BRASÍLIA - Os ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) decidiram na noite desta quinta-feira, 26, por 10 votos a zero, que o sistema de cotas raciais adotado em universidades brasileiras é compatível com a Constituição Federal.
Todos os ministros que participaram do julgamento acompanharam o voto do relator, Ricardo Lewandowski. Ao se manifestar, Lewandowski reconheceu a validade das ações afirmativas como forma de tentar reduzir as históricas desigualdades sociais entre grupos étnicos e realizar a justiça social. O ministro Antonio Dias Toffoli se declarou impedido e não votou, por já ter se manifestando favoravelmente ao sistema da cotas quando era advogado-geral da União.
O Supremo julgou três ações. Duas delas questionavam a constitucionalidade de regras adotadas pela UnB e pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS) para ingresso nas instituições por meio do sistema de cotas. Na terceira ação, são contestados dispositivos que estabeleceram políticas afirmativas no âmbito do Programa Universidade para Todos (ProUni). Um dos autores, o partido Democratas sustentou em sua defesa que a política baseada em parâmetros étnicos poderia criar no País um modelo de Estado dividido pelo critério racial - tese rechaçada pelos ministros.
No início da sessão, o índio guarani Araju Sepeti foi expulso pelos seguranças do STF após interromper por três vezes a fala do ministro Luiz Fux. Vestido com uma camisa do time de futebol do Vasco da Gama, Sepeti estava sentado na primeira fila do plenário, próximo aos ministros, e cobrou que os votos mencionassem também os índios.
Fonte: ESTADÃO
Comentário: historicamente o racismo no Brasil republicano nunca dominou as instituições, ou seja, era algo que ocorria contra o sistema de leis do país. A partir da última quinta ESTE PAÍS INICIOU O CAMINHO PARA A IMPLANTAÇÃO DE UM APARTHEID POLITICAMENTE CORRETO. Não entendeu? Eu explico aos poucos:
Pois é, uma das justificativas para a implantação das cotas raciais, é que este país possui uma "dívida histórica" com uma enorme população de negros brasileiros - a maioria do nosso povo, dizem - os quais sofrem tamanho preconceito que não podem melhorar socialmente, cabendo ao governo, através de uma "inteligente" intervenção estatal resolver o problema.
Sabem como é, esta nação tem "a segunda maior população negra do mundo depois da Nigéria" (cadê toda essa gente?), e é urgente a reparação dos crimes cometidos pelos escravocratas contra os imigrantes africanos forçados ... opa !!! Espera aí !!! Não existem mais escravocratas .... e nem escravos negros desde 1888 !!!
Escrevo este texto no município de Peruíbe, ano de 2012, século XXI, e volto a perguntar onde está essa maioria negra. Ah, ela seria a soma dos negros com os pardos (mestiços), mas isso não gera uma maioria negra. Basta pensar um pouco.
No censo, a definição de cor é feita tendo como base a definição do próprio entrevistado. Ou seja, se um sujeito se declara PARDO, é assim que ele será registrado e já que se define pardo, não parece lógico que ele concorde que outras pessoas o considerem negro, que é justamente o que a turma do politicamente correto está tentando fazer, ignorando o que a miscigenação fez nesta terra. Eu me considero branco, mas meus cabelos não são, digamos assim, CAUCASIANOS. Uma cabeleireira os definiu como "negróides", mas isso me torna "afrodescendente"? Quem me conhece, jamais pensaria assim. Se eu tivesse o tom de pele do meu pai - pois é, ele não é caucasiano - mereceria concorrer em algum concurso público pelo sistema de cotas? Francamente isso seria muito ridículo, tão ridículo quanto esse falso conceito de uma maioria negra, usado para tentar justificar a divisão do nosso povo em etnias favorecidas - ou prejudicadas - por leis específicas, o APARTHEID POLITICAMENTE CORRETO ao qual me referi anteriormente.
Como concurseiro que ainda sou - estou em meu segundo emprego público - me preocupo como o rumo desse barco. Se todos os concursos públicos, sejam eles municipais, estaduais e federais, passarem a ter cotas raciais, tanto eu como tantos outros branquelos seremos vergonhosamente prejudicados. E o que é que tenho a ver com essa política de "reparações históricas"? Este blogueiro nunca teve escravos e jamais herdou alguma riqueza criada com o trabalho duro deles, mas mesmo assim será discriminado por causa de um vago conceito de "Dívida Social" para com uma minoria que vários brancos jamais prejudicaram.
Ah, ainda acredita nesse papo da "maioria negra"? Então tá. Vá até a cidade de São Paulo, e entre no metrô de lá e veja nos vagões se essa suposta maioria é real. Trata-se da maior cidade brasileira, habitada por migrantes vindos de todos os quadrantes da nação. Faça essa experiência e depois me diga se não tenho razão.
Nada existe de benigno em se racializar a sociedade brasileira, algo que começou a ser feito e que alimentará muitos conflitos mais adiante.
E para encerrar, aviso que a minha mãe é uma CAIÇARA DE PERUÍBE, uma mulher BRANCA. Um erro a ser evitado é o de classificar os caiçaras como uma etnia. Eles são um grupo cultural dotado de um modo de vida bem específico e passado mestiço (descendentes de PORTUGUESES, ÍNDIOS E NEGROS).