
Em Peruíbe, a "bolha imobiliária" está em evidência, o que é demonstrado com o surto de construções sofisticadas, fato curioso em um município com tantas deficiências, e ela não para de crescer.
A minha avaliação de que existe uma "bolha" por aqui, termo usado pelos economistas, vem da constatação de que os preços das casas e outros imóveis, estão muito acima do que realmente valem, mas ocorre que vários turistas e moradores continuam dispostos a pagar mais, como se apostassem que os valores não fossem parar de subir. É como se eles achassem que Peruíbe fosse se tornar uma metrópole em poucos anos.
As imobiliárias, símbolos dessa especulação local, proliferam pela AV Anchieta, e surgiram várias delas durante este ano. É comum vê-las em trechos "abandonados" (com poucos moradores) da nossa via principal. Parecem ser a principal fonte de emprego durante a maior parte do ano, quando a ociosidade no comércio e hotelaria predominam, sintoma de uma sociedade que não prioriza a produção, quase que restrita à construção civil, mas que se contenta com os gastos de forasteiros, em busca de divertimentos.
O risco do fluxo de paulistanos que investem por aqui ser interrompido é grande, com os nossos rivais do litoral norte despontando como os "tigres" do turismo paulista. Aí a bolha estoura, e veremos uma microrecessão, a qual, tal como nos EUA, terá de ser combatida com recursos estatais, o que no nosso caso serão esmolas do governo do estado e de Brasília.