caros à sociedade, como a liberdade, quando esta sociedade, em sua maioria, está mais apegada a bens e confortos materiais do que tomar conta de si mesma? A própria classe intelectual e universitária, tal como uma casta sacerdotal deste viés político, com algumas exceções, deseja a consagração deste Estado divinizado. A democracia está vivendo uma curiosa situação de escravidão voluntária, onde os cidadãos consentem na servidão de um déspota opressivo, embora pretensamente generoso. São as ovelhinhas obedientes de um mau pastor.
Nos anos 30 do século XX, em meio ao totalitarismo fascista e comunista, alguém afirmava, descrevendo o espírito de uma época, que “todos agora somos socialistas”. Alguém poderá dizer coisa diferente, no âmago de nossas pretensas democracias liberais?
Fonte: CONDE LOPPEUX DE LA VILLANUEVA
A ELEIÇÃO É NO PRÓXIMO DOMINGO ... E EU TENHO DE ESCREVER ALGUMA COISA. E AGORA?
Pois é. Em outros tempos, esta seria uma das postagens mais importantes deste blog .... mas isso foi em outra época. Outros blogueiros peruibenses que brinquem de revolução municipal, ou que defendam uma "terceira via", que significará mais um governo de esquerda em uma cidade com eleitorado predominantemente de direita.
Sou um pessimista assumido. Recordo a todos que 1996 está longe e infelizmente, ao contrário daquela época, não existe uma versão feminina do Doutor Alberto, que na minha opinião FOI O MELHOR PREFEITO DA HISTÓRIA DESTA CIDADE. O momento histórico era outro, bem outro. Basta dizer que o eleitorado peruibense daquela época estava menos sujeito a se deixar levar por discursos esquerdistas/socialistas, preferindo a proposta moderada/social democrata de um candidato tucano. Ah, eram outros tempos.
Agora, a massa do eleitorado corre o risco de trocar a atual esquerda que governa a cidade, por MAIS ESQUERDA, justamente aquela que governa o Brasil a cerca de uma década. Eita, esse eleitorado .... dai-me paciência.
Se isso ocorrer, será resultado da lenta doutrinação SOCIALISTA que o povo peruibense tem passado, convencido de que este município só poderá de fato progredir se tiver uma prefeitura FORTE, ou seja, mais "atuante". Em outras palavras, os munícipes querem mais intervenção estatal para resolver os seus problemas.
Não entende o que quero dizer? Leia o próxima postagem.
CARREATA DA PREFEITA/CANDIDATA MILENA NA AVENIDA PADRE LEONARDO NUNES
Foi uma carreata gigantesca, que levou mais de uma hora para passar pela Avenida Padre Leonardo Nunes, entre as 12:00 e cerca de 1 da tarde. De fato, o lado governista demonstrou a sua força.
quinta-feira, 4 de outubro de 2012
PONTAL DO PARANÁ: O PETRÓLEO É O FUTURO
TRF dá sentença favorável ao IAP em ação sobre licença ambiental em Pontal do Paraná - 04/10/2012
A 4ª Turma do Tribunal Regional Federal da 4ª Região, em Porto Alegre, deu sentença favorável ao licenciamento realizado pelo Instituto Ambiental do Paraná (IAP) para a ampliação das instalações da empresa Techint, em Pontal do Paraná. A empresa produz plataformas para a exploração de petróleo no litoral paranaense.
A decisão foi relatada pelo juiz federal João Pedro Gerban Neto e acompanhada pelos demais julgadores que, por unanimidade, mantiveram a licença. A decisão ratifica o entendimento da juíza federal Pepita Durski Tramontini, que também deu sentença favorável ao IAP em fevereiro desse ano.
A ação foi movida pelo Ministério Público Federal do Paraná, que recorreu da primeira decisão judicial porque entendeu que o órgão ambiental deveria exigir Estudo de Impacto Ambiental (EIA/RIMA) da Techint. O IAP exigiu um Plano de Controle Ambiental (PCA) e condicionantes expostas no processo para evitar um impacto maior e possíveis acidentes ambientais.
Mesmo sem pedir o EIA/RIMA, o órgão ambiental exigiu do empreendimento as medidas compensatórias que foram calculadas nos mesmos moldes de quando é exigido o estudo.
