terça-feira, 3 de janeiro de 2012

FILME O CAMINHO PARA CASA / THE ROAD HOME / WO DE FU QIN MU QIN


SINOPSE: Luo Yusheng (Sun Honglei), um homem de negócios, retorna a sua aldeia natal no norte da China para o funeral de seu pai. Sua mãe insiste que o funeral siga a tradição local, com homens carregando o caixão, apesar do preço e da dificuldade em encontrar homens para o serviço.


Enquanto observa sua mãe em luto, Yusheng começa a relembrar as histórias que ouviu sobre o romance de seus pais. Numa época em que os casamentos eram arranjados, eles viveram o primeiro "caso de amor" do vilarejo.


Filme vencedor do Urso de Prata do Festival de Berlim - 2000.




Dá para ver esse filme legendado. Basta teclar no "CC", o qual só aparece depois que iniciar o vídeo. Amigo de Peruíbe, você quer esquecer que existe uma temporada de verão neste 2012 aí fora, onde sobra barulho, funks horrorosos e muito calor? Pois então assista a esse filme.   


MARCADORES: TEMPORADA DE VERÃO 2016 / 2017, CINEMA, ROMANCE, FILME CHINÊS

domingo, 1 de janeiro de 2012

2011 FOI RUIM PARA PERUÍBE? SEM DÚVIDA, 2012 SERÁ PIOR


Eu poderia postar um artigo caprichado, do tipo que se leva dias para elaborar, mas que se dane, fiquei um tempão no supermercado, disputando produtos e espaço com um monte de turistas e veranistas - que estão aqui por causa de uma temporada de verão que eu desprezo, pois não a considero benéfica para esta cidade - e vai esse texto tosco e ordinário mesmo. QUE SE DANE !!!


O título já diz em que nível está o meu otimismo. Não acredito que as eleições municipais de 2012 contribuam para que esta cidade supere a decadência. E digo isso não devido ao nível da política local, mas por causa do eleitorado, que possui grande dificuldade para entender questões simples, das quais citarei algumas.

Começo pela fantasia da industrialização. Sem ferrovia e uma estrada duplicada que ligue Peruíbe à BR-116, as fábricas existentes - que já não são muitas - pouco evoluirão e novos investimentos na área jamais serão no nível que ajude Peruíbe a ter um pólo industrial significativo. Já disse isso aqui várias vezes, escrevi sobre a logística, mas muitos eleitores não querem ser lógicos: basta um candidato falar em "trazer indústrias para cá" (sem falar sequer na necessidade da ferrovia voltar a funcionar) e GANHARÁ VOTOS. Essa promessa jamais sai da moda.

Ah, agora tem o PRÉ-SAL. Como é legal falar disso, de um recurso petrolífero que nos trará a prosperidade ... desde que a crise européia não ferre com a China. Explico: se o país do Dragão - QUE IMPORTA MUITO PETRÓLEO - se lascar também, aí é que os preços do petróleo despencam, preços que precisam ser mantidos altos, para que os investimentos na exploração e refino do nosso amado pré-sal sejam justificados. Mas o eleitorado peruibense não pensa nisso. Basta que um candidato tenha um discurso convincente sobre como promover o desenvolvimento daqui graças a esse abençoado ouro negro, E TERÁ MUITOS VOTOS. Pô, é incerto que isso traga bons resultados a curto prazo !!!

E para concluir, o SUS. Eita assunto polêmico, que possui um foco exagerado. Sim, o foco nessa questão é exagerado. Cadê a mídia para dizer o desemprego local é um tema mais grave do que as deficiências do SUS?  Candidato que convencer os eleitores quanto a ser capaz em melhorar o sistema de saúde pública daqui ganhará UMA TSUNAMI DE VOTOS !!!  Desemprego é um probleminha, uma coisinha de nada, e que por ser bem mais difícil de resolver, não será o principal tema da campanha eleitoral, assunto que os eleitores deveriam exigir a devida atenção das pessoas que se candidatarem.


Claro que 2012 será pior. Um eleitorado como o daqui, dotado de memória curta e pouco interessado em aprender com os erros fará boas escolhas no dia da eleição? Dizer isso não é ser pessimista, mas realista. E agora eu vou esperar pela queima de fogos.




Não se esqueça: quatro anos é muito tempo. 

sábado, 31 de dezembro de 2011

CHEGA DE FUNK DENTRO DAS VANS DA LINHA INTERMUNICIPAL PERUÍBE / ITARIRI / PEDRO DE TOLEDO




Começo a pensar se realmente compensa pagar R$ 2,00 de tarifa na linha de transporte alternativo Peruíbe/Pedro de Toledo, sendo que em muitas das viagens não faltam passageiros com um ridículo celular "Ching Ling" tocando FUNK !!! Nunca escutei um celular reproduzindo rock, regaae, MPB, só funk. Uma coisa chamada fone de ouvido foi inventada para que qualquer um escute sua preferência musical de modo particular, sem incomodar os demais, mas é comum que um funkeiro brinque de DJ na Van, com seu som de "alta qualidade" em volume máximo.

Hoje, quando retornava para Peruba city, teve um moleque lá de Pedro de Toledo com seu celularzinho chinês, no qual tocava uma canção que se caracterizava por ter uma infinidade de gemidos ... E UMA ÚNICA FRASE !!! Ele e uns "manos" vindo para uma balada aqui em Peruíbe, ENFERNIZANDO MEUS OUVIDOS COM AQUELE LIXO !!! Quanto ao motorista e o cobrador, agiam como se isso não fosse nada. Nada? Pô, fones de ouvido já existem lá em Pedro de Toledo, era só pedir para o fulano usar. Dá para se ter um mínimo de humanidade, e escutar essa coisa poupando os outros?

