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sábado, 27 de janeiro de 2018
VINÍCIUS TORRES FREIRE / ALGUM CRESCIMENTO DEVE HAVER EM 2018
A recessão enfim acabou no mercado de trabalho com carteira assinada. No ano passado, o número de pessoas com emprego formal pelo menos ficou estagnado, na prática. Quer dizer, no final de 2017, tinha quase tanta gente empregada com CLT quanto em 2016.
Não é lá nenhuma maravilha, mas é um alívio. Em 2015 e 2015, desapareceram 2 milhões e 900 mil empregos com carteira. Foi uma chacina do trabalho. Vai ser melhor em 2018? Previsão em economia não é lá essas coisas. Mas os mais pessimistas acham que em 2018 o número de empregos com carteira vai aumentar pelo menos em 1 milhão. Seria o melhor resultado desde 2013.
O governo, claro, faz previsão mais animada. Se a economia crescer uns 3%, aparecem então 1 milhão e 800 mil empregos com CLT. Não recupera as perdas da crise. Mas, enfim, seria um crescimento.
No ano que passou, 2017, os setores que tiveram alguma recuperação do emprego formal foram a agropecuária, o comércio e os serviços. Na lanterna, ainda em recessão horrível, está o setor de construção civil, que ainda perdeu mais de 100 mil empregos formais. Outro caso de crise ainda muito ruim é o Rio de Janeiro. O Estado ainda perdeu mais de 90 mil empregos.
Em resumo, quem ainda puxa a economia para baixo é a construção civil e o Rio, arruinado pelos seus dirigentes.
A construção vai melhorar em 2018? Deve voltar para o azul, mas não vai crescer grande coisa. Como a gente já disse tantas vezes aqui, a construção não sobe porque os governos não têm dinheiro para fazer obras. Porque os governos não conseguem repassar obras para a iniciativa privada, obras de infraestrutura, estrada, por exemplo.
No caso das empresas, o investimento será pouco porque a economia cresce pouco, não precisa de novas instalações produtivas, por enquanto. No caso do setor de imóveis, ainda há muito encalhe. Além do mais, as pessoas ainda estão com medo de pegar um financiamento de casa, porque a crise foi feia e a recuperação da economia é pequena.
O ano de 2017, em resumo, foi ano de estagnação. Paramos de cair. 2018 deve ser ano de algum crescimento de verdade. O primeiro desde 2013, enfim.
MARCADORES: GOVERNO MICHEL TEMER, DEPRESSÃO / RECESSÃO BRASILEIRA, BRASIL, RECUPERAÇÃO ECONÔMICA, JANEIRO DE 2018
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