Por Stephen Kanitz
A reação do brasileiro médio ao caso de Jennifer, que se recusou a ceder seu assento a uma criança chorando, expôs algo além do embate trivial: revelou o esgotamento de muitos com o discurso moralista da esquerda “woke”.
Ao contrário do esperado pelos defensores da “solidariedade incondicional”, Jennifer não cedeu à pressão emocional nem buscou justificar sua decisão.
Simplesmente manteve-se firme e indiferente.
Esse ato simples gerou apoio massivo: mais de um milhão de pessoas concordaram com sua postura.
Não por insensibilidade, mas por um cansaço crescente diante da retórica paternalista da esquerda.
Afinal, o verdadeiro oposto do amor não é o ódio, mas a indiferença.
Ignorar essa imposição moral é, talvez, a maior arma contra uma narrativa que insiste em explorar a solidariedade como moeda política.
Jennifer representa um ideal diferente, um conceito frequentemente incompreendido pela esquerda: o altruísmo recíproco.
Ela não rejeita a solidariedade, mas acredita que esta deve ser acompanhada por um senso de retribuição e responsabilidade. Cederia seu lugar a um filho de um amigo, mas não a um completo desconhecido. E está no direito dela.
Por séculos, nossa sociedade se baseou em valores como gratidão e reciprocidade.
Ensinar as crianças a dizer “obrigado” não é apenas uma formalidade, mas a base de comunidades saudáveis e funcionais.
Ajudar alguém não é um contrato financeiro, mas tampouco deve ser um ato unidirecional que cria dependência. A solidariedade sem reciprocidade transforma-se em exploração.
E é isso que a esquerda moderna não entende – ou, talvez, não quer entender.
Ajudar indiscriminadamente cria um ciclo de parasitismo, onde o beneficiário nunca sente a obrigação de retribuir.
O Bolsa Família, por exemplo: quantos de seus beneficiários demonstraram real gratidão ou se comprometeram a retribuir à sociedade quando sua situação melhorou?
Quantos pagaram a ajuda recebida com trabalho, serviço ou qualquer forma de contribuição?
A classe política esquerdista reforça esse comportamento.
Não há sequer um gesto simbólico de gratidão aos que sustentam o sistema.
Alguma vez você recebeu uma carta do Ministro da Fazenda agradecendo seus impostos e detalhando como foram usados?
Não, porque para eles, o cidadão que paga impostos é apenas um recurso inesgotável, não alguém digno de reconhecimento.
Está na hora de reavaliarmos nossos sistemas.
Educação universitária pública e gratuita? Sim, mas com compromisso de retribuição após a formação.
Benefícios sociais? Sim, mas com responsabilidade de retorno à sociedade.
Solidariedade incondicional não constrói comunidades; constrói dependência.
O exemplo de Jennifer deve inspirar mais do que debates.
Deve nos lembrar que não é preciso gritar para resistir.
A indiferença estratégica pode ser a chave para desmontar discursos vazios. O brasileiro está cansado, e com razão.
Que Jennifer seja o símbolo de uma nova postura: pragmática, firme e livre do parasitismo emocional.
FONTE:JORNAL DA CIDADE
MARCADORES: CASO DA MULHER QUE NÃO CEDEU A POLTRONA PARA UMA CRIANÇA NO AVIÃO, SE FOSSE O MEU ASSENTO NUM AVIÃO FARIA O MESMO QUE ELA, DEZEMBRO, 2024
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