E se os responsáveis por essa linha de transporte alternativo intermunicipal não proibirem esse comportamento que incomoda aos demais passageiros, melhor mesmo é encarar a INTERSUL, onde o perigo de se sentar próximo a um funkeiro sem educação costuma ser menor, por uma simples questão de espaço.


quinta-feira, 29 de dezembro de 2011

PERUÍBE, CUIDADO COM A LEI DA PALMADA



Para saberem quem é que manda


Escrito por Percival Puggina | 17 Dezembro 2011 


Transformar a palmada em tema de lei federal e objeto de delação é completa demasia que nasce, forçosamente, de uma visão totalitária de Estado.


A Lei da Palmada é produto do politicamente correto, que tem por objetivo submeter liberdade e consenso às rédeas de dissensos minoritários. E é mais uma intromissão do Estado na vida privada. Bastaria isso para determinar sua rejeição. Mas ela passou na Câmara dos Deputados e segue a toque de caixa para o Senado. A pedagogia do politicamente correto está produzindo alunos que batem nos professores, mas está convencida de que falta um pouco mais do mesmo. Vale dizer, ainda menos disciplina para ainda mais porrada e bullying.


Tudo isso é certo e sabido. Mas o que não se diz é que a Lei da Palmada é irmã da Lei do Desarmamento, do PNDH-3, do vestibular do ENEM, da Lei de Quotas Raciais, do perfil que deram ao STF, da Lei da “Homofobia”, do marco regulatório da imprensa e por aí vai. Ou seja, não se diz, ou pouco se diz, que há uma ideologia soprando essa praga sobre as famílias brasileiras assim como o vento espalha fungos nas lavouras. É a ideologia do totalitarismo, que implica um Estado com o monopólio da força e com amplas funções modeladoras em relação às instituições da sociedade, entre elas a instituição familiar (quando deveriam ser estas a orientar e domar o Estado!). Recentemente, em programa de tevê, uma pedagoga integrante do Conselho Nacional dos Direitos da Criança e do Adolescente pregava: "O Estado tem o dever de educar a sociedade para novos padrões de conduta". Ela estava convencida, por essa ideologia maldita, que é obrigação do Estado comandar o leitor destas linhas não apenas sobre coisas como declarar sua renda ou se comportar no trânsito, mas sobre como educar seus filhos. O melhor castigo, dizia um psicólogo que aplaudia a aprovação da lei na Câmara dos Deputados, é substituir uma atividade prazerosa da criança por outra menos prazerosa. Punição, como tal, nunca, papai. Nunca, mamãe. E depois, bem feito: aguentem os malfeitos que virão.


Os corretos limites do uso da força já estão dados tanto no Código Civil (perdem o pátrio poder os pais que castigarem imoderadamente os filhos), no Código Penal (punições para casos graves de violência contra crianças e adolescentes) e no ECA (idem). Não era necessária qualquer legislação especial. A estratégia adotada para aprovação da lei na Câmara consistiu em levar o debate como se houvesse dois blocos: os contra a palmada e os a favor da palmada. Haverá alguém a favor da palmada? Alguém é a favor da quimioterapia? No entanto, há situações concretas no ambiente familiar que se resolvem com a simples possibilidade da aplicação de uma palmada.


Transformá-la em tema de lei federal, objeto de delação, é completa demasia que nasce, forçosamente, de uma visão totalitária de Estado. Não hesito em afirmar que prejudiciais, mesmo, ao desenvolvimento saudável das crianças são outras coisas muito frequentes na sociedade. A saber: 1) a educação permissiva, que não estabelece limites e franqueia acesso aos vícios socialmente tolerados e não tolerados; 2) a indiferença dos pais em relação ao que fazem os filhos e ao seu preparo para a aventura de viver; e 3) a violência verbal, que faz decair o mútuo respeito e a autoridade paterna.


A afirmação de que a palmada introduz a violência na instituição familiar é cristalinamente falsa. A violência entra em casa pela janela, pela porta da rua, pela antena da tevê, pelo bar da esquina e pelo beco onde se aloja o traficante. Ante elas, a eventual palmadinha educativa é o que de fato significa: sinal de amor que educa. Ao contrário do que pensam a deputada Maria do Rosário e seus colegas que aprovaram o projeto, essa lei não coibirá a violência contra as crianças. Se os três instrumentos já existentes (Código Civil, Código Penal e ECA) não conseguiram coibir os maus tratos dentro de casa, não contiveram os pais abusadores e violentos, não será uma lei que proíbe a palmada aplicada pelos pais amorosos e responsáveis que vai produzir isso. O que ela fará é ensinar às crianças (até porque prevê aulas de esclarecimento nas escolas) que é o Estado quem manda naquele pedaço que elas chamam de minha casa, meu barraco, meu apê, minha família.

Fonte: MÍDIA SEM MÁSCARA


Comentário: este blogueiro peruibense considera que vários munícipes enchem tanto, mas tanto os próprios cérebros com política municipal, que não sobra espaço dentro deles para importantes questões nacionais as quais, é lógico, também tendem a nos afetar. Internautas da cidade de Peruíbe, cuidado com a aparente bondade da Lei da Palmada. Esse assunto é muito grave e precisa de análise, basta pensar nas consequências negativas a longo prazo disso. 