Os técnicos do IAP que atuaram no processo de licenciamento entenderam que o impacto ambiental gerado pela atividade é mínimo, uma vez que a empresa está instalada no local desde a década de 1980.
“O processo de solicitação de licenciamento do empreendimento está tecnicamente bem embasado, com estudos completos e argumentos concisos. O trabalho bem feito do nosso corpo técnico e jurídico conseguiu provar as razões pelos quais nos levaram a exigir o PCA em vez do EIA/RIMA como queria o promotor federal”, explica o presidente do IAP, Luiz Tarcísio Mossato Pinto.
Segundo ele, com a ampliação das atividades a empresa irá gerar novos empregos para a região sem causar danos ao meio ambiente. “O impacto ocorreu há muitos anos quando o empreendimento foi instalado naquele local, portanto já está consolidado. Não há motivos para que o IAP impedisse a ampliação da empresa em seu próprio terreno”, disse o presidente.
Fonte: AGÊNCIA DE NOTÍCIAS DO PARANÁ
Comentário: enquanto Pontal do Paraná constrói um próspero futuro, que contará com a indústria petrolífera, Peruíbe aguarda por esse futuro ... e aguarda, aguarda, e continua aguardando.
Olha, não adianta esse papo de que o pré-sal está aí, que essa riqueza está chegando a Peruíbe, se não vemos resultados. No município paranaense aqui citado se vê mudanças. E por aqui? Cadê as mudanças?
Postagens recomendadas:
INDÚSTRIA DO PRÉ-SAL AVANÇA EM PONTAL DO PARANÁ
PONTAL DO PARANÁ PROGRIDE GRAÇAS AO PRÉ-SAL. E PERUÍBE?
NÃO APRECIA NENHUMA DAS TRÊS? VOTE NULO
Se você, munícipe e eleitor de Peruíbe, não simpatiza com nenhuma das três candidatas a prefeita da cidade, considere a possibilidade de ANULAR O VOTO. Sim, isso mesmo, ANULE O VOTO.
Ah, mas tem aquele papo do "dever cívico". Francamente, se você se considera absolutamente sem opções, terá que escolher por uma delas, por causa desse "dever cívico"? É assim?
Como eu não apoio nenhuma força política desta cidade e NENHUM CANDIDATO OU CANDIDATA, escrevo sobre isso sem constrangimento. Sou a favor do voto facultativo, pois considero o voto obrigatório autoritário. No nosso caso, ele obrigará peruibenses que não têm o interesse em votar, a votar. Deixar de ir às urnas seria para muitos munícipes uma forma de expressar descontentamento com a política municipal. Mas já que isso é impossível, se sinta no direito DE NÃO VOTAR EM ALGUMA DAS TRÊS.
Se algum babaca "politizado" quiser te encher o saco por causa dessa escolha, usando o argumento tosco de que se não vota em alguém, NÃO PODE RECLAMAR DEPOIS, apenas diga que você é um munícipe QUE PAGA IMPOSTOS. Não votarei em qualquer das três, mas pago IPTU: tenho o direito de reclamar da próxima prefeita sim, ou da atual, se ela continuar. Sou um contribuinte. Entendeu?
quarta-feira, 3 de outubro de 2012
MASCARADO POLÊMICO, ME AJUDA !!!
Um sujeito que se denominou "cidadão peruibense", veio me torrar a paciência com um comentário cheio de besteirada politicamente correta, sobre a famigerada PLC 122. O artigo em que ele fez o comentário está aqui. O problema é que o sujeito não leu o artigo no qual a PLC é criticada, ou leu e fingiu que não entendeu.
No comentário, fica claro que ele acredita que os gays são uma minoria oprimida e "humilhada" no Brasil. Ele acha que com a PLC será tudo diferente ... bem, onde é que está toda essa opressão para a lei combater? Cadê o genocídio gay que a imprensa homossexualizada afirma existir?
Ah, tem a televisão. Os personagens gays nas novelas são caricatos, e o cidadão não gosta disso. Melhor seria uma novela com um casal de barbudos fazendo ..... fazendo algo que eu não tenho a obrigação de achar lindo. Sinto muito, mas seria um fracasso de público, e as emissoras de TV que produzem novelas precisam ter lucro. Quem sabe em emissoras públicas, que podem torrar montes de dinheiro do contribuinte com bobagens, um casal de protagonistas gays daria certo.
