sábado, 13 de abril de 2013

PERUÍBE PRECISA DE MODERAÇÃO, NÃO DE REVOLUÇÃO - ABRIL DE 2013




Como qualquer peruibense que visita habitualmente este blog sabe, que não defendo um processo revolucionário (político e econômico) para Peruíbe. Não sou daqueles que acha que a solução estaria em uma renovação em 100% da atual classe política. Francamente, tenho reservas quanto a um caminho tão radical - e esquerdista - realmente beneficiar este município.

Uma pregação desse tipo (feita com a boa intenção de revitalizar as instituições municipais), pode muito bem gerar uma dinâmica incontrolável, correndo o risco de dar a esta cidade um rumo pior (como a possibilidade dela ganhar uma nova classe dirigente, formada por gente bem menos qualificada e portanto mais despreparada para governar). Como já disse num passado próximo, uma coisa é se iniciar uma agitação revolucionária, outra coisa é saber quando essa agitação irá parar e para onde ela irá levar a sociedade na qual ocorre.  Uma pessoa brincar de revolucionária municipalista é fácil, quero ver ela, toda cheia de razão, dar um bom rumo ao que começou.

Um período de agitação revolucionária (mais do que desejada por um punhado de radicais desta cidade) nada mais é do que um período de transição, e toda a transição POLÍTICA leva a um futuro indefinido, que pode ser bom ou - pois é - ruim. Se imagine na condição de um desses revolucionários peruibenses, iniciando uma transição (do tipo que não deixará esta cidade voltar a ser a mesma). Você sabe de onde está partindo mas não sabe nada sobre o ponto final, porque pelo caminho existem muitíssimas variáveis que não podem ser previstas no início da jornada, pois elas apenas surgem durante a transição e resultam do próprio processo de transição. 

Tudo o que Peruíbe precisa é passar logo por um mais do que necessário processo estrutural de reformas, o qual tornaria possível a esta cidade superar seus problemas mais urgentes, beneficiando assim as camadas mais desfavorecidas e afetadas pelas principais mazelas do município, como o nosso mais problemático serviço público básico (o SUS local) e o drama do desemprego, minorado mais pela migração do que devido ao crescimento interno. Falo de mudanças cuidadosas e que naturalmente não poderão ser rápidas. Nada de ideias mirabolantes, radicais e revolucionárias. A moderação precisa imperar, através de um governo que precisa apenas errar menos do que os anteriores.

Ah, como não me autoproclamo arrogantemente de "A VOZ DO POVO", nenhum leitor deve se sentir obrigado a me levar à sério, tá?



POSTAGEM RECOMENDADA: DIGO NÃO AOS RADICAIS SEM NOÇÃO DE PERUÍBE



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