Após um verão tórrido em Peruíbe, com temperaturas altíssimas e sol de deserto africano, o outono começará amanhã. Algumas chuvas já marcam presença, e nas noites uma temperatura amena predomina, a ponto de eu ter guardados meus ventiladores. Só lamento pela quase extinção do 'Chapéu-de-sol' das ruas da cidade, árvore mais do que adequada para fornecer sombras aos que passam, cujas folhas caem na próxima estação, criando um efeito muito bonito. Mas isso foi no tempo oitentista, e os administradores do paço municipal sabem mais do que os munícipes sobre arborização urbana, não é mesmo?
Mas não estou aqui pra falar do visual da cidade. O fato é que a temporada de verão e o carnaval não trouxeram para o comércio local o movimento esperado, e os efeitos negativos tendem a ser sentidos .... aliás, já são perceptíveis. Lojas fecham, funcionários perdem seus empregos, e comerciantes não podem investir como gostariam, na reforma de suas residências, ampliação das mesmas ou em novas construções, ou seja, menos pedreiros, pintores, gesseiros, eletricistas, encanadores - pra ficar só nisso - conseguindo bons trabalhos nos próximos meses, pois tem menos dinheiro circulando. A páscoa será dos ovos de chocolate muito caros, que ficarão apenas nos sonhos de muitas crianças da periferia peruibense e mesmo de fora dela. Temo pelo próximo inverno, e não estou falando do frio, mas de como a nossa economia praiana piorará até lá. Se os veranistas e foliões carnavalescos não tinham muito pra gastar, os 'invernistas' de julho (baixa temporada) terão muito menos.
A nossa terra do sol poente está no início da crise severa que descrevi, e meu conselho aos poucos que se importam com o que eu digo é simples: não se endividem, evitem estourar o cartão de crédito e fujam das famigeradas bets e jogo do tigrinho. Se cuidem, simples assim.
As quatro estações de Vivaldi: Estação Outono
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