Pois é, o blogueiro aqui tem uma teoria própria, de como esse mangá irá terminar. Isayama já deixou claro que a conclusão será diferente do que ele pretendia, ou seja, sem um final que consideraríamos tenebroso, o que não significa que seria "feliz". Mas então, como será? O capítulo 129 já foi publicado, e Eren e os titãs prosseguem marchando (ou nadando, sei lá) em direção ao continente, onde com certeza destruirão a cidade de Liberio, e em seguida todo o Império Marley. O que irá acontecer?
Antes de expor a minha ideia, vamos analisar as razões do protagonista. Como os leitores da obra e o público do anime já sabem, os eldianos são descendentes da escrava Ymir Fritz, que poderíamos chamar de a titã primordial, a qual após morrer (salvando o rei cruel que a escravizava e a obrigava a fazer coisas horríveis), teve o próprio cadáver canibalizado pelas filhas, para transmitir o poder de transformação! Essa mulher, dominada por um rei tirano, deixou aos descendentes um triste legado.
Tanto em Marley como nas demais nações, os eldianos de Paradis são chamados de "os demônios da ilha", e dizem que eles devem ser exterminados, por causa do poder latente em seus corpos. Com o desenvolvimento tecnológico, criarão armas tão poderosas (bomba atômica seria uma possibilidade) que os titãs sequer serão obstáculos para a destruição de Paradis. Os eldianos que vivem no continente não estão numa situação muito melhor. Não há liberdade para eles. Em Liberio existe uma "zona de internamento", que na prática é um gueto (pois é, olha a referência), onde eles sobrevivem como uma minoria étnica discriminada e odiada. Os marleyanos e outros povos costumam usá-los para experimentos "científicos" em laboratórios (clara referência ao nazismo), onde acabam mortos. A liberdade, que Eren tanto defende, é um sonho impossível para essa gente. O próprio pai dele, Grisha, viu pessoas desse povo serem transformadas em titãs puros (incluindo a esposa, aquela que mais tarde devorará a mãe que vocês já sabem de quem mais adiante), e isso pelo mesmo marleyano que, anos antes, matou a irmã de Grisha, num ato extremamente cruel, a dando para cães. E tudo isso por quê?
Esse monstro é mais monstruoso do que os próprios titãs
Coruja em ação, um dos portadores do Titã de Ataque
E agora o polêmico Eren Jaeger (herói ou vilão?) está prestes a fazer algo terrível. Na infância, ele perdeu a mãe, o pai, a cidade em que morava, e foi jogado na miséria, tudo como resultado de um ataque realizado por eldianos vindos da principal nação inimiga. Jurou vingança, para quem quisesse escutar. Se juntou à tropa de exploração com Armin e Mikasa (que o Coruja disse para Grisha que deveriam ser protegidos), instituição militar onde não existe liberdade, para lutar pela sobrevivência e libertação, dele mesmo e dos demais. Descobriu os segredos que o pai mantinha no porão, e finalmente chegou na atual etapa,quando conseguiu da própria Ymir, o poder para literalmente, destruir o mundo, que se está contra o povo dele, não merece existir, de acordo com a cosmovisão do personagem.
Erem e Ymir num baita momento dramático
Claro que neste momento do artigo, os politicamente corretos e problematizadores de plantão, distorcerão o que já escrevi, e provavelmente dirão: "Olha o cara, passando o pano pra genocida", ou outra babaquice do tipo. Apenas fiz uma breve análise das razões (quem tiver paciência, pode até se aprofundar mais) do protagonista, das condições que influenciaram suas decisões, o que alguns chamam de experiências formadoras de vida. Mas considero que, já que Eren enganou todo mundo antes, como os amigos e o irmão dele, provavelmente pretende enganar a todos de novo. Francamente, não acredito que essa obra, embora seja trágica, se conclua com "todo mundo e mais um pouco" morrendo. O famoso autor, o Isayama, já sacou que um fim assim não lhe daria muitos lucros, fora o que ele já ganhou. E olha que eu nem estou falando de um encerramento feliz.