Ah, ainda não entendeu o quanto essa lei prejudicará os pais na relação com os filhos? O artigo acima não bastou? Então, curtam um pouco do Olavo de Carvalho:


quarta-feira, 28 de dezembro de 2011

PEDREIRO LEVA QUATRO FACADAS NOS BRAÇOS E NAS COSTAS



Uma discussão na frente de um bar terminou em tentativa de assassinato a facadas no Caraminguava, em Peruíbe. A confusão aconteceu no Natal e o acusado conseguiu escapar.


Segundo o apurado, uma equipe da Polícia Militar foi acionada para ir até um bar na Rua Itatiba. Os dados indicavam que no local havia uma pessoa agredida com faca.


Quando os PMs chegaram ao endereço, encontraram um pedreiro de 52 anos caído no chão, ensanguentado. Ele estava consciente e aparentava ter consumido bebida alcoólica. A vítima nada disse sobre o que havia ocorrido.


Facadas


De acordo com dados da polícia, o pedreiro levou duas facadas nos braços e duas nas costas. Ele foi encaminhado ao Pronto-Socorro da Cidade.


A polícia apurou que o autor das facadas seria outro pedreiro, identificado apenas pelo prenome de Wagner. Ele consta como averiguado no boletim de ocorrência.


Uma testemunha indicou uma residência à polícia e no local foi encontrado um parente do averiguado. O familiar alegou desconhecer o paradeiro do suspeito.


Fonte: http://www.atribuna.com.br/

 

domingo, 25 de dezembro de 2011

TRANSPORTE ALTERNATIVO EM PERUÍBE: SÓ R$ 2,00


Pelo menos uma boa notícia em 2011: o transporte coletivo alternativo finalmente se tornou realidade em Peruíbe. A tarifa das VANS é de R$ 2,00. Para os munícipes que contam as moedinhas para pagar R$ 2,20 no busão, essa é uma boa diferença, principalmente quando se depende de transporte coletivo quase todo o dia. Vamos aproveitar !!!

sábado, 24 de dezembro de 2011

O MERCOSUL INICIA UMA VERGONHOSA CAMPANHA DE OPRESSÃO CONTRA OS KELPERS




Mercosul impedirá barcos das Malvinas em seus portos


20 de dezembro de 2011



Brasil, Argentina e Uruguai acertaram nesta terça-feira, na Cúpula do Mercosul em Montevidéu, impedir a presença de barcos com bandeira das Ilhas Malvinas em seus portos, informou o presidente uruguaio, Jose Mujica.


Na Cúpula de Presidentes do Mercado Comum do Sul "chegamos a um acordo sobre a bandeira das Malvinas, no sentido de que esta não poderá tremular nos portos do Mercosul e, se isto acontecer, que não seja aceita em outro porto do Mercosul", disse Mujica ao relatar os resultados do encontro.


A declaração assinada pelos líderes do Bloco estabelece que os três países (Paraguai não tem litoral) adotarão "todas as medidas necessárias (...) para impedir o ingresso em seus portos de barcos com a bandeira ilegal das Ilhas Malvinas".


O texto destaca que as embarcações rejeitadas por este motivo em algum porto da região "não poderão solicitar o ingresso em outros portos dos demais membros do Mercosul ou de Estados associados...".


Além de Brasil, Argentina, Uruguai e Paraguai, o Mercosul tem como Estados associados Equador, Peru, Colômbia e Chile, enquanto a Venezuela está em processo de plena adesão.


"Quero agradecer a todos a imensa solidariedade para com as Malvinas, e saibam que quando estão firmando algo sobre as Malvinas a favor da Argentina também o estão fazendo em defesa própria", destacou a presidente argentina, Cristina Kirchner, ao assumir a presidência do bloco regional.


Mujica já havia anunciado, há alguns dias, a decisão do Uruguai de impedir a entrada de barcos das Malvinas em seus portos. A soberania das Ilhas Malvinas (Falklands para a Grã-Bretanha), situadas a 400 milhas marítimas da costa da Argentina e ocupadas pelo Reino Unido em 1833, tem sido reclamada com insistência por Buenos Aires junto às Nações Unidas e a outros organismos internacionais.


A Grã-Bretanha venceu a curta e sangrenta guerra nas Malvinas, em 1982, declarada após o regime militar argentino enviar tropas para invadir as ilhas no dia 2 de abril de 1982. Em 14 de junho, as forças argentinas se renderam, após a morte de 649 soldados argentinos e 255 militares britânicos.


Fonte: PORTAL TERRA  


Comentário: para quem não sabe, KELPERS são os moradores das Falklands/Malvinas, pessoas que possuem o direito de discordar da reinvindicação dos argentinos sobre o arquipélago. Eles defendem a autodeterminação, o que na prática lhes dá o direito de escolherem entre a continuidade do domínio brando da distante Londres, o mando - e desmando - de Buenos Aires ou mesmo a independência.

A Cristina Kirchner convenceu o MERCOSUL a participar do que é na prática o início de um BLOQUEIO ECONÔMICO contra o povo Kelper. Isso é vergonhoso para as nações do Bloco, e principalmente para a presidente da Argentina, que evidente fez isso visando agradar aos argentinos, os fazendo se esquecer de questões bem mais sérias. Puxa, não foi por isso que em 1982, o general Leopoldo Galtieri deu início ao conflito das Malvinas? O propósito era fazer o povo dele se esquecer dos grandes problemas da nação - incluindo a própria ditadura - para poder governar indefinidamente. Depois é o brasileiro que possui memória curta.

