quarta-feira, 1 de junho de 2016

QUANDO A VERDADE SE TORNA UM ATO REVOLUCIONÁRIO - JUNHO DE 2016





“Durante tempos de engano universal, dizer a verdade se torna um ato revolucionário.” 

- George Orwell


O autor dos famosos livros 1984 e A Revolução dos Bichos entendia o sentido da história. Nos anos trinta, o então coronel do exército francês Charles De Gaulle dizia que a França não estava preparada para uma nova guerra com a Alemanha, que sob a liderança de Hitler, promovia o rearmamento. Dizia a verdade, mas não foi ouvido. Os militares franceses mantiveram uma confiança cega na Linha Maginot, e não aceitaram a recomendação de serem criadas divisões blindadas (de tanques), as quais fortaleceriam consideravelmente as defesas do país. E esse foi um dos fatores que contribuíram para a espetacular vitória alemã em 1940, no início da Segunda Guerra mundial.




De Gaulle em 1944, caminhando triunfante em Paris, marco simbólico da libertação da França


O fato é que a estratégia militar francesa ainda estava condicionada aos tempos da Primeira Grande Guerra, que na famosa Frente Ocidental se caracterizou pela defesa de posições, ou seja, uma visão defensiva, com milhões de combatentes entrincheirados. De Gaulle reconhecia que o avanço tecnológico, que permitiu a criação do Tanque e do Bombardeiro de Mergulho, tornaria o próximo conflito mundial caracterizado por uma grande mobilidade das forças em conflito, ou seja, menos trincheiras e mais movimento dos combatentes. Em outras palavras, era preciso se pensar em recursos militares ofensivos, como resposta ao que os alemães já vinham fazendo, com o desenvolvimento do Panzer (e o seu uso em divisões de tanques) e a recriação da Luftwaffe (durante anos extinta devido ao Tratado de Versalhes).

Mas os militares franceses não estavam preparados para essa verdade, na prática um ato revolucionário e corajoso do então coronel De Gaulle. Eram incapazes de entender o quanto a próxima guerra mundial seria diferente. Acreditavam que uma linha defensiva fortificada seria o suficiente para conter a invasão, o que se demonstrou desastroso, pois os nazistas simplesmente fizeram uma ação militar semelhante a de 1914: ocuparam a vizinha Bélgica, e a partir dela entraram em território francês, sendo o resultado final a vitória alemã, com os nazis desfilando em Paris.

A verdade pode ser dura, e em casos como esse, tende a ser aceita por poucos, pois a maioria das pessoas tendem a apenas escutar o que lhes agrada. Só com a espantosa derrota francesa em 1940 e o fracasso da terceira república em proteger o país, que muitos franceses tomaram conhecimento da existência do general De Gaulle, auto-exilado em Londres, e que contando apenas com os microfones da rádio BBC, liderou com inteligência e coragem os franceses livres. 

O movimento FRANÇA LIVRE foi uma criação dele. Simplesmente do nada, contando com uma minoria entusiasmada e organizada e um apoio difícil dos aliados - os EUA jamais o engoliram como líder máximo francês, e Churchill dizia que de todas as cruzes que carregava, a de Lorena era a mais pesada - conseguiu impedir a consolidação do regime de Vichy, favorecendo assim a causa aliada (os colaboracionistas não conseguiram transformar o país em aliado da Alemanha, pois a oposição armada interna tornou isso impossível), o que em parte tornou possível a invasão da Normandia, em 1944, e a posterior libertação daquela nação.

De Gaulle foi o personagem histórico que fez o necessário pelo próprio país, independente do que os seus numerosos opositores diziam dele. O chamavam de fascista (combateu o fascismo), de ditador (combateu as ditaduras do eixo e vichy), de colonialista (tornou possível a independência da Argélia) e por aí vai. Foi difamado, sofreu atentados, enfrentou inimigos terríveis (inclusive entre os próprios aliados na segunda guerra), e desafiando tudo, foi o mais importante político francês do século XX. 

Pois bem: considero o deputado federal Jair Messias Bolsonaro o nosso De Gaulle, o tipo de presidente que poderá libertar o Brasil destas mais de duas décadas de governos esquerdistas (PSDB não é direita, tá?) e da praga do marxismo cultural que empesteia a nação.

Não preciso escrever mais sobre o Bolsonaro, basta que vejam o vídeo abaixo, no qual ele fala verdades que incomodam durante esquerdistas e mesmo a vários direitistas. Em pouco minutos, ele pratica um simples ato revolucionário, contra décadas de doutrinação marxista cultural.

E um conselho aos bolsonáricos / bolsonaristas de plantão: estudem as biografias do De Gaulle. Leiam e as releiam.





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