Patrick Estrela não é o narrador
Mas então, qual seria a saída? Esperar, que de alguma forma, a aliança consiga deter um cara que detêm três titãs e lidera uma imensidade de outros? Ou que, de alguma forma, ele fique com pena e mude de ideia? E existe o principal: ele quer a paz e liberdade para todos os eldianos, sejam os da ilha e do continente, mesmo que morra por isso. Mas como conseguir esse objetivo, não destruindo as demais nações (o que criaria uma "paz de cemitério") ou convencendo os demais povos a finalmente pararem com a discriminação e opressão contra o povo de Eldia? Calma que daqui a pouco explico.
Como já sabemos, Eren é portador do chamado titã de ataque (shingeki no kyojin, traduzido do japonês), sendo que ele e os demais portadores, de diferentes gerações, compartilham as memórias entre eles mesmos. Todos os portadores desse titã, estejam no passado, presente ou futuro, dividem as mesmas memórias. Daí se explicam certas questões, de como o Coruja falou sobre Armin e Mikasa para Grisha (os dois sequer tinham nascido naquela época) e o protagonista conhecer fatos que envolviam o próprio pai, e que só eram conhecidos por ele. Para um melhor entendimento disso, recomendo o vídeo abaixo, do canal da Gabi Xavier, que também explica a questão do "titã fundador" ou primordial.
Como já sabemos, Eren é portador do chamado titã de ataque (shingeki no kyojin, traduzido do japonês), sendo que ele e os demais portadores, de diferentes gerações, compartilham as memórias entre eles mesmos. Todos os portadores desse titã, estejam no passado, presente ou futuro, dividem as mesmas memórias. Daí se explicam certas questões, de como o Coruja falou sobre Armin e Mikasa para Grisha (os dois sequer tinham nascido naquela época) e o protagonista conhecer fatos que envolviam o próprio pai, e que só eram conhecidos por ele. Para um melhor entendimento disso, recomendo o vídeo abaixo, do canal da Gabi Xavier, que também explica a questão do "titã fundador" ou primordial.
Após destruir as três muralhas e libertar os titãs neles aprisionados, o herói (ou vilão?), entra em contato telepático (poder que conseguiu ao adquirir o Titã Primordial) com todos os súditos de Ymir, e avisa que irá aniquilar toda a vida no mundo, arrasando as demais terras, menos Paradis, ou seja, a erradicação de todos que estão contra os Eldianos. Agora, vem a minha teoria.
Eren (pareço a Mikasa, sempre repetindo o nome dele!), consegue levar adiante o estrondo, e destrói tudo. A aliança formada por amigos e inimigos dele fracassa em detê-lo, ou, o que considero mais provável, só o derrota após ele ter destruído Marley. Mas aí vem a grande surpresa. Seus poderes demonstram ser bem maiores do que pareciam, e o sujeito promove uma reviravolta inimaginável: consegue não apenas partilhar consigo mesmo e com os demais portadores o que aconteceu, como também faz isso COM MILHÕES DE PESSOAS, fazendo-as saber da devastação provocada pelo estrondo, e isso, novamente muda tudo.
Esse "efeito borboleta" em escala global atinge todas as vítimas da tragédia, na área do planeta em que ela ocorreu. Em algum ponto do passado, na linha temporal, essas pessoas receberão as memórias do futuro, e saberão o que irá acontecer com elas. Todas verão a vinda dos titãs monstruosos, o caos e até como morreram. Conhecerão tudo. E junto com essas informações, recebem o ultimato final: "se vocês não quiserem essa tragédia, libertem os eldianos aprisionados e façam a paz com Paradis. Entreguem para nós a nossa liberdade". Os marleyanos e demais povos atingidos ficam apavorados, e concluem que a única alternativa é o de aceitar a paz, que para eles é humilhante, quase que uma rendição incondicional, embora não tenham sido derrotados militarmente. Eren não chega a perder a cabeça (mas preserva os poderes que Ymir lhe concedeu nos caminhos), Dot Pixis não vira titã, ninguém naquele dia se fere ou morre (embora todos que lá estiveram preservam as memórias sobre como o estrondo ocorreu e o que fizeram lá), ocorrem várias alterações na linha temporal. Os radicais yageristas não se tornam uma ameaça.
