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quarta-feira, 6 de setembro de 2017
VINICIUS TORRES FREIRE / MENSAGEM GERAL É DE PEQUENA MELHORA - SETEMBRO
Enfim, está acontecendo. A economia brasileira não está só despiorando. Em vários lugares, está ficando um tiquinho melhor que no ano passado. Por exemplo, basta ver esse resultado muito bom da indústria de carros.
Antes de mais nada, vamos lembrar que estamos melhorando em relação ao buracão em que caímos. Por exemplo, juntando o tombo de 2015 e o de 2016, a produção total da economia, o PIB, afundou 8%. Neste ano, se crescermos 1% já vai estar bom. Mas obviamente estamos longe de onde estávamos em 2014. Vamos repetir: a economia diminuiu 8% em dois anos e vai crescer no máximo 1% neste 2017.
Voltando para as boas notícias. Pela primeira vez desde 2014, a indústria vendeu mais carros que no ano passado. A venda de carros nacionais nos últimos 12 meses cresceu 1,7%, principalmente porque estamos exportando mais, vendendo carros para outros países. Parece pouquinho. É um doente levantando da cama depois de uma doença ruim. Mas levantou.
Já tivemos dias muito melhores. Em meados de 2013, a indústria vendia mais de 3 milhões e 100 mil carros por ano. Agora, vende pouco mais de 1 milhão e 800 mil. É uma diferença brutal. Quase metade das máquinas estão paradas.
Ainda assim, é um avanço.
Até no número de pessoas empregadas no país houve um aumento. Foi coisa pequena e precária. As pessoas estão trabalhando mais em empregos piores. Quer dizer, fazendo bico e trabalhando sem carteira.
A produção da indústria está aumentando. Só não está inteira no azul por causa da indústria da construção civil, que ainda é uma tragédia, perdendo empregos e produzindo cada vez menos, do mesmo modo como no pior momento da recessão. E esse governinho tem feito muito pouco para arrumar essa ruína.
Enfim, a mensagem geral é de pequena melhora. Salários médios sobem, para quem tem emprego, a inflação ainda cai, os juros vão cair mais. Vamos ter uma Natalzinho pobre, mas menos pobrinho que o do ano passado.
MARCADORES: BRASIL, ECONOMIA BRASILEIRA, FIM DA RECESSÃO / DEPRESSÃO, GOVERNO DO (AINDA?) PRESIDENTE TEMER, SETEMBRO DE 2017
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