O programa de tv Big Brother Brasil, que está na vigésima primeira edição, confirma um fato: a rede globo é um titanic televisivo que já afundou. Não está para colidir num iceberg, já bateu no mesmo e naufragou no Atlântico, simples assim.
Nos tempos áureos da emissora carioca (anos 80, pois é), a estratégia era oferecer aos então telespectadores o que eles de fato queriam. Não nego a existência de um ou outro conteúdo que poderíamos hoje chamar de doutrinador, como o batido clichê do "vilão rico" versus "herói pobre" nas novelas daqueles tempos, a fantasiosa família "pobre e feliz" e outras bobagens, cujo um dos propósitos era de fomentar artificialmente a luta de classes em nossa sociedade, mas existiam limites bem definidos e respeitados. Os digamos assim, produtores globais de conteúdo sabiam até onde podiam chegar, sem ofender demasiado o público, algo confirmado pela audiência elevadíssima que a turma do antigo plim-plim alcançava. E sem essa de que o povo "não tinha outra coisa pra ver": Sílvio Santos liderava nas tardes de domingo e o Chaves tornou-se uma mania nacional. Mas a Globo ocupava com folga as tvs de todo o país.
O cenário televisivo atual é bem diferente. O BBB 21 confirma isso. Nos poucos vídeos que assisti para elaborar este artigo, vi uma tremenda falta de bom-senso, ou seja, de limites. A lacração, verborragia (isso parece um palavrão!) e o chamado cancelamento predominam lá dentro. Até anteontem, Karol Conká, Lucas e demais participantes eram para mim ilustres desconhecidos, com exceção de Fiuk, que só conheço por ser filho do Fábio Junior, sem qualquer outro mérito para lembrá-lo. Celebridades? Não para este cara aqui.
A decadência desse reality show demonstra a falta de rumo daquela que já foi chamada, numa edição da revista VEJA nos anos 70, de a "hollywood brasileira". O "padrão globo de qualidade" era uma realidade, que deixava bem para trás os concorrentes, e chamava a atenção até do exterior, voraz comprador de novelas globais, desde a pioneira Escrava Isaura, produção que hoje não agradaria a militância "antifascista", por causa da "branquitude" da sofrida protagonista. Aliás, aí é que está. A "Vênus Platinada" fez neste século uma escolha ideológica, fortemente anti-conservadora, optando por produzir um conteúdo mais à esquerda daquele que se via em folhetins televisivos antigos e seus discretos subtextos esquerdistas (como o do tradicional conflito rico malvado versus pobre bonzinho que já citei). Ou seja, lacrar, lacrar e lacrar sem parar.
Mas quem lacra não lucra, e numa sociedade em que um crescente número de telespectadores está se reconhecendo como conservador, isso não dá futuro, o boicote é uma realidade. A substituição da TV Globinho pelo polêmico programa da Fátima Bernardes, só contribuiu para uma perda de público infantil, mais do que necessário para garantir a manutenção de altos índices de audiência no futuro, que o digam todos os que quando crianças assistiam ao Show da Xuxa, e prosseguiram assistindo a emissora já adultos. Aliás, as crianças desta década jamais saberão o que era dançar em frente da tv, durante a abertura do programa global preferido. Para elas, felizmente existem outras opções (a internet é praticamente um portal que reúne muitas opções), ou seja, beijinho beijinho tchau tchau, rede globo!
Volta, TV Globinho!
POSTAGEM RECOMENDADA: KÉFERA NA FÁTIMA BERNARDES: LACRAÇÃO NÃO DÁ AUDIÊNCIA
MARCADORES: BBB 21, DECADÊNCIA DA REDE GLOBO, POLÊMICAS, LACRAÇÃO, IDEOLOGIA, PERDA DE PÚBLICO E AUDIÊNCIA, FEVEREIRO, 2021
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