Mas existe um aspecto da minha teoria, esse looping temporal, que preciso deixar claro: a vitória de Eren não significaria uma conclusão definitiva do conflito, pois a minha ideia levaria mais pra um empate. Marley e as demais nações continuariam com suas infra-estruturas e populações intactas, e Paradis precisaria prosseguir numa revolução tecnológica, para poder se defender, sem a ameça do estrondo, que ele poderia realizar a qualquer momento, caso os marleyanos tentassem trair o acordo. A conclusão não seria 100% eficaz (e ainda tem a questão dos 13 de vida dele, o fim definitivo da maldição dos titãs ...), não dando pra falar em um final propriamente feliz, mesmo se o retorno no tempo das memórias de todos pudesse, por exemplo, impedir a morte de personagens carismáticos como a Sasha (dependendo do momento em que ocorresse o retorno das memórias, Gabi jamais a teria matado). Risco de guerra, vários anos adiante? Sem dúvida que sim, apesar de uma solução como essa.
Concluindo essa parte, alguns podem perguntar como ocorreria um evento atemporal tão amplo. Os chamados "caminhos" não existem pra todos os humanos, só para os súditos de Ymir. Então, como isso seria possível? A explicação plausível, dentro da lógica desse universo ficcional, seria que, ao acumular diferentes titãs, e seus respectivos poderes, Eren poderia ter acesso a algum poder oculto, podendo atingir as mentes de outras pessoas, mesmo não sendo eldianas. O fato é que se o autor tiver uma ideia parecida com a minha (alguma coisa que envolva as memórias, para modicar o presente, acredito que isso irá acontecer), ele dará um jeito de criar uma explicação razoavelmente crível.
E tem mais. Nessa solução o protagonista estaria vivo, sobreviveria, mesmo que morresse num confronto contra a aliança durante o estrondo (já que enviou as memórias ao passado, mudando tudo), lhe possibilitando ser o cara que segura um bebê no último quadrinho do mangá, criança que segundo especulações, será a filha de Historia, e a própria YMIR REENCARNADA (e finalmente livre). Mas agora vem a parte mais imprevisível: Eren e Mikasa terminariam juntos? Apenas torço para que sim, e espero que ela tenha um final feliz. Chega de teorias por hoje!
POSTAGEM RECOMENDADA: SHINGEKI NO KYOJIN (ATTACK ON TITAN): MIKASA ACKERMAN, UMA "BREVE" ANÁLISE
MARCADORES: MANGÁ / ANIME SHINGEKI NO KYOJIN, ATTACK ON TITÃ, TITÃ DE ATAQUE, EREN JAEGER, ARCO FINAL, ESTRONDO, TITÃS ATACARÃO MARLEY, DESTRUIÇÃO, ANIQUILAÇÃO TOTAL, TEORIA SOBRE O FINAL, PAZ, JUNHO, 2020
Li seu comentário lá no capítulo 129 e vim ler... Achei interessante embora realmente expandir a coordenada para que não Eldians pudessem ver o que acontece precisaria de uma explicação bem trabalhada para não ficar algo jogado.
ResponderExcluirEu estou P da vida com o mangá pq está a cada capítulo mais imprevisível, e com umas coisas no mínimo absurdas, matar todos que apoiam o Eren e se aliar a quem queria destruir todos os Eldians não parece a melhor solução para tudo, mas vamos esperar o tio Isayama mandar mais.
Enfim, parabéns por publicar e pensar em tudo isso.
Até mais :3
Beatriz, obrigado pelo comentário, e me desculpe por não tê-lo aprovado antes, pois não o vi. De fato, essa fase final do mangá é simplesmente imprevisível. Quero saber como o Isayama vai fazer para concluir essa obra de forma satisfatória. Não acredito em final feliz, mas em um que pelo garanta ao povo Eldiano a liberdade pela qual Eren tanto tem lutado. Valeu!
ResponderExcluirMuito pika
ResponderExcluirMuito foda, cutii
ResponderExcluirTeoria muito foda! Essa e a de que o Eren vai fazer tipo o Itachi em Naruto (trazendo todo o ódio do mundo pra ele, pra no fim os outros serem perdoados) são as que achei mais plausiveis.
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