Não me venha com essa porcaria de lei que discrimina uma maioria a favor de uma minoria, que ela tornaria o Brasil um "paraíso" para os gays. Ora, se isso for aprovado, dois travecos poderão ser beijar dentro de uma igreja, e ninguém lá dentro poderá falar nada, pois vai ser "preconceito".
Mas quer saber? Cansei. Melhor postar um vídeo que denuncia o totalitarismo do movimento gay. Tenho mais o que fazer:
HOBSBAWM E O PREÇO DA UTOPIA
David Pryce‑Jones *
Tradução de Cristian Clemente
Eric Hobsbawm tem passado sua carreira de pelo menos sessenta anos ora justificando a existência da União Soviética, ora lamentando sua derrocada. Ninguém no Reino Unido poderia igualar semelhante recorde; aliás, nem na Rússia de hoje há alguém com uma carreira comparável. A culpa dos males do mundo é, argumenta Hobsbawm invariavelmente, do capitalismo e dos capitalistas. Ele gosta de se definir como um historiador profissional, mas isso não passa de rematada autoindulgência da parte de um apologista denodado da ideologia marxista‑leninista.
Hobsbawm não tem qualquer interesse pelas normas habituais da historiografia, que é contar o mais objetivamente possível a verdade dos acontecimentos. No entanto, quanto mais distorcidas e perversas são as suas ideias, maior a reputação que angaria. Reitor do Birkbeck College, em Londres, professor universitário, membro da British Academy e da American Academy of Arts and Sciences, coleciona prêmios, títulos honoríficos e louvores muitas vezes negados a acadêmicos de verdade. É extraordinário que a defesa do totalitarismo e o desprezo pelas sociedades livres sejam recebidos com a aprovação de multidões.
Sir Keith Thomas, autoridade em temas da cultura britânica, por exemplo, chegou a dizer que Hobsbawm “é inigualável na sua profissão”. Numa resenha para o New York Review of Books, Tony Judt considerou‑o “o mais conhecido historiador do mundo [...] um herói lendário da cultura. Sua fama é bem merecida. Ele controla vastos continentes de informação”. Um comentarista conservador, Niall Ferguson, criticou o comunismo de Hobsbawm, mas julgou inegável o fato de ele ser “um dos grandes historiadores desta geração”. Tampouco o New York Times viu algo de contraditório ou estranho em descrevê-lo como “um dos grandes historiadores britânicos da sua geração, comunista ferrenho e homem culto, cujas obras de história, escritas com erudição e estilo elegante, continuam a ser lidas nas escolas daqui e do exterior”.
A revista The Nation foi muito além disso, elevando‑o a nada menos que a categoria de “um dos ‘homens virtuosos’ de Aristóteles”. O ex‑primeiro‑ministro Blair o elevou a membro da Ordem dos Companheiros de Honra, distinção rara que serviu para confirmar sua reputação. Um entrevistador da BBC, célebre por desbaratar pretensões, convidou‑o para um dos principais programas de entrevista e, de repente, entregou‑se à bajulação, chamando Hobsbawm de o maior historiador do século XX.
A experiência comunista – trata‑se de uma opinião já amplamente aceita – é responsável por cem milhões de mortes, e impôs ao século XX o estigma de uma das épocas mais assassinas da história. Já se descobriu que o marxismo‑leninismo é, na melhor das hipóteses, um devaneio acadêmico e um eufemismo para engenharia social; na pior, uma máquina infalível de guerra, conflitos e genocídios. Os condenados a aturar o comunismo livraram‑se agradecidamente dele assim que tiveram chance. Antigos fiéis da primeira hora – de Andrei Sakharov e Leszek Kolakowski a François Furet – viriam a explicar detalhadamente como pessoas inteligentes como eles próprios puderam estar tão enganados. Humanidade, liberdade, a simples compaixão pelo próximo: nada disso preocupa Hobsbawm. Para ele, a União Soviética caiu porque, infelizmente, não aplicou os métodos adequados para o verdadeiro comunismo.
Todo o experimento deveria ser repetido a partir das diretrizes deixadas por Marx e Lenin, embora essa nova tentativa também suponha o uso da força e um grande número de mortos. Em 1994, Michael Ignatieff – então jornalista político, mas depois presidente do Partido Liberal do Canadá – entrevistou Hobsbawm para a BBC. Segundo o historiador, o Grande Terror de Stalin teria valido a pena caso tivesse resultado na revolução mundial. Ignatieff replicou essa afirmação com a seguinte pergunta: “Então a morte de 15, 20 milhões de pessoas estaria justificada caso fizesse nascer o amanhã radiante?” Hobsbawm respondeu com uma só palavra: “Sim”.
