PERUÍBE TÊM CASOS DE LEPTOSPIROSE - MARÇO DE 2019

Peruíbe lidera casos de leptospirose na Baixada Santista em 2019

Dos oito casos notificados no município, três foram confirmados, quatro deram negativo e um aguarda resultado. Doença pode ser transmitida principalmente durante enchentes.


Por G1 Santos

Com oito notificações de leptospirose, Peruíbe, no litoral de São Paulo, lidera o número de casos entre as nove cidades da Baixada Santista em 2019. Em seguida vem Cubatão, com três notificações. Em Bertioga, há um caso confirmado. Nas demais cidades não há registros da doença este ano.

Segundo a prefeitura de Peruíbe, do total de casos, três foram confirmados, quatro deram negativo e um aguarda resultado. Já em Cubatão, um caso foi descartado e outros dois estão em investigação. Um deles é o do jovem Ramon Barbosa, de 25 anos, que faleceu no dia 12 de fevereiro com suspeita de leptospirose.

A Secretaria de Saúde do município informou que os dois exames realizados pelo Instituto Adolfo Lutz foram contraditórios. "O primeiro deu negativo e o segundo mostrou a presença de reagentes. Por isso, o instituto está realizando um terceiro exame para verificar se a causa do óbito foi realmente leptospirose", disse, em nota.

Casos confirmados em 2018

No ano passado, São Vicente foi a cidade com o maior número de casos confirmados. Foram 20, ao todo. Em Santos, 15; Cubatão, 11; Praia Grande, dez; Guarujá, nove; Itanhaém, três; Peruíbe, dois; Mongaguá, um. Bertioga não registrou nenhum caso.

Leptospirose

A leptospirose pode ser transmitida principalmente durante enchentes. Em entrevista ao G1, o infectologista Ricardo Hayden explicou que a doença, transmitida pela urina de ratos, começa com febre e dores musculares e pode evoluir para um estado grave e causar hemorragia.

"Os ratos estão nos esgotos e a enchente carrega toda essa água para a casa das pessoas. Depois de um tempo, quando a pele já está enrugada, ela perde as propriedades de defesa e pode entrar em contato com a bactéria que causa a leptospirose, que tem vários tipos. O mais temido causa hemorragia, pode afetar os rins, fígado, coagulação no sangue e exige internação", explica.

Segundo o infectologista, a pessoa também pode ser infectada ao ingerir água contaminada – que muitas vezes invade mananciais de onde é captada a água para consumo e acaba sendo utilizada no preparo de alimentos.


FONTE: G1 SANTOS


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