 Caramba, dona Cristina, isso não se parece com o tal do imperialismo que você mesma tanto denuncia?  Se a senhora não se dá conta da própria contradição, favor ler o texto abaixo:





   
Cristina Kirchner discursa por Cuba


Domingo, 19 de abril de 2009




Com um denso improviso de 15 minutos, a presidente da Argentina, Cristina Kirchner, injetou a demanda da América Latina pelo fim do embargo dos Estados Unidos a Cuba e sua reinserção no espaço interamericano logo na abertura da 5ª Cúpula das Américas. A exigência, colocada em um tom cordial e seguro, foi direcionada diretamente a Barack Obama, presidente dos Estados Unidos, que faz nesse evento o seu primeiro contato direto com os líderes da América Latina e do Caribe. "Queremos frisar a (necessidade de) supressão da lógica do mundo bipolar, do anacronismo que significa, hoje, o bloqueio à república irmã de Cuba, e queremos pedir sua eliminação", declarou Cristina.


Em sua argumentação, a presidente argentina deixou claro que a mudança na abordagem dos EUA em relação a Cuba será a base para a construção de uma "nova relação" entre Washington e o restante do Hemisfério. Defendeu que a subordinação ao conceito dos Estados Unidos sobre sua relação com a América Latina, que resultou em uma experiência "traumática", dê lugar à "colaboração".


Cristina teve pelo menos dois cuidados na sua abordagem. Primeiro, mencionou a necessidade de Cuba e os EUA conversarem sem travas sobre questões sensíveis ao regime de Havana, com os direitos humanos, especificamente a libertação de presos políticos. O segundo advertir que os países do Hemisfério devam tratar esse tema sem "pirotecnia verbal".

Fonte: GAZETA DIGITAL


Pois é, em casa de ferreiro - um peronista com certeza  - o espeto é de pau. 

sexta-feira, 23 de dezembro de 2011

"DIVERSOS ANTECEDENTES INDICAM QUE HÁ BOLHA IMOBILIÁRIA NO BRASIL"


“Quase 43% das famílias brasileiras tem a renda comprometida com pagamento de dívidas. Com o salário minguado e restrição financeira internacional, o crédito farto para de crescer.”

Luciano D´Agostini, doutor em economia


A formação ou não de uma bolha imobiliária no Brasil foi um dos assuntos mais debatidos durante o ano. A preocupação estimulou comparações com o que ocorreu em países como Estados Unidos e Espanha, onde a bolha estourou. Em um curso ministrado essa semana no Conselho Regional de Eco­­no­­mia do Paraná (Corecon), o doutor em economia Luciano D´Agos­tini citou exemplos de como se forma a bolha e conse­quências.


Para ele, há bolha imobiliária no Brasil por diversos antecedentes, um deles a melhoria da renda da população. “Mais de 30 mi­­lhões de brasileiros saíram da linha de pobreza e entraram na classe de consumo, mas houve um espírito de consumo bem maior do que de poupança. Isso auxiliou o mercado imobiliário a inflar os preços, porque o público comprou o imóvel com um custo elevado de financiamento. Ao longo de oito anos os juros caíram, mas ainda são muito elevados”, disse. Ele destacou, ainda, política monetária e taxas de juros. Confira o que mais D´Agos­­tini falou sobre o atual cenário nos principais trechos da entrevista para a Gazeta do Povo.


Que comparação o senhor faz do cenário brasileiro com países como Estados Unidos e Espanha, que experimentam a crise no setor?


A percepção é a mesma. Os sintomas são os mesmos. O endividamento das famílias sobre a renda é um excelente indicador. En­­quanto existe crédito na economia, retroalimenta o sistema de preços. Ao secar o crédito, com o endividamento das famílias so­­bre a renda, as chances de uma correção para baixo nos preços e/ou aumento dos salários na economia são enormes. Descartada a segunda opção, sobra a queda de preços dos imóveis. Va­­le lembrar que estouros de bolha imobiliária no Japão 1991, Estados Unidos em 2008 e países europeus em 2009 a 2011, tiveram um pouco antes de seus estouros de preços do imóveis uma taxa de desemprego em seu país muito baixa. No Brasil temos baixo nível de desemprego (é recorde no regime de me­­tas) e a grande sacada é “como o governo manterá a taxa de desemprego baixa nos próximos anos” com a falta de dinamismo da in­­dústria, um dos motores do crescimento real da economia. Progra­mas sociais, por si só, não resolvem. Deve haver crescimento econômico com desenvolvimento.


Como o país poderia se prevenir de situação semelhante a desses países?


Baixar rapidamente as taxas de juros, fazer um controle mais vigorosos de entrada e saída de capitais estrangeiros, investir em tecnologia de produção, tributar mais extensivamente os imóveis para venda abaixo de quatro anos de existência. No caso de investir em produtividade do capital e do trabalho, aumentaria a produtividade total do se­­tor da construção ci­­vil. Nesse caso o segmento te­­ria uma eficiência bem me­­lhor do que os pí­­fios indicadores que temos hoje.


Como o consumidor pode en­­tender se há ou não bolha imobiliária?