Certa vez, encontrei Hobsbawm na casa de um amigo em comum. Conversamos sobre a Guerra Fria, em pleno vapor à época. Para ele, o certo seria jogar uma bomba atômica em Israel. Era uma simples questão de matemática: melhor matar cinco milhões de judeus do que ver uma superpotência nuclear matar duzentos milhões de pessoas. “Goebbels foi a última pessoa a falar assim”, eu disse. Ele se levantou da mesa e foi embora.
É difícil e doloroso simpatizar com alguém tão disposto a ver o assassinato em massa como prelúdio da Utopia. É ainda mais difícil fazer‑lhe justiça. Hobsbawm pertence a um tipo de gente retratado numa memorável passagem de Ferdinand Peroutka, ex‑aliado de Tomas Masaryk, o primeiro presidente da Tchecoslováquia. Os nazistas o prenderam e os comunistas o exilaram.
“O tirano dos dias de hoje sempre envia dois tipos de emissários: homens armados e falsificadores de ideias; sujeitos robustos e homens magrelas de óculos e rosto chupado; capangas que espancam a nação e outros capangas que agradecem o espancamento em nome da nação. O policial é seguido – e às vezes precedido – pelo mentiroso.”
Capangas e brutos estão presentes em todas as sociedades. Despertam pouco ou nenhum interesse, com a possível exceção da polícia. A revolução marxista‑leninista ou qualquer outro colapso social dá a tais homens a licença de pôr em prática a brutalidade que é sua segunda natureza. Obedecerão a qualquer um que lhes mandar servir de guarda em um campo de concentração ou atirar na nuca de alguém. Os falsificadores de ideias e mentirosos são muito mais sinistros. Em busca de poder, distorcem a verdade e transformam crime em justiça. Por trás dos escritos de Hobsbawm, está a sombria silhueta de um comissário assinando penas de morte com a consciência limpa. Como pôde ter se tornado um dos magrelas de óculos e rosto chupado, um profissional da falsificação e da mentira de que nos fala Peroutka?
O primeiro lugar onde procurar a resposta é em Tempos interessantes, sua autobiografia. Ele nasceu em 1917, e eu um pouco depois, em 1936. Por coincidência, ambos temos raízes judaicas e vienenses. Sua mãe, escreve, dizia‑lhe para nunca fazer algo que pudesse sugerir certa vergonha de ser judeu. Uma ou duas gerações atrás, muitos judeus abraçaram o comunismo, que parecia oferecer‑lhes assimilação, a libertação completa de uma identidade que talvez lhes envergonhasse ou – pior ainda – desse margem a situações vergonhosas. O internacionalismo teórico do comunismo oferecia a libertação das exigências da identidade judaica, uma escapatória, uma promessa de igualdade com os gentios. Essa resposta a tantas aspirações foi forte o bastante para seduzir muitos judeus a se tornarem revolucionários marxistas. Hobsbawm foi um deles.
Perseguidos tanto por Hitler como por Stalin, o destino dos marxistas judeus não foi senão trágico. Sua identidade revolucionária adotiva só convencia a eles próprios. O sionismo, ou seja, o nacionalismo judaico, era outra escapatória possível, uma retirada, uma afirmação de alteridade, uma espécie de tribalismo até – também com seu elemento trágico. Sendo um judeu marxista revolucionário, Hobsbawm vê em Israel uma nação “imperialista”, e por isso negou‑se certa vez a tomar um voo que fazia escala em Tel-Aviv.
Na sua autobiografia, despreza Israel, chamando‑o de “o pequeno Estado‑nação militarista, frustrante na sua cultura e agressivo na sua política, que pede a minha solidariedade em termos raciais”. Noutra ocasião, visitou a Universidade Bir Zeit, na Cisjordânia, para dar seu apoio aos palestinos. Ficamos sem saber por que o nacionalismo palestino é válido, mas o judaico não. A proposta que uma vez o ouvi fazer – cinco milhões de sionistas deveriam ser mortos – representa a ideologia marxista judaica levada ao ponto de transformar a revolução em reação.
