quinta-feira, 17 de agosto de 2017

SEGUNDO O CAGED, PERUÍBE TEVE EM JULHO UM NOVO SALDO POSITIVO DE EMPREGOS - AGOSTO DE 2017



SANTOS E PERUÍBE REGISTRAM AUMENTO NA CRIAÇÃO DE EMPREGOS, APONTA CAGED


Pesquisa mostra que saldo positivo foi de 40 vagas nas duas cidades ao longo do mês de julho

Eduardo Brandão


Após quatro meses consecutivos em que o País registra saldo positivo na criação de postos de trabalho formal, duas cidades da Baixada Santista começam a mostrar sinais de recuperação. Santos e Peruíbe fecharam o mês de julho com resultado positivo na abertura de vagas com carteira assinada. A geração de empregos ainda é tímida, mas interrompe a sequência contínua de retração no mercado de trabalho nessas localidades.

De acordo com o Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) por cidades, do Ministério do Trabalho, Santos criou 29 vagas em julho. Na ocasião, foram contratadas 3.524 pessoas e demitidas 3.495.

Já Peruíbe teve variação positiva de 11 postos – sendo 176 admissões e 165 desligamentos. No País, foram geradas 35,9 mil vagas formais – resultado de 1.167.770 novos registros frente a 1.131.870 demissões.

O restante da região ainda está na contramão da tímida recuperação de geração de empregos brasileira, observada a partir de maio. No mês passado, a Baixada Santista fechou 418 postos de trabalho, com a contratação de 6.950 trabalhadores e 7.368 desligamentos.

Praia Grande (-137), Cubatão (-123) e Guarujá (-115) foram as cidades que mais fecharam vagas. Os números foram puxados pela demissão nos setores de serviço e indústria.

Grandes obras e geração

A última variação positiva registrada na região foi em março do ano passado, com o saldo de 864 empregos criados. De lá pra cá, já são 16 meses de variações negativas entre postos abertos e fechados. “Não vejo sinais breves de se retornar ao patamar de dezembro de 2014, quando o desemprego estava em torno de 5%”, resume o economista da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp), Daniel Vasquez. Atualmente, a falta de emprego afeta 13% dos brasileiros. Para reverter o quadro de estagnação, ele indica um maior volume de investimentos público e privado. “Esse é o motor do capitalismo”. O economista cita obras importantes, como a remodelação da entrada de Santos e a dragagem do cais santista como exemplos de grandes geradores de empregos com carteira assinada. Retração no polo e serviços

O economista Fernando Chagas destaca que a baixa capacidade de recuperação do mercado de trabalho regional é reflexo da retração do polo industrial de Cubatão, iniciada em 2014. Um dos motores da economia regional (ao lado do Porto), a força de trabalho cubatense encolheu quase um terço com a redução das atividades da Refinaria Presidente Bernardes (Petrobras) e a interrupção de setores da Usiminas e de empresas correlacionadas.

Como efeito cascata, a eliminação de vagas no polo cubatense fez reduzir o volume no comércio de São Vicente e de Vicente de Carvalho, os dois maiores da região. Conjunto de fatores responsáveis pelo fechamento de 45 mil vagas nos últimos 3 anos – o que representa 10% da força trabalhadora regional.

“Como a confiança do empresário ainda está baixa, dada a situação política no Brasil, a recuperação dos postos de trabalho vai ser lenta e gradual”, resume Chagas.

Ele explica que a criação de vagas de julho se concentrou majoritariamente no comércio santista. “O setor serve como termômetro da economia. É o primeiro a sentir a necessidade de se contratar mais funcionários”. Ele acredita que nos próximos meses a tendência é os demais municípios acompanharem essa tímida evolução.

Na outra ponta, Chagas pondera que o desemprego acentuado nas demais cidades demonstra que a queda na economia já afeta a área de serviços. “É geralmente o último a sentir a crise e também o último a se recuperar. Isso só vai mudar com o aumento de contratação nos demais setores, como comércio e indústria”.

De um lado, sobram vagas; de outro, currículos demais

Mesmo com o afunilamento do mercado de trabalho e com poucas opções disponíveis, vagas ainda não são preenchidas na região. Os motivos são diversos: vão desde a baixa qualificação da mão de obra até o excesso de exigências dos empregadores.

Na contramão, postos que pedem pouco conhecimento específico recebem pilhas de currículos até mesmo para vagas temporárias no final do ano.

Por quase um mês, a loja de móveis Oriente, na Ponta da Praia, mantinha cartaz para o preenchimento de seis postos para quatro funções distintas. Apenas duas pessoas foram contratadas e para funções com menor nível de especialização.

“Ainda não tivemos a procura do perfil que desejamos. Não oferecemos salário baixo, mas exigimos qualificação que não encontramos”, sustenta o comerciante Adil Mahamoud. Ele cita como exemplo a falta de projetista de móveis planejados especializado e montador com carteira de habilitação para caminhões.

Outro motivo apontado por ele é a maneira como o candidato se comporta durante a entrevista de emprego. “Muitos querem serviço, mas não querem trabalhar. Chegam aqui perguntando quanto vão receber de salário, sobre folgas, sem ao menos saber para qual vaga pretende atuar”.

Currículos de sobra

Já na papelaria Águia de Ouro, na Aparecida, a situação é inversa. Por lá, a procura para preencher vagas de balconista é intensa. “Recebemos de um a três currículos por dia. E a faixa etária vai desde quem busca a primeira oportunidade até pessoas que já se aposentaram”, afirma o comerciante Rodrigo Del Cielo.

Contudo, há um detalhe: as oportunidades são temporárias por, no máximo, 90 dias e o início do trabalho deve acontecer em dezembro. “Vamos começar nesta semana a seleção dos candidatos. O volume de interesse sinaliza que a situação está crítica”.


FONTE: A TRIBUNA





COMENTÁRIO: é bom lembrar que de acordo com o CAGED, Peruíbe já teve um saldo positivo de empregos em maio, o primeiro do ano, aliás.


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MARCADORES: CAGED, DESEMPREGO EM PERUÍBE 2017, NOVAS VAGAS DE TRABALHO NA CIDADE

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