Normalmente ele é o último a entender o processo. A percepção é de que o preço dos imóveis sobe muito e os salários não acompanham o ritmo. No primeiro mo­­mento, as pessoas sofrem de ilusão monetária e euforia, contribuindo para a alta dos preços. No segundo, quando o endividamento so­­bre a renda aumenta, que é o caso atual, as pessoas começam a se dar conta de que en­­traram na “casa er­­rada” e no “mo­­men­­to er­­rado”. Também quan­­do muitas pessoas fazem co­­mentários com amigos e familiares sobre o as­­sunto é indício de que exis­­te distorção. Quanto mais pessoas falam do processo é porque a preocupação é maior e também é um bom “indicador” da situação.

Fonte: GAZETA DO POVO



quinta-feira, 22 de dezembro de 2011

KIM JONG-IL DEIXA UM LEGADO DE DESGRAÇA


Desertores que escaparam da Coréia do Norte (...) têm memórias de 'A Marcha da Tribulação ", um título eufemístico para o período da Coréia do Norte de fome. Esta crise alimentar extrema durou cerca de quatro anos, de 1994 a 1998. Diferentes institutos de pesquisa têm feito descobertas diferentes, mas em qualquer lugar 2-3 milhões de pessoas são estimadas em terem morrido devido à doença ou de fome causada pela escassez de alimentos neste período.


O ex-membro do Partido do Trabalho da Coréia, Hwang Jang Yop testemunhou em suas memórias, que "Na virada de 1995, uma inundação no norte da província de Pyongan marcou o início da grave escassez de alimentos. Pilhas de corpos podiam ser vistas por todo o lugar. "


No início dos anos 90, depois de muitos países comunistas já tinham desmoronado, a situação econômica da Coreia do Norte deteriorava-se rapidamente. Este ( o fim da URSS e do leste europeu socialista) não foi o causador, o declínio econômico da Coréia do Norte tinha sido previsto há algum tempo. Após o estabelecimento do regime que governa a Coreia do Norte desde a sua fundação, a liderança consistentemente perseguiu uma via de auto-suficiência, o que significava trocas econômicas - escambo de produtos - com estrangeiros. A obsessão da Coréia do Norte com uma fechada economia socialista de estilo planejado foi a principal causa de seu declínio econômico.


Na década de 1980 Kim Jong Il promoveu a modernização e idolatria em Pyongyang para reforçar a aderência do seu reinado de um homem só. Em 1989, este levou-o a fazer alarde com fundos públicos para hospedar o Festival Mundial da Juventude e dos Estudantes, com o objetivo de competir com os Jogos Olímpicos de Seul em 1988. A grande quantidade de dinheiro gasto com este evento tornou aparentemente impossível a partir desse ponto para a economia da Coréia do Norte se recuperar.


Ao mesmo tempo, desastres naturais, como secas e inundações levaram o sistema do país de produção a entrar em colapso, levando o sistema de distribuição - de alimentos para a população - junto com ele.


O colapso do sistema de distribuição forçou o povo norte-coreano em direção às montanhas e campos em busca de comida. O desespero e a dificuldade de obtenção de alimento real levou muitos a comerem cascas de árvores ou raízes. Este foi o início da explosão do "kotjebi ', uma nova classe de mendigos que são crianças.


De acordo com dados das Nações Unidas, em 1998 o nível de desnutrição na Coréia do Norte tinha alcançado 60%, e escassez crônica de alimentos continuaram desde então. Ela chegou ao ponto em que sem a ajuda da comunidade internacional a Coréia do Norte não pode superar esses escassez de alimentos. O fato de que mais de uma geração é agora aflita com defeitos causados ​​por 20 anos de escassez de alimentos e desnutrição permanecerá como um dos crimes indeléveis do regime Kim Jong-Il.


No entanto, mesmo nestes tempos difíceis, Kim Jong-Il foi famoso em gostar de viver com conforto. No período depois que ele assumiu o poder, ele gastou milhares de dólares em uma única refeição, que muitas vezes incluía caviar de enguias, leitão assado, barbatana de tubarão e carne de cabra.


Kim não gastava todo o dinheiro em si mesmo, mas seus investimentos foram feitos principalmente em cuidar de seus colaboradores mais próximos e idolatrar a Kim Il-Sung, ele nunca levantou um dedo para fazer qualquer coisa para melhorar a vida das pessoas que passam fome.


Kim gastou 20 milhões de dólares por ano em presentes para seus colaboradores mais próximos, certificando-se que a lealdade deles era boa em todos os momentos. E mais, Kim construiu dez casas de férias particulares em todas as áreas cênicas da Coréia do Norte e gostava de passar cada um de suas férias sazonais em uma diferente. Uma das casas de férias alegadamente tem um andar debaixo d'água feito de 10 centímetros de espessura de vidro reforçado para ver a 100 metros sob o mar.


Kim gastou 890 milhões de dólares em uma rica expansão do Memorial Kumsusan Palace, que é onde o corpo de Kim Il Sung está enterrado (...). Esse dinheiro teria comprado seis milhões de toneladas de milho a preços internacionais dos grãos, alimentos que poderiam ter sido usados ​​para minimizar a situação de fome.


Significativamente, Hwang Jang Yop disse que tomou a decisão de romper com Kim Jong Il, após vê-lo afundar tão grande capital e recursos para o Memorial Kumsusan Palace por nenhuma outra razão do que a idolatrar Kim Il-Sung. Como Hwang disse: "Senti uma onda de raiva quando vi que Kim Jong-Il apenas focava em idolatrar Kim Il-Sung e a ele mesmo, sem tomar qualquer ação para acabar com a crise alimentar."