Depois de crescer em Viena e Berlim, Hobsbawm chegou à Inglaterra em 1933 e entrou em Cambridge três anos mais tarde. Naquela época, a cultura britânica era provinciana. Com o intuito de provocar uma mudança no público, formadores de opinião como H.G. Wells, Bernard Shaw, o casal Webb, Victor Gollancz – editor e iniciador do sucesso comercial Left Book Club – divulgavam o comunismo a pessoas que não tinham contato com o Partido nem com o movimento trabalhista. Acadêmicos, donos de terras, advogados, poetas e jornalistas, futuros ministros, clérigos, socialites, celebridades: todos se declaravam comunistas. Ano após ano, a Intourist levava milhares de visitantes ansiosos à União Soviética para passeios cuidadosamente escolhidos e supervisionados dos quais voltavam para casa empolgados, repassando desinformações sobre o país. Uma Grã‑Bretanha Soviética estava se formando, os acontecimentos mundiais talvez a fizessem surgir, assim como o regime colaboracionista de Vichy emergiu do blitzkrieg nazista de 1940.
Faltava uma cabeça cosmopolita no centro da batalha política do continente, seja nas barricadas, seja nas conferências; era preciso uma versão local de Malraux, Aragon ou Togliatti. Tipos como Arthur Koestler e Malcolm Muggeridge poderiam ter servido, mas disseram a verdade sobre o que viram e logo se tornaram inimigos do povo. É aí que entra Hobsbawm. Falante de alemão, podia ser admirado por ter visto as tropas de choque de Hitler. O fato de ser judeu e marxista aumentou a sua credibilidade. Em Cambridge, era rodeado de amigos e conspiradores como Kim Philby e Guy Burgess, ambos já agentes soviéticos. Outro membro desse círculo era Noel Annan, que me disse certa vez que Hobsbawm tinha tanto talento para a persuasão que espalhou o comunismo entre seus contemporâneos.
Também estava com eles James Klugmann, futuro membro do Comitê Central do Partido e um dos pivôs no processo de manipulação a levar Tito ao poder na Iugoslávia. Quando Tito se revelou nacionalista, Stalin retirou seu apoio e ordenou Klugmann a iniciar uma polêmica contra o próprio homem que ele secretamente ajudara a chegar ao poder. Um pequeno episódio de Tempos interessantes mostra‑se especialmente revelador. Durante um dos ataques aéreos, uma mulher descrita como camarada Freddie ficou presa sob os escombros. Certa de que morreria, gritou: “Vida longa ao Partido, vida longa a Stalin”. A conclusão de Hobsbawm para essa tragicomédia foi: “O Partido era a nossa vida”.
Hobsbawm é sem dúvida inteligente e engenhoso; é capaz de manusear com facilidade as ferramentas de trabalho do historiador: pesquisar arquivos e fontes primárias e ser o mais objetivo possível no tema que tem às mãos. Um historiador marxista, porém, não pode seguir tais princípios; deve propor perguntas a respostas já dadas. Seu estudo orienta‑se pela obrigação de provar que os dogmas, teorias, especulações, gostos e repulsas de Karl Marx são confirmados em todas as sociedades em todas as épocas. A historiografia marxista nada mais é que um longo juízo de valores a priori que elimina necessariamente tudo o que não lhe dê sustentação.
O livro mais conhecido de Hobsbawm, A era dos extremos, com suas 627 páginas, alega ser uma síntese do século XX. É um ótimo exemplo de história escrita como um juízo de valores a priori, uma completa obra‑prima de distorção e omissão. Seriam precisas outras 627 páginas para apontar e esclarecer todas as suas duvidosas generalizações ex cathedra. Detenhamo‑nos pelo menos em alguns detalhes. Não há qualquer menção ao rearmamento secreto da Alemanha promovido pelos soviéticos durante o entreguerras. O argumento bastante convincente de que Hitler aprendera de Lenin e Stalin a estratégia da violência é descartado de antemão. Nenhuma menção a Beria e à polícia secreta NKVD, nenhuma análise do trabalho escravo nem da grande fome projetada na Ucrânia para roubar e matar camponeses infelizes.
