sexta-feira, 12 de outubro de 2012

APÓS INSPEÇÃO, HOSPITAL DE PERUÍBE SERÁ PARCIALMENTE DESATIVADO


O Hospital Municipal de Peruíbe deverá ser desativado parcialmente. A medida visa permitir a reforma e adequação da Unidade de Terapia Semi-Intensiva, Maternidade, Clínica Médica e Pediatria e sanar problemas identificados pela Vigilância Sanitária do Estado. 

 A ordem de desativação das alas começará a ser definida segunda-feira, em uma reunião entre a Secretaria Municipal de Saúde e a Vigilância Sanitária do Estado. Os trabalhos serão realizados somente em uma enfermaria por vez, a fim de evitar o total fechamento da unidade. 

 A desativação parcial do hospital foi definida pelo diretor técnico do Departamento Regional de Saúde (DSR IV) Renato Rodolfo Pastorello como uma ação conjunta entre a Secretaria Municipal de Saúde e o Grupo de Vigilância Sanitária do Estado. 

 “Dia 1º de outubro, a equipe de Vigilância Sanitária do Estado – DRS, compareceu ao hospital e verificou algumas inadequações, de acordo com as normas de vigilância”, explicou, Pastorello, ontem à noite, por telefone. 

 Frente aos problemas verificados pela Vigilância Sanitária, o órgão encaminhou para o Município um cronograma. Foi feita uma reunião entre os dois órgãos quarta-feira) e, ontem, a Vigilância Sanitária retornou para ver o que havia sido atendido do cronograma.

 “Ainda existem algumas pendências, contudo, são pendências sanitárias, que não oferecem risco de morte ao paciente”, garantiu Pastorello. “Então, se acordou com o secretário (Marco Antonio Cantuária Ribeiro) que ele vai manter o hospital aberto”. 

 Enquanto cada ala do hospital estiver desativada, pacientes do Município deverão ser encaminhados para serviços regionais de referência. 

 “Estamos buscando pactuar com o Hospital Regional de Itanhaém, o Hospital Irmã Dulce (Praia Grande) e o Hospital Guilherme Álvaro (Santos), uma retaguarda, para fazer uma desativação progressiva: fecha uma enfermaria, reforma e enquanto isso fazemos a transferência desses pacientes novos que surgirem para o Guilherme Álvaro”, ressaltou o diretor técnico. “A reunião de segunda-feira vai ser, justamente, para ver por onde vai começar essas questões. O hospital não está fechado, continua a funcionar”. 

 Ele vai diminuir o número de atendimentos. Por quê? A gente, para fechar um hospital, precisa ter a retaguarda de outros. Não pode colocar o paciente na rua. Então, estamos entrando em contato com o Hospital Regional de Itanhaém, Irmã Dulce e Guilherme Álvaro, para ver que disponibilidade de leitos que a gente tem para que, segunda-feira, a gente possa fazer uma programação de desativação parcial. Quem vai fazer isso não é o Estado. É muito importante frisar que o Estado respeita o gestor municipal. 

 O gestor municipal é que está tomando as atitudes, com a orientação do Estado. Dentro dos problemas identificados, parece que são 30 questões que estão sendo discutidas, segunda-feira vamos ver quais já foram solucionadas e, em cima das que não foram solucionadas, vamos ver se vai começar pela reforma e adequação da Maternidade, se vai começar pela reforma e adequação da Semi-Intensiva. Se começar pela Maternidade, tenho que garantir leito de Maternidade nos outros hospitais. 

Basicamente, são problemas de fluxo de lavanderia; o hospital tem que ter um médico no CRM responsável pela unidade. Semana passada, o médico que estava tirou o nome dele como responsável. Estavam providenciando outro para ficar no lugar como responsável, junto ao CRM, para o hospital poder funcionar. 

 A Secretaria de Estado respeita a autonomia do gestor, jamais vai tomar uma ação, a não ser que seja em última instância, de interditar de fato. Isso não é uma interdição. Não há interdição no hospital. O que há é um cronograma que está sendo desenvolvido de ajustamento. Vão ser colocados prazos. E algumas vão passar pela necessidade de reforma. Vai ser feita uma programação de desativação parcial. Desativar um hospital gera um impacto para a população”.


Fonte:A TRIBUNA


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