Fonte: este texto foi originalmente publicado no site sul-coreano DAILYNK
 

PC DO B DESCONHECE QUE ATÉ A CORÉIA DO NORTE ABANDONOU O CAMINHO DO COMUNISMO


 Estimado camarada Kim Jong Um

Estimados camaradas do Comitê Central do Partido do Trabalho da Coréia


"Recebemos com profundo pesar a notícia do falecimento do camarada Kim Jong Il, secretário-geral do Partido do Trabalho da Coreia, presidente do Comitê de Defesa Nacional da República Popular Democrática da Coreia e comandante supremo do Exército Popular da Coreia.


Durante toda a sua vida de destacado revolucionário, o camarada Kim Jong Il manteve bem altas as bandeiras da independência da República Popular Democrática da Coreia, da luta anti-imperialista, da construção de um Estado e de uma economia prósperos e socialistas, e baseados nos interesses e necessidades das massas populares.


O camarada Kim Jong Il deu continuidade ao desenvolvimento da revolução coreana, inicialmente liderada pelo camarada Kim Il Sung, defendendo com dignidade as conquistas do socialismo em sua pátria. Patriota e internacionalista promoveu as causas da reunificação coreana, da paz e da amizade e da solidariedade entre os povos.


Em nome dos militantes e do Comitê Central do Partido Comunista do Brasil (PCdoB) expressamos nossas sentidas condolências e nossa homenagem à memória do camarada Kim Jong Il.


Temos a confiança de que o povo coreano e o Partido do Trabalho da Coreia irão superar este momento de dor e seguirão unidos para continuar a defender a independência da nação coreana frente às ameaças e ataques covardes do imperialismo, e ao mesmo tempo seguir impulsionando as inovações necessárias para avançar na construção socialista e na melhoria da vida do povo coreano.


Renato Rabelo, presidente nacional do PC do B e Ricardo Abreu Alemão, secretário de Relações Internacionais do PC do B."


O texto acima é uma nota da direção nacional do PC do B, do dia 20 de dezembro. Caramba, comunista sempre adora bancar o entendido em história, dar uma de "politizado" .... mas essa turma está um pouco desinformada, ou se faz de desinformada sobre assuntos fartamente divulgados.

 O fato é que os comunistas dificilmente tentam ver o que é óbvio. Em qual das duas Coréias as pessoas vivem melhor? No norte, riquíssimo em minérios e onde se concentravam todas as indústrias da península coreana antes dela ser ocupada pelos EUA e URSS (o norte foi ocupado pelos soviéticos), ou no sul, que em 1945 - final da Segunda Guerra Mundial - era a parte mais pobre da Coréia, e que ficou sob o controle dos militares estadunidenses?  


Quem possui um pouco de informação já sabe a resposta, a qual sempre será ignorada pelos sábios comunistas, que adoram dizer que os fatos sobre a realidade coreana não passam de distorções e mentiras da mídia "não-progressista". A mulher da foto desta postagem, CAROS AMIGOS do PC do B, não é uma camponesa da Coréia do Sul, mas uma faminta do norte. Ah, já sei: é mentira, né? Tudo invenção da mídia imperalista. Mas se fosse uma esfomeada haitiana (o Haiti nunca foi governado por comunistas, só faltou essa desgraça) aí a foto seria legítima. Os camaradas pensam assim: quando uma revista "conservadora" noticia a miséria haitiana a informação é válida, mas se essa mesma revista tratar da miséria norte-coreana ..... claro que aí vai ter mentira. Pô, desde quando governante comunista deixa o próprio povo passar fome? Basta lembrarmos da Ucrânia nos anos trinta do século XX e da China durante o "grande salto para frente", dois momentos MARAVILHOSOS da história do marxismo-leninismo.
   

Eu poderia ficar só nisso, mas os camaradas precisam ser informados de uma questão que será dura para eles: em 2009 o governo da Coréia do Norte RENUNCIOU ao projeto de implantar uma sociedade comunista. Pois é, até eles. E o PC do B ignorando isso.


Em 2009 a constituição norte-coreana foi revista pela Assembléia Popular Suprema, logo após as eleições para esse órgão em abril daquele ano. A mudança mais importante foi a retirada da palavra COMUNISMO, o que significa que o governo desse país desistiu na prática de implantar essa ideologia, preferindo manter o JUCHE, (o socialismo jucheísta, invenção do "grande líder" Kim Il-Sung) como um fim em si mesmo. 


Se isso significa que o "novo líder", terceiro de uma dinastia, imitará o que o Deng Xiaoping fez na China, é um mistério. Mas fica claro que o PC do B precisa ser mais cuidadoso ao elogiar políticos que eles consideram "bons camaradas". Basta ver o caso da Venezuela, cujo socialismo bolivariano parece cada vez mais FASCISTA .... os pcdbistas adoram chamar seus opositores de "fascistas", mas ignoram - ou tentam não ver - o que o ídolo Chávez defende de verdade, sujeito que eles já elogiaram. 

terça-feira, 20 de dezembro de 2011

ESTE BLOGUEIRO DE PERUÍBE GOSTARIA DE ESTAR EM CURITIBA PARA ASSISTIR AO NATAL /2011 DE LÁ








Fala sério, quando é que eu vou ver no mês de dezembro em Peruíbe, a um evento natalino que em beleza chegue a pelo menos 1/5 do Natal em Curitiba? Difícil, muito difícil. E neste 2011, o Palácio Avenida está no auge. Cidade com estratégia turística inteligente é assim.