A única vítima do gulag a ser nomeada é Nikolai Vavilov. E quanto a Mandelstam, Babel, ou os milhões de vítimas que não merecem ser esquecidas no anonimato? Com um desdém particularmente hediondo, Hobsbawm diz que mesmo o anticomunista Soljenitsin teve a carreira de escritor “firmada pelo sistema”. As referências ao Terror de Stalin são esparsas e fortuitas. Da Pequena historia do Partido Comunista Sovietico, de Stalin, Hobsbawm diz, como se fosse incapaz de ver o seu erro de lógica: “não obstante as suas mentiras e as suas limitações intelectuais, é um texto pedagógico escrito com maestria”.
Muitos abandonaram o Partido diante do pacto firmado entre Hitler e Stalin em agosto de 1939. Hobsbawm não. Para ele, o Pacto marcou “a recusa da URSS em continuar opondo‑se a Hitler”. O Pacto trouxe consigo imensos ganhos territoriais, mas Hobsbawm acha lógico afirmar que por esse meio Stalin esperava ficar fora da guerra. Na verdade, em 1939 veio a invasão dos países bálticos, e quase metade da sua população foi deportada. Esse processo genocida é desprezado por Hobsbawm com o costumeiro desdém marxista por pequenas nações. Em uma imensa sequência de eufemismos, esses países foram simplesmente “adquiridos” ou “transferidos” por Stalin. Da mesma forma, em 1989 eles “viriam a se separar”. Aquilo que para todas as repúblicas aprisionadas pela União Soviética representou uma libertação, para Hobsbawm foi a criação de um “vácuo internacional entre Trieste e Vladvostok”.
O pacto entre Hitler e Stalin permitiu ainda que os soviéticos invadissem a Finlândia. O Partido teve que elaborar uma justificativa especialmente convoluta e mendaz para acobertar esse ato unilateral de agressão contra um país pequeno. Em dezembro de 1939, Hobsbawm e Raymond Williams, outro comunista, cumpriram com seu dever e escreveram um panfleto com a alegação de que Stalin enviara o Exército Vermelho ao país para proteger a Rússia de uma invasão imperial britânica. Ambos os autores viviam na Inglaterra do tempo de guerra e não podiam ignorar que seu país enfrentava uma invasão alemã que podia muito bem acontecer, de modo que os ingleses não estavam em condições de invadir a Rússia. Hobsbawm menciona esse episódio vexaminoso apenas na sua autobiografia e bem de passagem.
Segundo Hobsbawm, Stalin modernizou e industrializou a União Soviética; se assim não fosse, Hitler teria vencido a guerra. Não há menções à contribuição americana, sequer dos equipamentos que forneceu ao Exército Vermelho. Comparado aos salvadores da humanidade Lenin e Stalin, Hitler parece débil. Nada de menções a Treblinka ou Auschwitz. Esses crimes parecem quase secundários. O leitor deve ser poupado de qualquer coisa que possa conduzi‑lo à equação bastante aceita dos sistemas totalitários semelhantes.
Tampouco há menções à supressão do Partido Comunista polonês no final da década de 1930, ou ao massacre da elite polonesa em Katyn. A destruição de Varsóvia pelos alemães em 1944 – a que o Exército Vermelho assistiu, imóvel – não foi senão “o castigo pelos levantes urbanos prematuros”. Do leste e do centro da Europa ocupada, no qual o Exército Vermelho criaria o bloco soviético, Hobsbawm, em mais um incrível eufemismo, diz‑nos se tratavam de “países que romperam com o capitalismo na segunda grande onda mundial de revolução social”. Ao fim da guerra, “a URSS não era expansionista – e muito menos agressiva – nem esperava haver qualquer outra expansão da frente comunista”. Não há qualquer referência à prisão, deportação e assassinatos frequentes dos democratas e anticomunistas, ou à supressão dos partidos políticos.
Tampouco se fala que os comunistas da Alemanha Oriental livravam‑se dos opositores pondo‑os nos campos de concentração deixados por seus precursores nazistas. A vitória da União Soviética foi “o triunfo do regime ali instalado pela Revolução de Outubro”. Hobsbawm afirma muitas vezes que a União Soviética trouxe estabilidade a diversos países, quando na verdade os estava invadindo e subvertendo. A globalização é apresentada como o ápice do mal capitalista e causa da falha do comunismo. E o mundo é quem sai perdendo, uma vez que há um “espaço moral vazio” no centro do liberalismo capitalista. A China mantém a chama acesa. Sob Mao Tse‑Tung, na opinião de Hobsbawm, “o povo chinês ia bem”, havia mais matrículas na escola primária e melhores roupas. A desumanidade nunca é desumana quando serve ao comunismo, mesmo que a realidade o estivesse destruindo.
