sexta-feira, 26 de agosto de 2016
DENISE CAMPOS DE TOLEDO / EMPREGO É ÚLTIMO ITEM DA FILA DA RECUPERAÇÃO - AGOSTO DE 2016
O mercado de trabalho continua muito ruim. Foi o décimo sexto mês consecutivo de corte de emprego com carteira assinada. Julho até foi melhor que junho, quando o fechamento de vagas formais chegou a quase 158 mil. Mas é preciso levar em conta que, sazonalmente, o segundo semestre costuma mesmo ser melhor. Agora, neste ano, o segundo semestre começou só um pouco menos ruim que o primeiro e alguns setores ainda estão intensificando as demissões. A indústria pisou mais no freio, com sinais de alguma retomada, mas serviços e o comércio estão cortando mais. E, neste ambiente de aumento do desemprego, com maior informalidade, ainda há perdas em termos salariais. As negociações ficam bem mais desfavoráveis para os trabalhadores. Isso é péssimo do ponto de vista social e compromete o potencial de retomada da atividade econômica. O mercado de trabalho deve continuar ruim nos próximos meses e vai ser o último indicador a ter alguma melhora. Os empresários só vão voltar a contratar quando tiverem segurança da melhoria da atividade. Desta vez, o País não vai poder contar com alguma reação do consumo pra reverter a crise, como aconteceu no passado, principalmente em 2008 e 2009, quando sentimos o impacto da crise internacional. É preciso buscar outros caminhos pra retomada do crescimento. Caminhos que passam pelo ajuste das contas públicas, que pode garantir maior confiança, estimulando mais os investimentos. Nesse sentido, o governo também deve acelerar concessões, privatizações, encontrar formas para estimular as exportações. Nada disso vai ter o mesmo peso que o consumo doméstico. Por isso é que a expectativa é de uma reversão da crise no ano que vem, de forma ainda modesta, com expansão de um até 2% do PIB, isso se tudo correr bem no campo político e o governo conseguir avançar, da forma esperada, com as medidas que vem propondo para a reestruturação da economia. Sendo que, em relação ao consumo, ainda tem um outro dado bem desfavorável, que é o crédito, cada vez mais caro, já que os juros, como vimos, não param de subir. Por receio de perdas com o calote, que está aumentando, os bancos mantém os juros nas alturas e ainda restringem mais a liberação de recursos, o que também ajuda a travar o consumo. Eu volto na segunda. Até lá.
MARCADORES: VAGAS DE EMPREGO EM, PERUÍBE, PERUIBENSE, VALE DO RIBEIRA, VALERIBEIRENSE, ANA DIAS, ITARIRI, ITARIRIENSE, PEDRO DE TOLEDO, PEDRO-TOLEDENSE, MIRACATU, MIRACATUENSE, JUQUIÁ, JUQUIAENSE, REGISTRO, REGISTRENSE, IGUAPE, IGUAPENSE, ILHA COMPRIDA, ILHACOMPRIDENSE, SETE BARRAS, SETE-BARRENSE, PARIQUERA-AÇU, PARIQUERENSE, JACUPIRANGA, JACUPIRANGUENSE, CANANÉIA, CANANIENSE, BARRA DO TURVO, BARRA-TURVENSE, CAJATI, CAJATIENSE, IPORANGA, IPORANGUENSE, ELDORADO, ELDORAENSE, BARRA DO CHAPÉU, BARRENSE, SANTOS, BAIXADA SANTISTA, LITORAL PAULISTA, ESTADO DE SÃO PAULO, CURITIBA, PARANÁ, LITORAL PARANAENSE, BRASIL, BRASILEIROS
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