O FANATISMO DOS ATEUS NORTE-COREANOS EM PYONGYANG





Engraçado, sempre existem por aí uns retardados que adoram afirmar que o comportamento dessa gente aí do vídeo seria exclusivo de indivíduos religiosos, ou melhor dizendo, fanáticos religiosos. Mas a Coréia do Norte é uma nação atéia, onde toda a atividade religiosa - o que inclui o cristianismo - é rigorosamente reprimida. E então? Como explicar toda essa histeria do povo norte-coreano devido ao falecimento do "querido líder" Kim Jong-il?

Em julho de 1994, quando KIM IL-SUNG (pai do falecido e avô do herdeiro do trono, Kim Jong-Eun), o atualmente proclamado "presidente eterno" do país morreu, as cenas não foram muito diferentes. Digo que foi até pior:



Esse povo aí aprendeu nas escolas de lá que a religião é o ÓPIO DO POVO, mas também foi ensinado a crer - pois é - que os presidentes de lá são DEUSES.

segunda-feira, 19 de dezembro de 2011

MORRE AOS 69 ANOS, O DITADOR DA CORÉIA DO NORTE, KIM JONG-IL





Morre aos 69 anos o líder da Coreia do Norte, Kim Jong-Il


O líder da Coreia do Norte, Kim Jong-il, morreu aos 69 anos, segundo anúncio feito nesta segunda-feira pela televisão estatal do país.


De acordo com o anúncio, Kim Jong-il, que liderava o país comunista desde a morte de seu pai em 1994, morreu em um trem enquanto visitava uma área próxima da capital, Pyongyang.


O funeral de Kim Jong-il será realizado na capital norte-coreana no dia 28 de dezembro, segundo a agência de notícias estatal da Coreia do Norte, a KCNA.


O governo do país informou que o filho do líder, Kim Jong-un será seu "grande sucessor" e pediu união aos norte-coreanos.


"Todos os membros do partido, militares e o público devem seguir a liderança do camarada Kim Jong-un, proteger e fortalecer a frente unificada entre partido, militares e público", informou a KCNA.


A KCNA afirmou que o filho do líder norte-coreano deverá começar seu trabalho liderando o comitê organizador do funeral de Kim Jong-il. O período de luto nacional foi declarado e deve se estender até o dia 29 de dezembro.


Kim Jong-un, que teria mais de 25 anos de idade, foi indicado para ser o sucessor de Kim Jong-il há mais de um ano.


Kim Jong-il sofreu um derrame em 2008 e há meses não aparecia em público.


O anúncio de sua morte foi feito com uma leitura emocionada em rede nacional de televisão.


A apresentadora, usando roupas pretas, chorou ao comunicar que Kim Jong-il teria morrido devido ao excesso de trabalho físico e mental. Uma informação divulgada depois pela KCNA disse que o líder norte-coreano morreu devido a um ataque cardíaco.


Público chorou a morte de Kim Jong-il na capital, Pyongyang


Fotos da capital norte-coreana, Pyongyang, mostravam pessoas chorando nas ruas.


Tensão em Seul


Os militares da Coreia do Sul foram colocados em estado de alerta, em meio ao temor de que a morte de Kim Jong-il possa causar instabilidade no país comunista, empobrecido porém com armas nucleares.


O Conselho Nacional de Segurança sul-coreano está reunido para uma reunião de emergência, segundo informação da agência de notícias Yonhap.


Tecnicamente, as duas Coreias permanecem em estado de guerra desde a Guerra da Coreia (1950-1953).


O governo japonês também convocou uma reunião de segurança.


A Casa Branca disse que está "monitorando com atenção" as informações sobre a morte do líder norte-coreano. Os Estados Unidos informaram que estão "comprometidos com a estabilidade da península coreana e com a liberdade e segurança de nossos aliados".


O presidente da Coreia do Sul, Lee Myung-Bak, conversou com o presidente Barack Obama pelo telefone.


"Os dois líderes concordaram em cooperar e monitorar a situação juntos", disse um porta-voz presidencial da Coreia do Sul.


A China, o mais próximo aliado da Coreia do Norte e seu maior parceiro comercial, afirmou que está "angustiada" com a notícia da morte.


Depois do anúncio da morte de Kim Jong-il, as ações nos mercados asiáticos registraram queda.

Fome e armas nucleares


Kim Jong-il herdou a liderança da Coreia do Norte de seu pai, Kim Il-sung.


Logo depois que Kim Jong-il assumiu o poder, a Coreia do Norte enfrentou uma época de muita fome, causada por reformas econômicas que fracassaram e lavouras abaixo do esperado. Com isso, estima-se que dois milhões de pessoas tenham morrido.


O regime do líder norte-coreano foi muito criticado por abusos dos direitos humanos e permaneceu isolado devido ao seu programa de armas nucleares.


Durante o governo de Kim Jong-il, os recursos do país foram voltados para os militares e, em 2006, a Coreia do Norte realizou seu primeiro teste nuclear. Três anos depois, o país realizou o segundo teste.


Negociações envolvendo vários países para desarmar a Coreia do Norte estão paradas há meses.


Há cerca de um ano, Kim Jong-il anunciou seu filho como sucessor. Muitos esperavam que o processo de sucessão se completasse em 2012.


Pouco se sabe sobre Kim Jong-un, o filho mais novo do líder norte-coreano. Nem mesmo sua idade exata foi divulgada.