As denúncias de Khruchev contra Stalin no XX Congresso do Partido em 1956 enchem Hobsbawm de horror. Khruchev maculou propositadamente a Revolução de Outubro. Disso podemos depreender que, se ele tivesse ficado quieto, os crimes de Stalin poderiam se repetir indefinidamente. Consequência imediata das declarações de Khruchev foi o levante húngaro daquele mesmo ano. Com sua habitual mescla de duplicidade e força bruta, os soviéticos debelaram o que fingiam ser uma contrarrevolução.
Depois de garantir salvo‑conduto aos líderes da revolta, prenderam‑nos, julgaram‑nos num tribunal secreto e os enforcaram. Quase tantas pessoas abandonaram o Partido como quando da invasão da Finlândia pelo Exército Vermelho – inclusive amigos e colegas de Hobsbawm. Hobsbawm por sua vez escreveu uma defesa da carnificina soviética no jornal comunista Daily Worker: “Embora aprovemos, com o coração pesado, o que agora ocorre na Hungria, também devemos dizer abertamente que a URSS deveria retirar as suas tropas do país assim que possível”.
O caso de Eric Hobsbawm nos permite vislumbrar muita coisa sobre o desejo que os seres humanos têm de ser enganados. Nos vinte anos desde que a União Soviética se deparou com a realidade e desapareceu, ele tem implicado com os Estados Unidos, com as políticas e os aliados americanos, prevendo um desastre que só pode ser evitado por uma renascença marxista. Parece não haver limites para a capacidade da imaginação de crer no que se quer e racionalizar o irracional. A sua óbvia fé em mentiras e ideias falsas aproxima‑o mais das superstições dos curandeiros do que dos métodos de um historiador profissional. A condescendência extravagante que recebe da parte de pessoas que deveriam estudar mais é uma prova inequívoca do declínio intelectual e moral dos tempos modernos.
* Escritor e comentarista inglês. Seu livro mais recente é Treason of the Heart: from Thomas Paine to Kim Philby (2011)
terça-feira, 2 de outubro de 2012
AGITAÇÃO REVOLUCIONÁRIA CRIA PROBLEMAS PARA OS REVOLUCIONÁRIOS
Esta é uma postagem que deixei guardada, elaborada no início do mês passado (setembro de 2012), e considero necessária que seja postada agora, nesta semana decisiva.
"Todos os peruibenses são iguais, mas alguns são mais iguais do que os outros". Ah, ainda não entendeu?
Existem peruibenses que se acham tão iguais, mas tão iguais, que proclamam a si próprios como porta vozes do povo de Peruíbe. Iniciam um ciclo de agitação revolucionária na cidade, sem se dar conta que a história não tem como seguir por uma linha reta. Existem muitas variáveis, trilhões delas em escala global, mudando constantemente diversas tendências históricas da humanidade. Uma coisa é um grupo de militantes radicalizados iniciarem uma revolução política, outra coisa muito diferente é eles saberem o que essa revolução produzirá (não é certeza que ela levará ao que os revolucionários desejam) e como ela irá terminar. As variáveis são muitas para serem controladas, mesmo quando se trata apenas de uma cidade, e não é incomum que os próprios revolucionários sofram as consequências negativas de um ciclo que eles mesmos começaram. Coitados, não entendem as complexidades da história e os rumos imprevisíveis que ela pode tomar.
Peruíbe se encontra em um momento histórico muito difícil. A cidade está se tornando um laboratório de experimentos políticos radicais, com a possibilidade de uma certa extrema esquerda incendiária ganhar poder político, graças ao apoio de uma parcela do eleitorado no dia 7 de outubro de 2012. Aviso que essa não será uma boa escolha, entre tantas outras escolhas ruins que o eleitorado local já fez.
