segunda-feira, 18 de novembro de 2013
PRÉ-SAL CRIOU APENAS EXPECTATIVA NO MERCADO IMOBILIÁRIO
Agnaldo Brito, de O Estado de S. Paulo
SANTOS - Nem Bacia de Santos, nem tampouco pré-sal. O que moveu o mercado imobiliário da Baixada Santista nos últimos anos foi a oferta de crédito, o Porto de Santos e polo industrial de Cubatão.
Para o diretor regional do Secovi, em Santos, Renato Monteiro, a expansão imobiliária na Baixada Santista foi similar àquela observada em outras regiões do País e o pré-sal criou mais expectativa do que negócios. A frustração já foi sentida, e a corrida de antes dá sinais de que está se esgotando.
Segundo Monteiro, a velocidade de venda dos imóveis caiu e os preços pararam de subir, um indicador de que o ritmo do setor não é mais o mesmo.
"O número de lançamentos é bem menor neste momento, e o que é necessário é entregar as unidades que foram vendidas. Os preços estão estáveis, sobem ao ritmo do INPC. O pré-sal foi mais comemorado pela imprensa do que pelo mercado", afirma Monteiro.
Talvez o atraso do pré-sal não tenha sido uma notícia ruim. A região ainda tem inúmeros problemas para resolver com o atual estágio de ocupação. Os ciclos econômicos anteriores deixaram um enorme passivo ambiental e social.
A estratégia das autoridades da região metropolitana da Baixada Santista é entregar para os agentes desse novo ciclo de desenvolvimento impulsionado pela indústria do petróleo a conta das soluções dos problemas que foram criados no passado.
A expansão imobiliária enfrenta claros limites. A previsão do Secovi é que, caso haja nova aceleração do mercado imobiliário - enfim por causa do pré-sal -, a principal opção será o município de Praia Grande. "É o único lugar onde ainda há algum espaço", diz Monteiro.
Mas, neste caso, o problema é de locomoção, um desafio para o já afogado complexo viário da região. O governo de São Paulo constrói neste momento o projeto do Veículo Leve sobre Trilhos, mas esse é um empreendimento com dimensões bem acanhadas para a solução da mobilidade urbana numa região com mais de 1,7 milhão de habitantes. Na Baixada, o pré-sal é hoje mais dúvidas do que certezas.
FONTE: ECONOMIA ESTADÃO
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TEM ALGO ERRADO OU ESTAMOS RICOS?
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