O que se sabe é que Kim Jong-un foi educado na Suíça e é filho daquela que seria a esposa favorita de Kim Jong-il, Ko Yong-hui, que também já morreu.


O professor Lee Jun-hoon, especialista em relações internacionais na Universidade Yonsei, de Seul, disse à BBC que a morte de Kim Jong-il poderá levar a "tempos muito instáveis" na Coreia do Norte, pois o processo de sucessão ficou incompleto.


"Temos de nos preocupar muito, pois sempre que existe instabilidade doméstica, a Coreia do Norte gosta de encontrar uma situação externa para desviar a atenção disto, incluindo fazer provocações", afirmou.

Fonte: BBC



domingo, 18 de dezembro de 2011

O EMPREENDEDOR MOHAMED BOUAZIZI SÓ QUERIA VENDER FRUTAS E LEGUMES EM PAZ




O homem que 'acendeu' a fagulha da Primavera Árabe


Frank Gardner


Da BBC News




O homem que acendeu a fagulha do movimento que ficou conhecido como Primavera Árabe não era nenhum revolucionário incendiário.


Mohamed Bouazizi era um jovem vendedor de frutas e legumes que sustentava uma família de oito pessoas com menos de US$ 150 (cerca de R$ 278) por mês.


Sua maior ambição era trocar o carrinho de mão que usava para vender seus produtos por uma caminhonete.


''Naquele dia (17 DE DEZEMBRO DE 2011), Mohmaed saiu de casa para vender seus produtos como sempre fazia'', disse sua irmã Samya.

Protesto

''Mas quando ele os colocou à venda, três inspetores do governo pediram propinas. Mohamed se recusou a pagar'', recorda ela.


''Eles apreenderam os produtos e os colocaram dentro de seu carro. Eles tentaram retirar suas balanças, mas Mohamed se recusou a entregá-las, por isso eles bateram nele.''


Há relatos, não confirmados, de que uma fiscal teria insultado Samya e cuspido em seu rosto. Mas quer isso tenha também ocorrido ou não, o fato é que naquele momento algo estalou na cabeça do feirante de 26 anos.


Ele foi à sede do governo local para pedir os seus produtos de volta, mas o governador se recusou a recebê-lo. Então, ele comprou um latão de gasolina, jogou o combustível sobre si mesmo e acendeu um fósforo.


Mohamed Bouazizi foi levado às pressas para um hospital com queimaduras em 90% de seu corpo, mas seu ato de desespero levou multidões enfurecidas às ruas.

Onda de solidariedade


Alguma coisa em seu sentimento de desamparo diante da corrupção oficial, da alta de preços e da falta de oportunidades despertou uma onda de solidariedade.


Mesmo tendo sido repreendidos com brutalidade, os manifestantes não recuaram. Pelo contrário, se tornaram mais audaciosos.


Quando Bouazizi morreu em decorrência de seus ferimentos no dia 5 de janeiro de 2011, os protestos se intensificaram. Centenas de pessoas foram mortas, milhares foram presas.


O então presidente da Tunísia, Ben Ali, um autocrata militar no poder há 23 anos, foi à TV pedir calma. ''Desemprego é um problema global'', afirmou. Ele atribuiu a violência a gangues de mascarados, chamando-os de ''terroristas.


Assim como muitos líderes no mundo árabe, o presidente da Tunísia se via como um bastião contra o extremismo muçulmano. Ele acreditava que esse fato por si só lhe conferia carta branca para esmagar qualquer movimento que tivesse algum traço de democrático.


Mas ele subestimou o ressentimento de seu próprio povo contra o nepotismo, corrupção, privações econômicas e uma gestão pura e simplesmente incompetente.


Apenas nove dias após a morte do feirante, os tunisianos ouviram o primeiro-ministro anunciar que o presidente estava ''impossibilitado de exercer suas funções''.


Na verdade, ele fugiu subitamente com a sua família, primeiro tentando ir para França, que se recusou a deixar que seu avião pousasse. Depois, foi para a Arábia Saudita, que aceitou conceder-lhe asilo desde que ele reunciasse a todas suas atividades políticas.


O governo do presidente Ben Ali estava encerrado. Um processo desencadeado, em uma última instância, pelas ações de um quintandeiro frustrado.

Canções e poemas


Se Mohamed Bouazizi nunca tivesse nascido, muito provavelmente algum outro fator teria provocado a chamada Primavera Árabe, até porque essa erupção vinha se construindo há décadas.


Mas por todo o mundo árabe e até além dele, o nome de Bouazizi vem sendo eternizado em poemas, discursos e canções.


A moldura da ditadura inquestionável foi partida para sempre.

Fonte: BBC


Comentário: dizem que as últimas palavras desse desesperado foram para o governador. Ele disse "Como você espera que eu ganhe a vida?" E depois fez o que foi, na prática, um ato de suicídio.


Desaprovo o que esse homem praticou contra si mesmo, mas desaprovo ainda mais o que os tais corajosos inspetores fizeram contra ele. Corruptos e violentos - sabe-se que essa não fora a primeira vez que agrediram Bouazizi - criaram condições para um evento que poderia ter jogado a Tunísia em uma guerra civil, se o ditador não tivesse fugido do país.  


Tudo o que ele queria era vender frutas e legumes em paz. Mas os corruptos só enxergam o lado deles, desconhecem limites e - vejam só - correm o risco de enfurecer multidões, as quais, radicalizadas, podem iniciar tremendas rupturas históricas.