Vídeo para eleitores de Peruíbe que se acham politizados, e que acreditam no extremismo como o caminho para melhorar esta cidade:
Assista ao filme, e entenderá o sentido da frase no início da postagem.
segunda-feira, 1 de outubro de 2012
sexta-feira, 28 de setembro de 2012
PREFEITA DE PERUÍBE ESTÁ COM 36% DAS INTENÇÕES DE VOTO
Da Redação
A menos de duas semanas para as eleições municipais, um novo cenário político surge em Peruíbe, conforme o mais recente levantamento de intenções de voto feito pelo Instituto de Pesquisas A Tribuna (IPAT). Na última rodada de entrevistas realizada com eleitores da Cidade, a atual prefeita, Milena Bargieri (PSB), lidera a disputa pela cadeira do Executivo com uma vantagem de mais de dez pontos percentuais em relação à segunda colocada, Ana Preto (PTB).
Segundo a pesquisa, Milena Bargieri tem 36,7% das intenções de voto, seguida por Ana Preto, com 26,5%. A vereadora Onira Betioli (PT) tem a preferência de 18,3% do eleitorado. O índice de brancos e nulos é de 7%; não souberam responder 11,5%.
Os percentuais referem-se à pesquisa estimulada, quando é apresentado aos entrevistados um disco com os nomes das candidatas. O levantamento foi encomendado por A Tribuna e realizado no dia 24 deste mês, com 600 eleitores do Município. A margem de erro é de quatro pontos percentuais para mais ou para menos. A pesquisa está registrada junto ao TRE/SP com o número 01252/2012.
Comparação
Em relação ao levantamento anterior, realizado em julho, Milena Bargieri e Onira registraram aumento nos índices, enquanto Ana Preto teve queda. A atual prefeita tinha 30,7% e estava empatada tecnicamente com Ana Preto, à frente com 33,6%. Já Onira possuía 9% das intenções de voto.
Milena Bargieri também lidera na pesquisa espontânea – quando os entrevistados falam suas preferências sem a apresentação dos nomes das candidatas. A atual prefeita tem 27,5% das intenções de voto, seguida por Ana Preto, com 20% e Onira, com 11,1%.
Dessa vez, o IPAT também quis saber quem os moradores acreditam que irá ganhar o pleito de 7 de outubro, independentemente de sua preferência. Nesse caso, Milena Bargieri e Ana Preto aparecem tecnicamente empatadas, com 31,4% e 32,9%, respectivamente; e 6,2% dos entrevistados apontam que Onira vencerá.
Idade e dinheiro
No cruzamento dos resultados da pesquisa por idade, Milena Bargieri e Ana Preto têm a melhor votação entre os eleitores de 16 e 17 anos (44,4% cada uma delas), enquanto Onira registra a preferência dos que estão na faixa etária dos 25 aos 34 anos (25,2%).
Quando se considera a renda familiar mensal, Milena Bargieri tem seu melhor desempenho entre aqueles que ganham mais de R$ 8 mil (66,7%), assim como Ana Preto (33,3%). E Onira se sai melhor entre aqueles que recebem de R$ 4 mil a R$ 8 mil (31,8%).
No quesito religião, Milena Bargieri tem melhor desempenho entre os espíritas kardecistas (48,6%); Ana Preto, entre os católicos (30,1%); e Onira, entre os evangélicos não pentecostais (24,1%).
PTB/PV devem ter até quatro cadeiras
Como tem sido feito nesta última rodada de pesquisas de intenção de voto na Baixada Santista, também em Peruíbe o IPAT realizou uma estimativa de como ficaria a composição da Câmara de acordo com as coligações partidárias.
O cientista político e coordenador do instituto, Alcindo Gonçalves, adverte que se trata de uma estimativa, que não tem a margem de erro estatística da pesquisa – de quatro pontos percentuais –, calculada com base nos votos válidos dados a candidatos e partidos.
Como se trata de uma amostra com 600 entrevistas, das quais apenas 49% representam votos válidos, o cálculo feito aponta para uma estimativa e não uma projeção segura.
Projeção
A coligação PTB/PV poderá ficar com três ou quatro cadeiras no Legislativo, seguida pela coligação PPS/PSDB, que poderá ter três. PP/PMDB/PTC/PT do B e PDT/PR poderão ocupar duas cadeiras cada coligação, enquanto a PRB/PSB/PRP poderá ficar com duas ou uma vaga. As coligações PT/PSD, DEM/PRTB/PC do B e PSDC/PPL poderão ficar, cada uma delas, com uma cadeira na Câmara. Já o PSC e a coligação PSL/PTN/PHS/PMN/PSOL não atingiriam o quociente eleitoral e, portanto, não elegeriam vereadores.
Fonte: JORNAL A TRIBUNA
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